Margem de refinação da Galp afunda 36% no segundo trimestre

A margem passou de 12 dólares por barril, nos primeiros três meses do ano, para 7,7 no segundo trimestre. Se a comparação for homóloga não houve mudanças.

A Galp voltou a reduzir a produção de petróleo no segundo trimestre e a margem de refinação afundou 36% no mesmo período. De acordo com os dados divulgados pela empresa esta segunda-feira, a margem passou de 12 dólares por barril, nos primeiros três meses do ano, para 7,7 no segundo trimestre. Se a comparação for feita em termos homólogos não houve qualquer variação. Com este desempenho, a Galp arrancou a sessão a desvalorizar 1,04% em bolsa.

De acordo com o trading update do segundo trimestre, uma súmula de dados operacionais divulgada trimestralmente pela companhia e enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a produção working interest da Galp no trimestre desceu 9% em termos homólogos, para 106,8 mil barris de petróleo ou equivalente por dia. Face aos três meses anteriores houve uma subida de 1%, um desempenho que pode ser justificado pelo facto de a empresa ter vendido os seus ativos upstream em Moçambique. Uma operação que ascendeu a 650 milhões de dólares. A produção no Brasil registou uma queda de 1% face ao primeiro trimestre e de 5% em termos homólogos.

A Galp mostra estes dados aos investidores para os preparar para a apresentação de resultados marcada para 22 de julho, antes da abertura das bolsas.

O trading update da empresa liderada por Filipe Silva revela ainda que as vendas de combustíveis subiram 11% face ao primeiro trimestre e 1% em termos homólogos.

Também a comercialização de eletricidade registou uma subida homóloga de 95%, no segundo trimestre do ano, e uma progressão mais modesta face ao trimestre anterior – 3%, atingindo os 1,8 terawatts-hora.

Já as vendas de gás natural registaram uma quebra de 7% face ao trimestre anterior, mas tiveram uma subida homóloga de 18%. Recorde-se que no terceiro trimestre este indicador já tinha caído 19% em termos homólogos.

No segmento das renováveis, a empresa registou um crescimento homólogo de 11% na instalação de nova capacidade, subindo 7% face ao trimestre anterior, subindo a fasquia para os 1,5 gigawatts, com a geração renovável a disparar 93%, em cadeia, para os 779 gigawatts-hora.

Contudo, o preço obtido por cada megawatt-hora vendido foi substancialmente inferior, baixando dos 56 euros para 17 euros, numa altura em que o preço das energias renováveis mostra um alívio alargado no mercado ibérico. No caso da energia solar, a grande aposta da Galp em energia renovável na Península Ibérica, o preço de mercado caiu de 30,8 euros por megawatt-hora para os 18,1 euros por megawatt-hora entre o primeiro e o segundo trimestre deste ano, uma descida de 41%. Mas em termos homólogos a quebra foi de 70%.

(Notícia atualizada com mais informação)

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