Famílias rejeitam Certificados de Aforro há sete meses consecutivos

Subscrições líquidas dos Certificados de Aforro voltaram a apresentar um saldo negativo em maio, com as famílias a retirarem quase 4 milhões de euros destes títulos de dívida do Estado.

Os portugueses voltaram a chumbar os Certificados de Aforro pelo sétimo mês consecutivo. De acordo com dados do Banco de Portugal divulgados esta sexta-feira, as emissões líquidas de Certificados de Aforro em maio contabilizaram 3,95 milhões de euros negativos.

Apesar de ser o valor negativo mais baixo desde novembro, foi o sétimo mês consecutivo que o volume de novas subscrições ficou abaixo do montante de resgates e reembolsos. Desde novembro do ano passado, a conta do Tesouro de Certificados de Aforro já contabiliza a saída de mais de 108 milhões de euros.

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Como consequência do volume de resgates e reembolsos a superarem consecutivamente as novas subscrições desde novembro de 2023, o valor acumulado em Certificados de Aforro baixou para 33,96 mil milhões de euros no final de maio, situando-se assim no valor mais baixo desde agosto do ano passado.

Mas o “chumbo” das famílias não se resume apenas aos Certificados de Aforro. Há 31 meses consecutivos que também os Certificados do Tesouro apresentam persistentemente subscrições líquidas negativas.

Foi isso que voltou a suceder em maio, com as famílias a retirarem 96,6 milhões de euros destes títulos de dívida do Estado desenhados também em exclusivo para o retalho, com o saldo dos Certificados do Tesouro a baixar para 10,39 mil milhões de euros, o valor mais baixo desde agosto de 2016.

Desta forma, somente em maio, o Tesouro perdeu 100,5 milhões de euros, por conta de as famílias terem preferido retirar as suas poupanças de Certificados de Aforro e Certificados do Tesouro e alocá-las em outros ativos como, por exemplo, depósitos bancários que têm registado aumentos há vários meses.

Em consequência deste “chumbo” dos particulares aos títulos de dívida do Estado, o stock em existente em Certificados de Aforro e Certificados do Tesouro no final de maio baixou para 44,35 mil milhões de euros. É preciso recuar um ano, até maio de 2023, para encontrar um montante tão baixo.

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