“Aumento da pressão” sobre Taiwan na agenda da visita de representante da Casa Branca a Pequim
Nas conversações da próxima semana, Jake Sullivan irá manifestar “preocupações” sobre o “aumento da pressão militar, diplomática e económica sobre Taiwan”.
O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, desloca-se a Pequim na próxima semana para se reunir com altos funcionários, levando uma mensagem conciliatória, mas também preocupação com o aumento da pressão sobre Taiwan. Um alto funcionário da Casa Branca afirmou à imprensa que, nas conversações da próxima semana, serão manifestadas “preocupações” sobre o “aumento da pressão militar, diplomática e económica sobre Taiwan”.
Essas são atividades “desestabilizadoras” e coloca-se o “risco de uma escalada”, pelo que os norte-americanos vão continuar a instar Pequim a “encetar um diálogo significativo com Taipé”, afirmou a mesma fonte, reiterando que Washington continua a seguir a “política de uma só China”.
“Opomo-nos a alterações unilaterais do ‘status quo’ por qualquer das partes. Não apoiamos a independência de Taiwan e esperamos que as diferenças entre as duas margens do Estreito sejam resolvidas facilmente”, acrescentou.
Desde maio, após a tomada de posse do Presidente taiwanês, William Lai (Lai Ching-te) – descrito como um agitador por Pequim -, a China tem apertado ainda mais o cerco militar em torno da ilha, um território governado autonomamente desde 1949 e considerado pelas autoridades de Pequim como uma “província rebelde” e cuja “reunificação” não exclui o uso da força.
A viagem de Sullivan a Pequim decorre entre 27 e 29 de agosto e deverá incluir uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, naquele que será o quinto encontro entre os dois. A viagem foi programada há meses e integra uma série de reuniões entre altos funcionários dos dois países para reforçar as relações, depois de momentos turbulentos após a visita a Taipé, em agosto de 2022, da então presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi.
“A diplomacia e os canais de comunicação dos EUA não indicam uma mudança de abordagem em relação à República Popular da China. Esta é uma relação intensamente competitiva (…) mas estamos empenhados em gerir esta competição de forma responsável e evitar que se transforme em conflito”, acrescentou hoje o alto funcionário. Além de Taiwan, outros pontos da reunião passam por “questões-chave” como o tráfico de droga, a segurança e a inteligência artificial.
Sullivan irá também abordar o apoio da China à base industrial de defesa da Rússia, as tensões no Mar do Sul da China, o Irão e a crise no Médio Oriente. Desde a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022, Washington impôs sanções específicas, incluindo a empresas chinesas que vendem semicondutores a Moscovo, como parte de um esforço para enfraquecer a máquina militar russa.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
“Aumento da pressão” sobre Taiwan na agenda da visita de representante da Casa Branca a Pequim
{{ noCommentsLabel }}