Pedro Cilínio deixou o IAPMEI e passou para o setor privado

“Fechou-se um ciclo na vida pública”, explicou ao ECO Pedro Cilínio. “Após as funções no Governo e o regresso ao IAPMEI senti que não havia um projeto suficientemente aliciante no domínio público."

O antigo secretário de Estado da Economia, Pedro Cilínio, deixou o IAPMEI, onde trabalhou desde 1998 e chegou a dirigir várias unidades. É um ciclo de vida pública que se fecha antes de uma passagem para o setor privado.

Esta terça-feira iniciou funções na CrafGest Consulting, uma empresa especializada em consultoria de gestão, em especial de project finance, que pretende apoiar as empresas a angariar financiamento para investimentos e/ou reestruturações. Para trás ficaram anos de apoio às empresas num organismo público.

“Fechou-se um ciclo na vida pública”, explicou ao ECO Pedro Cilínio. “Após as funções no Governo e o regresso ao IAPMEI senti que não havia um projeto suficientemente aliciante no domínio público depois do que fiz”, acrescentou.

Pedro Cilínio foi a escolha do então ministro da Economia, António Costa Silva, para suceder a João Neves depois das divergências, nomeadamente ao nível da política fiscal que o Governo deveria seguir para as empresas – um debate que marcou as semanas que antecederam a apresentação do Orçamento do Estado para 2023. Mas não foi caso único, pelas mesmas razões Costa Silva afastou Rita Marques de secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, cargo que passou a ser ocupado por Nuno Fazenda.

Mas o próprio teve a mesma sorte dos seus antecessores ao ser exonerado um ano depois (a 13 de novembro de 2023), numa decisão tida por muitos como “surpresa”. Uma exoneração anunciada em simultâneo com a do então ministro das Infraestruturas João Galamba.

Os mais de 25 anos de experiência em avaliação de projetos de investimento, adquirida em várias funções exercidas no IAPMEI e na Aicep vão continuar ao serviço das empresas, mas no privado. Com o cuidado de respeitar as limitações impostas a quem já exerceu funções públicas, Pedro Cilínio classifica a nova etapa como “desafiante”, “para fazer coisas novas” e “aprender”.

A saída de Pedro Cilínio coincide com a entrada de José Pulido Valente a liderança do IAPMEI. O gestor do BCP foi o nome escolhido pelo ministro da Economia, Pedro Reis, para substituir Luís Filipe Guerreiro, que era adjunto de Costa Silva e terminaria o primeiro ano de mandato no dia 14 de setembro.

As mudanças neste instituto público não vão ficar pela presidência, já que a Cresap já abriu concursos para os cargos de vice-presidente e de vogal. Ambos abriram a 2 de julho e encerraram a 15 do mesmo mês, estando agora em fase de avaliação. “Este é um ciclo diferente. É preciso andar para a frente”, diz Pedro Cilínio.

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