Inflação na Zona Euro desacelera uma décima em junho para 2,5%. Serviços lideram subida

Estimativa rápida do Eurostat revela que a taxa de inflação na Zona Euro desacelerou para 2,5% em junho.

A inflação homóloga da Zona Euro desacelerou para os 2,5% em junho, avançou esta terça-feira o Eurostat, menos uma décima face ao mês anterior. Os serviços terão sido, novamente, a componente com a taxa de inflação mais elevada, segundo a estimativa rápida do gabinete de estatísticas europeu.

Olhando para os principais componentes da inflação na Zona Euro, o Eurostat antecipa que “os serviços apresentem a taxa anual mais elevada em junho (4,1%, o mesmo valor face a maio), seguidos pelos produtos alimentares [e] álcool e tabaco (2,5%, face a 2,6% em maio)”. A estimativa rápida aponta ainda que os “bens industriais não energéticos se mantiveram estáveis nos 0,7%.

Já os preços da energia desaceleraram uma décima face a maio, ficando nos 0,2%.

Entre os dados já disponíveis, a inflação anual desacelerou em 12 Estados-membros face a maio, manteve-se estável num e acelerou em sete.

Em Portugal, a variação homóloga do índice harmonizado de preços no consumidor — o indicador utilizado para fazer a comparação com os restantes países europeus — em junho foi de 3,1%, uma desaceleração face aos 3,9% de maio. A segunda maior descida face ao mês anterior — à boleia da introdução do “IVA zero” em maio de 2023, que ajudou a controlar a espiral inflacionista no país. Ainda assim, Portugal tinha em junho a quinta taxa de inflação mais elevada da Zona Euro, em ex-aequo com o Chipre.

No conjunto da Zona Euro, continua a ser a Bélgica que tem o pior desempenho, com uma taxa de inflação de 5,5%, um agravamento face aos 4,9% de maio, seguida de Espanha (3,5% vs 3,8%) e da Croácia e Holanda, ambas com uma taxa de inflação de 3,2%. Mas a primeira teve o maior abrandamento da área do euro (0,9 pontos percentuais) e a segunda teve uma aceleração de 0,7 pontos percentuais.

Embora o BCE tenha antecipado que a inflação oscilará em torno destes níveis durante o resto do ano, os economistas tentam escrutinar as tendências subjacentes dos preços para perceber se o BCE consegue, de facto, trazer a inflação para o objetivo de 2% no próximo ano.

A inflação subjacente manteve-se estável em 2,9%, superando as expectativas de desaceleração para 2,8%, principalmente devido ao desempenho dos preços dos serviços.

Os analistas, citados pela Reuters, consideram que é pouco provável que os números tragam muita clareza ao BCE sobre a direção dos preços. Por isso, a presidente, Christine Lagarde, insiste na necessidade de mais tempo para se ter certeza, pelo que não deve haver pressa em flexibilizar ainda mais a política monetária.

(Notícia atualizada com mais informação)

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