Apoio dos EUA à Ucrânia vai mais longe mas é “limitado”, diz Marcelo
O Presidente da República referiu que o reforço do apoio americano à Ucrânia vai mais longe em termos de capacidade de contraofensiva, mas mesmo assim é "limitado".
O Presidente da República referiu esta terça-feira que o reforço do apoio americano à Ucrânia vai mais longe em termos de capacidade de contraofensiva, mas mesmo assim é “limitado“. Isto, depois de no domingo, o presidente norte-americano, Joe Biden, ter autorizado pela primeira vez a Ucrânia a usar de mísseis de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos para atacar território da Rússia.
“É evidente que há muito tempo que a Ucrânia pedia um reforço do apoio americano e europeu. Este apoio, para já americano e não europeu, é um apoio que vai mais longe em termos de capacidade de contraofensiva ou reação ucraniana. Mas mesmo assim é limitado. Estamos a falar de um alcance de 300 quilómetros e de alvos militares”, disse Marcelo Rebelo de Sousa em declarações aos jornalistas.
“Da parte da Rússia, existe um cuidado também muito grande na resposta que dá que, mesmo quando há contraofensivas, tem presente que há patamares que não se pode ultrapassar. Isto neste momento tem sido possível. Acho que isto é bom”, referiu.
O chefe de Estado português enalteceu o sacrifício do povo ucraniano e também a aliança estabelecida. “1.000 dias de guerra quer dizer que a guerra continua e que é um esforço e sacrifício para o povo ucraniano, mas também é um teste à aliança que se fez na NATO e na União Europeia em torno da defesa da Ucrânia”, sublinhou.
Marcelo Rebelo de Sousa destacou a ovação feita esta terça-feira no Parlamento Europeu, sendo uma prova que, 1.000 dias depois, a aliança continua “firme”. “Nós sabemos como há várias sensibilidades na Europa, mas a unidade no essencial está preservada“, garante.
Sobre os diplomas aprovados esta terça-feira, o chefe de Estado salienta que promulgou por ter havido maioria “clara” num determinado sentido. “Por isso e por achar que não ia ficar com o peso na consciência de ter dito ‘não’ àquilo que, para o Governo, era fundamental para desbloquear o atraso em que se encontra a execução do PRR”, disse.
Marcelo Rebelo de Sousa tem “reservas quanto ao regime excecional”, no seu entender “pouco propício ao contraditório e à proteção da confiança, de ações administrativas urgentes de contencioso pré-contratual relativo a projetos financiados ou cofinanciados pelo PRR”, segundo uma nota publicada no portal da Presidência da República.
O decreto em causa, com origem numa proposta do Governo, foi aprovado em votação final global em 18 de outubro, com votos a favor de PSD e CDS-PP, abstenções de PS, IL e PAN e votos contra de Chega, BE, PCP e Livre.
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