Transferências para Portugal disparam 74% devido ao maior prémio de sempre do Euromilhões

Transferências correntes entre residentes e não residentes disparou 74% em junho devido ao recebimento de prémio do Euromilhões em Portugal, no valor de cerca de 200 milhões de euros.

O excedente da balança de rendimentos secundários, que regista as transferências correntes entre residentes e não residentes, disparou 74% em junho face a igual mês do ano passado, para 670 milhões de euros, devido ao recebimento do maior prémio de sempre do Euromilhões em Portugal, de acordo com informação divulgada esta terça-feira pelo Banco de Portugal (BdP).

O regulador bancário indica que a balança de rendimento secundário, cujas transferências incluem, por exemplo, os prémios de jogo, os donativos públicos, as multas e penalizações e as transferências pessoais, das quais fazem parte as remessas de emigrantes e imigrantes, registou um excedente superior aos 529,54 milhões de euros alcançados em maio e aos 384 milhões de euros alcançados no mês homólogo.

A variação de 286 milhões de euros face a junho de 2023 “é em grande parte explicada pelo recebimento do maior prémio de sempre do Euromilhões em Portugal, na ordem dos 200 milhões de euros”, explica a entidade liderada por Mário Centeno.

Já o saldo da balança de rendimento primário, que inclui os pagamentos e recebimentos de rendimentos de fatores como o trabalho ou o capital (dividendos e juros recebidos por não residentes, em resultado de investimentos que detêm em Portugal, e recebidos por residentes em Portugal, associados a investimentos no exterior), foi deficitário em 316 milhões de euros, agravando 368 milhões de euros relativamente a junho de 2023.

“Esta variação é justificada principalmente pela evolução dos rendimentos de investimento, registando-se um aumento de 465 milhões de euros do pagamento de rendimentos de investimento ao exterior e um decréscimo de 88 milhões de euros do recebimento deste tipo de rendimentos do exterior”, detalha, acrescentando que a balança de capital registou “um excedente de 128 milhões de euros, o que traduz uma diminuição de 413 milhões de euros relativamente ao período homólogo”. Uma redução justificada “tanto por uma menor atribuição aos beneficiários finais de fundos comunitários com vista ao investimento como pela redução de operações de venda de licenças de CO2”.

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