Vodafone fará “atualizações pontuais” de preços em 2025 a “número reduzido” de clientes
A operadora garante que no próximo ano não subirá os preços à "generalidade" dos clientes, mas admite que procederá a "atualizações pontuais" à inflação.
Semanas depois das principais concorrentes, a Vodafone anunciou esta sexta-feira, 27 de dezembro, a sua política de atualizações de preços para 2025. Ao contrário dos últimos anos, “a Vodafone Portugal não terá atualizações de preços” para “a generalidade dos seus clientes”. Mas a empresa admite que vai realizar aumentos “pontuais” à inflação.
“Haverá casos de atualização pontuais, limitados a um número reduzido de produtos e serviços empresariais, em linha com as condições contratuais”, indicou fonte oficial da Vodafone, numa declaração enviada ao ECO. Estas alterações serão feitas em linha com “a taxa de inflação apurada para 2024” e “serão sempre comunicadas de forma personalizada aos clientes abrangidos”.
Ao contrário do habitual, as três maiores empresas de telecomunicações estão a anunciar estratégias distintas para 2025. No dia 29 de novembro, a Nos informou que “não vai aumentar os seus preços em 2025”, uma decisão que disse ser “transversal” a todos os serviços e tarifários da empresa.
Pelo contrário, a Altice Portugal, dona da Meo, anunciou que “vai proceder à atualização de preços em 2025”, exceto na marca low-cost Uzo e no segmento jovem Moche. A empresa tem previsto um aumento mínimo de 50 cêntimos nas mensalidades.
Esta alteração na política comercial de algumas operadoras acontece num ano marcado pela entrada em Portugal da romena Digi, que, apesar do serviço mais limitado, ofereceu aos consumidores preços mais baixos do que os que eram praticados no mercado e fidelizações de três meses. As três incumbentes reagiram com mudanças significativas nas ofertas das suas marcas low-cost: Uzo (Meo), Woo (Nos) e Amigo (Vodafone).
Quanto à própria Digi, que este ano passou também a ser a dona da Nowo, após a ter adquirido por 150 milhões de euros no verão, a empresa já prometeu que nunca atualizará os seus preços à inflação. Apesar de inicialmente ter previsto essa possibilidade nos contratos, a empresa acabou por abdicar dessa cláusula nas condições, na sequência de uma notícia do ECO.
A taxa de inflação de 2024 só será conhecida já em janeiro, quando o Instituto Nacional de Estatística (INE) publicar os dados finais do Índice de Preços no Consumidor no dia 13. Na última leitura, referente a novembro de 2024, a variação média dos últimos 12 meses rondava os 2,3%.
No início deste ano de 2024, as operadoras procederam a uma atualização de preços na casa dos 4,3%. No ano anterior, fruto da espiral inflacionista, as mesmas empresas já tinham aumentado as mensalidades em 7,8%.
(Notícia atualizada pela última vez às 13h24)
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