Presidente do INEM demite-se uma semana após ter sido nomeado para o cargo
Dossiê dos helicópteros, cujo contrato corre risco de chumbo pelo Tribunal de Contas, estará na base do desacordo entre o médico Vítor Almeida e o Ministério da Saúde.
Vítor Almeida, que tinha sido nomeado presidente do INEM em regime de substituição no passado dia 3 de julho, já não vai assumir as rédeas do instituto, avança o Jornal de Notícias. Depois de aceitar o cargo, para substituir o presidente demissionário Luís Meira, o médico terá imposto condições ao Ministério da Saúde que não foram acolhidas, nomeadamente ao nível da questão dos helicópteros de emergência médica, cujo contrato por ajuste direto corre o risco de ser chumbado pelo Tribunal de Contas.
Na semana passada, a ministra Ana Paula Martins nomeou Vítor Almeida — que já tinha concorrido aos últimos três concursos abertos para a liderança do INEM — para ocupar o lugar deixado por Luís Meira por 60 dias e anunciou que iria promover “de imediato” a abertura de um novo concurso junto da CReSAP. Porém, até à data, não saiu a aprovação do Governo, sendo que o Conselho de Ministros voltou a reunir-se na quinta-feira e dali não saiu qualquer referência à nomeação do novo presidente.
O dossiê dos helicópteros, que já esteve na base da demissão de Luís Meira, foi igualmente motivo de desacordo entre a tutela e Vítor Almeida. Há uns dias, o Tribunal de Contas avisou o INEM de que não voltaria a aprovar um contrato por ajuste direto nos mesmos termos do aprovado para o primeiro semestre deste ano. O instituto celebrou no final de junho um novo contrato com a empresa que está a operar os helicópteros desde janeiro, acordo este também por ajuste direto por um ano por 12 milhões de euros, que corre o risco de ser anulado.
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