Caixa espera “lucros significativos” este ano, mas “não será fácil” em 2025, avisa Macedo
Paulo Macedo anunciou que o banco público vai ter lucros significativos este ano, mas avisou que irão baixar em 2025. "Não vai ser fácil compensar a descida dos juros", avisou.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai ter “lucros significativos” este ano, mas “não vai ser fácil” compensar o impacto da descida das taxas de juro no próximo ano, avisou esta terça-feira o presidente do banco público, Paulo Macedo.
“Para o ano a perspetiva é que os resultados sejam inferiores aos deste ano. Não será fácil compensar o cenário central que é de um corte 150 pontos base até 31 de dezembro do ano que vem, não será fácil”, alertou o gestor na conferência dos 40 anos da Associação Portuguesa de Bancos (APB).
“Da mesma maneira que estamos com um resultado que será outra vez bastante positivo, para o ano temos de nos preparar, e para os anos seguintes“, acrescentou Paulo Macedo, lembrando que só nos últimos três anos é que foram “bons para os bancos” e que continuam sem o rating “A” da parte das agências de notação de risco.
O ministro das Finanças está a contar com um dividendo de 670 milhões de euros da Caixa no próximo ano, de acordo com a inscrição feita na proposta de Orçamento do Estado para 2025, apontando-se para um lucro em 2024 na casa dos 1,7 mil milhões de euros.
BCP e BPI esperam mais negócio
Do lado do BCP e do BPI, apesar da expectativa de redução da margem, os bancos deverão conseguir manter os resultados à boleia do aumento do negócio.
“Vamos assistir à compressão da margem e será possível compensar aos bancos compensarem, vai ser preciso um maior apoio ao financiamento da economia”, afirmou o CEO do BCP, Miguel Maya.
Na mesma linha, o CEO do BPI destacou que o “crescimento económico vai continuar num sentido positivo, embora mais moderado” e as taxas de juro, embora mais baixas, “continuarão positivas”. Ou seja, “a base do negócio está melhor do que quando tínhamos com uma economia em recessão e taxas negativas”, disse João Pedro Oliveira e Costa.
(Notícia atualizada às 18h22)
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