Autoestradas do Douro Litoral vendida à Igneo
A concessionária Autoestradas do Douro Litoral, que opera a A32, A41 e A43, foi vendida à gestora de ativos britânica Igneo Infrastructure Partners.
A Autoestradas do Douro Litoral (AEDL), que opera a A32, A41 e A43, foi vendida ao fundo britânico Igneo Infrastructure Partners. A concessão estava, desde 2021, nas mãos de um conjunto de acionistas liderados pela Strategic Value Partners, que a comprou à Brisa. O valor do negócio não foi revelado.
A transação está ainda dependente das aprovações regulamentares e deverá ficar fechada até ao final do ano, segundo o comunicado divulgado esta quinta-feira. O Goldman Sachs International and Natixis Partners Iberia foram os assessores financeiros, enquanto a CS’Associados, a PLMJ e a Vieira de Almeida prestaram a assessoria legal.
O preço da aquisição da AEDL pela Igneo não foi revelado, mas na imprensa chegou a apontar-se para valores em redor dos 400 milhões de euros. Foi também noticiado que a espanhola Abertis era um dos interessados no negócio.
“Estamos muito satisfeitos por termos concordado com a aquisição da AEDL. O portfólio de autoestradas combina um longo histórico, forte crescimento do tráfego e um perfil de fluxo de caixa atraente – acreditamos que será uma ótima adição ao nosso portfólio de ativos de infraestrutura em toda a Europa”, afirma Hamish Lea-Wilson, sócia e head of Europe da Igneo, citada no comunicado.
“Estamos prontos para a próxima fase de crescimento da nossa empresa e damos as boas-vindas à Igneo como o novo acionista e esperamos trabalhar com eles nos próximos anos. A AEDL é um ativo forte com perspetivas de futuro ambiciosas, que continuará a desempenhar um papel crucial no desenvolvimento económico da região enquanto componente-chave da infraestrutura da área do Porto”, comenta o CEO da concessionária, Tiago Rodrigues.
A concessão do Douro Litoral inclui as autoestradas A32, A41 e A43, na Área Metropolitana do Porto, com uma extensão total de 73,3 quilómetros. A Strategic Value Partners destaca que durante o período em que deteve a AEDL o tráfego cresceu a uma taxa anual composta de 16%, ficam 37% acima dos níveis pré-covid.
A Parceria Público-Privada para a construção e operação da Douro Litoral foi assinada em dezembro de 2007, com um prazo de 27 anos, terminando em dezembro de 2034. A concessão pertencia inicialmente à Brisa, mas acabou por ir parar às mãos dos credores liderados pela Strategic Value Partners, em 2021. Nesse mesmo ano, os novos donos tentaram vender a Douro Litoral, sem sucesso.
(notícia atualizadas às 13h45)
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