10% mais ricos da Zona Euro detêm mais de metade da riqueza da região
Riqueza líquida na zona euro aumentou 27% nos últimos cinco anos, tendo sido acompanhada por uma ligeira diminuição da desigualdade. Ainda assim, mais ricos detêm 56% da riqueza do bloco.
A percentagem de riqueza detida pelos 10% mais ricos da Zona Euro situou-se em 56% no quarto trimestre de 2023, de acordo com uma análise do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgada esta segunda-feira.
O artigo publicado no blog da instituição de Bretton Woods revela que a riqueza líquida na zona euro aumentou 27% nos últimos cinco anos, tendo sido acompanhada por uma ligeira diminuição da desigualdade, “em parte porque os proprietários beneficiaram do aumento dos preços da habitação“.
A riqueza detida pelos 10% mais ricos do bloco situou-se, contudo, abaixo da média mundial. Os 10% mais ricos do mundo detêm cerca de três quartos da riqueza total, de acordo com o Laboratório Mundial de Desigualdade.
De acordo com uma análise do ECO, publicada em janeiro, Portugal tem-se destacado na Zona Euro como um dos países que mais tem conseguido reduzir as desigualdades de distribuição de riqueza das famílias. Segundo dados do Banco Central Europeu (BCE), o coeficiente de Gini de riqueza líquida das famílias em Portugal baixou 6,3% nos últimos seis anos, cerca de quatro vezes mais que a dinâmica registada pela média dos 20 países do espaço da moeda única.
Apenas a Eslováquia, os Países Baixos, a Irlanda e o Chipre registaram uma correção das desigualdades de distribuição da riqueza líquida das famílias maior que o alcançado por Portugal, entre o segundo trimestre de 2017 e o segundo trimestre de 2023.
Os números publicados pelo BCE com base em estimativas dos seus economistas mostram também uma clara divergência (positiva) de Portugal face à média da Zona Euro desde 2017.
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