IAG pode ganhar até 600 milhões em sinergias com compra da TAP
A possibilidade de aquisição da companhia aérea portuguesa está a contribuir para a valorização das ações da dona da British Airways e Iberia.
A aquisição da TAP pode gerar sinergias de entre 250 e 600 milhões de euros para o grupo IAG, calcula o Sabadell numa nota de research divulgada esta semana. Depois de falhada a aquisição da totalidade do capital da Air Europa, a companhia portuguesa é agora o alvo preferencial da dona da British Airways ou Iberia. O preço deverá oscilar entre 1.000 e 2.500 milhões, estima o banco espanhol.
O Sabadell considera que a aquisição da TAP tem “sentido estratégico, sobretudo pelo posicionamento na América Latina (com uma quota de mercado de 7% e menor sobreposição do que no caso da Air Europa), porque aprofunda a concentração no setor e gera sinergias entre 250 e 600 milhões de euros, de acordo com as nossas estimativas”, diz o resumo da nota publicado no site The Corner.
“O sucesso da operação irá depender das condições financeiras de uma privatização de 100% da TAP, que acreditamos pode implicar um intervalo de preço entre 1.000 e 2.500 milhões de euros“, refere ainda a nota.
As ações da IAG têm estado em forte alta. Só no último mês galgaram 19,8%, um desempenho que a imprensa espanhola atribui à melhoria das avaliações, à proximidade do pagamento de um dividendo interino de 0,03 euros e… à possibilidade de a IAG vir a adquirir a TAP.
Um cenário incerto e ainda longínquo. Além de ser esperado que a dona da Iberia venha a ter a concorrência da Air France e Lufthansa, que já manifestaram interesse na companhia portuguesa, o Governo ainda não relançou a privatização, o que só acontecerá depois de entregue o Orçamento do Estado, como noticiou o ECO. Mesmo que venha a avançar ainda este ano, a venda demorará muitos meses a concretizar-se.
“Agora a IAG estará mais bem posicionada para fazer frente a este processo, já que não se encontra envolvida em nenhuma operação de integração/reestuturação e porque, adicionalmente, acreditamos que podia obter a aprovação por parte da Comissão Europeia com menos remédios devido a menos sobreposições de rede”, diz a mesma nota de research citada pelo El Economista.
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