Regulamentação complexa pode “dificultar acesso ao capital” e “travar crescimento”

  • ECO
  • 22 Maio 2024

Miguel Viana, investor relations officer da EDP, defende que é necessário "encontrar um equilíbrio entre a necessidade de regulamentação e 'compliance' e a minimização da complexidade excessiva".

Miguel Viana, investor relations officer da EDP, considera que as exigências regulatórias são necessárias para garantir a transparência e estabilidade dos mercados financeiros, mas alerta que a “necessidade de compliance com regulamentações complexas pode impor custos significativos às empresas, o que pode, por sua vez, dificultar o acesso ao capital e limitar o potencial de crescimento“.

O responsável pelas relações com investidores da elétrica (IRO, na sigla em inglês), um dos nomeados para o prémio de melhor IRO nos Investor Relations and Governance Awards da Deloitte, defende que é necessário “encontrar um equilíbrio entre a necessidade de regulamentação e compliance e a minimização da complexidade excessiva”.

A evolução da política monetária e o crescente risco geopolítico têm contribuído para uma maior volatilidade nos mercados financeiros. Que desafios coloca este contexto à gestão da relação com os investidores?

O contexto atual apresenta desafios significativos para a gestão da relação com os investidores. A volatilidade nos mercados financeiros pode, de facto, gerar incerteza e preocupação entre os investidores, o que leva a uma maior necessidade de comunicação clara e transparente por parte das empresas.

Neste contexto, é crucial para a gestão da relação com os investidores fornecer uma análise aprofundada dos potenciais impactos da evolução da política monetária e do risco geopolítico. Além disso, comunicar as estratégias de gestão de riscos e planos de contingência pode ajudar a tranquilizar os investidores e demonstrar a resiliência da empresa face a desafios externos.

A transparência, a prestação de informações atualizadas e a prontidão para responder a perguntas dos investidores também são fundamentais para manter a confiança e a credibilidade durante períodos de volatilidade. Além disso, a gestão da relação com os investidores pode beneficiar de uma abordagem proativa na antecipação de preocupações e na oferta de informação sobre como a empresa está posicionada para enfrentar os desafios decorrentes do contexto externo atual.

A EDP, para adaptar-se a estas mudanças, às quais se soma a redução das curvas forward dos preços de energias, comunicou recentemente ao mercado que atualizou o seu Plano de Negócios para reforçar a posição do grupo neste contexto desafiador – precisamente um excelente exemplo de uma abordagem cuidadosa e proativa, transparente, rápida, clara e relevadora da capacidade do grupo de reagir de forma ágil a mudanças de contexto.

Que outros desafios enfrentam hoje os IRO na relação com os investidores?

Os investidores estão cada vez mais atentos às questões de ESG, considerando as políticas, práticas e objetivos ESG das empresas nos seus investimentos. Assim, as empresas enfrentam o desafio de comunicar de forma eficaz as suas estratégias e desempenho em temas ESG, atendendo às expectativas dos investidores.

Os investidores da EDP estão especialmente atentos aos compromissos e práticas de descarbonização por ser o core business da empresa, mas também se interessam em temas como a nossa relação com a cadeia de valor, o respeito pelos direitos humanos, e a proteção da biodiversidade.

Os investidores procuram cada vez mais transparência e responsabilização por parte das empresas. A capacidade de fornecer informações claras e precisas, juntamente com uma comunicação aberta sobre desafios e oportunidades, é essencial para manter a confiança.

As alterações regulatórias e as crescentes exigências por compliance também podem impactar a relação com os investidores, exigindo uma comunicação clara sobre como a empresa se está a adaptar a essas mudanças. A rápida evolução tecnológica e a crescente importância da inovação também trazem desafios às empresas na comunicação das suas estratégias de transformação digital, bem como na demonstração de como estão posicionadas para enfrentar as mudanças disruptivas nos seus setores.

Considera que as crescentes exigências regulatórias e de compliance são necessárias ou a sua complexidade é um entrave à atração de capital e ao desenvolvimento dos mercados?

As crescentes exigências regulatórias e de compliance são necessárias para garantir a integridade, transparência e estabilidade dos mercados financeiros e para proteger os investidores. No entanto, a complexidade dessas exigências pode ser um desafio para as empresas, especialmente para atrair capital e promover o desenvolvimento dos mercados.

A necessidade de compliance com regulamentações complexas pode impor custos significativos às empresas, o que pode, por sua vez, dificultar o acesso ao capital e limitar o potencial de crescimento. Além disso, a complexidade regulatória pode criar barreiras à entrada de novos participantes no mercado, reduzindo a concorrência e a inovação.

Por outro lado, as exigências regulatórias são fundamentais para proteger os investidores, garantir a estabilidade financeira e promover a confiança no mercado. A conformidade com padrões rigorosos de governança e transparência pode, a longo prazo, fortalecer a atratividade dos mercados financeiros, aumentando a confiança dos investidores e reduzindo o risco percebido.

Portanto, é importante encontrar um equilíbrio entre a necessidade de regulamentação e compliance e a minimização da complexidade excessiva. A simplificação e racionalização das exigências regulatórias, juntamente com o apoio a práticas de compliance eficientes, podem ajudar a mitigar os impactos negativos da complexidade regulatória, facilitando assim a atração de capital e o desenvolvimento dos mercados.

Para além disso, enquanto responsável das duas áreas de Investor Relations e ESG, vejo que é muito evidente o aumento recente de novos enquadramentos regulatórios e normas de reporte não financeiro como o CSRD, TCFD e a Taxonomia da EU, que acrescem às exigências regulatórias e de compliance das empresas.

Que impacto pode vir a ter a inteligência artificial no trabalho de um IRO?

A inteligência artificial (IA) pode ser usada para analisar grandes volumes de dados financeiros e de mercado, fornecendo insights valiosos para a tomada de decisões estratégicas e a comunicação com investidores. Assim, pode ajudar os IRO a identificar tendências e prever cenários.

Com base na análise de dados, a IA pode ajudar a personalizar a comunicação com os investidores adaptando-a às necessidades e interesses específicos, o que pode melhorar a eficácia da comunicação e fortalecer a relação com eles.

Pode ainda automatizar tarefas rotineiras, como a preparação de relatórios padrão, o agendamento de reuniões e o acompanhamento de pedidos/perguntas de investidores. Isto permite que os IRO e as suas equipas dediquem mais tempo a atividades estratégicas e de alto valor acrescentado, e à gestão proativa da relação com os investidores.

Adicionalmente, pode ser usada para prever o comportamento dos investidores, identificar potenciais problemas e antecipar questões que possam surgir, o que ajuda os IROs a prepararem-se melhor para lidar com desafios.

Em resumo, a inteligência artificial tem o potencial de transformar o trabalho de um Investor Relations Officer, proporcionando análise avançada de dados, comunicação personalizada, análise preditiva e melhoria da eficiência geral. Essas mudanças podem ajudar os IROs a desempenhar um papel mais estratégico e eficaz na gestão da relação com os investidores.

Como é que os temas do ESG já estão a mudar o papel dos IRO?

Os temas do ESG já estão a mudar significativamente o papel dos IRO, tornando-os mais envolvidos na comunicação e gestão de questões relacionadas com o ESG. No futuro, espera-se que os IRO desempenhem um papel ainda mais estratégico na integração de considerações de ESG nas práticas de comunicação, relação com investidores e tomada de decisões estratégicas.

Atualmente, os IRO estão cada vez mais envolvidos na comunicação das estratégias e desempenho da empresa em questões ESG, desempenhando um papel crucial na divulgação de informações relevantes sobre as práticas de sustentabilidade da empresa, atendendo às expectativas dos investidores e reguladores.

Os IRO estão a ter um papel mais ativo no relacionamento com investidores em questões relacionadas com o ESG. São quem responde ao aumento na procura por informações detalhadas sobre as práticas de ESG da empresa, bem como quem participa em diálogos construtivos sobre como a empresa está a abordar essas questões.

Além disso, estão a trabalhar mais de perto com equipas de investimento para integrar considerações de ESG nas estratégias de investimento da empresa. Os temas ESG são assim cada vez mais importantes para atrair capital nomeadamente para a EDP.

Os IRO são também desafiados a integrar temas ESG na análise de riscos e oportunidades da empresa, fornecendo informações valiosas para os investidores sobre como a empresa está a gerir esses fatores. E, no futuro, provavelmente terão um papel ainda mais proeminente na comunicação da estratégia de sustentabilidade da empresa, incluindo metas ESG e o progresso em direção a essas metas, e destacando as iniciativas e práticas que geram valor a longo prazo para os investidores. Algo que a EDP antecipou, com a integração das equipas de ESG e de Investor Relations em 2022.

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Oferta conjunta da Meo passa a incluir energia. Operadora aposta em reposicionamento e nova identidade

  • + M
  • 22 Maio 2024

A Meo diz-se pioneira a nível mundial ao lançar o serviço sustentável que conjuga telecomunicações e energia. A nova fase é acompanhada por uma nova imagem e campanha.

A nova aposta estratégica da operadora do grupo Altice em Portugal passa pela conjugação das sinergias da Meo e Meo Energia. Os pacotes Meo passam assim a incluir a oferta conjunta de telecomunicações com energia.

Esta nova fase é acompanhada por um reposicionamento da marca e uma nova identidade gráfica e visual. A estratégia de comunicação vai apostar mais no digital e na simplificação da mensagem.

É de sinergia que o teu mundo precisa” – é este o claim que sintetiza o reposicionamento da Meo que “é, mais uma vez, pioneira a nível mundial ao ser a primeira marca a apresentar uma oferta de telecomunicações com energia verde”, refere-se em nota de imprensa.

“Com uma maior simplicidade em toda a sua comunicação, numa maior proximidade com o consumidor, em linha com a promessa da sua própria assinatura – Meo Humaniza-te – a marca é fortalecida com uma nova linguagem visual, usando uma nova palete cromática mais viva e energética, baseada no azul, verde, lima, branco e cinza, e novos códigos gráficos mais jovens e disruptivos“, explica-se.

A comunicação “parte de uma inspiração digital que contamina todos os restantes touchpoints de marca“, num novo posicionamento que é acompanhado pelo humorista Guilherme Geirinhas enquanto novo host e protagonista nativo-digital.

Esta quinta-feira arranca também uma campanha multimeios, com um novo filme institucional que “remete para o objetivo de liderança nas transições digital e energética”.

“Esta campanha de lançamento traz uma narrativa protagonizada pelos principais atores da natureza – os seus elementos – e os atores da vida real – os humanos – apresentando uma nova linha gráfica que funde e espelha a coexistência destes dois universos – telecom e energia verde”, explica-se na mesma nota.

O filme, assinado pela Dentsu Creative Portugal e que contou com produção da 78 films, “adota uma linguagem visual e estética forte e um ritmo com grande dinâmica combinando imagens cruzadas de elementos do planeta com pessoas”.

“Este dinamismo evoca a energia, a sustentabilidade, o planeta e as sinergias entre pessoas, natureza e o Meo. É o compromisso da marca que oferece aos clientes uma experiência integrada onde a conectividade e a energia se unem para criar um mundo melhor e mais eficiente, com benefícios para todos e acima de tudo para o planeta”, acrescenta-se.

O spot é complementado por três filmes de oferta comercial, que materializam a comunicação dos benefícios cruzados ao dispor dos clientes.

Esta nova estratégia da Meo, de apresentar uma oferta conjunta de telecomunicações com energia, possibilita benefícios cruzados para quem é cliente Meo e Meo Energia, que vão desde um desconto do consumo médio estimado de eletricidade dos equipamentos Meo, a descontos adicionais na fatura de energia, duplicação da velocidade de internet fixa ou a duplicação dos dados móveis e dos pontos Meos, numa poupança total que “pode atingir até 25% da fatura de energia, o que representa cerca de 16€ na fatura média (64€) de um cliente residencial Meo Energia com 250 kWh e contador de 6,9kVA”, refere a marca.

Além disso, a energia é 100% sustentável, pelo que “ao usar eletricidade produzida exclusivamente a partir de fontes renováveis – eólica, hídrica, solar, geotérmica entre outras – o Meo ajuda os portugueses a contribuir para a redução da pegada ecológica e preservação do planeta”, acrescenta-se.

Ana Figueiredo, presidente executiva da Altice Portugal.

“Somos uma marca líder, que tem a criatividade e a competência ao serviço da inovação, que sempre ditou o caminho do mercado antecipando as necessidades dos portugueses. À competitividade de atuais e novos players, aos desafios de um setor de elevados investimentos e a um mercado global respondemos com a sinergia estratégica de dois ativos fortes que só um líder consegue oferecer”, diz Ana Figueiredo, presidente executiva da Altice Portugal, citada em comunicado.

“O Meo ‘ganha’ energia e apresenta-se ainda mais forte com uma ambição clara: liderar a transição digital e a transição energética do País. É sob esse pressuposto que o Meo se assume como o primeiro operador mundial com uma oferta global de serviços de telecomunicações e de eletricidade 100% verde, com benefícios cruzados para os clientes nas componentes de telecom e de energia, contribuindo também para o objetivo de neutralidade carbónica do país. O Meo continua, assim, a cumprir o seu papel enquanto líder da mudança, nas suas quatro áreas de atuação: inovação, sustentabilidade, tecnologia e pessoas”, acrescenta.

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António Gandra d’Almeida é o novo diretor executivo do SNS

Ministério da Saúde escolheu António Gandra d'Almeida para diretor executivo do SNS. Sucede a Fernando Araújo, que se demitiu em abril após a tomada de posse do novo Governo.

António Gandra d’Almeida é o novo diretor executivo do SNS, avançou esta quarta-feira o Ministério da Saúde. O tenente-coronel médico dos quadros permanentes do Exército português vem assim substituir o demissionário Fernando Araújo.

O tenente-coronel de 44 anos ocupa o cargo de comandante do agrupamento sanitário e “desempenha atividade assistencial hospitalar e pré-hospitalar”. Segundo o comunicado do Ministério da Saúde, Gandra de Almeida tem uma vasta experiência em emergência médica e nas Forças Armadas, tendo acumulado funções de chefia e de coordenação.

O anúncio do novo diretor executivo do SNS é explicado pelo ministério pelo facto de Fernando Araújo, o diretor executivo demissionário ter pedido para se manter em funções até entregar o relatório com o balanço do último ano e meio da gestão executiva. Uma entrega que ocorreu na terça-feira antes da data limite o relatório pedido pela tutela. Fernando Araújo tinha um prazo de 60 dias para entregar o documento, com o balanço de pouco mais de um ano de mandato, já que entrou em funções em janeiro de 2023.

Fernando Araújo é ouvido esta quarta-feira na comissão parlamentar de Saúde para explicar as razões que levaram à sua demissão. O responsável anunciou a demissão a 23 de abril por não querer ser um obstáculo ao Governo em termos de políticas que quisesse implementar.

O Ministério liderado por Ana Paula Martins garante que está pronto para nomear a nova equipa executiva do SNS, no entanto, há procedimentos a respeitar. “Em breve, será anunciada a constituição da restante equipa da DE – SNS, cujos nomes serão submetidos à Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP)”, lê-se, no comunicado do Governo.

(Notícia atualizada com mais informação)

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2.ª Conferência ECO Saúde e Economia acontece já esta tarde. Conheça o programa

  • ECO
  • 22 Maio 2024

Pelo segundo ano, o ECO organiza a Conferência Saúde e Economia. Confira o programa completo do evento, que é aberto ao público e tem entrada gratuita, mas sujeita a inscrição.

O Impacto da Saúde na Economia Nacional é o tema da 2.ª Conferência ECO Saúde e Economia que se realiza esta terça-feira à tarde no Estúdio ECO. Estará em análise a contribuição do setor da saúde para a economia portuguesa, nomeadamente a sua importância direta (postos de trabalho ou contribuição para o PIB) e indireta, ao prevenir e tratar atempadamente patologias, evitando menor produtividade e mais custos para o SNS.

O setor da saúde como motor de crescimento económico é o pano de fundo deste evento que reunirá todo o ecossistema do setor da saúde, bem como decisores e investigadores. O evento é aberto ao público e com entrada gratuita, mas sujeita a inscrição aqui.

PROGRAMA

15h15 – Abertura

Diogo Agostinho, Chief Operating Officer

15h30 – 16h15 – Inovação em Saúde: Portugal está na vanguarda?

Guy Villax, Presidente da Health Cluster Portugal
Fabíola Costa, Diretor of Clinical Research da Sword Health
Pedro Garcia da Silva, Scientific coordinator da Fundação Champalimaud
Filipa Mota e Costa, Diretora Geral da Johnson&Johnson Innovative Medicine
Moderação: André Veríssimo, Subdiretor do ECO

16h15 – 16h30 – Coffee-break

16h30 – 17h15 – Os riscos operacionais (e legais!) da IA na Saúde

Ana Gil Marques, Head of Legal & Compliance Siemens Healthineers Portugal
Miguel Nobre Menezes, Médico cardiologista no Hospital de Santa Maria e Hospital Lusíadas Lisboa e docente na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa
Maria Raimundo, Consultora freelancer em tecnologia e saúde
Moderação: Cláudia Pinto, Jornalista e autora Newsletter ECO Saúde

17h15 – 18h00 – Os desafios do setor privado

Bruno Gomes, CEO da Trofa Saúde
Luís Drummond Borges, Chief Commercial Officer da Lusíadas Saúde
Moderação: André Veríssimo, Subdiretor do ECO

18h00 – Encerramento

Cristina Vaz Tomé, Secretária de Estado da Gestão da Saúde

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O desfile de moda da Louis Vuitton coloca Barcelona no epicentro da moda, da criatividade e do turismo de qualidade

  • Servimedia
  • 22 Maio 2024

O desfile de moda da Louis Vuitton, esta quinta-feira, no Parque Güell, em Barcelona, transformará a capital catalã no epicentro da moda, do design, da criatividade e do luxo.

A marca francesa, principal patrocinadora da competição de vela America’s Cup, apresenta a sua coleção “Cruise” e dá mais um passo em frente na sua estreita relação com a cidade, projetando-a para o mundo como uma capital cosmopolita na vanguarda das tendências.

Para a marca de luxo, apresentar-se em Barcelona significa reforçar laços de longa data. Como a empresa recordou ao anunciar a data do desfile, foi nesta cidade que abriu a primeira loja em Espanha, em 1987, e, juntamente com as duas lojas que possui em Barcelona, tem uma rede de oficinas de marroquinaria que emprega mais de 1800 trabalhadores.

Para os principais agentes socioeconómicos da cidade, este evento terá um impacto no mundo com imagens que identificam a cidade e os seus valores, como a criatividade, o design e o talento que inspiraram um génio catalão universal como Gaudí. Além disso, o desfile faz parte do programa de eventos ligados à America’s Cup, declarada evento excecional de interesse público.

O setor económico da capital catalã sublinha também que ser uma montra do luxo significa cuidar do segmento de luxo que é atraído pelo potencial e pela qualidade de Barcelona, quer através de lojas ou estabelecimentos em pontos-chave da cidade, quer investindo num determinado tipo de turismo com maior poder de compra, que gasta mais em experiências e cultura locais e que tende a vir de mercados de longa distância, como os Estados Unidos ou a Ásia, prolongando a sua estadia na cidade.

Esta é uma aposta que terá impacto nos próximos anos, onde haverá mais interesse em Barcelona pela sua autenticidade e experiência do ponto de vista dos visitantes, de acordo com as fontes consultadas. Neste sentido, consideram que o luxo é, juntamente com as várias feiras de impacto global que Barcelona acolhe, a oferta cultural e o setor tecnológico e médico, fatores que sustentam os passos para um turismo estratégico e de qualidade.

Para além do desfile de moda, em 2025 a capital catalã acolherá um evento, o Business of Luxury Summit, que se junta a este objetivo de qualidade e diferenciação. A conferência da indústria do luxo promovida pelo Financial Times acaba de se realizar em Veneza e Barcelona acolhe-a de 18 a 20 de maio do próximo ano. A vigésima primeira edição reunirá os principais intervenientes do setor do luxo para debater as tendências e os desafios do setor.

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Hoje nas notícias: Agricultura, sondagens e TGV

  • ECO
  • 22 Maio 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Os agricultores do Algarve estão otimistas com o alívio nos cortes do abastecimento de água, que o Governo deverá anunciar esta quarta-feira. Se as eleições fossem hoje, a AD e o PS teriam um empate técnico, com a coligação de direita a conseguir uma ligeira vantagem sobre os socialistas. O CEO da Mota-Engil garante que o seu consórcio vai entregar uma proposta ao concurso para o primeiro troço da alta velocidade. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quarta-feira.

Agricultores algarvios otimistas com alívio de cortes no abastecimento de água

O Governo prepara-se para anunciar, esta quarta-feira, um alívio nos cortes ao abastecimento de água no Algarve. A medida deve estabelecer um corte abaixo dos 20%, transversal para todos os setores da economia, excetuando para a água destinada ao consumo humano, à qual deverá ser aplicada uma restrição menor. Os agricultores da região estão otimistas, esperando que este alívio corresponda às necessidades presentes e futuras o setor agrícola.

Leia a notícia completa na Rádio Renascença (acesso livre)

Nova sondagem dá empate técnico mas com AD à frente do PS por um ponto

A uma semana do arranque da campanha eleitoral para as eleições europeias, uma nova sondagem, agora do Cesop – Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica, mostra que, se a votação fosse hoje, a Aliança Democrática (31%) e o PS (30%) teriam um empate técnico, com uma diferença de apenas um ponto percentual. Seguir-se-ia o Chega, com 15%, enquanto os restantes partidos ficam abaixo dos dois dígitos: Iniciativa Liberal com 6%; BE, Livre e CDU empatados com 5% e o PAN apenas com 1%. A sondagem foi realizada entre 13 e 18 de maio, semana em que se realizaram os três primeiros debates televisivos entre os cabeças de lista dos oito principais partidos.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Mota-Engil vai ao primeiro concurso da alta velocidade

Apesar de considerar que “o preço é um desafio” e que o “projeto é complexo”, o presidente executivo da Mota-Engil, Carlos Mota Santos, garante que o consórcio que lidera para a alta velocidade “vai entregar uma proposta ao primeiro concurso” da alta velocidade na ferrovia, para o troço Porto-Oiã (Aveiro). O concurso para a primeira parceria público-privada (PPP) do projeto da alta velocidade Lisboa-Porto foi lançado em janeiro com um preço-base de 1,66 mil milhões de euros, a que se podem somar 480 milhões de fundos europeus.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

“O importante é que o eixo Lisboa-Madrid não exclua o Lisboa-Porto-Vigo”

O embaixador de Espanha em Portugal, Juan Fernández Trigo, considera que a ligação ferroviária de alta velocidade entre Lisboa e Madrid vai ser “extraordinariamente benéfica” e que a decisão do Governo português é “compatível” com a alta velocidade entre Lisboa e Porto e a ligação de Porto com Vigo. “Um país precisa de uma coesão nacional e, em Portugal, essa coesão nacional é claramente vertical. Não se entenderia e não queria que Portugal sacrificasse isso por uma coesão, digamos, horizontal, entre Lisboa e Madrid”, afirmou o diplomata espanhol, em entrevista ao DN.

Leia a entrevista completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Caixa deverá manter atual posição de 15% após IPO da Fidelidade

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) deverá manter a sua participação na Fidelidade, após a Oferta Pública Inicial (IPO) da seguradora, que a Fosun pretende realizar em 2025. Fontes ouvidas pelo Jornal Económico consideram que este será o cenário mais provável, embora seja ainda cedo para determinar de forma conclusiva que será essa a opção do banco público liderado por Paulo Macedo, visto que ainda não há data para a IPO e as perspetivas para a economia global e os mercados financeiros permanecem marcadas pela incerteza.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

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O dia em direto nos mercados e na economia – 22 de maio

  • ECO
  • 22 Maio 2024

Ao longo desta quarta-feira, 22 de maio, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Galp vende ativos em Moçambique por 650 milhões de dólares

Com a conclusão da venda dos ativos upstream em Moçambique, a Galp receberá cerca de 598 milhões de euros pelas suas ações e empréstimos de acionistas, já líquidos de impostos.

A Galp assinou um acordo com a ADNOC para vender dos seus ativos upstream em Moçambique por 650 milhões de dólares.

“A Área 4 inclui a Coral South FLNG, em operação desde 2022, bem como os futuros desenvolvimentos onshore Coral North FLNG e Rovuma LNG, que se prevê serem ambos aprovados durante 2024/25”, explica a petrolífera em comunicado ao mercado.

“A transação apoia a estratégia disciplinada de capex da Galp”, diz a petrolífera, que precisa de fazer grandes investimentos na Namíbia para explorar o projeto cujo valor ativo petrolífero deverá rondar os 20 mil milhões de dólares. A dimensão dos investimentos exigidos levou a Galp a considerar vender 40% da posição que detém no projeto, ou seja, metade e já tem interessados: a Exxon Mobil, Shell, TotalEnergies e Equinor.

Com a conclusão da venda dos ativos upstream em Moçambique, a Galp receberá cerca de 650 milhões de dólares (598 milhões) pelas suas ações e empréstimos de acionistas, já líquidos de impostos sobre os ganhos de capital. “Na data de referência da transação (31 de dezembro de 2023), o passivo de arrendamento era de 525 milhões de dólares” (483 milhões de euros), refere a empresa, recordando que a transação está sujeita às habituais aprovações de terceiros. Mas a expectativa é que esteja concluída ainda este ano.

Neste negócio estão ainda previstos “pagamentos contingentes adicionais de 100 milhões de dólares (92 milhões de euros) e 400 milhões de dólares (368 milhões de euros) que serão pagos com a decisão final de investimento do Coral North e do Rovuma LNG, respetivamente”.

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OPPO celebra 10 anos de avanços no domínio do carregamento rápido para smartphones

  • Servimedia
  • 22 Maio 2024

Este ano marca uma década de atividade da OPPO no campo dos sistemas de carregamento rápido, com o lançamento em 2014 do seu sistema VOOCTM, que evoluiu para o atual SUPERVOOCTM.

Ao fazê-lo, a empresa tecnológica chinesa tem vindo a inovar e a estabelecer novos padrões na indústria, permitindo-lhe desenvolver sistemas com tecnologias inteligentes destinadas a aumentar a velocidade de carregamento, assegurando simultaneamente a saúde e a durabilidade do estado da bateria.

Os avanços introduzidos pela OPPO respondem a uma procura crescente dos consumidores por telemóveis que possam ser carregados num curto espaço de tempo. De acordo com um inquérito realizado pela empresa, 87% dos espanhóis consideram que o carregamento rápido é um dos fatores mais valorizados na compra de um smartphone. Além disso, metade dos utilizadores considera que o dispositivo deve ser totalmente carregado em menos de 1 hora.

Em 2022, a OPPO introduziu a tecnologia de carregamento rápido SUPERVOOCTM de 240W, capaz de carregar o smartphone a 100% em cerca de 9 minutos, introduzindo nessa altura o carregamento rápido mais rápido do mundo. Lançou também o sistema SUPERVOOCTM de 150W, que carrega 50% da bateria em 5 minutos e 100% em 15 minutos. Além disso, consciente da importância da saúde da bateria, a empresa incorporou a tecnologia Battery Health Engine (BHE) em ambos os sistemas de carregamento rápido, o que aumenta a durabilidade da bateria.

Atualmente, a OPPO tem carregadores e smartphones compatíveis com diferentes tipos de carregamento –33W, 67W, 80W–. O OPPO Reno11 F 5G, o smartphone que a empresa lançou mais recentemente em Espanha, está equipado com carregamento rápido SUPERVOOCTM de 67W, que permite carregar o dispositivo até 30% em 10 minutos, 53% em 20 minutos e 100% em 48 minutos.

A OPPO salienta que a importância do carregamento rápido na atividade diária é comparável à necessidade de preservar a saúde da bateria e a durabilidade do dispositivo, que são aspetos cruciais para 83% dos espanhóis. Por isso, a empresa desenvolveu sistemas de gestão térmica para minimizar o calor durante o carregamento, utilizando materiais compósitos e algoritmos avançados para dissipar o calor de forma eficiente, garantindo um carregamento seguro e eficiente.

Um exemplo disto é o OPPO Reno11 F 5G e o seu “Modo de Carregamento a Ultra Baixa Temperatura”, que permite o carregamento a -20°C e oferece uma duração de bateria de 4 anos, eliminando a necessidade de substituições frequentes.

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A “Cidade do Desporto” conclui a sua primeira fase de conceção e planeamento para construir 265 000 metros quadrados para desporto e lazer

  • Servimedia
  • 22 Maio 2024

A primeira fase da "Ciudad del Deporte" tem um investimento estimado em mais de 350 milhões de euros para a construção de um total de cinco lotes, dois dos quais municipais.

A “Ciudad del Deporte”, a iniciativa de desenvolvimento urbano que irá rodear o estádio Cívitas Metropolitano, já concluiu a primeira fase de conceção e planeamento. O projeto entra agora numa nova fase, com o pedido à Câmara Municipal de Madrid das licenças correspondentes para iniciar a fase de execução e construção.

Alinhada com as últimas tendências da indústria do desporto, do lazer e do bem-estar, a “Ciudad del Deporte” é um projeto “inovador e sustentável”, dotado de uma infraestrutura diferencial e de vanguarda, tendo o desporto como epicentro. Um total de cinco terrenos com uma superfície de mais de 265.000 metros quadrados para o desporto e cerca de 380.000 metros quadrados de zonas verdes, dentro dos 1.140.000 metros quadrados ocupados pelo Parque Deportivo del Este, onde se situará a Cidade.

Para a construção desta primeira fase da Cidade do Desporto, estima-se um investimento superior a 350 milhões de euros, dando lugar a um espaço único que impulsionará definitivamente a zona oriental da capital, convertendo-se, além disso, num dos projetos de referência para a transformação da Área Metropolitana de Madrid nos próximos anos e numa das principais atrações desportivas e de lazer de Espanha.

A “Cidade do Desporto”, que se estima venha a gerar mais de 3.500 postos de trabalho diretos e indiretos, “está pensada para todos os madrilenos, bem como para melhorar as infra-estruturas e revitalizar esta zona, graças ao desenvolvimento de terrenos que, até agora, estavam desaproveitados. Uma iniciativa que redefine a cornija nordeste de Madrid com o objetivo de se tornar num novo epicentro de atração, transformando esta zona de Madrid numa das principais atrações desportivas e de lazer do país”, afirma Óscar Mayo, Diretor Geral de Receitas e Operações do Club Atlético de Madrid.

Ao longo dos últimos dois anos, desde que o Atlético de Madrid obteve a concessão municipal para a construção do projeto, esta primeira fase de conceção e planeamento, recentemente concluída, foi sendo moldada e desenvolvida “com o objetivo de criar um projeto único para todos os utilizadores, incluindo os residentes do bairro de San Blas-Canillejas, e alinhado com as tendências mais atuais da indústria do desporto, lazer e bem-estar. Desta forma, a “Cidade do Desporto” já é uma realidade, um projeto que transformará Madrid e que terá um impacto positivo na vida quotidiana dos habitantes de San Blas-Canillejas, indo além da melhoria das infra-estruturas e da revitalização desta zona”, salienta Óscar Mayo.

INSTALAÇÕES DESPORTIVAS

A “Cidade do Desporto” é possível graças à parceria público-privada entre a Câmara Municipal de Madrid e o Club Atlético de Madrid desde 2005, quando se iniciaram as primeiras conversações para a transferência do estádio para La Peineta. Uma mudança que se tornou efetiva em 2017 com a inauguração do atual Cívitas Metropolitano (então Wanda Metropolitano) e que foi o gérmen de um ambicioso projeto apresentado pelo Clube à Câmara Municipal de Madrid nesse mesmo ano. Uma proposta que, desde o início, procurava dar vida aos terrenos desafetados do Parque Deportivo del Este e que se materializará em cinco parcelas de uso desportivo e de lazer para criar a “Ciudad del Deporte” (Cidade do Desporto).

Além disso, o projeto foi concebido em estreita colaboração com os cidadãos deste bairro, graças à escuta ativa das suas necessidades, que se refletiram no projeto final com a construção de várias instalações desportivas municipais em duas das cinco parcelas que, uma vez construídas pelo Club Atlético de Madrid, serão geridas pela Câmara Municipal. Um desses terrenos será destinado a desportos ao ar livre, onde se prevê a construção, entre outros, de uma pista de atletismo.

O objetivo é prestar homenagem ao espírito olímpico original de La Peineta, que foi concebido pelo Conselho do Desporto da Comunidade de Madrid nos anos 90 para a candidatura da cidade a anfitriã do Campeonato Mundial de Atletismo de 1997. O segundo lote será dedicado aos desportos em recinto fechado e inclui, entre outras instalações, quatro campos polidesportivos. Para além do atletismo, os habitantes poderão praticar desportos como o futebol, o basquetebol, o andebol, o voleibol e o futebol de cinco nestas instalações municipais.

Nas três parcelas restantes, serão construídos o Centro de Alto Rendimento (CAR) do Clube Atlético de Madrid; um Espaço de Lazer e Polidesportivo para a prática de desportos como o surf, o golfe, a escalada, a patinagem, o paddle ou o tirolesa, entre outros; e um Centro de Serviços que reunirá uma grande variedade de atividades desportivas, comerciais, de restauração e de lazer.

A “Ciudad del Deporte” também melhorará as infra-estruturas públicas do bairro com a criação de novos acessos a partir da M-40, que ajudarão a descongestionar a zona e facilitarão a mobilidade dos residentes nas imediações. Estes acessos estão atualmente a ser asfaltados e prevê-se que estejam abertos aos veículos antes do final do primeiro semestre de 2024.

Espera-se que o nome oficial do complexo seja revelado nas próximas semanas para a chamada “Cidade Desportiva”. A implementação terá lugar em diferentes fases que serão realizadas em simultâneo, com o objetivo de que a primeira fase esteja totalmente operacional no final de 2026.

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Unlockit levanta 1,4 milhões. “Produto tem um potencial muito forte para ser bem sucedido além-fronteiras”

Triplicar este ano o volume de negócios e estender a atuação à intermediação de crédito à habitação fazem parte dos planos. Madrid e Barcelona, São Paulo e Dubai são cidade alvo para expansão.

A Unlockit fechou uma ronda de financiamento pré-seed de 1,4 milhões de euros, elevando a avaliação da startup portuguesa de PropTech e GovTech para seis milhões de euros. A internacionalização da startup de gestão de transações imobiliárias está entre os objetivos, com “Madrid e Barcelona, São Paulo e Dubai” na mira.

“O foco é apostar no desenvolvimento da aplicação com o lançamento da nova webapp em agosto deste ano e com a implementação dos primeiros produtos Web3 que a empresa tem pensado lançar em 2025″, começa por dizer Tiago Dias, fundador e CEO da Unlockit, ao ECO.

Há quatro anos, a startup começou por responder a um problema relacionado com as assinaturas de contratos. Atualmente, já é utilizada por mais de seis mil agentes imobiliários e brokers “que partilham da nossa visão e que conseguem levar de ponta a ponta processos inteiros de compra, venda e arrendamento através da Unlockit”, explica.

“Daqui, o nosso passo é sermos a melhor plataforma Web3 para o mercado imobiliário à escala global, e isso faz-se apostando em dois pilares: produto e equipa. Um dos pontos mais imediatos na nossa lista será alargar a oferta para a intermediação de crédito. O nosso objetivo final, numa visão mais para o projeto em si, é vender os serviços da nossa plataforma ao regulador e passarmos a uma fase de co-inovação com entidades públicas e governamentais, isto sobretudo porque sabemos que conseguiríamos poupar milhões de euros ao Estado”, refere ainda o gestor.

A ronda — liderada pelo grupo Eaglestone, plataforma internacional de serviços financeiros, através da sociedade de capital de risco Eaglestone Capital Partners, acompanhada pela Portugal Ventures, contando ainda com a participação dos atuais investidores Reorganiza e Republica — também teve como objetivo dar músculo à expansão internacional da startup.

Internacionalização nos planos

“O tradicionalismo e excessiva burocracia do setor imobiliário é transversal a praticamente todos os mercados. Por isso, a internacionalização da Unlockit está também na mira com o que conseguimos nesta ronda, ainda que para já vejamos mais esse alargamento de operações a médio prazo“, diz o CEO da Unlockit.

Através da plataforma da Unlockit, todas as “partes envolvidas no processo de transação imobiliária têm acesso à documentação necessária à distância de um clique, mesmo que de modo assíncrono” e, com isso, “devolvemos tempo ao poupar as pessoas de deslocações desnecessárias por causa de assinaturas, dando a oportunidade de indivíduos em diferentes localizações no globo de assinarem o mesmo documento numa questão de minutos”. “Combatemos, também, a especulação imobiliária ao promovermos a transparência de valores ao longo de todo o processo. Tudo isto, acreditamos, torna-nos numa startup de interesse público“, descreve o responsável.

Estamos confiantes que a introdução ao mercado externo trará impactos muito significativos nos nossos resultados; a acontecer no tal médio prazo, contamos que rapidamente ultrapasse o peso do nosso país na operação simplesmente por uma questão de dimensão de mercado.

Acreditamos que o nosso produto tem um potencial muito forte para ser bem-sucedido além-fronteiras, porque sabemos que muitos países ainda não dispõem de uma solução tão completa como a nossa e porque a mesma resolve grande parte dos problemas sociais que este mercado demonstra ter. De qualquer das formas, há uma clara lacuna no que toca à inovação do setor e nós queremos provar que é possível simplificar algo que, até ao momento, é tão labiríntico e opaco”, aponta o fundador.

Os mercados alvo estão já definidos. “Madrid e Barcelona, São Paulo e Dubai são os primeiros centros urbanos que temos como objetivo, porque sabemos haver uma abertura muito interessante para projetos verdadeiramente disruptivos e de base tecnológica blockchain“, revela Tiago Dias.

Neste momento, a Unlockit já conta com uma equipa de “mais de uma dezena de pessoas”. “Será muito importante focarmo-nos na nossa equipa atual, mesmo sendo uma empresa remote-first – não temos, inclusive, espaço físico dedicado. Depois temos na VOID Software, sediada em Leiria, a nossa parceira tecnológica para o desenvolvimento do produto, portanto o nosso foco primário de recrutamento será em perfis mais técnicos e que permitam desenvolver os nossos produtos Web3. Em termos de números, teremos que ir medindo o pulso ao crescimento do negócio e adaptaremos a equipa às necessidades que vierem daí”, diz o gestor quando questionado sobre se estava previsto um reforço de equipa para acompanhar expansão da empresa.

Tiago Dias, fundador e CEO da Unlockit

“Um dos nossos objetivos internos, enquanto trabalhamos no aperfeiçoamento do produto, é procurar captar aquilo que chamo de ‘talento A+’ das nossas universidades portuguesas. O nosso país está recheado de potencial, e a essa mentalidade e vontade de fazer diferente dos nossos jovens, aliado à sua alta competência de skills, queremos ainda acrescentar a liberdade para trabalharem onde quiserem que tanto procuram – daí também priorizarmos o trabalho remoto”, refere ainda.

Nos últimos dois anos, o “volume de negócio mais do que triplicou” e a base de clientes tem tido um “crescimento bastante saudável”, cerca de seis mil utilizadores. “Fechámos 2023 com um volume de 60 mil euros, mas isto é apenas o início. As perspetivas que temos são animadoras tendo em conta a situação em que nos encontramos: contamos, se tudo correr bem, triplicar o volume em 2024″, adianta Tiago Dias.

A nossa missão é colocar o setor imobiliário no século XXI, acreditamos que temos uma ideia e um produto capazes de o fazer. Queremos muito concretizar isso em Portugal, mas sabemos que não estará só dependente de nós levar essa visão a bom porto.

“Estamos confiantes que a introdução ao mercado externo trará impactos muito significativos nos nossos resultados; a acontecer no tal médio prazo, contamos que rapidamente ultrapasse o peso do nosso país na operação simplesmente por uma questão de dimensão de mercado”, diz o CEO.

Ainda que Portugal seja já bastante recetivo à incubação de ideias e inovação, como se vê por iniciativas como a Unicorn Factory em Lisboa, a verdade é que a adoção em larga escala de muitos destes projetos disruptivos continua a não ser o nosso forte. Temos como exemplo contrário a Estónia, o primeiro Governo Digital do mundo a implementar a tecnologia blockchain – a nossa tecnologia base – para garantir, a nível governamental, a integridade dos dados”, comenta.

“A nossa missão é colocar o setor imobiliário no século XXI, acreditamos que temos uma ideia e um produto capazes de o fazer. Queremos muito concretizar isso em Portugal, mas sabemos que não estará só dependente de nós levar essa visão a bom porto.”

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Contact centers sobem salários e reforçam formação

O salário médio dos operadores dos contact centers subiu quase 5% para 932 euros no ano passado. Segundo um estudo da associação do setor, também o nível de formação aos trabalhadores foi reforçada.

Após terem estagnado em 2022, os salários dos operadores dos contact centers aumentaram quase 5% em 2023. Em média, estes trabalhadores recebem 932 euros brutos por mês, ainda que haja variações assinaláveis entre setores. Enquanto na banca os operadores dos contact centers chegam a ganhar 951 euros, no turismo recebem, em média, pouco acima do salário mínimo nacional, que está hoje fixado em 820 euros.

“A remuneração média mensal dos operadores retomou em 2023 a trajetória de crescimento que se registava, atingindo os 932 euros, um crescimento de 4,7% em relação a 2022″, lê-se no estudo divulgado esta quarta-feira pela Associação Portuguesa de Contact Centers (APCC).

Na análise da APCC é destacado que esse aumento é “tanto mais significativo” considerando a elevada rotatividade dos operadores, com “sucessivas vagas de recrutamento de novos trabalhadores com remunerações de início de carreira“.

Contudo, nem todos os setores praticam os mesmos salários. Assim, enquanto o salário médio dos operadores dos contact centers dos bancos e outras instituições financeiras situou-se em 951 euros em 2023, na saúde fixou-se em 937 euros, na indústria ficou em 924 euros, nas telecomunicações foi de 915 euros e, na base da tabela, no turismo, o salário médio fixou-se em 826 euros.

Já no caso dos supervisores, o último ano foi sinónimo de um salto de 11,7% dos salários, com a remuneração média a atingir a marca de 1.101 euros.

Entre estes trabalhadores, foi o setor da assistência em viagem o que garantiu o melhor salário médio (1.276 euros), seguindo-se a indústria (1.272 euros). “Os valores médios mais baixos encontram-se na Administração Pública e setor social (1.153 euros), nos correios e distribuição expresso (1.141 euros) e nas utilities (1.139 euros)”, destaca a APCC.

Por outro lado, pela primeira vez, a APCC caracteriza também o valor médio do subsídio de alimentação pago aos trabalhadores dos contact centers, tendo sido apurado o valor diário de 7,31 euros.

Além dos salários, também a formação disponibilizada a estes trabalhadores melhorou no último ano. A formação inicial passou de 20 dias para 21,5 dias, enquanto a formação ao longo do ano passou de 55 horas para 69 horas nos operadores, e de 50 para 63 horas nos supervisores.

Regime híbrido e presencial ganham terreno nos contact centers

A fatia de trabalhadores dos contact centers que estão 100% em trabalho remoto emagreceu no último ano, tendo o regime presencial recuperado terreno. Ainda assim, é o modelo híbrido que continua a ser o predominante, segundo o estudo da APCC:

  • 27% destes trabalhadores estavam plenamente em trabalho remoto, menos três pontos percentuais do que no ano anterior.
  • 35% estavam em regime 100% presencial, mais três pontos percentuais do que no período homólogo.
  • 38% dos trabalhadores estavam no modelo híbrido, realizando as suas tarefas no local de trabalho ou em casa, em dias alternados da semana.

“Quando inquiridos sobre a evolução até ao final de 2024, a indicação obtida é de continuada redução do 100% remoto, de 27% para 25%, mas sem alteração do 100% presencial, absorvendo os regimes híbridos aquele diferencial“, antecipa a associação.

Quanto à caracterização do trabalho no setor dos contact centers, há ainda a realçar que os contratos sem termo continuaram a ser os predominantes, mas o seu peso diminuiu de 55,1% para 50,7%. Já 3,4% dos postos de trabalho foram preenchidos por trabalhadores temporários e 0,7% por prestação de serviços.

“Analisando a distribuição dos colaboradores por grau de ensino, verifica-se que 30,8% têm formação superior completa
e 7,5% frequentam o Ensino Superior. Em 2022 estes valores eram de 30% e 15%, respetivamente”, acrescenta a APCC, que nota ainda que a faixa etária dos 25 aos 40 anos é, neste momento, predominante tanto entre operadores, como entre supervisores.

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