Pedro Reis quer acelerar a vertente comercial do Banco de Fomento

Ministro da Economia defende modelos de aprovação simultâneos entre o PRR e o PT2030 e garantias de suporte à parte de capital privado dos projetos, assim como modelos de garantias pré-aprovadas.

O ministro da Economia fez uma lista das mudanças que pretende introduzir no Banco de Fomento. Pedro Reis admite que as empresas ainda não perceberam quais as vantagens da existência de um banco de fomento, mas defende que é fundamental simplificar os modelos de candidaturas e aprovação e acelerar a vertente comercial do banco para fazer chegar mais produto e mais linhas às empresas.

“Tendo em conta as fragilidades que ainda existem na economia, é importante que exista um Banco de Fomento. O fundamental é ir mais além, ser competitivo nas respostas, preencher falhas de mercado”, defendeu Pedro Reis no Parlamento no âmbito das discussões da proposta de Orçamento do Estado para 2025 na especialidade.

Para isso, o responsável defende que “é fundamental reforçar as parcerias com o Fundo Europeu de Investimento, com o Banco Europeu de Investimento e com InvestEU”, mas também “reforçar o vetor de apoio à internacionalização através das agências de crédito (ECA), ter modelos de aprovação simultâneos entre o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e o Portugal 2030 e garantias de suporte à parte de capital privado dos projetos“, assim como “modelos de garantias pré-aprovada para operacionalizar o Banco de Fomento”, elencou Pedro Reis.

O ECO já noticiou que os bancos têm dezenas de milhões de euros não passíveis de financiar com a linha InvestEU do Banco de Fomento, com particular destaque para as sub-linhas de investimento e inovação, por estarem em causa empresas com projetos aprovados com fundos do PRR ou do PT2030. Bruxelas está a avaliar as circunstâncias nas quais as empresas com projetos aprovados com fundos europeus estão a ser barradas no acesso às linhas InvestEU.

Para além de mudar a administração do banco, que passará a ter Gonçalo Regalado como CEO e Carlos Leiria Pinto como chairman, tal como o ECO avançou, Pedro Reis considera que “é importante reforçar e se acelerar a vertente comercial do Banco de Fomento, no sentido de fazer chegar mais produto e mais linhas às empresas”, precisou.

Mas a lista de tarefas que caberá à nova administração — já que esta cessa funções no final do ano — passar também por “simplificar os modelos de candidaturas e aprovação” do banco. “É fundamental”, frisou Pedro Reis, acrescentando mais um item à lista: “renovar o site” da instituição.

O ministro reconheceu que “existe uma expectativa generalizada no país e nas empresas” relativamente ao Banco de Fomento e que “a perceção das empresas é que ainda não compreenderam completamente o alcance e a vantagem da existência de um BPF na sua plenitude”.

(Notícia atualizada com mais informação às 21h00)

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