Cepsa marca afastamento dos combustíveis fósseis com nova identidade: agora é Moeve
A Cepsa, agora Moeve, compromete-se a que a maioria das suas receitas, até ao final da década, tenha origem em fontes sustentáveis.
A petrolífera espanhola Cepsa anunciou esta quarta-feira que passará a ter uma nova identidade: agora apresenta-se como Moeve. O objetivo é evidenciar as mudanças que estão a acontecer no negócio. A maioria das receitas da Moeve, até 2030, deverão ser obtidas através dos segmentos sustentáveis que a empresa tem desenvolvido — desde o hidrogénio verde e combustíveis renováveis até à mobilidade elétrica.
“Estamos a transformar-nos noutro tipo de organização, a Moeve, em que a maior parte dos seus proveitos virá de atividades sustentáveis até ao final desta década“, anunciou Maarten Wetselaar, CEO da antiga Cepsa.
A petrolífera quer afirmar-se sobretudo nas áreas do hidrogénio verde, dos biocombustíveis 2G e da mobilidade elétrica ultrarrápida. Dos 8 mil milhões de euros que prevê investir esta década, no âmbito da estratégia lançada em 2022 “Positive Motion”, 60% vai ser distribuído por estas três áreas.
A empresa anunciou este ano a venda dos seus ativos de exploração e produção na Colômbia e no Peru, após o desinvestimento realizado em Abu Dhabi em 2023, o que representa a venda de cerca de 70% dos seus ativos de produção de petróleo face a 2022. No passado mês de agosto, a petrolífera anunciou também a venda da sua subsidiária de butano, propano e autogás (Gasib).
A companhia está a desenvolver o Vale Andaluz de Hidrogénio Verde, o qual afirma ser o maior projeto apresentado até à data na Europa, que deverá atingir uma capacidade de 2.000 megawatts em 2030. Em paralelo, está a trabalhar no desenvolvimento de novas fábricas verdes de metanol e amoníaco.
Atualmente, a Moeve já comercializa combustível de aviação sustentável (SAF) e diesel renovável em sete dos principais aeroportos espanhóis e nos mais de 60 portos que opera no país. Mas está também a desenvolver um complexo de biocombustíveis, localizado em Huelva, que deverá atingir uma capacidade de produção anual de um milhão de toneladas de combustível de aviação sustentável e diesel renovável.
No que diz respeito a gases renováveis, a energética está a avançar no desenvolvimento de cerca de 30 centrais de biometano em Espanha e em projetos de valorização de resíduos para a produção deste biogás.
Por fim, na mobilidade elétrica, a rede de estações de serviço Moeve conta já com mais de 160 pontos de carregamento ultrarrápido em funcionamento e prevê terminar o ano com 400 construídos.
O anúncio da Moeve será acompanhado pela implementação progressiva da nova marca em todas as suas estações de serviço, que terá início no mês de novembro, a um ritmo de cerca de 600 estações por ano, até atingir as mais de 1.800 que a companhia tem em Espanha e Portugal.
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