Macedo quer ficar na CGD e admite comprar um banco

  • ECO
  • 17 Junho 2024

Paulo Macedo considera que a redução de custos hoje “é muito mais do que reduzir pessoas”. “Faz-se através de uma melhor utilização da tecnologia”, defende, acrescentando que está a contratar pessoas.

Paulo Macedo diz estar disponível para continuar à frente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), tendo já comunicado esta disponibilidade ao Ministério das Finanças. Em entrevista ao Jornal de Negócios, o presidente executivo do banco público avança que está a ser preparado um plano de sucessão que definirá o processo de nomeação das futuras administrações e admite comprar uma instituição bancária.

“Ainda há muita coisa a fazer no banco. As Finanças, a seu tempo, pronunciar-se-ão sobre isso. Há um plano de sucessão que depois será acionado e o acionista terá a sua palavra a dizer, assim como o regulador“, explicou. Um plano de sucessão que é independente da sua continuação à frente da CGD e que tem “um conjunto de mecanismos para assegurar, por exemplo, que exista uma parte dos membros que deve ficar, sem determinar quem é, nem quantos são, para assegurar que haja sempre uma continuidade”. “Depois, todos os administradores são avaliados, o que significa que uma parte da sucessão está bastante mais facilitada, independentemente da vontade do acionista, porque as pessoas de todos os ângulos são avaliadas quantitativa e qualitativamente”, acrescentou.

O CEO da CGD admitiu também que o banco está disponível para ir ao mercado e comprar outros bancos. “Admitimos vir a analisar todas as hipóteses que haja no mercado. Se não estivermos disponíveis para isso, a Caixa perderá a liderança e também não é desejável que haja um maior crescimento de bancos, designadamente dos nossos vizinhos espanhóis”, sustentou.

Paulo Macedo sublinhou, por outro lado, que pretende devolver a ajuda de Estado que ainda falta pagar assim que obtiver as autorizações para tal. “Temos de falar com o acionista e as entidades de supervisão. Temos um rácio de capital demasiado elevado e, portanto, queremos fazê-lo o mais cedo possível. Queremos fazê-lo quando houver essas autorizações das entidades de supervisão e o acionista entender que é conveniente”, assinalou, acrescentando que, “em dois anos, 2023 e 2024”, pagaram “mais de mil milhões de euros de dividendos ao Estado”.

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