Extrema-direita vence em França com 34% dos votos na 1ª volta

O bloco centrista do presidente francês Emmanuel Macron ficou em terceiro lugar, com 20,5-23%, de acordo com as projeções eleitorais.

As primeiras projeções de resultados, segundo o jornal Le Monde, apontam para uma vitória da União Nacional, de Marine Le Pen , com 34% dos votos. A coligação que reúne vários partidos de esquerda, a Nova Frente Popular, surge no segundo lugar, com 29%. Em terceiro está o partido do Presidente Emmanuel Macron, com 22%.

O jornal Figaro avança com uma projeção em que o partido representado por Jordan Bardella surge com 34,2%, a frente de esquerda encabeçada por Manuel Bompard consegue 29,1% e partido do atual primeiro-ministro Gabriel Attal consegue 21,5%.

O partido de extrema-direita francês Rassemblement National (RN), de Jordan Bardella, liderou a primeira volta das eleições legislativas com cerca de 34% dos votos, segundo as sondagens IFOP, Ipsos, OpinionWay e Elabe.

A coligação de esquerda Nova Frente Popular (NFP) ficou em segundo lugar, com cerca de 29%, à frente do bloco centrista do presidente francês Emmanuel Macron, que ficou em terceiro lugar, com 20,5-23%.

Numa primeira reação aos resultados, o chefe de Estado francês sublinhou, em declarações à AFP, que a elevada participação neste escrutínio demonstrou uma vontade dos franceses de “esclarecer a situação política”. E pediu também uma “grande aliança claramente democrata e republicana” para a segunda volta.

“A democracia falou: os franceses demonstraram o seu desejo de virar uma página de sete anos com um poder corrosivo”. Num discurso curto logo a seguir a serem conhecidas as primeiras projeções, Marine Le Pen agradeceu a “marca de confiança” e disse que o “bloco macronista” está “praticamente apagado”. A líder do partido que venceu as eleições nesta primeira volta convidou os franceses a “renovar” o voto no próximo dia 7 de julho caso tenham votado na União Nacional e apelou a quem fez outras opções: “Se fez outra escolha, convido-o a juntar-se à coligação da segurança, liberdade e unidade.”

De acordo com uma estimativa da Elabe para a BFM TV, o RN e os seus aliados podem vir a conquistar entre 260-310 assentos no parlamento na segunda volta de votação a 7 de julho. Já a Ipsos projeta um intervalo de 230-280 lugares para o RN. São necessários 289 lugares para obter a maioria absoluta na Assembleia Nacional, a câmara baixa do parlamento francês.

A taxa de participação na primeira volta das eleições legislativas — mais de 60% — representa um recorde. De acordo com a imprensa francesa, desde a primeira volta das legislativas francesas de 1978 que não se registava um valor tão elevado, com exceção para 1986, quando foi implementado um sistema assente na representação proporcional.

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