Inflação na OCDE abranda pelo terceiro mês seguido para 4,7%

A taxa de inflação no espaço da OCDE alcançou em agosto o valor mais baixo em quase três anos e registou o maior abrandamento desde junho de 2023.

A taxa de inflação homóloga no espaço da OCDE voltou a abrandar pelo terceiro mês consecutivo, atingindo em agosto 4,7%, o valor mais baixo desde setembro de 2021.

Os dados divulgados esta quinta-feira pela OCDE revelam uma queda de 0,6 pontos percentuais da taxa de inflação face aos 5,4% registados em julho, que se traduz no maior abrandamento desde junho de 2023.

Este comportamento dos preços foi causado, em grande medida, por uma queda significativa nos preços da energia na maioria dos países membros, refere a OCDE em comunicado.

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A descida da inflação foi observada em 24 dos 38 países da OCDE, com destaque para a Turquia, que registou uma queda de cerca de 10 pontos percentuais, embora ainda se mantenha acima dos 50%.

Excluindo a Turquia, a inflação no espaço da OCDE terá abrandado de forma mais moderada, para 2,7% em agosto. No grupo das sete maiores economias do globo (G7), a inflação homóloga recuou para 2,4% em agosto, face aos 2,7% de julho, por conta da queda dos preços da energia.

A OCDE revela ainda que a inflação diminuiu em todos os países do G7, exceto no Japão, onde aumentou, e no Reino Unido, onde se manteve estável.

A taxa de inflação subjacente (excluindo energia e alimentos) também contabilizou um abrandamento considerável no espaço da OCDE, principalmente devido à forte queda na Turquia. No entanto, a inflação subjacente só diminuiu em 9 países, tendo aumentado em 10 e mantendo-se estável ou relativamente estável em 19, refere a OCDE em comunicado.

Estes dados mostram que, apesar do abrandamento generalizado da inflação, persistem diferenças significativas entre os países da OCDE. Enquanto 16 países já registam uma inflação igual ou inferior a 2%, outros continuam a enfrentar pressões inflacionistas mais elevadas.

A evolução dos preços da energia continua a ser um fator determinante para a inflação global, com 31 países da OCDE a registarem quedas nesta componente. No entanto, a inflação subjacente mantém-se como o principal contributo para a inflação global na maioria dos países do G7, exceto no Japão.

Estes números sugerem que, embora a inflação esteja a abrandar de forma generalizada, os bancos centrais deverão manter-se vigilantes, especialmente no que diz respeito à evolução da inflação subjacente, que tende a ser mais persistente e reflete pressões inflacionistas mais alargadas na economia.

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