PPE quer ficar com metade do mandato de presidente do Conselho Europeu

  • ECO
  • 17 Junho 2024

O Partido Popular Europeu (PPE) propôs aos socialistas que o mandato do presidente do Conselho Europeu seja dividido em duas partes e que o partido fique com uma das partes de dois anos e meio.

O Partido Popular Europeu (PPE) propôs aos socialistas que o mandato do presidente do Conselho Europeu seja dividido em duas partes, cada uma de dois anos e meio, e que o partido fique com uma das partes, avança o Politico. A ideia de dividir o cargo foi lançada pelo primeiro-ministro croata Andrej Plenković, numa reunião interna do PPE.

Para além de garantir um segundo mandato para a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e mais dois anos e meio para a presidente do Parlamento Europeu, a maltesa Roberta Metsola, o PPE quer uma parte da presidência do Conselho, que atualmente é ocupada pelo belga Charles Michel. Ou seja, quer os seus representantes em três dos quatro cargos nos próximos cinco anos.

Caso se confirme a escolha de António Costa para a presidência do conselho e vingue esta proposta de partilha do mandato entre os socialistas e o PPE, o antigo primeiro-ministro português exerceria o cargo durante metade do tempo.

Atualmente, o mandato do presidente do Conselho Europeu é de dois anos e meio, tendo depois de ser renovado pelos líderes da União Europeia, mas, normalmente, um presidente tem sido apoiado pelos líderes durante dois mandatos.

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EDP recebe 100 milhões pela venda de participação em Macau à China Three Gorges

Elétrica portuguesa concluiu esta segunda-feira venda dos 50% que detinha na Energia Ásia, holding cujo único ativo é uma posição de 21,2% na Companhia de Eletricidade de Macau.

A EDP EDP 0,00% concluiu esta segunda-feira a venda de uma participação de 50% que o grupo detinha na Energia Ásia à China Three Gorges, o seu principal acionista, “por uma contrapartida total de cerca de 100 milhões de euros”, anunciou a empresa num comunicado divulgado através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“A Energia Ásia era uma subsidiária detida a 50% pela EDP e 50% pela ACE Asia Co. Ltd. cujo único ativo é a participação de 21,2% na Companhia de Eletricidade de Macau – CEM, S.A., que atua como concessionária exclusiva nas atividades de transmissão, distribuição e comercialização de eletricidade em Macau desde 1985″, informa a elétrica no comunicado.

No dia 29 de dezembro de 2023, a EDP tinha anunciado ao mercado a celebração de “um contrato de compra e venda” desta participação com a China Three Gorges, o conglomerado chinês que detém 21,01% do capital e direitos de voto da EDP.

A empresa comandada por Miguel Stilwell aponta que “esta transação está totalmente alinhada” com o Plano de Negócio da EDP para o triénio que termina em 2026 e que permite “a realocação do seu capital nas suas atividades principais”.

Na sessão desta segunda-feira, as ações da EDP registaram um tombo de 3,43% na bolsa de Lisboa, encerrando a valer 3,54 euros cada título.

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Portugal com 151 inscrições no festival de criatividade Cannes Lions

Em 2023, recorde-se, Portugal situou-se na 24.ª posição dos mais premiados, com um leão de ouro, dois de prata, três de bronze e 13 shortlists.

Portugal está representado com 151 trabalhos no Cannes Lions, o mais importante festival de criatividade do mundo. Este número traduz um recuo de 33 trabalhos em relação a 2023, uma edição histórica em número de casos inscritos e também de prémios conquistados.

Por categorias, as agências e marcas a operar em Portugal inscreveram 18 casos em Brand Experience & Activation, 14 em Design e e 13 em Direct. A categoria Entertainment Lions for Sport tem 12 inscrições, mais uma do que Sustainable Development Goals.

Com nove casos a concurso surgem Audio & Radio, Industry Craft e Outdoor. Digital Craft e Media apresentam seis inscrições e Entertainment cinco. Health & Wellness surgem com quatro casos a concurso, o mesmo número de Print & Publishing.

Creative Strategy e Glass: The Lion for Change têm três trabalhos inscritos e em Creative Data, Creative Effectiveness, Film Craft, PR e Titanium Portugal apresenta dois trabalhos. Innovation, com uma inscrição, fecha o leque de categorias nas quais agências e marcas presentes no mercado nacional apostaram.

Com 7.224 inscrições, os EUA são o país com mais trabalhos a concurso na edição deste ano. Seguem-se o Reino Unido, com 2.120 inscrições e o Brasil, com 2.066. Na quarta posição surge a Alemanha, o país da Europa com mais mais inscrições. Portugal surge na 29ª posição, num festival ao qual concorrem 92 países. No total estão a concurso 26.753 casos, menos 239 do que em 2023.

Brand Experience & Activation, com 2.262 casos, Outdoor com 2.053 e Direct, com 2.025 são as categorias com mais inscrições.

Oito entradas em shortlist

Até ao momento, Portugal tem oito entradas em shortlist. Os seis trabalhos, que permitiram as oito nomeações, foram desenvolvidos pela Bar Ogilvy (três), Dentsu Creative (dois), Judas (um), Havas (um) e Coming Soon (um). As shortlists de algumas categorias ainda não foram divulgadas.

Em 2023, recorde-se, Portugal situou-se na 24.ª posição dos mais premiados, com um leão de ouro, dois de prata, três de bronze e 13 shortlists.

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Linha Rosa do Metro do Porto já vai com atraso de 700 dias

Grupo de trabalho, criado por deliberação da AM do Porto, aponta falhas na gestão das obras da Metro do Porto, o não cumprimento dos prazos e a não compensação de comerciantes lesados.

O “constante deslizamento dos prazos” — que chegaram a atingir “os 700 dias na Linha Rosa à data de 30 de abril” –, a falta de informação sobre o decurso das obras e o impacto económico negativo na cidade e na vida dos munícipes, com consequente fecho de alguns negócios sem receberem qualquer tipo de compensação financeira, foram as principais falhas apontadas à Metro do Porto pelo Grupo de Trabalho para Acompanhamento de Investimentos de Transporte Público às empreitadas em curso por toda a cidade.

As obras decorrem em várias frentes e a cidade transformou-se num estaleiro “a céu aberto”, principalmente no caso da futura linha Rosa (São Bento – Casa da Música) e do metrobus (Casa da Música – Praça do Império), apontou o presidente da Assembleia Municipal (AM) do Porto, Sebastião Feyo de Azevedo, durante uma conferência de imprensa esta segunda-feira, na Câmara do Porto.

Este grupo de trabalho, criado a 19 de fevereiro por deliberação da AM, manifestou um conjunto de preocupações em relação às falhas na gestão das empreitadas, ao não cumprimento dos prazos e à desinformação para com os cidadãos. Lamentou ainda o facto de a resposta da Metro do Porto aos dois primeiros relatórios, que enviou, ter chegado apenas esta segunda-feira, precisamente no dia da conferência de imprensa.

Ainda assim, a resposta da transportadora não “acalmou” as preocupações deste grupo de trabalho — constituído pelo presidente da AM e pelos líderes dos partidos políticos com assento neste órgão municipal –, principalmente em relação à compensação financeira aos comerciantes prejudicados com as empreitadas.

As obras têm avançado com deslizes dos prazos com prejuízo para a cidade, dos munícipes e da atividade económica.

Sebastião Feyo de Azevedo

Presidente da Assembleia Municipal (AM) do Porto

O grupo questionou a Metro do Porto acerca das negociações que “foram encetadas com os comerciantes afetados pelas obras e se as mesmas foram revistas, considerando os atrasos da empreitada”. O ECO/Local Online sabe que transportadora respondeu que “até à data não foram realizadas compensações a comerciantes visto que não existiram constrangimentos que o justificasse“. Uma situação que o grupo de trabalho contesta, uma vez que tem conhecimento de pelo menos um caso de um comerciante que fechou as portas por causa das empreitadas.

Metrobus pronto até agosto

Durante a conferência de imprensa, o presidente da AM do Porto referiu que “as obras têm avançado com deslizes dos prazos com prejuízo para a cidade, dos munícipes e da atividade económica”. Aliás, detalhou, está “em questão o modelo de gestão e o contacto com a população”, adiantando: “Não acreditamos que o metrobus vai estar pronto em julho” como a empresa já anunciou publicamente. O ECO/Local Online sabe que, no mesmo documento que o grupo recebeu esta segunda-feira, a Metro do Porto avançou com a data limite de 23 de agosto deste ano, incluindo 30 dias para ensaios, relativamente ao prazo contratual da empreitada de conceção-construção.

Rui Sá, da CDU, avançou, por sua vez, que “há duas frentes de obra da Linha Rosa que têm 700 dias de atraso a 30 de abril”, o que leva a crer que, “no final da obra, o atraso será ainda maior”. “Essa é uma das nossas maiores preocupações”, reiterou. E as críticas sobem de tom: “Foram tomadas algumas opções estratégicas à revelia do município, por exemplo a forma como vai ser feita na rotunda o metrobus e a inversão de marcha dos autocarros.”

Há duas frentes de obra da Linha Rosa que têm 700 dias de atraso a 30 de abril.

Rui Sá

Líder da CDU na Assembleia Municipal do Porto

O grupo de trabalho chega a sugerir à Metro do Porto a colocação de outdoors na cidade para melhor informar os cidadãos e estes poderem acompanhar o decurso da empreitada. Num segundo relatório enviado à Metro do Porto lê-se: “A informação dos cidadãos é absolutamente imprescindível em obras com o impacto social e económico desta magnitude, causadoras de enormes transtornos e passíveis de incompreensão, quando não devidamente explicadas.”

Para o líder do Grupo Municipal Rui Moreira: Aqui Há Porto, Raul Almeida, a Metro do Porto “está a falhar flagrantemente os prazos e a informação à população”, apontando ainda a “incapacidade de planeamento”. Aliás, destacou, “há um deslizar permanente de prazos em prejuízo das pessoas e da cidade, e um incompreensível desprezo na vida das pessoas na forma como é comunicado este processo de obras no Porto”. Advertiu, contudo, que este grupo de trabalho não está contra a política de transportes na cidade, mas sim, “descontente com a gestão das obras, e o impacto na vida dos munícipes e na cidade do Porto”.

“O que vai ser uma mais-valia na vida da cidade que não seja um processo violento de negligência nas pessoas e na vida das mesmas”, assinalou Raul Almeida, apontando ainda as “repetidas atitudes [da Metro do Porto] que depois levam à falta de credibilidade em relação à obra”.

Está a falhar flagrantemente os prazos e a informação à população.

Raúl Almeida

Líder do Grupo Municipal Rui Moreira: Aqui Há Porto

Igualmente o líder do grupo municipal do PS, Agostinho Sousa Pinto, manifestou-se preocupado em relação “aos atrasos e ao impacto [das empreitadas] na economia e na cidade”, acrescentando ainda a “sensação de insegurança em relação às obras”.

Também o líder do grupo municipal do PSD, Miguel Côrte-Real, contestou o andamento das obras, sublinhando que “esta sessão de hoje é um grito de indignação do metro do Porto que não ouve os portuenses“.

As derrapagens dos prazos e os constrangimentos na mobilidade na cidade também têm sido motivo de contestação da parte do autarca Rui Moreira. Numa carta enviada a 4 de janeiro ao presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, o autarca independente avisou que “será impossível confiar num plano de obra apresentado pela Metro do Porto, cuja imprevisibilidade é uma constante” e “é inevitável que se perca toda e qualquer confiança nos cronogramas apresentados, nas soluções construtivas propostas, assim como nas promessas de entrega do espaço público nas datas apresentadas”.

Na carta, a que o ECO/Local Online teve acesso, o autarca portuense lamenta que “nada do que foi planeado e apresentado (…) está a ser cumprido” pela transportadora. As críticas sobem de tom quando o edil portuense assinala “alterações ao que estava anteriormente projetado que vão agravando, ainda mais, as condições de mobilidade e os constrangimentos ao normal funcionamento da cidade“. É o caso das obras da futura linha Rosa (São Bento – Casa da Música) e às do metrobus (Casa da Música – Praça do Império).

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Lacerda Sales insiste que processo das gémeas “começou antes” da sua tomada de posse

Apesar de ter invocado a condição de arguido para se remeter ao silêncio, Lacerda Sales decidiu responder a algumas questões dos deputados na comissão de inquérito ao caso das gémeas tratadas no SNS.

O antigo secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, suscitou esta segunda-feira “dúvidas” sobre a desmarcação da consulta no Hospital Lusíadas ainda antes de estar marcada a consulta no Hospital Santa Maria para as gémeas brasileiras tratadas com um medicamento de quatro milhões de euros, e insistiu, várias vezes, que todo o “processo começou antes” da sua tomada de posse.

Apesar de ter invocado a condição de arguido para se remeter ao silêncio, durante a sua audição na comissão de inquérito ao caso das gémeas tratadas com o medicamento Zolgensma no Santa Maria, o antigo secretário de Estado decidiu responder a algumas questões, tendo chegado a trocar galhardetes com o deputado do CDS João Almeida, que acusou Lacerda Sales de “alimentar teorias contraditórias”.

O antigo governante assegurou que não alimenta “manobras de diversão numa casa” que tem “tanto respeito, como é a Assembleia da República”, e que as “dúvidas” por si levantadas sobre a desmarcação da consulta no Hospital Lusíadas ainda antes de estar marcada a consulta no Hospital Santa Maria são duvidas que, a seu ver, subsistem e para as quais há pontas soltas” que devem ser esclarecidas.

“A 22 novembro de 2019, a consulta do hospital dos Lusíadas foi desmarcada. Coincidência ou não? Quem desmarcou as consultas? Por que se esgotou esta via de acesso quando não havia ainda consulta marcada num hospital EPE?”, questionou Lacerda Sales, lembrando que a consulta no hospital público só foi marcada a 6 de dezembro de 2019.

O antigo secretário de Estado reiterou que não está “disponível” para ser “bode expiatório” e, em resposta à deputada bloquista Joana Mortágua, afirmou que “basta que olhe para a cronologia do processo” para ver que tudo se iniciou antes da sua tomada de posse, a 26 de outubro de 2019. “O processo tem muitos antecedentes. Creio que remete para setembro de 2019″, atirou.

António Lacerda Sales garantiu ainda que no seu gabinete “não entrou nenhum ofício”, seja do Presidente da República, da então ministra da saúde Marta Temido, do então primeiro-ministro António Costa ou de qualquer personalidade “hierarquicamente acima”.

Questionado por um deputado sobre o louvor dado à secretária — que afirmou à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) que enviou um email ao hospital Santa Maria a pedido do próprio ex-secretário de Estado –, Lacerda Sales disse “um louvor a uma secretária é um procedimento convencional” e que o deu “a todos”. “Se soubesse desta matéria, não voltava a proferir esse despacho.”

Questionado sobre os deputados sobre o facto de a administração do medicamento ter sido recusado num outro hospital público antes de o processo seguir para o Santa Maria, Lacerda Sales acha “natural” que “diferentes colegas”, e “diferentes hospitais”, tenham diferentes opiniões. “Sou médico há 40 anos e quantas vezes não digo aos meus doentes para pedirem uma segunda opinião?”, questionou.

Já sobre o facto de ter reunido com Nuno Rebelo de Sousa, filho de Marcelo Rebelo de Sousa, que terá tentado interceder pelas gémeas para que fossem tratadas no SNS, Lacerda Sales foi taxativo: “A minha transparência era de receber toda a gente que me pedia audiências. Às vezes até às tantas da noite”, afiançou.

“Eu já assumi a responsabilidade política” sobre este caso, dado que “era Secretário de Estado” na altura, concluiu Lacerda Sales, sublinhando, no entanto, que a “responsabilidade técnica ou penal” está por apurar.

Para o antigo governante, o “escrutínio político é de facto muito importante” e “contribui para a essência e a transparência”. Mas “deve ser feito de forma responsável naquilo que é o respeito pelos principio éticos” e “livre de instrumentalizações político-partidárias”.

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Montenegro confiante no “sucesso” da candidatura de Costa à liderança do Conselho Europeu

Primeiro-ministro diz que é possível um acordo esta segunda-feira sobre distribuição de cargos nas instituições europeias. Candidatura de Costa ao Conselho Europeu terá "sucesso", acredita.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, perspetiva que será possível chegar a um acordo esta segunda-feira à noite relativamente à distribuição dos principais cargos nas instituições europeias, numa reunião informal de líderes que decorre em Bruxelas. Montenegro também acredita que a eventual candidatura do ex-primeiro-ministro António Costa a presidente do Conselho Europeu terá “sucesso”.

A minha perspetiva é que será possível hoje [segunda-feira] darmos o primeiro passo e será possível no conselho formal, de 27 e 28, chegarmos a um entendimento final para tomarmos as decisões que temos de tomar no Conselho Europeu e, depois, apresentar as propostas que têm de ser votadas no Parlamento Europeu”, referiu, em declarações transmitidas pelo serviço audiovisual EBS+ da União Europeia.

O primeiro-ministro explicou que, em primeiro lugar, o foco é ter um primeiro entendimento sobre o “desenho” da distribuição dos lugares pelas famílias políticas dos principais cargos das instituições europeias. Só depois será preenchido por candidatos concretos.

Sobre a candidatura de António Costa a presidente do Conselho Europeu, Montenegro mostrou-se confiante de que terá sucesso e reiterou que, da parte do Governo português, haverá todo o empenho em “sustentá-la, apoiá-la e levá-la a bom porto”.

“A minha expectativa é que, se a família socialista europeia escolher António Costa como o candidato a ocupar um elevado cargo, que no caso poderá ser a presidência do Conselho Europeu, se essa candidatura for assumida pela família socialista, estou convencido de que ela terá sucesso“, sublinhou.

Apesar de reconhecer que foi durante muitos anos opositor de Costa, Luís Montenegro salientou que, do ponto de vista do processo de construção europeia, há uma “grande confluência” de posições entre o PSD e o PS.

“Também sabem que António Costa tem posições políticas que fazem com que, para além de ser português, nós possamos ter mais confiança nele do que num socialista alemão, espanhol, maltês ou dinamarquês, pelo menos dos que foram apresentados até agora como potenciais candidatos”, acrescentou.

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Feira do Livro de Lisboa terá superado um milhão de visitantes e aumentado vendas

  • Lusa
  • 17 Junho 2024

Além do aumento dos visitantes, os resultados também parecem ter ultrapassado as expectativas em termos de vendas. 71% dos visitantes que foram à feira do livro foi para comprar.

Mais de um milhão de visitantes e um resultado de vendas superior ao de 2023 é o que se calcula que a Feira do Livro de Lisboa tenha alcançado este ano, segundo os dados preliminares divulgados esta segunda-feira pela organização.

Há uma enorme probabilidade de termos superado o objetivo de um milhão de visitantes, o que comprova mais uma vez que a feira cumpre o seu papel de promover os índices de leitura e de literacia”, disse o presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), que organiza a Feira do Livro de Lisboa.

Segundo Pedro Sobral, em termos de vendas, os resultados também parecem ter ultrapassado as expectativas, com “a maioria dos associados” a dizer que a feira, que decorreu entre os dias 29 de maio e 16 de junho, “correu melhor do que no ano passado”.

Daquilo que foi dado a observar, além do aumento do número de visitantes, havia “muito mais gente com livros”, acrescentou, especificando que um dado que pode já ser avançado é que “71% dos visitantes da feira do livro, foi para comprar”.

“Antigamente, a maioria das pessoas ia à feira para passear e, já agora, aproveitavam e compravam qualquer coisa. Agora não, agora as pessoas já começam a ir, cada vez mais, com o objetivo de comprar”, sublinhou.

Agora, se as pessoas estão a ler mais, é uma incógnita que permanece – porque “uma coisa é comprar livros, outra coisa é ler” -, mas que será desvendada em setembro, quando for apresentado um estudo sobre essa matéria, na segunda edição do Book 2.0, adiantou o responsável.

Este evento, organizado pela APEL com o objetivo de discutir o futuro dos livros em Portugal e na Europa, que teve a sua primeira edição no ano passado, vai decorrer nos dias 5 e 6 de setembro, na Fundação Oriente, em Lisboa, em complementaridade com a Festa do Livro de Belém, e com o alto patrocínio da Presidência da República.

“O mais relevante é que vamos apresentar um estudo sobre os hábitos de compra de livros, complementado com um estudo sobre os hábitos e índices de leitura”, afirmou Pedro Sobral, confessando-se “ansioso para ver os resultados” e perceber se efetivamente os portugueses estão a ler mais.

O mercado continua a crescer, isso é um facto, o que leva a crer que as pessoas compram mais livros, mas só o estudo irá dizer em que é que isso se traduz“, acrescentou.

O presidente da APEL adiantou ainda que durante esta segunda edição do Book 2.0 será também apresentado o resultado de um “estudo sobre a pegada de carbono do setor editorial e livreiro, que saiu da primeira edição”.

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DST Solar vence concurso de quatro milhões para construir cinco centrais solares flutuantes

Estima-se que estas cinco centrais fotovoltaicas venham a alcançar uma produção anual de 7,9 gigawatts-hora, evitando a emissão de 1.455 toneladas por ano de dióxido de carbono.

A DST Solar, empresa especializada na área da energia solar, anunciou ter vencido o concurso público “EDIA Flutuante”, ficando responsável por construir cinco centrais fotovoltaicas flutuantes, num investimento de cerca de quatro milhões de euros.

Desta vez, o projeto contempla cinco albufeiras diferentes: Reservatório de Ferreira, Reservatório 4 Monte Novo, Barragem do Penedrão, Barragem de Pias e Barragem das Almeidas, anuncia a empresa através de um comunicado.

Estima-se que estas cinco centrais fotovoltaicas venham a alcançar uma produção anual de 7,9 gigawatts-hora, evitando a emissão de 1.455 toneladas por ano de dióxido de carbono para a atmosfera. A obra deverá ficar concluída em 11 meses e contará com 7.864 módulos fotovoltaicos, 4.521,8 kilowatts-pico (kWp) de potência instalada e 7.907.892 quilowatts-hora por ano (kWh/ano) de energia produzida.

“Este novo projeto de solar fotovoltaico flutuante reforça o papel da DST Solar como uma empresa de referência na energia solar em Portugal”, defende o diretor geral da DST Solar, Raul Cunha.

Esta operação vai contribuir para a redução da incidência da luz nos reservatórios, limitando o crescimento de algas e contribuindo para a qualidade da água e para a diminuição dos custos com a limpeza de filtros. De salientar ainda que a cobertura dos reservatórios vai reduzir a evaporação e, por consequente, os custos operacionais da distribuição de água.

A primeira central solar flutuante do país foi construída no Alqueva, pela EDP Renováveis, e inaugurada em 2022. No início deste ano, foi avançado pelo Expresso que a Finerge já arrancou com o licenciamento ambiental dos três projetos para centrais solares flutuantes que pretende desenvolver em Portugal, no quadro dos lotes ganhos no leilão promovido há quase dois anos pelo Governo português.

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Dos Onda Choc à direção de marketing da Via Verde, Raquel Abrantes, na primeira pessoa

Após integrar os Onda Choc, Raquel Abrantes percebeu que uma carreira artística não era para si. "Criar projetos do zero" é aquilo que a agora diretora de marketing da Via Verde mais gosta de fazer.

Com 38 anos recentemente completados, Raquel Abrantes é há quase três anos anos diretora de marketing da Via Verde. Do seu percurso fazem parte passagens por empresas como a L’Oréal, Sumol+Compal ou Sonae, onde esteve envolvida no lançamento da marca Wells e aprendeu que aquilo que mais gosta de fazer é criar projetos do zero. Mas parte do seu caráter começou a ser moldado ainda cedo, com a sua passagem pela banda juvenil Onda Choc.

“Tive de crescer bastante rápido, parte da minha infância não foi tradicional, fui rapidamente e muito cedo, com 10 anos, exposta ao julgamento e à responsabilidade de ter de atuar para milhares de pessoas, sem grande rede. E isso formou-me o caráter de alguma forma. Para mim os compromissos são para serem levados a sério, sempre”, diz em conversa com o +M.

Sem qualquer background artístico, a integração nos Onda Choc, onde permaneceu durante quatro anos, aconteceu através de um “daqueles acasos clássicos”, em que as amigas que iam ao casting a convidaram para as acompanhar, tendo Raquel Abrantes acabado por ser selecionada e as amigas não.

A agora diretora de marketing da Via Verde ainda equacionou, de facto, seguir uma carreira artística, algo que diz ter ponderado de uma forma “bastante racional”: “Achei que não tinha nem o talento nem a vontade verdadeira de perseguir uma carreira artística. Quem é artista tem de – para além de naturalmente muito talentoso – ter uma capacidade de se dedicar à arte que eu claramente não tinha. E, portanto, se não fosse para ser uma coisa levada a sério, mais valia não me dedicar completamente, e foi isso que aconteceu”.

No entanto, embora também goste de livros e filmes, a música é realmente mais a sua “praia”, diz, elencando Eric Clapton como artista preferido, o qual teve oportunidade de ver ao vivo recentemente na última viagem que fez a Itália, no Lucca Summer Festival, e que lhe valeu uma “grande alegria”.

Raquel Abrantes aponta também como algo importante na sua vida a vontade de fazer coisas sozinha e o gosto pela independência. Começou a trabalhar quando tinha 16 anos e quando fez Erasmus, na Bélgica, não quis receber ninguém para poder viver essa experiência “sem qualquer interferência”. Foi viver sozinha aos 24 anos, “relativamente cedo” para a sua geração.

Gosto de sentir o pulso às decisões que tomo, independentemente de como elas possam vir a correr“, diz a diretora de marketing da Via Verde.

Em termos profissionais, começou o seu percurso na L’Oréal, naquela que considera ser uma “escola fora de série” que lhe deu “muitas das bases”. Foi depois desafiada a ir para a Sonae, para um projeto que viria a tornar-se na Wells e que iria ser uma das “principais experiências” da sua vida.

“Deu-me duas grandes coisas: desconstruiu aquilo que eu achava que era um percurso típico e tradicional e ensinou-me rapidamente aquilo que eu gosto de fazer, que é projetos do zero. Gosto mesmo de criar coisas do zero“, explica.

Depois de um novo desafio na área comercial na L’Oréal, na categoria de maquilhagem, e de ter percebido que não era ali que ia ser feliz, decidiu ingressar na Omega Pharma (hoje em dia, Perrigo), que lhe permitiu voltar a criar coisas do zero e voltar ao mercado por que se tinha “apaixonado” na Wells.

“E costumo dizer que estaria na Omega Pharma até hoje se lá não tivesse conhecido o meu marido, mas achei por bem não misturar as coisas“, diz Raquel Abrantes, que vive em Lisboa com o marido e os dois filhos (um menino de cinco anos e uma menina com três).

Depois de uma passagem pela Henkel, ingressou na Sumol+Compal para criar, em conjunto com Paula Ribeiro – uma das pessoas com quem mais aprendeu a trabalhar e com quem se relaciona até hoje -, o departamento de inovação conceptual, naquele que foi mais um projeto que criou de raiz.

Isto até que recebeu o desafio da Via Verde, onde está há já quase três anos e onde encontrou “sem dúvida” o desafio da sua carreira.

“Tem sido um desafio enorme. Fui construir o departamento de marketing da Via Verde, que não existia, e temos vindo a alargar competências, nomeadamente no que à definição estratégica da Via Verde diz respeito. Tem sido uma jornada muito intensa, mas temos assistido a coisas que acho que dificilmente conseguiria assistir se estivesse numa empresa já mais estabelecida, ou com um modelo de negócio que não tivesse sofrido as transformações que a Via Verde sofreu”, explica.

Segundo a diretora de marketing, há cinco milhões de carros que usam Via Verde em Portugal, mas Raquel Abrantes quer ir mais longe. O desafio passa assim por dar a conhecer “todo o ecossistema” da Via Verde, que é uma marca com uma “awarenesse brutal”, mas onde havia poucas pessoas que conhecessem o conjunto de serviços da marca, que vão desde estacionamento, a carregamentos elétricos ou serviços de pagamento drive-thru.

Quando ao budget de que a marca dispõe para marketing, Raquel Abrantes diz que este é “muito interessante” e que “tem vindo a crescer”. Segundo a responsável, desde que mudou o seu modelo de negócio, a Via Verde “mais do que duplicou” o seu orçamento para marketing, o qual agora “já tem paralelo com o de grandes marcas internacionais“.

Raquel Abrantes em discurso direto

1 – Que campanhas gostava de ter feito/aprovado? Porquê?

Uma campanha nacional, terei de referir a incontornável campanha de lançamento da Telecel- “Tou sim, é para mim”-, não só pela forma como marcou o início de uma nova era na forma das pessoas comunicarem entre si, mas também porque acredito que ditou o ritmo e até o tom do segmento nos anos que se seguiram.

Uma campanha internacional seria a do Spotify, que é relativamente recente e que de uma forma muito subtil (mas inteligente), traz para a rua músicas e artistas e os associa ao Spotify. Tão simples, tão eficaz.

2 – Qual é a decisão mais difícil para um marketeer?

Somos todos consumidores e muitas vezes somos consumidores das nossas marcas muito antes de as gerirmos. E despir essa pele é difícil. Perceber que a nossa opinião pode não só não representar o target ou a maioria dos consumidores, como também não servir o objetivo da marca. Essa objetividade é fundamental na gestão de uma marca.

3 – No (seu) top of mind está sempre?

O consumidor. Entregar-lhe sempre aquilo que é a melhor proposta de valor para ele, sendo fiel aos princípios e valores da marca.

4 – O briefing ideal deve…

Ter objetivos claros, KPI mensuráveis e partilhados por todos e ser simples, claro e direto. Se alguém que não conhece a marca receber um briefing, deve conseguir perceber o que se pretende.

5 – E a agência ideal é aquela que…

É uma extensão da marca. Partilha dos nossos objetivos como se fosse parte da equipa de marketing. Mas que nos desafia no que ao mercado e ao consumidor diz respeito. É muito fácil perdermos alguma perceção do contexto quando trabalhamos uma marca e a agência ideal pode e deve trazer-nos também esse conhecimento.

6 – Em publicidade é mais importante jogar pelo seguro ou arriscar?

Depende dos objetivos, da marca e do momento. Há determinadas campanhas, para determinados targets que surgem em contextos muito particulares que não se prestam a campanhas “arriscadas”. Contudo, eu acho que devemos sempre fazer alguma coisa diferente em cada campanha, que devemos experimentar sempre alguma coisa nova, até para podermos medir os impactos de cada ação.

7 – O que faria se tivesse um orçamento ilimitado?

O orçamento de marketing deve guiar-nos naquilo que é o valor que temos disponível para impactar cada consumidor. Deve haver um limite para esse valor, até por uma questão de eficácia. Contudo, há uma área em que acredito que um orçamento ilimitado pode fazer a diferença, que é a área de responsabilidade social. Se não tivesse um orçamento limitado acho que era aí que colocava o meu orçamento extra. A impactar as comunidades locais, nomeadamente através das camadas mais jovens, proporcionando-lhes acesso à educação, à cultura, ao desporto…

8 – A publicidade em Portugal, numa frase?

Faz-se muito, com pouco.

9 – Construção de marca é?

É um trabalho inacabado. É saber que uma marca tem uma identidade e que tal como uma pessoa essa está sempre em atualização, sofrendo alterações ao longo do seu ciclo de vida.

10 – Que profissão teria, se não trabalhasse em marketing?

Possivelmente teria uma agência de viagens. Mais do que a paixão por viajar, gosto muito do processo de pesquisa, planeamento, organização que envolve uma viagem.

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Costa no Conselho Europeu? Tusk quer que suspeitas da Operação Influencer sejam “esclarecidas”

Primeiro-ministro polaco reconhece competências de António Costa para a presidência do Conselho Europeu, mas sublinha que as suspeitas judiciais em torno do próprio ainda precisam de ser esclarecidas.

Embora considere que António Costa tenha perfil para ser presidente do Conselho Europeu, o primeiro-ministro da Polónia, Donald Tusk, apontou esta segunda-feira que é importante que as suspeitas judiciais ligadas ao ex-primeiro-ministro português no âmbito da Operação Influencer sejam esclarecidas.

“Ainda me lembro de António Costa como um bom colega do Conselho Europeu e que foi um primeiro-ministro bastante eficaz e eficiente”, afirmou Donald Tusk, esta segunda-feira, citado pelo Politico, sublinhando ser evidente que “tem competências” para suceder a Charles Michel no cargo. No entanto, diz o também antigo presidente do CE, “temos de esclarecer o contexto jurídico”. “Sabem do que estou a falar”, reiterou.

As declarações surgem a poucas horas do início de um encontro informal entre os 27 Estados-membros que servirá para fazer um rescaldo das eleições europeias, e ainda aprovar, de forma preliminar, os candidatos à liderança das principais instituições europeias. Os nomes serão apresentados formalmente no Conselho Europeu de 27 e 28 de junho.

António Costa tem sido apontado como o nome mais consensual para a presidência do Conselho Europeu, resistindo às suspeitas judiciais que pairam sobre si. Embora não tenha sido constituído arguido, o ex-primeiro-ministro já foi ouvido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), a pedido do próprio, a propósito do caso Influencer, centrado no alegado favorecimento de um megaprojecto para a construção de um centro de armazenamento de dados digitais, uma pequena parte do qual já está de pé, em Sines. O processo levou à demissão de Costa, em novembro passado.

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Recuperar tempo de serviço dos professores custa mais 169 milhões do que prevê o Governo, estima UTAO

UTAO aponta que recuperação do tempo de serviço perdido pelos professores deverá ter impacto bruto de 469 milhões de euros, mais do que os 300 milhões de euros que o Governo contava gastar.

O Governo conta gastar 300 milhões de euros com a recuperação do tempo de serviço dos professores, mas, afinal, poderá ter de abrir ainda mais os cordões à bolsa. De acordo com uma análise da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), que foi conhecida esta segunda-feira, a reposição dos anos perdidos deverá ter um custo total bruto permanente de 469 milhões de euros.

Os professores viram as suas progressões congeladas durante nove anos, quatro meses e dois dias. Desse período, o Governo de António Costa recuperou dois anos, nove meses e 18 dias, mas os sindicatos que representam os docentes nunca desistiram de ver o restante tempo — seis anos, seis meses e 23 dias — reconhecido.

Em setembro, o líder da Fenprof, Mário Nogueira, disse numa entrevista ao ECO que esse era um dos motivos da intranquilidade que se vivia nas escolas. Entretanto, o PSD pediu à UTAO que avaliasse o impacto orçamental que a recuperação desse tempo de serviço teria, trabalho que arrancou no início deste ano.

Seis meses depois, a análise é conhecida esta segunda-feira, numa altura em que o Governo, agora liderado por Luís Montenegro, já chegou a acordo com a maioria dos sindicatos para a reposição desses mais de seis anos.

No relatório, a UTAO estuda três cenários possíveis e alternativos para o faseamento do tempo de serviço perdido. No primeiro cenário, é assumido que os créditos individuais seriam reconhecidos e pagos integralmente aos docentes em 2023. Já no segundo cenário, é assumido que os créditos individuais seriam reconhecidos e pagos à razão de 25% do total em cada um dos anos de 2024 a 2027.

Já o terceiro cenário é o correspondente ao “faseamento que foi acordado entre o Governo e as sete estruturas sindicais a 21 de maio”, isto é, o crédito é atribuído à razão de 25% ao ano, iniciando-se o pagamento da nova remuneração a 1 de setembro de 2023 e a 1 de julho de 2025, 2026 e 2027. Quer isto dizer que 2028 será o primeiro ano com 14 remunerações mensais com 100% do tempo de serviço recuperado.

Com base nisso, a UTAO calcula que a recuperação do tempo de serviço vai ter um impacto bruto de 41 milhões de euros, já no último quadrimestre de 2024. O Governo tinha apontado para 40 milhões de euros este ano, o que significa que as contas estão alinhadas com a UTAO.

Contudo, enquanto o Executivo de Luís Montenegro indicou que o custo seria 300 milhões de euros no ano em que “a totalidade do tempo estiver recuperado”, a UTAO aponta para 469 milhões de euros, uma diferença de 169 milhões.

“A aplicação da modulação da medida neste cenário 3 implicará a subida da despesa bruta com pessoal no ano cruzeiro de 2028 em 469 milhões de euros face à ausência de medida”, lê-se no relatório, que assinala também que, “utilizando como referencial o PIB previsto para 2024 no Programa de Estabilidade mais recente, é possível afirmar que o impacto bruto no saldo global das Administrações Públicas no ano cruzeiro de 2028 corresponderá a 0,07% do PIB“.

Ainda assim, uma parte significativa dessa verba é “recuperada” pelo Estado através de impostos e contribuições sociais. Por exemplo, do custo de 41 milhões de euros previsto para este ano, 23 milhões de euros deverão regressar aos cofres do Estado. Por outras palavras, o custo líquido é de 18 milhões de euros.

Olhando para o custo permanente, dos 469 milhões de euros, 267 milhões de euros voltam para o Estado pela via dos impostos e contribuições sociais, o que significa que o impacto líquido da recuperação do tempo de serviço dos professores é de 202 milhões de euros, de acordo com a UTAO.

No relatório conhecido esta segunda-feira, a UTAO adianta também que não foi capaz de estimar o impacto de uma medida equivalente para as demais carreiras da Função Pública que ainda não recuperaram todo o tempo de serviço congelado.

É incipiente a existência de bases de microdados em serviços-chave da Administração Central para realizar avaliações de impacto de medidas de política sobre emprego e remunerações. Como é possível lançar quase todos os anos estas medidas e, em 2024, ainda não existir informação de suporte às decisões? Decide-se de olhos quase fechados ao custo e à eficácia das medidas“, remata a UTAO.

(Notícia atualizada pela última vez às 16h33)

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Há mais de 300 vagas de emprego na indústria de transformação do tomate

Fábricas do Grupo HIT procuram mais de 300 trabalhadores para dar resposta a necessidades sazonais. Procuram-se candidatos de todas as gerações, sendo que o transporte está assegurado.

Estão abertas mais de 300 vagas de emprego para dar resposta às necessidades sazonais da indústria de transformação do tomate. Os postos de trabalho em questão estão localizados em Castanheira do Ribatejo e na Marateca, sendo assegurado “transporte gratuito a todos os colaboradores em laboração contínua”.

“Os profissionais irão integrar a Italagro e a FIT, fábricas do Grupo HIT, especialista na transformação do tomate, para dar resposta às necessidades sazonais da indústria”, informou esta segunda-feira o Clan, plataforma de recrutamento de recursos humanos, num comunicado.

De acordo com os dados disponibilizados, as vagas dizem respeito a funções de operadores de produção, operadores de armazém, operadores de classificação, operadores de controlo de qualidade, analistas de qualidade e assistentes administrativos.

“Para esta campanha procuram-se candidatos de todas as gerações, motivados para integrarem o setor da transformação de produtos alimentares, e com disponibilidade a partir do final de julho e até ao mês de outubro“, acrescenta o Clan, que acrescenta que as candidaturas podem ser feitas pela via digital ou presencialmente (nos escritórios da Multipessoal em Alverca ou na fábrica da Italagro em Castanheira do Ribatejo).

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