Forvis Mazars cresce a Norte e muda escritório do Porto para a zona industrial
Auditora e consultora deixa escritório no Campo Alegre para se instalar num piso com 800 metros quadrados no complexo Icon Douro. Forvis Mazars fatura 19 milhões e emprega 300 pessoas em Portugal.
A equipa da Forvis Mazars no Porto, constituída por cerca de 80 profissionais especializados nas áreas de auditoria, fiscalidade e outsourcing, abandonou as instalações históricas no Edifício Cristal Douro, na zona do Campo Alegre, onde estava desde que chegou à cidade em outubro de 2000, para ocupar um espaço com uma área de cerca de 800 metros quadrados no primeiro piso do Icon Douro, um novo complexo de escritórios situado junto ao Nó de Francos.
No mega empreendimento imobiliário de 100 milhões de euros, promovido pela aveirense Civilria, a auditora e consultora passa a ser vizinha de empresas como a seguradora Ageas, a concorrente Deloitte – concentrou ali a equipa do Porto, antes dispersa pelas instalações no Bom Sucesso e em Bessa Leite -, a japonesa Fujifilm ou a empresa de telecomunicações Vodafone, que se mudou para aquele local após abandonar a Avenida da Boavista, em conflito com o proprietário do imóvel.
“É uma resposta ao crescimento que temos observado em todo o país e na região Norte e que permite corresponder às expectativas de excelência dos nossos clientes e parceiros. (…) Pretendemos criar um ambiente moderno e funcional que favoreça a colaboração e a inovação, em linha com as tendências atuais de ambientes de trabalho em auditoria e consultoria. Ao ocupar este espaço, reforçamos ainda o nosso compromisso de investir na região norte e atrair talento local”, comenta ao ECO o partner José Rebouta.
Com um portefólio de serviços de audit & assurance, tax, outsourcing, consulting, sustentabilidade e advisory, a Forvis Mazars é uma das maiores empresas de auditoria e consultoria em Portugal, onde emprega cerca de 300 pessoas, distribuídas também por Lisboa e Leiria. Encerrou o último exercício fiscal, terminado em agosto de 2024, com um volume de negócios superior a 19 milhões de euros no país, o que representou um crescimento de cerca de 15% em termos homólogos.
Para o próximo ano fiscal 2024/2025 diz apenas ter a “expectativa” de alcançar um volume de negócios superior. “Estamos a fazer investimentos estratégicos, como a abertura deste novo escritório no Porto, precisamente para continuar a aumentar a nossa presença no mercado e a capacidade de corresponder às necessidades dos nossos clientes”, sustenta José Rebouta, que é um dos responsáveis pela área de indústria e serviços. Opera também nos setores tecnológico, financeiro ou mobilidade, com clientes em “diferentes fases de maturidade”.
Estamos a fazer investimentos estratégicos, como a abertura deste novo escritório no Porto, precisamente para continuar a aumentar a nossa presença no mercado e a capacidade de corresponder às necessidades dos nossos clientes.
“Somos uma consultora com prática relevante de auditoria, pelo que as alterações de legislação e regulação representam desafios e oportunidades. Por exemplo, em auditoria e assurance, quer de indústria e serviços, quer de serviços financeiros, o mercado é ainda concentrado e limitado na escolha. Por outro lado, sabemos que as pequenas e médias empresas (PME) enfrentam desafios únicos, como a necessidade de continuamente otimizar as suas operações, melhorar a eficiência e garantir a conformidade com as regulamentações. E observar as oportunidades, com adequados recursos e financiamento”, resume o gestor.
A marca Forvis Mazars foi apresentada ao mercado em junho deste ano, na sequência da fusão entre a Mazars – presente em mais de uma centena de países e especializada em auditoria, contabilidade, consultoria e fiscalidade – e a Forvis, que reclama o estatuto de líder nos EUA em assurance, fiscalidade e consultoria. Em conjunto, as receitas aproximaram-se dos 5 mil milhões de dólares no ano passado, totalizando cerca de 400 escritórios e mais de 40 mil colaboradores. Um cariz internacional que José Rebouta diz ser “decisivo no servir os clientes” portugueses envolvidos em projetos globais.
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