Kamala Harris propõe aumentar taxa de IRC dos EUA para 28%
Enquanto Donald Trump pretende descer os impostos cobrados às empresas, a democrata Kamala Harris pretende fazer o oposto, elevando a taxa de IRC dos EUA de 21% para 28%.
Se vencer as eleições Presidenciais norte-americanas em novembro, a candidata democrata Kamala Harris, atual vice-presidente dos EUA, propõe aumentar a taxa de IRC paga pelas empresas para 28%, em comparação com os atuais 21%.
A informação está a ser avançada pela imprensa internacional, que cita fonte oficial da campanha de Harris, no rescaldo do início da convenção do Partido Democrata, em Chicago, que decorre até 22 de agosto.
Segundo disse um porta-voz da campanha de Harris, citado pela Reuters, a proposta para subir o imposto cobrado às empresas na maior economia do mundo é uma forma “orçamentalmente responsável de colocar dinheiro de volta no bolso da classe trabalhadora e garantir que os multimilionários e as grandes empresas pagam a sua justa parte” de impostos.
Esta medida tinha sido originalmente avançada pelo atual Presidente dos EUA, Joe Biden, que entretanto desistiu da corrida presidencial, com Harris a assumir o seu lugar nas eleições. De acordo com uma análise do Comité para um Orçamento Federal Responsável, citada pela agência, este aumento de impostos poderia reduzir o défice norte-americano em um bilião de dólares ao longo de uma década.
Porém, a medida deverá ser alvo de críticas dos empresários, pois, nos 28%, o IRC dos EUA passaria a ser um dos mais elevados do mundo, acima até dos 25% cobrados no Reino Unido (para comparação, em Portugal, a taxa normal de IRC é de 21% no continente), segundo o Financial Times.
A proposta de Kamala Harris não podia contrastar mais com a política defendida pelo seu adversário republicano. O ex-Presidente Donald Trump quer, pelo contrário, descer a taxa de IRC para os 15%.
Quando era Presidente, Trump desceu a taxa cobrada às empresas de 35% para 21% e implementou várias isenções fiscais que irão expirar no ano que vem. O atual candidato também quer tornar essas isenções permanentes, segundo a Reuters.
A agência recorda, porém, que as alterações ao código tributário dos EUA têm de ser aprovadas pelo Congresso, sendo incerto o equilíbrio de forças que irá resultar das eleições do próximo dia 5 de novembro.
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