Inflação na Zona Euro sobe para 2,6% em julho

O índice de preços ao consumidor subiu no conjunto dos 20 países da moeda única europeia, indica a estimativa rápida do Eurostat. Aceleração não deverá travar descida de juros pelo BCE.

A taxa de variação homóloga da inflação na Zona Euro terá acelerado em julho para os 2,6%, mais uma décima do que em junho, indica a estimativa rápida do Eurostat divulgada esta quarta-feira. Ficou também acima dos 2,5% esperados pela média dos economistas.

Os serviços terão sido, novamente, a componente com a taxa de inflação mais elevada, de 4%, ainda assim abaixo dos 4,1% registados em junho. Seguem-se os bens alimentares, álcool e tabaco, com uma taxa de 2,3%, menos uma décima do que no mês anterior.

A maior diferença está na aceleração na componente da energia, onde a inflação aumentou de 0,2% em junho para 1,3% em julho. Nos bens industriais foi de 0,8%, mais uma décima que no mês anterior.

A inflação subjacente — que exclui energia, bens alimentares, álcool e tabaco — manteve-se inalterada nos 2,9% pelo terceiro mês consecutivo.

A ligeira queda da inflação nos serviços provavelmente é suficiente para que um corte [da taxa pelo BCE] em setembro se mantenha como o cenário base.

Franziska Palmas

Economista sénior da Capital Economics

“A ligeira queda da inflação nos serviços provavelmente é suficiente para que um corte [da taxa pelo BCE] em setembro se mantenha como o cenário base. Mas com as pressões subjacentes nos preços ainda elevadas, a decisão será por um triz e estará dependente dos dados económicos que serão divulgados nas próximas semanas, incluindo a inflação em agosto”, afirma Franziska Palmas, economista sénior da Capital Economics, numa nota de reação.

Em Portugal, a taxa de variação homóloga terá abrandado para 2,5% em julho, segundo a informação avançada hoje pelo INE. O Eurostat usa, no entanto, o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor, que resulta numa leitura diferente. De acordo com este indicador, a inflação situou-se nos 2,7% em julho, acima dos 2,6% para o conjunto dos 20 países da moeda única.

A taxa mais elevada terá sido registada na Bélgica (5,5%), seguida da Holanda (3,5%). No extremo oposto estão a Finlândia (0,6%) e a Letónia (0,8%), demonstrando a disparidade do cenário da inflação na Zona Euro.

(notícia atualizada às 10h45)

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