Os sete trabalhos de Montenegro para o novo ciclo
O presidente do PSD e primeiro-ministro fechou o congresso do partido com uma nova agenda para um novo ciclo, depois de assegurada a viabilização da proposta de Orçamento para 2025.
Depois do anúncio da abstenção do PS na votação da proposta de Orçamento do Estado para 2025, o 42º congresso do PSD, em Braga, mudou de face. Seria um encontro para pressionar Pedro Nuno Santos, passou a ser uma reunião de abertura de um novo ciclo político, a definição do PSD como partido de charneira e uma agenda de sete áreas de intervenção para o Governo, que ultrapassa de forma clara o ciclo da atual legislatura. Sete trabalhos que vão da educação e saúde até à intervenção urbana na área metropolitana de Lisboa, passando pela atração de talento e por mudanças na disciplina de Cidadania, “a libertação de projetos ideológicos”, a que mereceu mais aplausos do congresso.
Montenegro apresentou uma agenda que ocupa vai além da governação ao centro e anuncia medidas mais ao centro direita e direita (também ocupando espaço político que tem sido dominado pelo Chega). Quais são os sete trabalhos para o Governo?
- A primeira é a “gestão de um recurso insubstituível como a água”, que passará por um anunciado “acordo histórico” com Espanha e por um programa de infraestruturas da água.
- A segunda é “reforçar da proximidade e visibilidade de polícias na rua e no incrementar de sistemas de videovigilância”. O primeiro-ministro e líder do PSD anuncia equipas multiforças que vão integrar PJ, PSP, GNR, ASAE, ACT e AT, para “combater sem tréguas criminalidade violência, tráfico de drogas e imigração ilegal”.
- A terceira medida é duplicar valor do apoio para a autonomização das vítimas de violência doméstica e investir mais 25 milhões de euros para apoiar mulheres acolhidas em casas de abrigo.
- A quarta área de intervenção passará por um projeto de reabilitação da Área Metropolitana de Lisboa com três pólos que quer aproximar as duas margens do rio Tejo. Vai chamar-se Parque Humberto Delgado.
- A educação é a quinta área. Assim, Montenegro promete o “aumento da comparticipação pública por sala” e o teste de novos contratos, com vista a alargar a rede destes estabelecimentos. No ensino básico e secundário, promete a revisão dos currículos, além da citada “libertação da disciplina de cidadania de projetos ideológicos”.
- Na saúde, a sexta área de intervenção, Luís Montenegro promete dar a 150 mil doentes a possibilidade de receber os medicamentos na sua farmácia de proximidade”.
- A última medida junta a imigração e o talento. Por um lado, anuncia a construção de dois centros de acolhimento, no Porto e em Lisboa, por outro, vai ser lançado um programa para atrair “capital humano qualificado, em ligação à academia e às empresas”.
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