“Ao ritmo atual, precisamos de mais de 100 anos para alcançar a paridade de género”

  • BRAND'S CAPITAL VERDE
  • 25 Junho 2024

Em entrevista ao ECO, João Gunther Amaral, Chief Development Officer Sonae, explicou de que forma a diversidade e a inclusão são fatores diferenciadores para as empresas.

O BCSD Portugal está a preparar a Conferência BCSD Portugal 2024, marcada para o próximo dia 3 de julho, na Cordoaria Nacional, em Lisboa. Com o tema “Empresas com futuro: Como navegar para uma economia sustentável e justa?”, o evento reunirá líderes empresariais e especialistas de diversos setores para discutir estas questões cruciais.

A conferência abordará a relação entre os fatores de sustentabilidade internos e externos e a economia regenerativa. Também será debatido como a aposta na diversidade pelas empresas pode contribuir para uma economia mais competitiva. Além disso, serão explorados os desafios iminentes, tanto para as empresas quanto para o planeta, e as formas de desbloquear o financiamento com o poder das alianças para alcançar os objetivos estabelecidos.

João Gunther Amaral, Chief Development Officer Sonae, um dos oradores que marcará presença na conferência, partilhou, em entrevista ao ECO, a sua opinião sobre a importância que a diversidade e a inclusão têm na dinâmica das empresas.

Que benefícios podem a diversidade e a inclusão trazer às empresas?

Num mundo em constante transformação, é impossível para uma única pessoa (o chefe) ter todas as respostas para os problemas que surgem. É aqui que a diversidade se torna essencial na gestão das empresas – ao procurar diferentes perspetivas, formas de pensar e soluções inovadoras.

Acreditamos que a diferença soma e acrescenta valor, que a diversidade é sinónimo de criatividade e inovação, trazendo-nos diversas perspetivas e soluções para problemas. A diversidade resulta em melhores decisões. Se uma única pessoa não pode saber todas as respostas, uma equipa diversa pode encontrar soluções para qualquer problema. Todos os stakeholders da organização beneficiam: clientes, colaboradores, acionistas.

As políticas de inclusão e equidade não são apenas uma “responsabilidade social”; elas representam uma vantagem competitiva, comercial e económica.

E como se promove essa diversidade e inclusão?

Mudando mentalidades e acreditando na importância do DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão). Muitos ainda veem as políticas de inclusão como algo dispensável nas empresas. Não são. São uma grande vantagem competitiva. Quando a Sonae se compromete com o objetivo de 45% de mulheres nos cargos de liderança, é porque acreditamos que estamos a fazer o que é certo, o que nos tornará mais competentes, competitivos e permitirá servir melhor os nossos clientes.

João Gunther Amaral, Chief Development Officer Sonae.

Enquanto vantagem competitiva para a empresa, a promoção da diversidade tem de ser estratégica e transversal a toda a empresa, com métricas, metas concretas e calendarizadas. A título de exemplo, nas empresas Sonae temos uma abordagem DEI focada em cinco dimensões: género, incapacidades, gerações, cultura e LGBTQIA+, englobando tanto programas de recrutamento inclusivo, como o programa piloto de adaptação de uma loja Continente Modelo para pessoas singulares, que está atualmente a decorrer em Leça do Balio.

Quais são os maiores desafios na promoção da inclusão nas empresas?

É muito mais fácil implementar um qualquer programa de eficiência do que transformar a mentalidade e a cultura das organizações e das empresas. É por isso que os temas DEI não podem ser encarados apenas como um nice-to-have e devem assumir um papel central na estratégia de gestão de pessoas e talento das organizações. É o compromisso das lideranças e um papel bem definido da DEI na estratégia de pessoas que fará a diferença.

Atualmente, consideram que as empresas têm feito caminho neste sentido?

Muito já foi feito, mas o ritmo ainda não é o desejável. Ao ritmo atual, precisamos de mais de 100 anos para alcançar a paridade de género. Grandes transformações estruturais raramente acontecem de um dia para o outro, e este é um caminho que ainda precisa de ser percorrido por muitos anos. Felizmente, Portugal já está num bom ponto de partida. Segundo o EY European DEI Index, as empresas portuguesas estão em terceiro lugar na Europa em temas de DEI. A má notícia é que todos os países têm notas muito baixas neste índice, evidenciando que ainda estamos longe de alcançar uma verdadeira igualdade e equidade. Devemos reconhecer os avanços, mas também ter a humildade de admitir que ainda estamos a aprender e a testar. Falo da Sonae, mas penso que este é um sentimento que pode ser estendido ao resto da sociedade.

O que é que ainda pode ser feito?

Não é uma questão de “poder”, mas de “dever”. Estas políticas não são opcionais. A sociedade não permitirá que sejam ignoradas. A diversidade faz parte da nossa realidade – culturas, origens, géneros variados. A sociedade não é homogénea e as empresas estão a tentar acompanhar esta diversidade. Precisamos de ser mais assertivos na mudança cultural, mais proativos na promoção da diversidade e muito mais abertos a diferentes perspetivas e ideias.

Acredita num futuro onde a diversidade e a inclusão sejam uma realidade em todos os locais de trabalho?

Não podemos acreditar noutra realidade que não seja essa. Sabemos que é difícil, que exige investimento, estratégia e compromisso a todos os níveis. Mas não é opcional. As sementes estão lançadas e, enquanto sociedade, temos de continuar a percorrer este caminho. Precisamos de mais compromisso de todos, em todos os níveis hierárquicos. Se não remarmos todos na mesma direção, não seremos uma sociedade que aceita e respeita verdadeiramente a singularidade de cada um de nós.

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Hoje nas notícias: imigrantes, défice e habitação

  • ECO
  • 25 Junho 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais vai sugerir ao Governo a criação de uma equipa de juízes para recuperar processos pendentes de imigrantes. Apesar do défice de 0,2% registado no arranque do ano, a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) não vê sinais de alarme “para já”. O esforço das famílias portuguesas para adquirir uma casa aumentou mais de 50% desde 2015, sendo o maior agravamento entre os países da União Europeia. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta terça-feira.

Juízes de todo o país mobilizados para despachar processos de imigrantes

O Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais vai propor esta terça-feira ao Governo a criação de uma equipa de juízes em todo o país para despachar os 35 a 40 mil processos judiciais relacionados com os pedidos de residência em Portugal apresentados por imigrantes, visto que a resolução destes se concentra atualmente em Lisboa. A concretizar-se, a solução irá vigorar apenas durante o verão, implicando que cada magistrado aceite acumular esta nova tarefa com o restante serviço, sem remuneração extra.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

UTAO afasta “sinais de desastre” no défice do primeiro trimestre

Lembrando que as previsões do Governo passavam por uma queda assinalável do saldo, a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) afasta receios após o regresso ao défice das contas públicas no primeiro trimestre do ano. Este “resultado fica em linha com o que esperávamos”, aponta o coordenador da entidade, Rui Baleiras, dizendo que “não estamos a caminho de nenhum desastre para já”. No entanto, ressalva que é preciso “muito cuidado e cabeça fria quando se pretender atuar com novas medidas com impacto no saldo”.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Portugal é o país da UE onde falta de acesso à habitação mais se agrava

O peso dos preços da habitação sobre o rendimento disponível das famílias em Portugal sofreu o maior aumento entre os Estados-membros da União Europeia (UE) no ano passado. Desde 2015, ano de base dos dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), o esforço das famílias portuguesas para adquirir um imóvel, tendo em conta os seus rendimentos, aumentou quase 51%, com o país a apresentar o índice mais elevado (150,9) entre todos os países do bloco comunitário (excluindo Chipre e Malta, para os quais não há dados disponíveis).

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Lucros da IP disparam 280% no primeiro trimestre do ano

Depois de ter fechado 2023 com prejuízos de 18,8 milhões de euros, a Infraestruturas de Portugal (IP) registou um resultado líquido positivo de 36,5 milhões de euros nos primeiros três meses deste ano, disparando cerca de 280% face aos lucros de 9,7 milhões de euros registados no período homólogo. Os lucros relativos ao primeiro trimestre ficaram ainda mais de 50% acima do valor previsto no orçamento (24,4 milhões de euros). No entanto, a fatia de receitas com portagens até março ficou 7,7 milhões de euros abaixo do orçamentado.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso indisponível)

Autoridades portuguesas incapazes de travar burlas pelo multibanco

Há anos que a entidade de multibanco 21 800, sediada nos Países Baixos, se tem feito passar por uma empresa internacional prestadora de serviços de pagamento para, por exemplo, a EDP ou a Galp, sem que as autoridades portuguesas consigam travar a sua atuação. No máximo, as referências emitidas são bloqueadas pela SIBS, que só em 2023 bloqueou 3.600 referências fraudulentas. O Banco de Portugal não tem poderes de fiscalização da atuação da 21 800, por pertencer a um prestador de serviços não estabelecido no país.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

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Julian Assange sai da prisão após chegar a acordo com EUA

  • Lusa
  • 25 Junho 2024

Fundador do Wikileaks vai declarar-se culpado de crime de conspiração para obter e divulgar ilegalmente informações confidenciais da defesa nacional dos Estados Unidos.

O fundador do Wikileaks, Julian Assange, aceitou declarar-se culpado de conspiração para obter e divulgar ilegalmente informações confidenciais, num acordo com a justiça dos EUA, e já saiu da prisão.

Assange “deixou a prisão de segurança máxima de Belmarsh na manhã de 24 de junho”, foi libertado no aeroporto de Stansted, em Londres, “onde embarcou num avião e partiu do Reino Unido”, tendo a Austrália como destino final.

Numa publicação na rede social X (antigo Twitter), o portal assinala que a libertação resulta de “uma campanha global” que “criou espaço para um longo período de negociações com o Departamento de Justiça dos EUA, conduzindo a um acordo que ainda não foi formalmente finalizado”.

Assange deverá comparecer na quarta-feira perante um tribunal federal das Ilhas Marianas, um território norte-americano no Oceano Pacífico, de acordo com documentos judiciais apresentados na segunda-feira à noite.

O fundador do Wikileaks vai declarar-se culpado de crime de conspiração para obter e divulgar ilegalmente informações confidenciais da defesa nacional dos Estados Unidos, confissão que terá de ser aprovada por um juiz.

Cidadão australiano de 52 anos, Julian Assange poderá então regressar à Austrália.

Ainda antes do anúncio da libertação, um porta-voz do Governo australiano defendeu que o caso do fundador do Wikileaks “arrastou-se por muito tempo e não há nada a ganhar com o prolongamento da detenção”.

Entretanto, o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, disse que “não há nada a ganhar com a prisão” de Julian Assange. “Queremo-lo de volta à Austrália”, acrescentou.

Assange estava detido em Belmarsh, no leste da capital britânica desde 2019, altura em que foi detido, após sete anos de reclusão na embaixada do Equador em Londres, onde se refugiou para evitar ser extraditado para a Suécia, onde era acusado de violação.

Desde então que os EUA tentavam a extradição de Assange, acusado de 18 crimes de espionagem e de intrusão informática pela divulgação no portal WikiLeaks de documentos confidenciais, que em 2010 e 2011 expuseram violações de direitos humanos cometidas pelo exército norte-americano no Iraque e no Afeganistão.

Washington queria julgar Assange pela divulgação de mais de 700 mil documentos secretos e estava acusado pelas autoridades norte-americanas ao abrigo da Lei de Espionagem de 1917, enfrentando uma possível pena de até 175 anos de prisão.

Em 20 de maio, o Tribunal Superior de Londres tinha autorizado Assange a recorrer da ordem de extradição do Reino Unido para os Estados Unidos da América.

China elogia Assange por dar a “conhecer a verdade”

Pequim considera que o trabalho realizado pelo fundador da WikiLeaks, Julian Assange, libertado em Londres após um acordo com a justiça norte-americana, permitiu ao mundo “conhecer melhor a verdade”.

“Quero dizer que as informações relevantes divulgadas pela WikiLeaks permitiram à comunidade internacional conhecer melhor os factos e a verdade”, disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China, Mao Ning, em conferência de imprensa.

Mesmo assim, a porta-voz afirmou que, apesar de ter conhecimento de “informações relevantes” sobre a libertação de Assange, a diplomacia chinesa não faz comentários sobre a “situação específica”.

Assange encontra-se a caminho das ilhas Marianas, território ultramarino norte-americano no Pacífico, onde o acordo vai ser formalizado.

No dia 27 de março, a República Popular da China manifestou solidariedade para com o jornalista australiano e apelou à “equidade e justiça” no caso de Assange.

Segundo Pequim, Assange “expôs uma grande quantidade de informação secreta sobre as guerras dos Estados Unidos no Afeganistão e no Iraque e revelou também o facto de a CIA levar a cabo todo o tipo de ataques cibernéticos”.

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100 Montaditos reforça a sua essência espanhola, incorpora uma nova categoria de produtos e compromete-se com o delivery

  • Servimedia
  • 25 Junho 2024

Reforça a sua "essência espanhola" com novas tapas e porções como os torreznos, croquetes ou flamenquines, e novos ingredientes nos montaditos como a oreja ou a morcilla.

100 Montaditos, o restaurante emblemático da Restalia, apresentou a maior revolução da sua ementa até à data com a incorporação de novos produtos e formatos, com o objetivo de potenciar o delivery, mas mantendo e reforçando a “essência espanhola”.

Assim, o novo menu apresenta novos sabores como patatas bravioli, croquetes de presunto, flamenquines e torreznos de Soria. Nos seus tradicionais montaditos, são incorporados ingredientes como a orelha, a sobrasada, a morcela ou as rabas de lula, enquanto se mantêm clássicos como o presunto gran reserva com AVOE, o frango, o salmão, o lombo com alho, a chistorra ou a omeleta de batata, entre outros.

Uma das grandes novidades deste menu são as Montys, uma nova categoria de produto onde o pão continua a ser o protagonista, mas transformando a sua apresentação para permitir novos formatos.

As Montypizzas são a fusão entre um montadito e uma pizza. Feitas com o mítico pão dos montaditos aberto ao meio como base, são adicionados diferentes ingredientes para dar origem a cinco variedades: BBQ, carbonara, quatro queijos, sobrasada e pepperoni. É preparado e cozido na hora, servido como uma pizza e comido como um montadito.

Há também os Montyhuevos, com ovo estrelado como ingrediente principal combinado com outros ingredientes como fiambre, batata e sobrassada, num total de cinco tipos.

Também os Montyhuevos, com ovo estrelado como ingrediente principal combinado com outros ingredientes como fiambre, batata e sobrasada, num total de cinco tipos.

Quanto aos Montyburgers e Montyperros, embora estes dois itens já estivessem no menu dos 100 Montaditos e fossem muito procurados, foram atualizados. Estas duas novas propostas são acompanhadas pela criação de dois formatos de pão com uma receita exclusiva da 100 Montaditos: o pão macio. Tanto a carne do hambúrguer de vaca como a salsicha dos cachorros-quentes são mais pesadas e a formulação foi melhorada.

A empresa explicou que “estes novos produtos permitirão aos consumidores escolher entre uma grande variedade de produtos (montaditos tradicionais, os diferentes Montys em formato de pizza, hambúrguer, cachorro-quente e ovo frito, e porções), sob a mesma marca e sempre seguindo a filosofia da 100 Montaditos, que é partilhar”.

ENTREGA

A 100 Montaditos tem também uma forte aposta no delivery e este menu foi concebido para o efeito. Graças aos novos produtos e referências, a marca tem como objetivo aumentar as suas vendas através deste canal em 86%. O menu será mais simples e otimizado com embalagens fechadas dos novos produtos: Montypizzas, Montiburgers e Montyperros.

Tanto as pizzas como os hambúrgueres são dois dos produtos mais populares na entrega, pelo que a 100 Montaditos está agora a entrar nestas duas categorias para aumentar a sua presença nas várias plataformas. Além disso, a empresa apresenta uma nova embalagem, livre de plástico e especificamente concebida “para garantir que estes novos produtos cheguem em ótimas condições”.

Além disso, a equipa de Inovação e Criatividade da Restalia, composta por mais de 10 designers, ilustradores e diretores de arte, definiu uma linha gráfica que refresca a imagem da 100 Montaditos. Esta nova identidade visual é composta pela incorporação de uma nova paleta de cores, a criação de uma tipografia única e exclusiva e a criação de ilustrações que dão vida aos montaditos. Tudo isto cumpre o duplo objetivo de manter a essência da 100 Montaditos e reforçar a sua identidade de marca facilmente reconhecível.

“O resultado desta evolução foi fruto do trabalho realizado pela equipa de I&D da Restalia, que emprega mais de 50 pessoas com perfis que incluem chefes, engenheiros e designers. O seu desenvolvimento, no qual investiram mais de um ano de trabalho, envolveu provas cegas de produtos, testes piloto e uma revisão de tendências e sabores noutros mercados. Este novo menu demonstra o esforço da Restalia em criar novas experiências gastronómicas que conquistem o consumidor através do paladar. A 100 Montaditos funde, assim, produtos e conceitos inovadores com sabores tradicionais, apostando na sua essência espanhola e surpreendendo o público com uma oferta alargada que lhe permitirá continuar a desfrutar da marca mais reconhecida da empresa”, refere a empresa.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 25 de junho

  • ECO
  • 25 Junho 2024

Ao longo desta terça-feira, 25 de junho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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A Escola Superior de Desporto da UAX Rafa Nadal e a LALIGA desenvolvem a Licenciatura em Gestão Desportiva

  • Servimedia
  • 25 Junho 2024

Esta licenciatura será incluída na oferta educativa da Escola Superior de Desporto da UAX Rafa Nadal e será desenvolvida no novo campus urbano de Chamberí da Universidade Alfonso X el Sabio.

A Escola de Desporto Rafa Nadal da UAX e a LALIGA desenvolveram em conjunto uma licenciatura em Gestão Desportiva para o ano letivo de 2024/2025. Esta licenciatura, que será ministrada no novo campus urbano da UAX Chamberí e terá 60 vagas, baseia-se nos estudos da ADE e foi adaptada às novas necessidades exigidas pela indústria do desporto.

Além disso, os estudantes que obtenham o diploma poderão realizar estágios académicos em empresas líderes como a Academia Rafa Nadal, um centro de alto rendimento líder mundial cujo objetivo é formar jovens desportistas de todo o mundo em instalações de alto nível, a LALIGA e os seus Clubes, Babolat, AS, Playstation, JOMA, Decathlon, You First e Football Emotion.

Com esta nova qualificação, ambas as empresas reforçam o seu compromisso com a excelência e com a combinação da sua experiência e conhecimento da indústria do desporto e da educação, ao mesmo tempo que lideram a formação exigida pelos profissionais do futuro da indústria do desporto. A profissionalização da gestão desportiva em toda a sua extensão, desde o marketing e o trabalho empresarial, passando pela administração de propriedades desportivas, a gestão de entidades ou o aconselhamento de equipas ou atletas, é já uma realidade que tem levado a uma procura crescente de profissionais especializados nestas áreas.

Este novo grau é aprovado pela Federação das Associações de Gestão Desportiva de Espanha (FAGDE) e por 45 empresas e empresas da indústria do desporto. Terá também certificados adicionais para a promoção da transformação digital e da inovação, em linha com o modelo único e diferencial da UAX, que procura integrar a tecnologia em todos os seus graus. Por outro lado, a contribuição da LALIGA será fundamental em aspetos como a implementação de master classes e projetos específicos que serão desenvolvidos no campus ou na sede da LALIGA.

A nova licenciatura em Gestão do Desporto será integrada na oferta educativa da UAX Rafa Nadal School of Sport, a escola de desporto da UAX promovida em conjunto com a Rafa Nadal Academy e a equipa de Rafa Nadal.

Miguel Palencia, diretor da UAX Rafa Nadal School of Sport, manifestou a sua satisfação com este novo acordo. “O lançamento da Licenciatura é um marco muito importante nos objetivos da escola com a equipa de Rafa Nadal. Acreditamos que temos a obrigação de promover a formação de futuros profissionais no setor e que se especializem antes como acontece nos EUA, onde toda a indústria é profissionalizada. Ter a LALIGA como parceira no projeto é uma honra para a escola, pois partilhamos muitos valores e planos de formação e educação em gestão desportiva em Espanha e a nível internacional”, explicou.

Maribel Nadal, subdiretora da Academia Rafa Nadal, afirmou que “a partir da Academia Rafa Nadal apoiamos a nova Licenciatura como um passo muito importante na formação de talentos na indústria em Espanha e no nosso projeto com a UAX, ao mesmo tempo que reforçamos a nossa aliança com a LALIGA”.

Neste sentido, Juan Vicente Marín, Subdiretor da Direção Geral Executiva da LALIGA, assinalou que “esta aliança estratégica com a UAX é mais um exemplo do nosso compromisso com a excelência e a inovação na formação de profissionais do desporto. É também um privilégio para nós podermos associar-nos a líderes do setor desportivo, como já fizemos anteriormente com a Academia Rafa Nadal”.

Por outro lado, José Moya, diretor da LALIGA BUSINESS SCHOOL, indicou que “a LALIGA, em 2018, assumiu um compromisso com a educação com a criação do seu próprio Departamento de Educação, e agora, esta aliança com a UAX continua a reforçar este compromisso, pois sabemos que a formação ajuda o crescimento da indústria do desporto”.

A chegada desta nova licenciatura surge numa altura em que a indústria do desporto se encontra numa fase de profissionalização e evolução, para desenvolver novos modelos de gestão eficientes que abrangem toda a indústria, centrados na gestão do adepto como cliente. O programa académico da licenciatura baseia-se nos estudos da ADE e foi adaptado a estas novas necessidades para garantir a formação teórica e prática exigida pela indústria do desporto.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 25 Junho 2024

Ex-ministra da Justiça na CPI ao caso das gémeas no mesmo dia em que uma nova empresa entra na bolsa de Lisboa e é apresentado o primeiro projeto agrivoltaico em Portugal.

No mesmo dia em que a ex-ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, vai depor à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ao caso das gémeas luso-brasileiras, a Assembleia da República é palco da conferência sobre o futuro da concertação social. Galp e ISA apresentam o primeiro projeto agrivoltaico em Portugal. Os agricultores têm até esta terça-feira para efetuar a candidatura ao Pedido Único (PU) e a bolsa de Lisboa recebe uma nova cotada – Vila dos Números.

Ex-ministra da Justiça vai depor na CPI ao caso das gémeas

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ao caso das gémeas continua e nesta terça-feira é a vez da antiga ministra da Justiça Catarina Sarmento e Castro depor pelas 14h00 perante os deputados acerca da atribuição da nacionalidade às duas crianças – processo concluído em 14 dias.

AR é palco da conferência “O presente e o futuro da concertação social”

Os parceiros sociais que integram a concertação social vão estar na Assembleia da República esta terça-feira para a Conferência Parlamentar “O presente e o futuro da concertação social” organizado pela Comissão do Trabalho Segurança Social e Inclusão. Também várias personalidades reconhecidas na área laboral e diálogo social vão estar na conferência que dá lugar à intervenção dos Grupos parlamentar e é aberta à participação do público.

Galp e ISA apresentam o primeiro projeto agrivoltaico em Portugal

A Galp e o Instituto Superior de Agronomia (ISA) vão apresentar publicamente o seu projeto agrivoltaico, pioneiro em Portugal, com a instalação de painéis solares sobre uma cultura de vinha, procurando tirar melhor partido da produção de energia renovável, ao mesmo tempo que se protege o desenvolvimento da uva.

Termina hoje o prazo de candidatura ao Pedido Único

Os agricultores portugueses têm até às 18h00 desta terça-feira para submeter as candidaturas ao Pedido Único (PU) sem penalizações. O prazo de submissão foi alargado após os agricultores reportagem dificuldades no procedimento e pediram ao Executivo a extensão do prazo. O PU é um pedido de pagamento direto das ajudas do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) que integram regimes sujeitos ao Sistema Integrado de Gestão e de Controlo (SIGC).

Vila dos Números vai entrar na bolsa de Lisboa

A bolsa de Lisboa vai contar com mais uma empresa cotada. Às 16h30 inicia a cerimónia de toque do sino que assinala a admissão à negociação na EuroNext Lisbon da sociedade de investimento e gestão Imobiliária Vila dos Números. A empresa vai realizar uma admissão direta – sem captação inicial de capital – de 50 mil ações a um preço de 120 euros cada.

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A Volta do Troféu da America’s Cup começa com L’Escala como primeira paragem

  • Servimedia
  • 25 Junho 2024

O troféu da mais antiga competição desportiva do mundo passará também por Palamós, Vilassar de Mar, Sitges, Tarragona, Cambrils e Barcelona.

O 37º Louis Vuitton America’s Cup Trophy Tour arranca a 25 de junho em L’Escala, um evento que levará o icónico Hundred Guineas Jumper a sete cidades catalãs. A digressão, organizada pela America’s Cup Event (ACE) em colaboração com a Generalitat de Catalunya, decorrerá até 1 de julho e passará por outras cidades: Palamós, Vilassar de Mar, Sitges, Tarragona, Cambrils e Barcelona.

O Club Nàutic l’Escala acolherá a primeira paragem e a America’s Cup será integrada em várias atividades relacionadas com a vela, tais como cursos, exposições de vela adaptada e uma clínica da classe Optimist. Para além disso, os participantes poderão degustar alguns dos pratos mais destacados da gastronomia local, como as anchovas, e apreciar a cava da região.

Os restantes clubes incentivarão a participação das suas comunidades locais neste grande evento. Na terceira paragem do circuito, no município de Vilassar de Mar, haverá mais actividades, como a regata social com a participação de membros do campus do Club Nàutic Vilassar de Mar e de outros clubes da região de Maresme. Haverá também uma exposição de skate catalão e uma degustação de conservas, cortesia da Câmara Municipal de Vilassar de Mar e da Agência Catalã de Turismo.

Serão igualmente organizadas atividades e exposições em Tarragona e Cambrils. O Reial Club Nàutic de Tarragona organizará uma regata de veleiros e de barcos de cruzeiro. Por seu lado, o Clube Náutico de Cambrils oferecerá uma travessia de barcos da classe Ilca e Optimist, bem como outras experiências náuticas e uma degustação de tapas típicas da região.

ATIVIDADES

Durante o percurso, o troféu será exposto nos clubes náuticos de cada município, permitindo que os entusiastas da vela e o público em geral se aproximem da rica história da America’s Cup, que conta com 173 anos de tradição. A importância desta digressão reside não só na promoção do evento desportivo, mas também na sua capacidade de inspirar novas gerações de velejadores.

O Trophy Tour não é apenas uma oportunidade para destacar o legado e a celebração da America’s Cup, mas também para envolver a comunidade catalã num dos eventos mais prestigiados do mundo do desporto. As atividades previstas em cada cidade têm como objetivo levar a paixão pela vela ao grande público, fazendo deste circuito um prelúdio da grande competição que terá lugar em Barcelona.

Os adeptos poderão desfrutar desta iniciativa no dia 25 de junho em L’Escala, 26 de junho em Palamós, 27 de junho em Vilassar de Mar, 28 de junho em Sitges, 29 de junho em Tarragona, 30 de junho em Cambrils e, finalmente, no dia 1 de julho em Barcelona.

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Concurso para inspetor dos fundos europeus teve 160 candidaturas

Concurso interno para o preenchimento de 12 postos de trabalho de inspetor superior foi aberto pela Agência para o Desenvolvimento e Coesão por dez dias e recebeu 160 candidaturas.

O Governo logo que iniciou a legislatura anunciou um reforço do número de inspetores para verificar o terreno se as regras de aplicação dos fundos europeus estão a ser cumpridas. O concurso recebeu 160 candidaturas que estão agora a ser analisadas, avançou ao ECO fonte oficial do Ministério da Coesão Territorial, que tutela os fundos europeus.

Na apresentação do programa do Governo no Parlamento, a 11 de abril, Luís Montenegro, anunciou que iria reforçar os meios de combate à fraude e à corrupção no uso de fundos europeus. “Na primeira semana deste Governo, já está assinado o despacho conjunto que determina a abertura de concurso para reforçar em 60% o número de inspetores especializados neste combate. É preciso executar depressa, mas bem”, disse na altura.

Os 60% são o número proposto pela própria Agência para o Desenvolvimento e Coesão. “A Agência propôs” esse reforço de inspetores e “dois dias depois foi assinado um despacho conjunto pelo ministro das Finanças e o ministro Adjunto”, contou ao ECO, o ministro Adjunto e da Coesão em abril.

Na sua intervenção no Parlamento, aquando da apresentação do programa do Governo, Manuel Castro Almeida frisou que “quase 40 anos depois de receber os fundos da União Europeia não é aceitável que tenhamos qualquer tipo de permissividade, ainda que por ingenuidade ou omissão, com a fraude, a ilegalidade ou a corrupção”. Princípios que esteve subjacente à decisão de aumentar o número de inspetores, reforçando a fiscalização no terreno.

“Em Portugal, temos uma prática de nos dedicarmos muito a fiscalizar papéis. Os papéis podem não detetar muitas coisas, abusos e fraudes que o terreno deteta. Estar nos gabinetes em Lisboa a fiscalizar papéis, não me parece que seja muito produtivo”, disse Castro Almeida em entrevista conjunta à TSF e Jornal de Notícias. “Do nosso lado, há tolerância zero para a fraude”, acrescentou.

O concurso interno para o preenchimento de 12 postos de trabalho de inspetor superior foi aberto pela Agência por dez dias e recebeu 160 candidaturas. Apesar de decisão de abertura do concurso remontar a um despacho do conselho diretivo da Agência de 17 de abril, o concurso só abriu a 27 de maio, dia em que foi publicado na segunda série do Diário da República.

As Finanças não autorizavam abertura de concursos para inspetores de fundos europeus, que tinham a carreira congelada há 15 anos. A decisão de abrir o concurso resultou do facto de não existirem trabalhadores “em situação de valorização profissional cujo perfil se adequasse às características do posto de trabalho em causa”. O concurso tem validade de um ano e “destina-se ao preenchimento dos postos de trabalho vagos e existentes à data da sua abertura, bem como aos que vierem a vagar até ao termo do seu prazo de validade”.

Um inspetor superior principal ganha no máximo 900 euros, de ordenado base, a que acresce um suplemento de função de 22,5%, pago por 12 vezes. Ou seja, por mês cada inspetor ganhará 1.102,5 euros. Mas, durante a fase de estágio, os trabalhadores podem optar pelo vencimento do lugar de origem, já que o salário base é de 370 euros.

De acordo com as regras deste aviso, há 160 “trabalhadores com relação jurídica de emprego público por tempo indeterminado previamente estabelecida”, com licenciatura, que querem mudar de função no Estado. Por outro lado, não podem concorrer “candidatos que, cumulativamente, se encontrem integrados na carreira, sejam titulares da categoria e, não se encontrando em mobilidade, ocupem postos de trabalho previstos no mapa de pessoal do órgão ou serviço idênticos aos postos de trabalho para cuja ocupação se publicita o procedimento”.

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IEFP tem mais 46 milhões para reforçar competências digitais dos trabalhadores

IEFP tem aberto mais um concurso, no âmbito do programa Formação Emprego Digital. Desta vez, dotação é de 46 milhões, foi adiantado ao ECO. Até agora, 194 mil trabalhadores já foram abrangidos.

O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) tem aberto um novo concurso para o Formação Emprego Digital, programa que pretende reforçar as competências tecnológicas dos trabalhadores portugueses. Segundo foi adiantado ao ECO, a dotação, desta vez, é de 46 milhões de euros. No primeiro concurso, foram abrangidos 194 mil trabalhadores.

“No primeiro aviso de concurso — aberto entre novembro de 2022 e março de 2023, foram aprovadas 279 candidaturas, que abrangiam 193.935 trabalhadores“, avança ao ECO fonte oficial do IEFP, que garante que o programa não só está a “funcionar muito bem“, como está a ter “mais procura do que a inicialmente prevista“.

“Por esse facto se decidiu lançar novo aviso de concurso“, indica o IEFP. As candidaturas a este novo concurso têm de ser apresentadas até às 18h00 do dia 17 de julho.

O instituto sinaliza que a intenção é ter as candidaturas aprovadas até ao final de agosto, de modo a que em setembro as entidades possam dar início às ações de formação.

Convém explicar que, ao contrário de outros programas do IEFP, neste quem apresenta as candidaturas não são os trabalhadores que querem fazer formação, nem sequer as empresas para as quais trabalham.

Antes, as candidaturas a projetos têm de ser apresentadas pelos parceiros sociais (ou seja, confederações patronais ou centrais sindicais), pelas entidades da economia social certificadas, as instituições do ensino superior ou outras entidades formadoras certificadas.

Na candidatura, essas entidades têm logo de indicar o âmbito e objetivos da formação que pretendem ver apoiada, bem como a carga horária, o número de formandos a abranger (até mil), o volume de formação, o custo e o regime (presencial, remoto ou híbrido).

De uma forma geral, tanto por parte das empresas, como por parte dos trabalhadores, há preferência pela Formação Emprego Digital.

Rita Messias

Presidente da direção da APEFOR

Com base neste modelo — e porque garante que os trabalhadores recebem subsídio de refeição, quando a formação acontece fora do horário laboral –, a presidente da direção da Associação Portuguesa de Entidades Formadoras (APEFOR) já tinha declarado, em conversa com o ECO, que o Formação Emprego Digital era mais atrativo do que outras medidas do IEFP também com vista a reforçar as competências digitais dos trabalhadores, como o cheque de formação digital.

No caso desse outro programa, é o trabalhador que tem de se candidatar e paga logo o custo da formação, recebendo só mais tarde um reembolso por parte do IEFP. Já no âmbito do Formação Emprego Digital, o trabalhador não só não tem de pagar nada, como até pode receber o tal subsídio.

“De uma forma geral, tanto por parte das empresas, como por parte dos trabalhadores, há preferência pela Formação Emprego Digital“, assegurou Rita Messias.

Por exemplo, conforme já avançou o ECO, o cheque de formação digital só tem aprovadas, até ao momento, cerca de 1.500 candidaturas, longe do objetivo de 25 mil trabalhadores abrangidos que o Governo definiu com o prazo de setembro de 2025.

Tanto o cheque de formação digital, como o formação emprego digital fazem parte do programa Emprego + Digital 2025, que é financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O objetivo global é abranger 200 mil trabalhadores, meta que o IEFP adianta que ainda não está cumprida, mas deverá ser alcançada até ao final deste ano, bem antes do prazo.

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Défice do primeiro trimestre ainda permite excedente em 2024

Um défice orçamental no primeiro trimestre não dita qual o desfecho do saldo na globalidade do ano, mas há riscos, consideram os economistas consultados pelo ECO.

O défice de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) registado pelo Estado português no arranque do ano não se traduz automaticamente no risco de um saldo orçamental negativo no final de 2024. O argumento é sublinhado ao ECO por três economistas, que alertam antes para o impacto de eventuais decisões que se tomem no resto do ano.

Os dados divulgados, esta segunda-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que Portugal voltou a registar um défice, em contabilidade nacional (a que conta para Bruxelas), nos primeiros três meses do ano, o que compara com o excedente orçamental de 1,1% alcançado em igual período do ano passado. O desequilíbrio no arranque do ano não é, contudo, inédito, antes pelo contrário. Apenas no ano passado se registou pela primeira vez (desde o início dos anos 2000, série histórica do INE) um saldo positivo neste período, correspondente a 692 milhões de euros.

Antes, no primeiro trimestre de 2022, por exemplo, Portugal registou um défice de 0,6% do PIB, enquanto nos primeiros três meses de 2021 o défice atingiu 5,7% e no mesmo período de 2019 o saldo foi neutro.

O défice de 0,2% do PIB nos primeiros três meses deste ano corresponde a -118,9 milhões de euros, resultado de um aumento da despesa (11%) superior ao da receita (7,3%).

“Com um défice de cerca de 100 milhões de euros digamos que está tudo em aberto”, considera o economista e diretor do gabinete de estudos do Fórum para a Competitividade, Pedro Braz Teixeira. O economista recorda, por exemplo, que o saldo é afetado pelo efeito extraordinário da alocação adicional de verbas ao Sistema Elétrico Nacional (SEN) para redução das tarifas de eletricidade.

“O resultado pode ser revertido”, acredita, acrescentando que “a herança não tem uma gravidade e expressão que ponha em causa o resto do ano”. Contudo, alerta que existe o “risco político” de medidas que venham a ser tomadas, devido à atual configuração do parlamento.

Por seu lado, o economista e coordenador do NECEP – Católica Lisbon Forecasting Lab, João Borges de Assunção, destaca que “os aumentos de despesa pública no primeiro trimestre (11,0% face ao trimestre homólogo) são algo preocupantes, mas resultam da aplicação do orçamento de Estado para 2024”. “Os dados parecem ser consistentes com a informação já veiculada pela Direção-Geral do Orçamento (DGO)”, refere, cujas dados apontaram para um défice de 259 milhões de euros até março, em contabilidade pública (na ótica de caixa).

Segundo os dados do INE, divulgados esta segunda-feira, o crescimento da despesa corrente resulta do aumento dos encargos com prestações sociais (11,6%), das despesas com pessoal (9,6%), dos encargos com juros (9,7%), do consumo intermédio (4,1%), dos subsídios (103,4%) e da outra despesa corrente (6,7%).

Para João Borges de Assunção, contudo, “ainda é cedo” para retirar ilações para a totalidade do ano. “Os dados das contas públicas são bastante voláteis na frequência trimestral mesmo quando anualizados. Há muitos efeitos sazonais e pontuais que limitam a possibilidade de tirar grandes conclusões para o resto do ano. Ainda mais numa altura em que houve mudança de governo”, refere.

No entanto, adverte que “neste momento a preocupação com as finanças públicas é real”. “Por um lado, a atual composição do parlamento é favorável a medidas que prejudicam as finanças públicas, e por outro vão entrar em vigor critérios ligeiramente diferentes para a condução da política orçamental nos países do euro com elevados níveis de dívida, como é ainda o caso de Portugal”, argumenta.

“Mas penso que vai demorar algum tempo até se conseguir ver nos dados trimestrais do INE sobre saldos e poupança dos vários setores institucionais, sinais inequívocos de preocupação com as contas”.

Por seu lado, Ricardo Ferraz, investigador no ISEG e professor na Universidade Lusófona, alerta que embora existam os resultados de apenas um trimestre, “ainda assim, as campainhas devem soar”. “É que o INE diz-nos que a despesa corrente cresceu 11% em termos homólogos, o que corresponde a um aumento de quase 2,5 mil milhões de euros; sendo que podemos considerar que a grande parte desse valor é despesa permanente”, justifica.

O economista adverte que “já foram adotadas novas medidas, agora no tempo do atual Governo, que também têm impacto nas contas do Estado”. “Parece-me evidente que há riscos que não devem ser desvalorizados. O Governo deve por isso estar muito atento e adoptar uma postura cautelosa na condução da política orçamental, caso contrário o excedente orçamental previsto para o conjunto de 2024 poderá ficar em causa”, afirma.

Novas regras ditam menor margem orçamental

Os dados do INE foram conhecidos depois de, na última sexta-feira, a Comissão Europeia ter transmitido bilateralmente a Portugal a trajetória de referência que o país deverá usar no desenho do plano orçamental estrutural de médio prazo.

O plano, que será negociado com Bruxelas durante o verão, já condicionará o Orçamento do Estado para 2025 e obrigará o Ministério das Finanças a um ajustamento orçamental, uma vez que o país ainda tem um rácio da dívida pública superior a 60% do PIB (99,1% em 2023).

Portugal é um dos oito países – entre os 12 com um peso da dívida superior a 60% do PIB – cujos novos critérios de Bruxelas determinam o ajustamento orçamental ao longo de períodos de quatro e de sete anos, a par da Áustria, Bélgica, Alemanha, Grécia, Hungria, Eslovénia e Espanha, de acordo com uma análise do think-tank Bruegel.

Ainda assim, o ajustamento pedido a Portugal será pequeno, porque o país já tem excedentes primários “consideráveis”, calcula o think-tank. Contudo, ao contrário da maioria dos países, que teriam de fazer maiores ajustamentos com o anterior quadro de governação, Portugal fica com menor margem orçamental com os novos critérios.

O país terá de fazer um ajustamento de 1% do PIB no caso do plano de quatro anos e de 0,7% no caso de sete anos face em comparação com as antigas regras. Este cenário irá condicionar o desenho do próximo Orçamento do Estado, tendo o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, avisado recentemente – ainda antes do arranque das negociações orçamentais – que as medidas da oposição serão analisadas dentro de um quadro que não coloque em causa o equilíbrio das contas públicas.

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Decisão sobre novas metas de qualidade dos CTT nas mãos do Governo

Anacom diz que já enviou ao Governo a proposta com novos parâmetros de qualidade para o serviço postal universal. Decisão técnica, mas sensível, está nas mãos da tutela.

Há sensivelmente oito meses, a 24 de outubro de 2023, a Anacom aprovou um “projeto de proposta” com novos parâmetros de qualidade de serviço para os CTT, metas que a empresa terá de cumprir caso venham a ser aprovadas pelo Governo. Sucedeu-se uma consulta pública, concluída faz esta semana meio ano. Mas há quase dois anos e meio que os Correios aguardam pela definição de novas metas, mais alinhadas com as “melhores práticas” da União Europeia.

Enquanto as novas metas não aparecem, apesar de isso estar previsto na nova concessão do serviço postal universal, os CTT têm trabalhado com objetivos que remontam a abril de 2021, alguns dos quais a empresa já considerou serem “impossíveis” de cumprir. Assim, sem surpresa, o grupo falhou todos os objetivos em 2022, e tê-los-á falhado também em 2023, à exceção de um, de acordo com os dados preliminares, conforme noticiou o ECO.

Agora, segundo o regulador das comunicações, há mais de um mês que a bola está do lado do Governo: “Findos os prazos de audição e consulta ao mercado e analisados os contributos, recebidos, a Anacom remeteu ao Governo, em 2 de maio de 2024, a proposta de parâmetros de qualidade de serviço e objetivos de desempenho associados à prestação do serviço postal universal (conjuntamente com o relatório de audiência prévia e da consulta realizados)”, confirmou fonte oficial.

Contactado pelo ECO, o Ministério das Infraestruturas e Habitação, que tutela este setor, não respondeu.

A decisão a tomar pode ser sensível por dois motivos. Primeiro, porque será a primeira vez que o ónus está no Governo e não na Anacom, na medida em que Pedro Nuno Santos, então ministro das Infraestruturas, decidiu em 2022 retirar ao regulador o poder de definir unilateralmente estes critérios técnicos. Na Lei Postal atualmente em vigor, a Anacom propõe ao Governo, e o Executivo decide.

Segundo, porque os CTT já se mostraram, no dia 27 de outubro de 2023, pouco satisfeitos com a proposta da Anacom quando a mesma foi conhecida em outubro de 2023. A empresa entende que a “significativa simplificação” anunciada pelo regulador, além de “tardia”, é “mais aparente do que real”. Pior, o grupo diz que a passagem de 24 para apenas oito indicadores continua desfasada “das melhores práticas europeias, o que contraria o previsto na lei e no contrato de concessão”.

Contactada, fonte oficial dos Correios confirmou que “a posição dos CTT face aos indicadores de qualidade aplicáveis ao contrato de 2022 não se alterou”.

Assim, para a tutela protagonizada pelo ministro Miguel Pinto Luz, a decisão a tomar está entre contrariar o regulador, aprovando indicadores diferentes ou ajustados, ou validar a intenção da Anacom e arriscar um braço-de-ferro com a empresa liderada por João Bento, que tem fama de recorrer a arbitragens com o Estado para defender o que considera serem os seus direitos.

“No âmbito da lei, compete ao membro do Governo responsável pela área das comunicações fixar, para um período plurianual mínimo de três anos, os parâmetros de qualidade de serviço e os objetivos de desempenho associados à prestação do serviço universal, nomeadamente os respeitantes aos prazos de encaminhamento, à regularidade e à fiabilidade dos serviços, bem como as regras relativas à sua medição, monitorização e divulgação”, recorda a Anacom, salientando que os CTT foram consultados no âmbito da proposta que submeteu ao Executivo.

Qualquer que seja a decisão do Governo, ela desbloqueará automaticamente um dos dois mecanismos de compensação que podem ser impostos aos Correios sempre que a empresa não cumpra num dado ano os indicadores definidos pelo Estado. Isto porque a concessão que entrou em vigor em fevereiro de 2022 determinou que, até haver novos indicadores, essa compensação será sempre por via de “obrigações de investimento” e nunca pela via alternativa de cortes nos preços do correio, como aconteceu vários anos antes da chegada da nova concessão.

Certo é que, mais de dois anos volvidos desde 2022, ano em que a empresa falhou todos os objetivos, não se conhece qualquer plano de investimentos que os Correios terão de cumprir para compensar os utilizadores do serviço postal. E, sobre isso, a empresa limita-se a responder que “o processo administrativo está a decorrer”.

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