Oitante lucra 31,5 milhões em 2023 e quer dar metade ao Fundo de Resolução

Veículo que gere ativos tóxicos do Banif viu o lucro cair para metade. Ainda assim, a Oitante propõe pagar 16 milhões ao acionista Fundo de Resolução.

A Oitante registou lucros de 31,5 milhões de euros em 2023, praticamente metade do resultado alcançado no ano anterior. Ainda assim, o veículo que gere os ativos tóxicos que eram do Banif pretende entregar ao Fundo de Resolução 16 milhões de euros em dividendos.

A entidade liderada por Manuel Artiaga Barbosa explica que os resultados se devem à venda de imóveis (que rendeu 34,7 milhões de euros), à redução da carteira de crédito (que permitiu encaixar 12 milhões) e ainda à alienação e reduções de capital de ativos financeiros (que representaram um encaixe de 4,7 milhões).

“A realização eficiente do conjunto destas operações, permitiram à Oitante fechar o ano de 2023 com um saldo de liquidez de cerca de 67 milhões de euros (saldo acumulado na Oitante e na Banif Imobiliária)”, indica a Oitante em comunicado.

A sociedade nota que desde 2020 já distribuiu dividendos ao Fundo de Resolução na ordem dos 95 milhões de euros (incluindo a proposta deste ano).

Num comunicado posterior, o Fundo de Resolução informou que, face ao termo dos mandatos dos órgãos sociais da sociedade, “aprovou as propostas a apresentar ao Banco de Portugal quanto à composição daqueles órgãos para o mandato que decorre de 2024 a 2026”. O ECO sabe que Manuel Artiaga Barbosa vai ser reconduzido, embora haja alterações nos outros membros da administração da Oitante.

O fundo liderado por Máximo dos Santos ressalva ainda que “os valores obtidos e a obter pelo Fundo de Resolução pela sua participação no capital da Oitante contribuirão para a redução dos prejuízos de 489 milhões de euros suportados por este Fundo na resolução do Banif” em 2015. Esses montantes “serão utilizados no reembolso da dívida do próprio Fundo de Resolução, nomeadamente perante o Estado”.

(Notícia atualizada às 18h00 com novo comunicado do FdR)

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