Pharol reduz prejuízos para 230 mil euros no primeiro semestre
Luís Palha da Silva lamenta que "a recuperação dos valores relativos aos instrumentos de dívida da Rio Forte" não tenha "progressos palpáveis", um cenário que irá manter-se no "curto prazo".
A Pharol registou prejuízos de 230 mil euros no primeiro semestre deste ano, uma redução de 77% face ao período homólogo, de acordo com os resultados apresentados esta quinta-feira.
Para este resultado, contribuiu “a redução em 30% dos custos operacionais, que ascenderam a 930 mil euros, e valorização e rentabilidade das carteiras de investimento e depósitos, com um ganho de 726 mil euros, representando um crescimento de 116% face a 2023″, explica a empresa no relatório e contas.
Já os capitais próprios da Pharol estabilizaram em 68,0 milhões de euros, o que representa uma redução de 168 mil euros face a dezembro de 2023 “refletindo o resultado negativo 230 mil euros no semestre, e o ganho líquido com a venda de ações da Oi no montante de 72,4 mil euros”.
Quanto ao valor contabilístico dos instrumentos de dívida de Rio Forte, em processo de falência, este “manteve-se inalterado, em 51,9 milhões de euros”.
Como aponta o presidente da empresa, Luís Palha da Silva, numa mensagem no relatório, “a recuperação dos valores relativos aos instrumentos de dívida da Rio Forte não apresentou progressos palpáveis e essa é uma realidade que, infelizmente, deverá manter-se no curto prazo, não se antevendo maior celeridade processual neste capítulo”. A Pharol (antiga PT SGPS) é um dos principais credores da Rio Forte.
O caso está relacionado com o investimento de cerca de 900 milhões de euros feito pela PT (PT SGPS e PT Finance) em títulos de dívida de curto prazo da Rio Forte, que a operadora de telecomunicações nunca recebeu devido, primeiro, às dificuldades financeiras da empresa e, depois, à falência. Isto provocou uma grave crise na operadora, que levou ao fim da fusão entre a PT e a brasileira Oi e culminou na venda da PT Portugal aos franceses da Altice.
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