Savannah deverá substituir a Galp como líder do consórcio do PRR das baterias de lítio
A empresa, contactada pelo ECO, só “confirma que mantém o interesse na agenda mobilizadora CVB dentro do PRR”, e vê com satisfação que a maioria dos outros parceiros da agenda também.
A Savannah deverá ser a próxima líder do consórcio que vai criar uma cadeia de valor de baterias de lítio em Portugal, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), apurou o ECO.
Depois da saída da Galp por não conseguir respeitar os prazos exigidos pelo PRR para executar a refinaria, a empresa, que está a desenvolver em Portugal o projeto de lítio da Mina do Barroso, em Boticas, deverá assumir a liderança do consórcio.
“Já existe uma proposta de empresa para assumir a liderança do consórcio CVB, que será avaliada junto do Comité Coordenador das Agendas”, disse ao ECO fonte oficial do IAPMEI em junho sem, no entanto, avançar a empresa em causa.
Já a empresa, contactada pelo ECO, apenas “confirma que mantém o interesse na agenda mobilizadora CVB dentro do PRR” e “vê com satisfação que a maioria dos restantes parceiros da agenda mantém também esse interesse”.
A Agenda CVB (Cadeia de Valor das Baterias em Portugal) visa criar de raiz, em Portugal, uma cadeia de valor de baterias com a integração de atividades de mineração, refinação, montagem de baterias e circularidade de materiais, subprodutos e resíduos. Em causa estavam cerca de 914 milhões de euros de investimento. Só a parte da refinação de lítio representava um investimento de 660 milhões de euros que contava, inicialmente, com um incentivo de 11 milhões do PRR.
Apesar de com o novo enquadramento ao abrigo do Temporary Crisis & Transition Framework (TCTF) o financiamento poder ser superior ao determinado pelas regras das ajudas de Estado (limitadas a 20% do capex porque o projeto se situava na Península de Setúbal), tal como a Galp exigia, foram os prazos que ditaram a saída da petrolífera.
Saída que implicou encontrar uma nova empresa que possa liderar a operação e avaliar novamente o mérito desta agenda, já que o contrato teve de ser reestruturado.
O painel internacional de peritos quando escolheu esta agenda valorizou o facto de estar em causa a produção integral das baterias. O objetivo da agenda não era a venda de concentrado de espodumena, sublinhou ao ECO uma fonte conhecedora do projeto. A agenda não era de mineração de lítio, mas sim das diferentes fases para criar os componentes de uma bateria. Mas a questão parece ter sido ultrapassada.
A Agenda CVB é uma das duas agendas que ainda não foram assinadas de um universo de 53 agendas. A Drivolution, cujo objetivo é promover a criação de um modelo de Fábrica do Futuro, é a segunda e o Executivo tem a expectativa de que o processo seja concluído a “curto prazo”, tal como o ECO já avançou.
Fonte oficial do IAPMEI disse ECO, em junho, que “o ajuste referente à agenda Drivolution encontra-se em fase final de contratualização”.
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