Lucros da Navigator crescem 20% para 241,4 milhões até setembro

Papeleira lançou apoios para os produtores afetados pelos incêndios. Vai continuar a pagar madeira a preço de mercado e a usar como fonte de biomassa triturada a que não possa ser usada na indústria.

A Navigator fechou os primeiros nove meses com um resultado líquido de 241,4 milhões de euros, o que representa uma subida de 20,3% face aos lucros obtidos em igual período do ano passado. A empresa lançou ainda um conjunto de apoios aos produtores florestais afetados pelos incêndios, garantindo que vai dar apoios para selecionar e segregar a madeira sem quaisquer vestígios de carvão, continuando a pagar a madeira destas regiões a preços de mercado e “combaterá assim qualquer eventual tentativa de aproveitamento especulativo.”

O EBITDA atingiu os 431,3 milhões de euros, nos primeiros nove meses do ano, um aumento de 14,5% face ao período homólogo de 2023, enquanto a margem EBITDA subiu 1,7 pontos percentuais para 27,5%, adianta a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O volume de negócios subiu 7,4% para 1.569 milhões de euros, face aos primeiros nove meses de 2023. Olhando para os vários segmentos de negócio, as vendas de papel de impressão e embalagem da Navigator cresceram 17% nos primeiros nove meses do ano face ao período homólogo, com o valor das vendas a crescer 7%. No tissue, o volume de vendas registou um aumento de 53% para 155 mil toneladas, com um crescimento do valor de vendas de cerca de 48%, face ao período homólogo.

“Estes resultados são fruto da resiliência da Navigator perante a volatilidade do mercado, da sua eficiência na gestão do mix de negócios, da estratégia comercial e do controlo de custos”, refere a empresa em comunicado, acrescentando que, “em termos comerciais, a robustez dos preços de papel de impressão, de embalagem e de tissue e o maior peso dos novos segmentos de negócio, tissue e packaging, garantiram os bons resultados registados.

A papeleira, que esta semana anunciou que já arrancou a produção na nova fábrica de embalagens de celulose moldada em Aveiro, destaca ainda o foco”na eficiência e gestão de custos, permitiu nova redução significativa de cash costs entre 4% e 12%, face ao período homólogo, em todos os segmentos de pasta e papel (impressão e escrita, tissue e packaging)” e uma redução de custos entre 20 e 30%, desde o valor máximo atingido em finais de 2022.

Apoio a fornecedores afetados pelos incêndios

A companhia adiantou ainda que lançou ações para apoiar fornecedores e produtores florestais afetados pelos incêndios de setembro.

A empresa compromete-se a implementar meios de apoio para que seja possível selecionar e segregar a madeira sem quaisquer vestígios de carvão, assim como continuar a pagar a madeira das regiões afetadas pelos incêndios a preço de mercado, “assumindo ainda um premium de preço para apoiar o seu descasque que elimine qualquer eventual vestígio de carvão, de forma a cumprir os exigentes critérios de qualidade definidos nas condições de receção das nossas fábricas e permitir o seu aproveitamento para produção de celulose – o uso industrial que mais a valoriza”.

Entre as medidas anunciadas inclui-se ainda um reforço das ajudas à aquisição de equipamentos florestais e disponibilizados adiantamentos de tesouraria aos nossos fornecedores e parceiros atingidos por este flagelo e, “para a madeira queimada ou com vestígios de carvão que não venha a ser possível valorizar para fins industriais, será aceite a sua utilização como fonte de biomassa triturada para produção de energia renovável, sendo igualmente paga a preços de mercado.”

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