Negociações para adesão da Ucrânia à UE deverão arrancar este mês, diz von der Leyen

A presidente da Comissão Europeia anunciou ainda que vai avançar com um novo apoio de 1,9 mil milhões a Kiev até ao final do mês e um acordo com o setor financeiro para atração de investimento.

A presidente da Comissão Europeia anunciou que está disponível para dar início às negociações para adesão da Ucrânia à União Europeia (UE) ainda este mês. O desenvolvimento surge depois de a Ucrânia ter cumprido todos os requisitos de reforma necessários para se tornar membro do bloco.

“A Ucrânia cumpriu todos os passos que tínhamos estabelecido. E é por isso que acreditamos que a UE deve iniciar as conversações de adesão com a Ucrânia já no final deste mês”, afirmou Ursula von der Leyen, esta terça-feira, durante a Conferência sobre a recuperação da Ucrânia que decorre na Alemanha.

A governante deu nota ainda de que a Comissão Europeia vai avançar com um apoio de 1,9 mil milhões de euros ao abrigo do mecanismo europeu de apoio à Ucrânia, até ao final do mês de junho como resultado das “reformas abrangentes e à estratégia de investimento” implementadas na Ucrânia.

“É o chamado Plano Ucrânia. O Plano Ucrânia inclui, por exemplo, reformas no setor da justiça e na luta contra a corrupção. Isto constitui a base para tornar a Ucrânia atrativa para as empresas e os investidores. E está também a aproximar a Ucrânia da nossa União Europeia”, referiu von der Leyen.

Esta verba junta-se aos 50 mil milhões de euros que os 27 Estados-membros se comprometeram, em 2023, a enviar para Kiev até 2027, sendo que desse total já foram entregues seis mil milhões de euros, avançou a líder do executivo comunitário, anunciando que no decorrer da conferência em Berlim serão assinados “os primeiros acordos no valor de 1,4 mil milhões de euros” entre os bancos parceiros da UE e a Ucrânia no sentido de serem criados iniciativas de atração de investimento.

“Desta forma, nós, a UE, ajudamo-los a eliminar alguns dos riscos associados aos investimentos em ações. O nosso objetivo é melhorar o acesso das empresas ucranianas ao financiamento, especialmente das pequenas e médias empresas, e das empresas em fase de arranque que podem ajudar a modernizar a economia ucraniana, por exemplo, em áreas como as de tecnologia, digitalização, as energias renováveis e as matérias-primas essenciais”, continuou a presidente da Comissão Europeia.

Além dos apoios financeiros, Ursula von der Leyen reiterou o apoio militar da UE à Ucrânia na resistência da invasão da Rússia que, segundo a própria, decorre há já 900 dias. Ao abrigo do imposto sobre os lucros excessivos (windfall tax), a Comissão Europeia conseguiu acumular cerca de 1,5 mil milhões de euros que ficarão disponíveis a partir de julho. “90% destes fundos destinar-se-ão à defesa e 10% à reconstrução”, anunciou a governante.

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