Direitos da EDP Renováveis sobem 4,9% no último dia de negociação. Títulos vão ser convertidos em novas ações

Os direitos de incorporação das ações da EDP Renováveis acumularam uma valorização de 21,5% desde 6 de maio. Em breve serão convertidos em novas ações que serão negociadas a partir de 24 de maio.

Os mais de 1 milhão de direitos de incorporação da EDP Renováveis que estavam em negociação desde 6 de maio encerraram a sessão desta segunda-feira a subir 4,9% face ao fecho de sexta-feira para 0,2429 euros. Nas 11 sessões de bolsa em que estiveram a negociar em bolsa, apenas por três ocasiões fecharam no vermelho.

Esta foi a última sessão em que os investidores puderam negociar estes títulos que, em breve, serão convertidos em novas ações da EDP Renováveis na proporção de 63 direitos por uma nova ação — que começarão a ser negociadas a 24 de maio juntamente com as já existentes na Euronext Lisboa.

Depois de no primeiro dia de negociação estes títulos terem fechado a cair 25%, com a cotação a resvalar até aos 0,1508 euros, que rapidamente recuperaram e, desde então, a cotação esteve sempre acima dos 0,2 cêntimos com que começaram a negociar a 6 de maio.

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De acordo com uma operação aprovada a 4 de abril em Assembleia Geral que permitirá aumentar o capital da EDP Renováveis até 81,3 milhões de euros, foi entregue aos acionistas da empresa um direito de incorporação por cada ação detida da empresa liderada por Miguel Stilwell até 30 de abril e mantida até 3 de maio (data de registo).

Posteriormente, os acionistas puderam tomar uma de três decisões: vender os direitos no mercado e encaixar o dinheiro da operação ao preço que o mercado estava a negociar, vender à EDP Renováveis até 17 de maio ao preço fixo de 20 cêntimos ou manter os direitos em carteira.

Os investidores que ao dia de hoje ficaram em carteira com um número de direitos diferentes de um múltiplo de 63 (rácio de conversão dos direitos pelas novas ações) perderão os direitos pela respetiva diferença, não recebendo nada em troca por esses títulos.

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CFO da AON é a profissional que mais ganha entre corretores

  • ECO Seguros
  • 20 Maio 2024

Christa Davies aufere anualmente 31.632.818 dólares. A executiva anunciou em abril os seus planos para se reformar em 2025. Foi surpresa por ser CFO e ser mulher.

No negócio das maiores corretora de seguros do mundo, o profissional melhor pago não é nem CEO, nem homem – é Christa Davies, Chief Financial Officer (CFO) da Aon PLC. Segundo avançou o Business Insurance, a CFO recebe anualmente 31.632.818 dólares, montante dividido pelo salário, ações, outros rendimentos.

Christa Davies, Chief Financial Officer (CFO) da Aon PLC, estará no cargo até ao terceiro trimestre deste ano, depois de verificar os resultados do segundo trimestre de 2024. Em 2025 vai passar para o cargo de conselheira sénior para ajudar na transição.Aon

Quanto ao salário a CFO recebe 1.250.000 dólares, em ações 25.042.451 dólares e 5.340.367 dólares provenientes de outros rendimentos não especificados. Num ano, o seu rendimento valorizou 163,9%.

Há 16 anos na AON, a executiva anunciou em abril os seus planos para se reformar em 2025. Garantiu que irá permanecer no cargo até ao terceiro trimestre deste ano, depois de verificar os resultados do segundo trimestre do ano. Em 2025 vai passar para o cargo de conselheira sénior para ajudar na transição.

Em segundo lugar no ranking encontra-se John Q. Doyle, presidente e CEO da Marsh McLennan, com 19.054.956 rendimento anual que se divide em: 1.400.000 dólares de salário; 5.775.090 em ações; 5.550.012 em outros prémios; 6.000.000 dólares em incentivos não patrimoniais e 329.854 de dólares noutros rendimentos.

No último lugar do pódio encontra-se J. Patrick Gallagher Jr., chairman e CEO da Arthur J. Gallagher Co, com 15.496.222 de rendimento anual. Segue-se Carl Hess, CEO da Willis Towers Watson PLC, com um rendimento de 12.668.832 dólares anuais. Ainda no TOP 5 está J. Powell Brown, CEO e presidente da Brown & Brown. que regista anualmente 9.786.745 dólares.

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Terceiro debate para as eleições europeias foi visto por 642 mil pessoas

  • + M
  • 20 Maio 2024

De acordo com a análise elaborada pela Dentsu para o +M, o confronto entre Catarina Martins, João Cotrim de Figueiredo, Francisco Paupério e João Oliveira foi acompanhado por 642 mil telespectadores.

O debate que juntou na noite de sexta-feira os cabeças-de-lista da CDU, do BE, do Livre e da Iniciativa Liberal foi acompanhado por 593,8 mil pessoas na TVI e por 47,9 mil telespetadores na CNN Portugal.

De acordo com a análise elaborada pela Dentsu para o +M, o confronto entre João Oliveira, Catarina Martins, Francisco Paupério e João Cotrim de Figueiredo foi acompanhado em média por 642 mil telespetadores, o que faz deste o segundo debate mais visto até ao momento.

CDU, PAN, Chega e IL defrontam-se na noite desta segunda-feira na SIC. PS, AD, Chega e CDU a 21 de maio (RTP); e PS, AD, BE e PAN a 24 de maio (TVI). O PS e a AD, como mostra o calendário, surgem junto em todos os debates.

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Sagres mantém aposta nos arraiais em mais de 260 locais de Lisboa

  • + M
  • 20 Maio 2024

A marca lançou também uma campanha publicitária de exterior, que tem como mote “Marcha sempre bem” e que já se encontra nas ruas da cidade de Lisboa e nos arraiais Sagres.

Com o aproximar dos Santos Populares, a Sagres quer celebrar “com todos e ‘sem cerimónias’ em cada rua, beco ou esquina”, pelo que vai estar presente em mais de 260 locais da cidade de Lisboa.

“A Cerveja Sagres é uma marca assumidamente popular e a sua presença ativa nestas celebrações há mais de oito décadas reforça o seu compromisso com o país e com todos os que desfrutam destas festas tão portuguesas. Esta é mais uma forma de estar junto dos consumidores, celebrando a cultura nacional e promovendo novos e inesquecíveis momentos de celebração, de festa e convívio“, diz Catarina Ferraz, responsável de marketing da Cerveja Sagres, citada em comunicado.

A marca de cerveja, vai assim estar presente em mais de duas centenas e meia de locais da cidade lisboeta – desde arraiais tradicionais, às festas e ativações em clientes – incluindo em três novos arraiais, em Vila Berta, Belém e Lumiar, decorando os bairros e distribuindo “as famosas perucas que não vão deixar ninguém indiferente”.

O Grande Arraial Sagres vai também regressar ao Sagres Campo Pequeno, bem como o Santos no Tejo, que decorre no dia 7 de junho, refere a marca em nota de imprensa.

Já na noite de 12 de junho, a Sagres volta a promover a iniciativa “Santa Boleia“, proporcionado à população lisboeta, transporte gratuito para os Santos Populares. Esta iniciativa “não tem limite de viagens e permite a todos aqueles que queiram aproveitar os arraiais ‘sem cerimónias’ não terem de se preocupar com o transporte”.

Assim, e “mantendo o espírito de festa, de uma forma responsável e segura, dois autocarros de 63 lugares, decorados a rigor, estão prontos a seguir caminho, entre as 18h e as 2h, para os locais mais icónicos dos Santos Populares na capital”, acrescenta-se. Estes percorrem dois trajetos: Belém – Cais do Sodré e Saldanha – Santa Apolónia.

No âmbito dos Santos Populares, a marca lançou também uma campanha publicitária de exterior, que tem como mote “Marcha sempre bem” e que já se encontra nas ruas da cidade de Lisboa e nos arraiais Sagres.

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Pedro Reis quer “reformismo responsável” no setor público e traça roteiro para “salto quântico” na economia

  • Lusa
  • 20 Maio 2024

Ministro da Economia diz que cabe ao setor público desencadear "uma agenda de reformismo responsável" e que o país deve tirar partido da sua dimensão para dar "um salto quântico".

O ministro da Economia, Pedro Reis, disse esta segunda-feira que é preciso “resgatar a ambição” de Portugal, defendendo que o país deve tirar partido da sua dimensão para dar “um salto quântico”.

“Se focarmos a execução e a racionalidade das decisões muito em capitalizar e financiar as empresas, promover a inovação, ajudar na internacionalização, remover a burocracia, conseguimos dar um salto quântico a uma velocidade que não é possível em economias muito maiores e mais complexas. Tiremos partido da nossa dimensão e assentemos a nossa prioridade na agilidade da economia portuguesa“, disse o ministro.

Pedro Reis falava na abertura da conferência anual da Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP), que decorreu esta segunda-feira na Universidade de Aveiro.

Perante uma plateia de empresários, académicos e alunos, o ministro referiu que é preciso resgatar a ambição de Portugal, afirmando que o país “tem todas as condições para ser uma potência exportadora e internacionalizada com base na inovação e no talento”.

“Se conseguirmos fazer acontecer isto, estaremos a posicionar-nos e a conquistar o futuro”, afirmou o sucessor de António Costa Silva.

Portugal tem todas as condições para ser uma potência exportadora e internacionalizada com base na inovação e no talento.

Pedro Reis

Ministro da Economia

No seu discurso, o ministro disse ainda que cabe ao setor público desencadear “uma agenda de reformismo responsável”, defendendo uma aposta na qualificação, no talento e conhecimento para vencer o desafio da produtividade, da competitividade e da escala.

“Estes são os desafios que convém ganhar, sem os quais tudo o que façamos é ingrato ou suficiente e se assegurarmos isto tudo o resto é possível”, observou.

Defendeu ainda uma aposta em investimento continuado, adiantando que um dos desafios de Portugal é o desafio da consistência, porque “nós pensamos bem, mas distraímo-nos rápido”, e uma maior agilidade na implementação do Plano de Recuperação e Resiliência e do PT 2030.

Pedro Reis, ministro da EconomiaFILIPE AMORIM/LUSA 7 maio, 2024

O ministro destacou ainda o papel “absolutamente nevrálgico para o caminho do futuro” do setor metalúrgico e metalomecânico, comparando-o a uma “coluna vertebral da economia portuguesa”.

Na mesma ocasião o presidente da AIMMAP, Vítor Neves, sustentou que o país e a economia precisam de uma “profunda simplificação legislativa e de processos”, argumentando que existe em Portugal “um emaranhado de leis e processos que dificultam a vida ao próprio Estado, mas acima de tudo aos cidadãos, aos contribuintes e às empresas”.

“Este elevadíssimo nível de burocracia leva a que o bloco europeu seja cada vez menos competitivo o que pode ser facilmente comprovado pelas sucessivas taxas de crescimento anémicas da Europa sistematicamente inferiores às dos blocos seus concorrentes”, observou.

No caso específico de Portugal, Vítor Neves sublinhou que este modelo leva a “um Estado grande, ineficiente, lento e com custos elevados” e, do lado das empresas, obriga “a custos operacionais e de estrutura desproporcionados que lesam a sua competitividade”.

O presidente da AIMMAP defendeu ainda que é preciso valorizar o trabalho e o investimento, adiantando ver com “enorme preocupação a noção que se começa a formar de que trabalhar menos é produzir mais” e defendeu políticas públicas de apoio ao investimento para as empresas “poderem dar saltos importantes em termos de produtividade”.

O porta-voz dos industriais metalúrgicos e metalomecânicos disse ainda que este é um dos setores mais dinâmicos da indústria portuguesa e a mais importante indústria exportadora, com cerca de 23 mil empresas e 245 mil postos de trabalho.

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Greve geral? “Dependendo das medidas do Governo, a resposta será dada, sempre”, responde líder da CGTP

  • Lusa
  • 20 Maio 2024

A CGTP anunciou esta segunda-feira a realização de uma "semana de ação, luta e esclarecimentos" de 20 a 27 de junho, em defesa de melhores salários, redução de horários e manutenção de direitos.

A CGTP anunciou esta segunda-feira a realização de uma semana de ação, luta e esclarecimentos, a decorrer de 20 a 27 de junho, em defesa de melhores salários, redução de horários e manutenção de direitos. A iniciativa foi anunciada pelo secretário-geral da central sindical, Tiago Oliveira, em conferência de imprensa, após a reunião da Comissão Executiva, na sede da intersindical, em Lisboa.

Tiago Oliveira referiu que esta semana de luta, decidida pelo Conselho Nacional realizado na passada quinta-feira, terá por lema geral “aumentar salários, garantir direitos, combater a exploração e as desigualdades”, e que o objetivo é fazer convergir para estes dias a realização de plenários, tribunas, concentrações e greves nos mais variados setores e em todo o país.

Questionado sobre se esta semana de luta é uma antecâmara para a convocação de uma greve geral, o secretário-geral da CGTP afirmou que as ações de luta são sempre vistas “caso a caso, momento a momento”, até porque a realização de uma greve implica sacrifício para os trabalhadores, mas sublinhou que, “dependendo das medidas do Governo, a resposta será dada, sempre”.

Tiago Oliveira referiu que esta semana de luta foi convocada após uma avaliação da situação política que “fica marcada pela degradação das condições de trabalho” e dos salários, com os trabalhadores a terem mais dificuldade em fazer face ao custo de vida.

Esta análise, disse, revelou também a disponibilidade dos trabalhadores em partirem para a “luta concreta em torno da valorização” dos seus salários e direitos, apontando como exemplo a adesão à jornada de luta convocada pela Frente Comum dos sindicatos da administração pública realizada em 17 de maio e as várias greves setoriais que estão a decorrer ou vão realizar-se nos próximos dias.

Tiago Oliveira, secretário-geral da CGTPLusa

Segundo o dirigente sindical, a semana de 20 a 27 de junho será um período em que “os trabalhadores irão assumir” a sua “luta por melhores condições de vida”, indicando que ao longo daquela semana está também prevista a realização de tribunas públicas em todos os distritos do país

A resolução aprovada pelo Conselho Nacional da CGTP sublinha a necessidade de melhores salários, do combate à precariedade, de luta pela manutenção de direitos e por uma efetiva contratação coletiva e contra a desregulação dos horários.

A CGTP defende a subida do salário mínimo nacional para os 1.000 euros este ano, a fixação das 35 horas como limite máximo semanal de trabalho, bem como aumentos salariais de 15% com um mínimo de 150 euros.

 

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Exigir mais garantias para investir em renováveis não é “razoável”, afirma Galamba

O comentário do ex-ministro e atual consultor na área das energias renováveis surge na sequência da discussão em torno da quebra dos preços da energia vendida no mercado grossista.

O ex-secretário de Estado da Energia e ex-ministro das Infraestruturas, João Galamba, agora consultor na área das energias renováveis, defende que o risco de investir neste tipo de energia é “tão reduzido quanto o risco que qualquer futuro pode aspirar” a ser. Portanto, pedir garantias adicionais ao investimento não será “razoável”.

Exigir garantias adicionais para reduzir ainda mais o risco como contrapartida para investir não parece necessário, muito menos parece razoável“, afirma João Galamba, numa publicação na rede social Linkedin, em reação notícias sobre cortes no investimento em renováveis justificadas por preços mais baixos registados nos mercados grossistas da eletricidade.

“Não se entende tanta ansiedade por parte dos investidores em relação a um futuro que, por razões várias, já tem um risco tão reduzido quanto o risco [que] qualquer futuro pode aspirar a ter”, considera. Isto, tendo em conta a legislação europeia, a procura por grandes quantidades eletricidade abundante e a preços competitivos e a preponderância dos contratos de aquisição de energia. “Falamos de níveis de certeza no futuro que inexistem noutros setores económicos”, refere.

Os preços da eletricidade no mercado grossista, onde os comercializadores de eletricidade a compram aos produtores, têm vindo a aliviar. Em março registaram-se mínimos de 10 anos e abril abriu com algumas horas a marcar valores negativos no mercado ibérico. Para 2024 espera-se um ano de preços mais baixos face aos dos últimos anos.

O setor tem vindo a alertar para potenciais “problemas” dos preços baixos, em particular na viabilização de projetos renováveis, e aponta a necessidade de reequilibrar o mercado. Em cima da mesa estão soluções como as baterias, a atração de grandes consumidores e até um redesenho do mercado.

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Mais um tribunal português rejeita reconhecer contrato de trabalho entre estafeta e Uber Eats

Depois do Tribunal de Vila Real e do Tribunal de Portimão, agora é o Tribunal de Bragança dar razão às plataformas digitais e negar o reconhecimento de um vínculo de trabalho dependente ao estafeta.

O Tribunal do Trabalho de Bragança rejeitou o reconhecimento de um contrato de trabalho entre um estafeta e a Uber Eats. Esta é a terceira decisão que se conhece de um tribunal português que dá razão às plataformas digitais e nega o reconhecimento de um vínculo de trabalho dependente. Conforme já escreveu o ECO, também o Tribunal de Vila Real e o Tribunal de Portimão tomaram decisões nesse sentido.

“Impõe-se a conclusão de que os factos apurados não permitem reconhecer a existência de um contrato de trabalho, o que determina a improcedência da pretensão Ministério Público”, lê-se na sentença, a que o ECO teve acesso.

Nesse documento, o tribunal realça que o estafeta em questão desenvolve a sua atividade em Bragança “por opção sua”, não tendo sido, portanto, a Uber Eats a determinar o local de exercício da sua atividade.

Além disso, a sentença sublinha que o estafeta “não observa qualquer esquema temporal de início e termo da sua prestação predeterminado ou imposto” pela plataforma. Ou seja, diz que é o estafeta que escolhe quando se liga ou se desliga, “sem qualquer consequência”.

Quanto à retribuição, dá-se como provado que o estafeta pode fixar uma taxa mínima e que a taxa pode varia. “Não se pode concluir que seja paga ao prestador uma quantia certa com determinada periodicidade como contrapartida da actividade prestada”, lê-se no documento.

Mais. O tribunal destaca que a Uber Eats não controla a atividade do estafeta, chegando à conclusão, “face ao exposto, que é forçoso concluir que a factualidade apurada é insuficiente para o estabelecimento da presunção de laboralidade, sendo inviável, por essa via, o reconhecimento da existência de um contrato de trabalho”.

Esta decisão decorre de uma ação interposta pelo Ministério Público, na sequência das inspeções da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), que tiveram por base a lei que entrou em vigor na primavera do ano passado e que prevê a possibilidade de os estafetas serem reconhecidos como trabalhadores das plataformas, desde que sejam reconhecidos indícios de subordinação.

Há já várias decisões dos tribunais portugueses, com base nesta lei, mas não tem havido consenso entre elas. Ainda no final de março, o Tribunal de Castelo Branco reconheceu um contrato de trabalho entre quatro estafetas e a Uber Eats, mas pouco tempo depois foi conhecida a decisão do Tribunal de Portimão de rejeitar um contrato de trabalho entre 27 estafetas e a Glovo.

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Banco de Portugal comprou 3,6 mil milhões em dívida pública portuguesa em 2023

Banco central esteve menos ativo no mercado. Ainda assim, realizou mais de 600 transações no ano passado a comprar obrigações portuguesas. Carteira de dívida pública encolheu para 70 mil milhões.

O Banco de Portugal (BdP) comprou 3,6 mil milhões de euros em títulos de dívida pública ano passado. Apesar dessas compras, a carteira de obrigações públicas portuguesa do banco central encolheu 3,7 mil milhões, segundo divulgou esta segunda-feira a instituição. Parte da explicação reside nos Certificados de Aforro.

“O Banco de Portugal esteve ativo na compra de títulos de dívida pública portuguesa para o PSPP [Public Sector Purchase Programme] e para o PEPP [Pandemic Emergency Purchase Programme] ao longo do ano, tendo sido realizadas 637 transações com 19 instituições financeiras e adquiridos, em termos brutos, 3,6 mil milhões de euros de títulos de dívida pública portuguesa”, indica o Relatório da Implementação da Política Monetária.

Ainda assim, as compras líquidas foram negativas em 3,7 mil milhões de euros (-1,5 mil milhões no PSPP e -2,2 mil milhões no PEPP, acrescenta o banco central liderado por Mário Centeno. Em 2022 as compras líquidas foram positivas em 3,1 mil milhões de euros.

Apesar das idas ao mercado no âmbito dos programas de política monetária não convencional do Banco Central Europeu (BCE), o BdP viu a sua carteira de títulos de dívida pública nacional encolher. O que se deve, explica a entidade, ao vencimento de uma linha de Obrigações do Tesouro em outubro e ainda ao “facto de os reinvestimentos não se terem realizado na totalidade”, dada as condições de reduzida liquidez que enfrentou no mercado de dívida nacional.

A instituição liderada por Mário Centeno adianta que houve uma “menor disponibilidade de dívida pública portuguesa” no mercado porque o IGCP emitiu menos do que o previsto. Uma boa parte do financiamento do Estado no ano passado foi garantida pelos Certificados de Aforro, que tiveram uma autêntica corrida na primeira metade do ano.

Por outro lado, o banco central teve de vender títulos na carteira do PSPP – na ordem dos 1,5 mil milhões de euros — “de modo a repor os limites por emissão definidos pelo Eurosistema” para aquele programa. Os limites foram quebrados no seguimento de operações de recompra e de troca de dívida realizadas pelo IGCP no decurso do ano passado, justificou.

No final do ano passado, o Banco de Portugal detinha 70,5 mil milhões de euros em dívida pública portuguesa, representando 40% do ativo. O prazo de vencimento médio da carteira de dívida pública portuguesa situou-se em 7,4 anos em ambos os programas.

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Novo provedor já tomou posse. Paulo Duarte de Sousa assume “graves desafios” na Santa Casa

Paulo Duarte de Sousa promete enfrentar "graves desafios" na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Ministra salienta “importância da gestão transparente e criteriosa” com nova liderança.

Paulo Duarte de Sousa, novo provedor da Santa Casa da Misericórdia de LisboaFILIPE AMORIM/LUSA 20 maio, 2024

O novo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) assume ter consciência dos “graves desafios que a instituição enfrenta hoje”, prometendo “defrontá-los honrando sempre o seu legado histórico e propósito inicial”. Paulo Duarte de Sousa tomou posse esta segunda-feira, com a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social a salientar a “importância da gestão transparente e criteriosa” com uma nova liderança.

Na cerimónia de tomada de posse, Paulo Duarte de Sousa começou o curto discurso a sinalizar que foi “com orgulho e responsabilidade” que aceitou o convite do Governo liderado por Luís Montenegro para assumir as funções de provedor, sucedendo a Ana Jorge, que foi demitida pelo Governo no dia 29 de abril.

Com orgulho porque, explicou, “a SCML é uma instituição de inestimável utilidade pública, porque a sua missão é trazer bem-estar às pessoas, a começar pelos mais desprotegidos”. Mas também com sentido de responsabilidade, destacou ainda, porque “estando ciente dos graves desafios que a instituição enfrenta hoje”, irá “defrontá-los honrando sempre o seu legado histórico e propósito inicial”.

Paulo Duarte de Sousa prometeu assumir o cargo com “dedicação”, nomeadamente aos trabalhadores e às equipas da SCML, mas também “às múltiplas atividades da instituição, no espírito da tradição cristã, obras de misericórdia do compromisso originário, bem como secular atuação em prol de toda a comunidade”.

Paulo Duarte de Sousa foi o nome escolhido para presidir à mesa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa “pela sua experiência em gestão e na área social”, segundo anunciou o Governo.

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, que também discursou nesta tomada de posse, salientou que Paulo Duarte de Sousa tem o “melhor perfil para enfrentar os sérios desafios que a Santa Casa tem pela frente”, nomeadamente de “continuar a assegurar condições de sustentabilidade indispensáveis”.

Para Rosário da Palma Ramalho, é necessária uma “gestão responsável e rigorosa dos recursos financeiros e humanos”, nomeadamente para “garantir que a SCML continua a dar resposta social, sobretudo aos mais desprotegidos”. Com esta mudança, a Santa Casa “inicia agora um novo ciclo na sua liderança, que compreende a importância da gestão transparente e criteriosa para proteger a missão” da instituição.

A ministra sinalizou ainda na mesma ocasião que “em breve será anunciada a composição da mesa da SCML e a data da sua tomada de posse para que os novos trabalhos possam ter início o mais depressa possível”.

A escolha de Paulo Duarte de Sousa começou por causar polémica, uma vez que, há quatro anos, o novo provedor foi condenado pelo banco central de Moçambique a uma pena de inibição de três anos de exercer cargos sociais e funções de gestão em instituições de crédito e sociedades financeiras, devido a uma situação de “conflito de interesses” durante a sua passagem pela administração do Banco Comercial e de Investimentos de Moçambique. No entanto, como o ECO revelou depois, o gestor foi absolvido dessa inibição, que já transitou em julgado.

Além disso, segundo o Correio da Manhã, o novo provedor era administrador vogal da Wolfpart, empresa criada pela Caixa Geral de Depósitos para investir no empreendimento de Vale do Lobo, em 2006, num negócio que, anos depois, faria o banco público perder cerca de 100 milhões de euros. Paulo Duarte de Sousa nega, contudo, “qualquer responsabilidade”.

(Notícia atualizada às 18h15)

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“Diga que sim”, desafia MetLife em campanha. Objetivo é também captar 100 novos agentes

  • + M
  • 20 Maio 2024

Segundo um estudo da IPSOS, o conceito chapéu desta campanha, lançado em 2023, colheu uma "elevada taxa de aprovação", especialmente entre os millennials.

Dando continuidade ao conceito “Diga que sim”, a nova campanha da seguradora MetLife “encoraja os portugueses a abraçar novas experiências e a viver a vida sem preocupações, com a confiança de contar com a proteção” dos seus seguros.

Um dos conceitos criativos da campanha visa ainda incentivar profissionais da área comercial a “dizer que sim” a uma carreira como agentes de seguros MetLife. Isto numa altura em que a empresa se encontra a promover um processo de recrutamento nacional para a captação de 100 novos agentes.

Assinada pela Atrevia – que foi também a agência responsável pelo planeamento de meios – a campanha tem cobertura nacional em rádio, exterior (mupis) e em digital, (incluindo Facebook, Instagram, LinkedIn e sites premium).

“Estamos muito satisfeitos com o resultado global deste conceito ‘Diga que Sim’, não só porque traduz claramente o nosso compromisso de proteger e acompanhar os clientes em todas as etapas da vida, mas também porque transmite um conjunto de emoções positivas a uma geração que tem sido muito afetada por uma sucessão de crises“, diz Patricia Jiménez, AVP, cluster head of marketing e EMEA loyalty and engagement na MetLife, citada em comunicado.

“Queremos que os clientes da MetLife possam viver as suas vidas de uma forma plena – viajar, comprar uma casa, aumentar a família – e contando com a tranquilidade financeira que os seguros proporcionam”, acrescenta.

Segundo o estudo da IPSOS “MetLife Brand Health 2023”, o conceito chapéu desta campanha, lançado em 2023, colheu uma “elevada taxa de aprovação”, com sete em cada 10 inquiridos a recordarem a campanha e a valorizarem de forma positiva as suas mensagens. Já no caso dos millennials inquiridos, este número sobe para oito em cada 10, refere-se em nota de imprensa.

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Dentsu Creative retira todas inscrições do Festival CCP após polémica com o filme “É uma menina”

A agência afirma que o CCP deixou de merecer a sua confiança, pelo que renuncia a qualquer prémio. Direção "lamenta o sucedido" e também "alguns equívocos que têm sido criados nas redes sociais".

A Dentsu Creative anunciou a retirada de todos os trabalhos que tinha inscrito no Festival CCP e também a renúncia a qualquer prémio que lhe tenha sido atribuído. A decisão, justifica a agência liderada por Tomás Froes e Lourenço Thomaz, surge na sequência da retirada do filme “É uma menina”, do BPI, da lista de trabalhos em shortlist, ou seja, candidatos a prémio.

O trabalho, soube-se este fim de semana através de um post do estratega Nicolas Grassi no LinkedIn, tinha sido votado para shortlist pelo Júri Shortlist, cujo voto valia 50%, e pelo júri oficial, que valia os restantes 50%. Levado a discussão na reunião presencial do júri oficial, acabou então por ser excluído.

Sabe-se — estas coisas chocantes são as primeiras a saberem-se — que uma pessoa acusou a campanha de ‘machista’ e no terror que se vive hoje sobre desigualdade de género e abuso de poder masculino, quatro ou cinco pessoas do júri votaram a favor da campanha ser retirada da shortlist – ou seja, de desaparecer da história da publicidade nacional e de não ter hipótese de ganhar qualquer prémio (quando seria uma das favoritas). Não tenho nada a ver com a campanha, mas fico chocado e indignado com esta votação”, escrevia Nicolas Grassi (que não fez parte do júri).

Como é que uma pessoa acha que este filme é machista e como é que outras pessoas se deixaram influenciar na altura de votar? Duas perguntas que vão ficar sem resposta. Acredito que, se fosse possível, voltar atrás algumas pessoas voltariam e mudariam o seu voto“, concluía o profissional.

Na sequência do post, o Clube da Criatividade de Portugal, que organiza o Festival CCP, emitiu um comunicado a explicar que para um trabalho entrar ou sair de shortlist, ou ser premiado com bronze, prata ou ouro, há uma votação de braço no ar. Todos os jurados votam, sendo que o presidente apenas desempata, se for necessário. É preciso haver uma maioria de votos para um trabalho ser premiado.

O procedimento de votação foi exatamente o mesmo utilizado nas restantes peças inscritas na categoria. O trabalho foi discutido e os jurados apresentaram argumentos de natureza diversa. No final da discussão, foi votado mais do que uma vez, tendo prevalecido a decisão da maioria, conforme estipulado no regulamento”, descreve Diogo Anahory, presidente do júri, citado no comunicado.

A direção do CCP lembra que nenhum membro da direção pode interferir no processo de votação, assistir à discussão dos trabalhos em sala ou influenciá-la de alguma forma e que “a direção não pode de qualquer forma interferir numa decisão tomada por um júri do Festival”.

Os argumentos não colheram junto da Dentsu Creative. Em resposta, na rede social Instagram, a agência afirma que o trabalho foi retirado “por ser alegadamente machista” e “o que a DC se insurge também é contra o facto de o Júri impedir que o trabalho que o trabalho seja avaliado pela sua criatividade, eliminando-o dessa votação, com um fundamento altamente criticável, censurável, intolerável. Um julgamento prévio à própria votação“.

O mínimo que se exige do CCP, não é que interfira na votação, mas que assuma uma posição formal e frontal, não se refugiando em formalidades. É essa posição de defesa da criatividade que se esperava do CCP“, escreve a Dentsu, que conclui afirmando que o “CCP deixou de merecer a confiança” da agência, pelo que pediu a retirada de todos os trabalhos que tinha submetido a concurso.

“Entendemos o gesto de protesto, apesar de o lamentarmos. A Dentsu Creative tem todo o nosso respeito e admiração pelo trabalho que desenvolve, e lamentamos que esta decisão signifique que o anuário deste ano fica sem a participação da Dentsu Creative“, comenta com o +M a direção do CCP.

“A direção do CCP lamenta o sucedido por vários motivos. Em primeiro lugar, lamentamos que tenha sido violada a confidencialidade das discussões e das deliberações em sala. Cada jurado deve sentir-se seguro naquele contexto de votação para expressar a sua opinião com o resto do grupo. Cada jurado só tem um voto. Cada grupo de júri tem oito jurados mais um presidente. As votações do júri em sala são soberanas e a direção não pode, de nenhuma forma, interferir nas discussões e nas deliberações”, responde por escrito a direção do CCP.

Lamentamos ainda alguns equívocos que têm sido criados nas redes sociais. O trabalho em causa não foi expulso do Festival. Aliás, está na shortist de Craft, onde foi inscrito pela Ministério dos Filmes. Os prémios serão revelados na Gala do dia 24. A votação do trabalho na categoria de Publicidade seguiu todos os passos do regulamento e uma maioria de votos decidiu que ele não deveria ficar na shortlist nessa categoria”, esclarece ainda, acrescentado que está a seguir a discussão que tem acontecido nas redes sociais e reconhecendo que vivemos “tempos complexos”.

“No sentido de nos adaptarmos a estes tempos, depois desta edição do Festival faremos uma reflexão séria sobre os passos a dar no futuro, nomeadamente sobre como continuar a sensibilizar o júri para que os trabalhos a concurso sejam julgados pelo seu desafio, pela excelência da resposta criativa, pela sua relevância, qualidade da execução e impacto“, prossegue.

Sobre a exclusão, a direção do CCP explica que “o processo decorreu de forma igual com todos os trabalhos que foram levados a discussão em sala”. Ou seja, depois da primeira fase de votação em casa, há uma linha de corte definida pelo presidente de júri acima da qual os trabalhos passam a shortlist e abaixo da qual ficam de fora. O regulamento prevê que o júri, em sala, pode levar a discussão qualquer trabalho para que ele seja acrescentado ou retirado desta shortlist prévia. Todas as discussões e deliberações em sala são privadas e protegidas por um acordo de confidencialidade assinado à entrada, descreve o CCP.

“Depois da polémica iniciada nas redes sociais, questionámos o presidente de júri sobre este processo. O presidente indicou-nos que o trabalho tinha sido levado a discussão por um jurado, que tinham sido apresentados argumentos a favor e contra o filme ficar na shortlist, e que o trabalho foi depois votado três vezes, tendo a maioria dos jurados deliberado que ele deveria sair da shortlist”, concretiza.

A Dentsu, avança a direção do CCP, fez 12 inscrições no Festival, das quais nove chegaram a shortlist.

A categoria de Publicidade, recorde-se, tem como presidente Diogo Anahory (DJ) e conta com Fernando Silva (Uzina), Francisco Chatimsky (Mafalda&Francisco), Hernâni Correia (Leo Burnett), Ivo Martins (O Escritório), Patrícia Cordeiro (Judas), Patrick Stillwell (Dentsu Creative), Sara Soares (VML) e Sofia Anjos (Worten), como jurados.

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