Fundos europeus voltam a ser publicitados obrigatoriamente na imprensa nacional e local

Medida retoma uma obrigatoriedade que tinha sido revogada em janeiro de 2023 no âmbito das novas regras do Portugal 2030. O objetivo é aumentar a transparência.

O Governo aprovou esta sexta-feira a obrigatoriedade de publicitação dos fundos europeus na imprensa nacional e local, além dos sites dos serviços públicos.

O Conselho de Ministros “aprovou o decreto-lei que introduz um mecanismo de reforço da transparência na utilização dos fundos europeus 221-207, através da publicitação dos apoios nos jornais locais ou regionais e de âmbito nacional”, lê-se no comunicado.

Esta foi uma das medidas que o primeiro-ministro anunciou no seu discurso de apresentação do programa de Governo no Parlamento, na semana passada, e que estava prometida para esta reunião do Conselho de Ministros. O objetivo é reforçar a transparência na aplicação dos fundos.

“Quem ler O Mensageiro de Bragança ou o Jornal do Fundão ficará a saber que fundos foram atribuídos para investimento naqueles concelhos. Nada melhor que a informação e o esclarecimento para combater a opacidade, que muitas vezes favorece a corrupção”, explicou Luís Montenegro.

Esta medida retoma assim uma obrigatoriedade que já foi aplicada no Governo de Passos Coelho, quando o agora ministro da Coesão era secretário de Estado do Desenvolvimento Regional. O Governo de António Costa tinha revogado esta obrigatoriedade em janeiro de 2023, numa lógica de simplificação e porque a medida raramente foi cumprida ao longo da vigência do Portugal 2020.

A par do aumento da transparência, a medida traduz-se numa fonte de receita adicional para a imprensa nacional e regional. E garante ainda que os portugueses que não têm acesso regular à internet possam aceder à informação.

Nesse mesmo debate, o ministro da Coesão, Manuel Castro Almeida, também anunciou que passariam a ser elegíveis ainda no Portugal 2020 todas as despesas com data até 31 de agosto, mas essa é uma medida que “irá a um dos próximos Conselhos de Ministros”, revelou ao ECO o governante, que tem agora a tutela dos fundos europeus.

Do que é conhecido até agora, o Governo pretende fazer mais 11 alterações ao nível dos fundos europeus, a grande maioria com o objetivo de acelerar a execução, seja dos fundos de coesão seja do Plano de Recuperação e Resiliência:

  • Reduzir de 300 para 60 dias o tempo de análise das candidaturas a fundos europeus, como manda a lei
  • Garantir o cumprimento do calendário dos concursos do Portugal 2030
  • Reforçar os meios humanos e tecnológicos para poder acelerar a implementação do Portugal 2030
  • Promover soluções de cedência gratuita de liquidez, que poderão envolver a banca comercial ou o Banco de Fomento, para eliminar os atrasos acumulados na disponibilização de fundos já aprovados
  • Eliminar redundâncias entre os vários programas, reduzir atrasos na sua implementação e alocar os recursos financeiros a projetos de elevada qualidade
  • Reforçar em 60% o número de inspetores especializados no combate à fraude nos fundos. Já está assinado o despacho conjunto que determina a abertura de concurso
  • Alargar os canais de denúncia e reforçar as fiscalizações no local dos investimentos
  • No espaço de dois meses, “criar as condições” para apresentar o pedido de libertação dos 713 milhões de euros que Bruxelas reteve do terceiro cheque da bazuca
  • Portugal vai solicitar em Bruxelas o quinto cheque do PRR nos próximos 90 dias
  • Corrigir as deficiências que têm sido identificadas pelos diferentes órgãos de supervisão do PRR, tais como a falta de capacidade para evitar o duplo financiamento e os conflitos de interesse, bem como acelerar a sua implementação
  • No Estado, dar primazia às despesas em investimentos em substituição de despesas correntes, ou seja, que os fundos europeus não sejam usados para pagar despesas que, na avaliação do PSD, deveriam ser suportadas pelo Orçamento do Estado.

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Descida do IRS dá “ganhos residuais” aos portugueses, critica Pedro Nuno. Descida “insuficiente”, concordam liberais

  • Joana Abrantes Gomes
  • 19 Abril 2024

Líder socialista aponta falta de ambição na proposta de descida do IRS do Governo, que representa “ganhos residuais” e beneficia quem ganha mais. Leia as reações dos partidos ao anúncio de Montenegro.

O secretário-geral do PS considera que a proposta de descida do IRS apresentada esta sexta-feira pelo novo Governo oferece ganhos “residuais” e “irrisórios” aos portugueses.

Estamos a falar de uma poupança fiscal que no total são 300 milhões de euros, mas na realidade estamos a falar de [uma redução de] poucos euros“, acusa Pedro Nuno Santos, em declarações aos jornalistas, sem levantar a ponta do véu da forma como os socialistas irão votar a proposta no Parlamento.

Apontando a falta de “ambição” na redução do imposto anunciada pelo Executivo de Luís Montenegro, o líder do PS critica a injustiça da proposta, já que “os ganhos maiores são para quem tem melhores rendimentos“.

Ao contrário da proposta do Governo da Aliança Democrática, a preocupação do anterior governo socialista com a reforma fiscal inserida no Orçamento do Estado para 2024 foi “favorecer os trabalhadores que ganham menos”, refere ainda Pedro Nuno Santos.

Liberais criticam descida “insuficiente”

Também em reação ao anúncio da redução do IRS, o líder da Iniciativa Liberal (IL) critica que o novo Governo tenha deixado que se instalasse a ideia de um choque fiscal, quando a proposta agora apresentada é “insuficiente” e “injusta”.

Insuficiente porque esta nova descida, “para quem ganha 1.000 euros brutos por mês, [significa] uma redução de 2 euros por mês face à proposta que já estava em vigor; para quem ganha 1.500 euros brutos, [significa] uma redução de 5 euros por mês”, justifica Rui Rocha.

Por outro lado, a proposta é “globalmente injusta”, porque os contribuintes com mais de 35 anos “não vão ser abrangidos por algumas das medidas com impacto”. Para os liberais, é uma medida “absolutamente ilusória, porque há uma parte substancial da redução que já decorreria normalmente da atualização dos escalões do IRS“.

BE afirma que redução é de apenas 3 euros por mês

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, “usa três euros por mês para vir dizer a Portugal que é a forma que tem para evitar que os jovens saiam do país“, acusa, por sua vez, a coordenadora do Bloco de Esquerda.

Segundo Mariana Mortágua, que falava aos jornalistas na Assembleia da República, “é preciso desmontar a narrativa criada pelo novo Governo, que é falsa, [pois] a reforma fiscal do Governo é uma reforma que já estava em vigor”.

A proposta anunciada esta sexta-feira não só “não impede nenhum jovem de sair do país”, como “faz pior”, porque “concentra a redução [do IRS] nos escalões de cima”, tornando “a reforma fiscal mais injusta”, justifica a líder bloquista.

Proposta agrava “injustiças fiscais”, critica PCP

Na onda das críticas dos restantes partidos da oposição, o PCP também considera que a proposta de descida do IRS apresentada pelo Executivo chefiado por Luís Montenegro aprofunda a “injustiça fiscal”, porque incide, sobretudo, sobre os rendimentos altos.

Aos jornalistas, a líder parlamentar do partido, Paula Santos, anunciou que os comunistas vão apresentar a sua própria proposta de alívio do IRS no debate na próxima terça-feira.

“A nossa proposta, contrariamente à proposta do Governo, pretende um alívio fiscal sobre os rendimentos mais baixos e intermédios (…), introduzindo também maior justiça fiscal”, afirmou Paula Santos.

PAN pede “mais ambição” na reforma fiscal

Por parte do PAN, a porta-voz, Inês Sousa Real, considerou necessário “mais ambição na reforma fiscal”, lembrando as medidas apresentadas pelo partido como a redução do IVA da alimentação das pessoas e dos animais de companhia.

“Os portugueses precisam não apenas de rever as taxas, mas é preciso que haja justiça fiscal atualizando os escalões à taxa de inflação”, defendeu a dirigente do PAN, pedindo que “se vá ao IVA” e haja uma atualização dos escalões de salários e pensões de acordo com a inflação.

Chega anuncia contraproposta a “remendo fiscal” do Governo

“O choque fiscal é, na verdade, um remendo fiscal, (…) que, por sua vez, se torna uma desilusão fiscal”, afirmou o presidente do Chega, André Ventura, para quem a proposta apresentada esta sexta-feira pelo novo Governo é a “continuidade daquilo que o PS já vinha fazendo”.

O Executivo da AD, no entender de André Ventura, está a dar aos socialistas “o argumento de que não havia nenhuma mudança entre as políticas alternativas e aquilo que o PS já fazia”. “Isto não é o que foi prometido aos portugueses“, assinalou.

Antecipando, assim, que o partido “não tem grandes condições de votar favoravelmente” esta proposta, mas também não quer ficar “ao lado de quem vai impedir a entrada em vigor de um diploma que vai baixar os impostos”, Ventura considera que a “solução mais adequada é o Chega apresentar a sua contraproposta“.

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Albufeira pondera regular veículos TVDE no centro durante o verão

  • Lusa
  • 19 Abril 2024

Para evitar a acumulação de viaturas durante o verão, na baixa de Albufeira, o município pondera regular a recolha e largada de passageiros na baixa da cidade por parte de veículos TVDE.

A Câmara Municipal de Albufeira está a ponderar regular a recolha e largada de passageiros na baixa da cidade, durante o verão, por parte de veículos de transporte de passageiros com licenças TVDE, disse à Lusa o presidente José Carlos Rolo.

O autarca justificou a intenção com a necessidade de evitar a acumulação de veículos na baixa de Albufeira que ocorre durante os meses de maior afluência de turismo ao concelho, e que dificultam o fruimento do trânsito na cidade. Segundo José Carlos Rolo, a proposta “ainda não está bem definida”, mas o objetivo é evitar a largada e tomada de passageiros na baixa da cidade dos transportes individuais de passageiros em veículo descaracterizado (TVDE).

A medida poderá vir a ser aprovada em sessão de Câmara até ao início da época balnear no concelho, a 15 de maio, acrescentou. “Estou a ponderar se há de ser dia 1 de maio ou dia 15 de maio, que é quando começa a época balnear”, estimou o presidente da Câmara Municipal de Albufeira, uma das 16 que pertencem ao distrito de Faro.

A intenção é “evitar a aglomeração de viaturas na largada e tomada de passageiros” na baixa da cidade, argumentou, recordando que legalmente os veículos com licença TVDE “não podem largar nem tomar passageiros na via pública”.

“Tem que se arranjar alternativas para que se possa circular e não sejam criados os entraves que costuma haver quando há ali muito trânsito, a partir de maio e até setembro”, justificou ainda o autarca, cujo concelho concentra cerca de metade da oferta hoteleira da região.

José Carlos Rolo reconheceu que, durante o verão e nas épocas de maior afluência turística ao Algarve e a Albufeira, há uma “quantidade grande de viaturas” na baixa da cidade, onde é habitual ver “muitos, bastantes até”, veículos TVDE a operar. “Faz uma grande concentração de viaturas e não é bom para o trânsito, porque não flui”, afirmou, frisando que a legislação permite que veículos TVDE de outras zonas do país possam trabalhar no Algarve e em Albufeira.

Tem que se arranjar alternativas para que se possa circular e não sejam criados os entraves que costuma haver quando há ali muito trânsito, a partir de maio e até setembro.

José Carlos Rolo

Presidente da Câmara Municipal de Albufeira

Muitos condutores de veículos TVDE acabam por se deslocar para o Algarve durante o verão ou períodos de maior afluência, como a Páscoa, e exercer a atividade na região, incrementando o volume de veículos a largar e tomar passageiros na baixa de Albufeira e a provocar demoras e dificuldades na circulação do trânsito.

Os táxis têm, em contraponto, “regras completamente diferentes” e isso cria uma “diferenciação entre uns e outros”, à qual os municípios são alheios, porque se trata de uma competência do Governo central e das suas estruturas, sublinhou o autarca, considerando que a atividade torna-se, assim, “mais fácil” para os TVDE.

“Enquanto um táxi tem que estar cingido ao contingente concelhio, municipal, tem de concorrer a um concurso público que seja aberto, os TVDE não. Os TVDE vêm de qualquer zona do país e trabalham em qualquer ponto do país, têm uma liberdade completamente diferente. Não estou a dizer se é bom ou mau, é diferente, completamente diferente”, considerou.

A Câmara Municipal de Albufeira pondera, por isso, “regular o trânsito” na zona da baixa, numa “experiência” que será definida na proposta que o autarca estima poder levar a sessão camarária para aprovação a tempo de entrar em vigor em maio.

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Revisão das tabelas de IRS chega a todas as famílias. Veja como mexe na sua carteira

As famílias do 2.º e 3.º escalão com rendimentos até 17 mil euros por ano são as mais beneficiadas pela proposta da revisão das taxas de IRS mas, segundo o Governo, todas as famílias são beneficiadas.

A proposta de lei do Governo que altera o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) irá dar um alívio fiscal de 1.539 milhões de euros face a 2023, segundo estimativas do Executivo de Luís Montenegro, e 97% deste alívio fiscal irá beneficiar as famílias até ao oitavo escalão.

Segundo a nova tabela de IRS apresentada esta sexta-feira em Conselho de Ministros, os agregados familiares do segundo e terceiro escalões, que auferem anualmente entre 7.702 euros e 16.472 euros, serão os mais beneficiados, ao contabilizar uma redução de 3,5 pontos percentuais (segundo escalão), de 21% em 2023 para 17,5%, e de 4 pontos percentuais (terceiro escalão), de 26,5% em 2023 para 22,5%, da sua taxa de IRS.

Na hierarquia das famílias mais beneficiadas, seguem-se os agregados familiares do quarto ao sexto escalão, com uma redução de três pontos percentuais. No entanto, a proposta do Governo estabelece uma “redução adicional das taxas marginais em todos os escalões ao oitavo escalão”, refere o Governo na apresentação da medida.

Segundo uma das simulações apresentadas pelo Governo, um agregado familiar com dois titulares que aufira um rendimento bruto de 2.300 euros mensais, que se traduz em 32.200 euros anuais (6.º escalão de IRS), irá registar um incremento de 6,6% da poupança como resultado da revisão das taxas de IRS, face ao que constava já no Orçamento do Estado para 2024.

No bolso destas famílias, a revisão proposta pelo Governo irá traduzir-se numa poupança acrescida de 82 euros brutos por ano, ou 6,83 euros ilíquidos por mês, face aos valores que já constavam no Orçamento do Estado deste ano.

No entanto, um outro agregado familiar com dois titulares, mas com rendimentos mensais de 3.958 euros, que se traduz em mais de 55 mil euros anuais (7.º escalão de IRS), contará com um aumento de 16,35% da poupança fiscal com a nova tabela proposta pelo Governo, face a que passou a vigorar com o Orçamento do Estado para 2024.

Para estas famílias, a poupança acrescida da revisão das taxas de IRS irá traduzir-se em mais 209 euros brutos por ano, o equivalente a 17,42 euros por mês.

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Luís Figo protagoniza campanha da Uber Eats em Espanha em véspera de “El Clássico”

  • + M
  • 19 Abril 2024

A campanha é lançada mais de vinte anos depois do jogo onde Figo alinhou pelo Real Madrid depois de ter abandonado o Barcelona, e em que os adeptos atiraram contra si uma cabeça de porco.

Luís Figo é o protagonista da nova campanha especial da Uber Eats lançada em Espanha a propósito do “El Clássico”, jogo que opõe o Real Madrid ao FC Barcelona no domingo.

A campanha promove o facto de a partir desta quinta-feira os utilizadores da plataforma em Madrid e em Barcelona passarem a poder saborear o guisado “preferido” do craque português através da sua seleção especial de leitão, explica-se em nota de imprensa.

Recorde-se que esta é lançada mais de vinte anos depois do célebre “El Clássico del cochinillo”, jogo de futebol onde Figo alinhou pelo Real Madrid depois de ter abandonado o Barcelona, onde era capitão de equipa. Na partida, os adeptos vaiaram e atiraram contra o jogador português todo o tipo de objetos, incluindo uma cabeça de porco.

“Desde aquele jogo fatídico, há mais de vinte anos, já me aconteceu de tudo. Mas já ninguém tem de esperar que eu vire uma esquina para me atirarem com leitão. Graças ao Uber Eats, tanto os merengues como os culés podem agora encomendar o meu prato preferido para desfrutar do Clássico em Madrid e Barcelona“, diz Luís Figo, citado em comunicado.

https://videos.sapo.pt/A10B9ZTuhKNP4Tj2QkvQ

“El Clásico del cochinillo é um dos momentos mais emblemáticos da história do futebol em Espanha. No Uber Eats quisemos prestar-lhe homenagem e tornar realidade o sonho de Figo: os adeptos de ambas as equipas podem encomendar o seu próprio cochinillo com o toque de um botão, mesmo a tempo do jogo“, refere por sua vez Ricardo Pabón, diretor de marketing da Uber Eats em Espanha.

Para desfrutar desta oferta exclusiva, os utilizadores devem abrir a aplicação Uber Eats em Espanha, dirigir-se à loja El cochinillo de Figo e selecionar a sua opção preferida. Em Madrid estão disponíveis o leitão assado do “Asador Casa Juan” e do “El Trasgu de Ponzano”, e em Barcelona o do “2254 Tapas” e “Bar Miramar”.

Os utilizadores de ambas as cidades têm ainda a opção de experimentar a versão moderna do leitão do “Chivuo”, sob a forma de um hambúrguer de carne de porco desfiada.

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Governo aprova novo Código de Conduta com “canal de denúncias” e “plano de prevenção de riscos”

Novo Código de Conduta do Governo foi aprovado em Conselho de Ministros e prevê a criação de um canal de denúncias e um plano de prevenção de riscos.

O Conselho de Ministros aprovou esta sexta-feira o Código de Conduta a ser adotado pelo novo Governo, que introduz “várias inovações” face ao anterior e responde às “recomendações de organizações internacionais”.

De acordo com o comunicado divulgado esta sexta-feira após o Conselho de Ministros — que aprovou a descida do IRS em todos os escalões, exceto o último –, este código de conduta estabelece regras de imparcialidade e integridade dos membros do Governo e serve como um “instrumento de autorregulação que visa promover maior responsabilidade, transparência, integridade e ética na governação pública“.

Fonte do Governo indica que além de abranger membros do Executivo, o Código de Conduta será aplicado, pela primeira vez, aos funcionários de topo da Administração Pública.

Segundo o comunicado, foram introduzidas “várias inovações face ao Código anterior em linha com recomendações de organizações internacionais”. Entre as novidades, o Governo indica que foi “ampliado o seu âmbito de aplicação”, aprovada a criação de um “canal de denúncias” e “um plano de prevenção de riscos”.

Ademais, serão enquadradas todas as alterações que forem propostas e aprovadas pela Assembleia da República no âmbito dos debates relativos às medidas de combate à corrupção, indica o comunicado do Conselho de Ministros.

De forma transversal, os códigos de conduta dizem respeito aos governantes já em funções, de forma a assegurar a transparência e o controlo da integridade do sistema democrático. Durante os oito anos de governação de António Costa foram aprovados três códigos de conduta: um em 2016, na sequência do chamado Galpgate — polémica que consistiu no pagamento de viagens a governantes para assistir aos jogos do Euro2016 — e outros dois, em 2019 e 2022, que foram alvo de ajustes e atualizações.

Além dos Códigos de Conduta, recorde-se que o Governo está sujeito (mas não por lei) a um questionário de 36 perguntas criado pelo Governo de António Costa, em 2022, e que atua como um mecanismo de verificação prévia dos candidatos a ministros ou secretários de Estado.

Dado que as respostas ao questionário não são públicas, o Grupo de Estados contra a Corrupção (Greco) do Conselho da Europa defende que as respostas sejam publicadas no momento da tomada de posse dos governantes, recomendando ainda que as 36 perguntas sejam respondidas por todos que ocupam posições de topo no Estado, e não apenas os futuros membros do Governo.

(Notícia atualizada às 13h24)

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RTP lança concurso público de um milhão de euros para aluguer de 49 carros

  • + M
  • 19 Abril 2024

O prazo para apresentação das propostas decorre até 20 de maio. Já o prazo de execução do contrato é de 48 meses, não estando previstas renovações.

A RTP lançou um concurso público com um preço base superior a um milhões de euros, tendo em vista o “aluguer operacional” de um total de 49 viaturas. A adjudicação, conforme se lê em Diário da República, será feita à “proposta economicamente mais vantajosa“.

No total, o valor do preço base do procedimento é de 1.014.144 euros (sem IVA) e divide-se entre três lotes.

Para o aluguer de nove viaturas do segmento 4×4 é estabelecido um preço base de 199.584 euros, enquanto para o de 10 viaturas do “segmento inferior híbrido”, o preço é de 166.560 euros. O lote para o qual é alocado a maior parte do investimento é referente ao aluguer de 30 viaturas do “segmento médio inferior híbrido”, que tem como preço base 648 mil euros. Todos os valores são sem IVA.

O prazo para apresentação das propostas decorre até 20 de maio, as quais devem ser feitas através do portal Vortal.o prazo de execução do contrato é de 48 meses, não estando previstas renovações.

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Governo aprova descida do IRS em todos os escalões exceto no último. Diminuição perfaz 1.529 milhões face a 2023

Na descida adicional de IRS decidida agora pelo Governo do PSD, que acresce à do anterior Governo no OE2024, "baixam todas as taxas de todos os escalões" exceto do oitavo. Medida vale 348 milhões.

O Governo decidiu baixar o IRS em todos os escalões até ao 8.º, ou seja, fica de fora o último escalão nesta redução que acresce à já determinada pelo anterior Executivo socialista no Orçamento do Estado para 2024, anunciou o primeiro-ministro, após o Conselho de Ministros desta sexta-feira.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro (C), acompanhado pelo ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento (E), e pelo ministro da Presidência, António Leitão Amaro (D), fala aos jornalistas após a reunião a reunião do Conselho de Ministros realizada esta manhã na residência oficial, no palácio de São Bento, em Lisboa.FILIPE AMORIM/LUSA

Luís Montenegro sinalizou que “foi aprovada uma proposta de lei que será ainda hoje [sexta-feira] remetida à Assembleia da República na qual se promove a diminuição das taxas em sede de IRS até ao oitavo escalão”. A diminuição global das taxas vai de 0,25 pontos percentuais (p.p.) até quatro p.p..

É de recordar que no programa da Aliança Democrática, estava inscrito que seriam feitas reduções de 0,5 p.p. até 3 p.p., mas há diminuições de apenas 0,25 p.p..

“Baixam todas as taxas de todos os escalões com exceção do último”, sublinhou Luís Montenegro, na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros. A diminuição tem um valor global que perfaz, face a 2023, uma redução de 1.539 milhões de euros.

Veja aqui as novas taxas de IRS:

Fonte: Proposta do Governo

O alívio determinado pelo Governo anterior tinha um valor inscrito no Orçamento do Estado de 1.327 milhões de euros para 2024. No entanto, o ministro dos Assuntos Parlamentares sinalizou que contas atualizadas do Governo apontam para que o impacto da descida do Executivo de António Costa tenha sido de 1.191 milhões de euros.

Como explica Montenegro, a informação que o Governo tem “dos serviços do Ministério das Finanças é que o impacto das alterações nas tabelas de IRS no OE2024 ascende a 1.191 milhões, incorporando efeito da atualização dos escalões com taxa de inflação, pelo que a diferença é 348 milhões de euros”.

Esta medida contempla também ajustes nas tabelas de retenção, que vão entrar em vigor assim que a medida for aprovada no Parlamento. “Se tudo decorrer de forma célere, poderá haver condições para entre junho e julho a tabela estar em vigor”, sinalizou.

As mudanças nas tabelas de retenção terão retroativos a janeiro, como noticiou o ECO, pelo que na retenção de julho (se for aí que a medida entra em vigor), faz-se o acerto para janeiro. Serão as empresas a fazer o acerto.

Esta é “a primeira fase” da descida de IRS, indicou o primeiro-ministro. A isto vai seguir-se a medida do IRS Jovem, na qual os jovens até 35 anos vão ter uma redução de dois terços das taxas e depois a isenção de impostos sobre prémios de produtividade (até um máximo de um salário).

(Notícia atualizada às 13h30)

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Credores da Oi aprovam plano que deixa lesados da PT mais duas décadas à espera

Numa longa reunião no Rio de Janeiro, que terminou quando já era madrugada em Lisboa, os credores da Oi deram luz verde a um plano de recuperação judicial pouco abonatório para muitos lesados da PT.

Depois de vários adiamentos, os credores da Oi aprovaram na madrugada desta sexta-feira o plano de recuperação judicial da operadora brasileira, que, como o ECO avançou em fevereiro, pode deixar alguns lesados da antiga Portugal Telecom (PT) mais duas décadas à espera de reaverem o seu dinheiro.

Em causa estão antigos obrigacionistas da PT e Portugal Telecom International Finance (PTIF), atuais credores da Oi, que, em 2018, aderiram à modalidade de pagamento a 12 anos, aceitando um período de carência de seis anos e um corte de 50% do crédito para serem reembolsados em tranches ao longo de seis anos, a partir de agosto de 2024, com um juro de 6%.

A cerca de quatro meses do início do período de reembolso, a Oi voltou a entrar em recuperação judicial, por uma segunda vez, e alguns destes obrigacionistas poderão só ser reembolsados em 2048, caso detenham créditos superiores a 20 mil dólares e optem pela “modalidade de pagamento geral”.

Nos termos do plano agora aprovado em assembleia — com voto contra da “maioria dos credores portugueses”, disse ao ECO Nuno Fonseca, credor português da Oi, que se fez representar na longa reunião pelos seus advogados –, os titulares de créditos até 10 mil dólares receberão o dinheiro até ao fim deste ano, sem juros, enquanto os credores até 20 mil dólares receberão o montante também sem juros até ao final de 2026.

Todavia, os credores com mais de 20 mil dólares a receber da Oi, que serão a maioria, podem escolher a “modalidade de pagamento geral” — que prevê um novo período de carência até 2048, ou seja, 24 anos depois do prazo que tinha sido estabelecido na recuperação judicial anterior — ou optar por um de dois outros cenários.

Na primeira opção, em que os créditos não sofrem perdas, é exigida “a participação num financiamento de até 655 milhões de dólares, em duas tranches, cujo reembolso é efetuado no final de dezembro de 2028, com juros capitalizados a 8,5%, garantidos por alguns bens e ativos da Oi”. Parte do financiamento é reembolsado e o remanescente aplicado num aumento de capital que levará a que estes credores se tornem acionistas, explicou ao ECO o advogado Ricardo Marques Candeias.

Na outra opção, 8% dos créditos serão reestruturados através de um instrumento de dívida amortizado de uma vez no final de 2044, sem juros. “O crédito remanescente (92%) será convertido em títulos de dívida participativa. A amortização será no final de dezembro de 2050 ou antecipadamente, de forma parcial, mediante distribuição de 50% do lucro líquido da Oi, desde que demais compromissos tenham sido pagos. Não haverá incidência de juros”, acrescentou o mesmo advogado, que representa alguns credores.

“Lamentavelmente, o Plano de Recuperação Judicial aprovado trata de forma desequilibrada os vários credores, beneficiando os grandes fundos financeiros internacionais, assegurando a estes elevados juros e pagando exageradas taxas de conversão que levarão milhões de uma companhia já debilitada. Além de tudo isso, entrega os melhores ativos como garantia preferencial a esses credores, deixando a generalidade dos demais credores com pagamentos a mais de 20 anos, em alguns casos sem juros e, como se não bastasse, com a possibilidade de um pré-pagamento que pode implicar perdas próximas de 90% dos seus créditos”, diz Nuno Fonseca, credor português da Oi.

Em fevereiro o ECO questionou a Oi sobre a situação dos lesados da antiga PT, mas a empresa não quis comentar.

(Notícia atualizada às 17h19 para corrigir e aprofundar as opções que têm os credores com mais de 20 mil dólares a receber da Oi. Aos leitores, as nossas desculpas.)

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PSD, PS e CDS chumbam comissão de inquérito sobre a Global Media

As propostas para uma comissão de inquérito à Global Media foram rejeitadas com os votos contra do PSD, PS e CDS e a abstenção do Chega. PAN, Livre, PCP, BE e IL votaram a favor da iniciativa.

A comissão de inquérito sobre a Global Media, grupo que detém títulos como Jornal de Notícias, Diário de Notícias e TSF, não vai avançar.

As propostas do Bloco de Esquerda (BE) e do PAN para a constituição de uma comissão de inquérito sobre a atuação da ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social) no âmbito da reestruturação acionista do GMG e sobre o envolvimento do World Opportunity Fund esbarraram nos votos contra do PSD, PS e CDS e na abstenção do Chega.

Para avançarem, as propostas tinham de ser aprovadas por um quinto dos parlamentares em efetividade de funções, ou seja, 46 deputados. A soma dos deputados dos partidos que votaram a favor – PAN, Livre, PCP, BE e IL – não foi assim suficiente para viabilizar as propostas, que tiveram 22 votos a favor.

Por parte do PSD, Alexandre Poço disse que “valorizamos os trabalhos parlamentares e queremos através da nossa ação contribuir para o prestígio e capacidade de fiscalização da AR, mas não será com o contributo do PSD que contribuiremos para banalizar o instrumento do inquérito parlamentar porque o parlamento pode e deve questionar, indagar ou fiscalizar os temas que entende como relevante para o país, para o interesse geral, mas também para este caso em concreto, com o recurso ao regular e normal funcionamento das comissões parlamentares”. Na quinta-feira o PSD tinha divulgado que ia optar pela abstenção.

Esta posição foi secundada pelo CDS que questionou, e respondeu: “Neste momento estão reunidas as condições para que se justifique que assuntos que são importantíssimos e devem ser tratados pelo Parlamento, sejam tratados em sede de inquérito parlamentar em vez de comissão ordinária? Do nosso ponto de vista, não”, disse João Almeida.

Já o PS, através de Pedro Delgado Alves, defendeu que os “dados neste caso, em relação a este regulador, parecem insuficientes para justificar uma comissão de inquérito, quando há outras ferramentas. Por isso parece-nos que é possível usarmos tudo o que temos ao nosso alcance sem ter de recorrer à ‘bomba atómica’ ou à arma mais dura de todas que seria a utilização de inquérito parlamentar, razão pela qual não viabilizaremos as propostas”.

Bernardo Pessanha, começou por afirmar que “para o Chega a defesa da independência da comunicação social não é só da boca para fora”, e defendeu a atuação da ERC que passou pela suspensão dos direitos de voto do fundo que controlava Global Media. Mas o deputado afirmou também que para o seu partido não há “dois pesos e duas medidas”, acusando os outros partidos de não estarem tão preocupados com a transparência em outros casos, “onde estão envolvidas as mais altas figuras do Estado”, como o caso gémeas.

Este assunto tem “todos os ingredientes que normalmente compõem a receita de uma comissão de inquérito”, como um “fundo de investimento com sede nas Bahamas, viagens à Suíça, amigos facilitadores, violações à lei, ameaças de despedimentos e falência, salários em atraso, um património aparentemente desbaratado, suspeitas de ingerência política, trocas de acusações sobre má gestão entre os acionistas, um regulador demasiado lento, um grupo empresarial à beira da falência, e a suspensão dos direitos de participação de um acionista por falta de transparência”, começou por referir Joana Mortágua, deputada e dirigente nacional do Bloco de Esquerda. “Hoje propomos que o Parlamente faça o que lhe compete, um inquérito sério e rigoroso, em nome da liberdade de imprensa e da democracia. Hoje saberemos quem é consequente e quem se fica pelas boas intenções”, disse antes da votação.

Quando o modelo de negócio está em crise, “começamos a não perceber quando regimes estrangeiros ajudam a comprar jornais que não são rentáveis e os usam para uma motivação que é interferir na política de outros países”, afirmou por sua vez Rui Tavares, líder do Livre, enquanto Inês Sousa Real, por parte do PAN, disse estar na altura de “transformarmos a palavra solidariedade em atos e escrutínio político”.

Da IL, Carlos Guimarães Pinto, questionou a atuação da ERC em outros casos, colocando em causa a sua relevância, e saudou as iniciativas do BE e do PAN, esperando que a comissão de inquérito não se limitasse aos acontecimentos recentes de transferência de propriedade porque a história da Global Media “não começou hoje”.

Na quinta-feira o PSD tinha divulgado que ia optar pela abstenção, pelo já se sabia que bastaria o voto favorável do PS ou do Chega para que as propostas fossem aprovadas em plenário. Isto porque nem o PAN nem o BE têm deputados suficientes para impor uma comissão de inquérito com caráter obrigatório, sendo para tal necessários um quinto dos parlamentares em efetividade de funções, ou seja, 46.

O BE avançou com a proposta para um inquérito parlamentar “à atuação da Entidade Reguladora para a Comunicação Social no âmbito do processo de alteração da propriedade do Global Media Group envolvendo o World Opportunity Fund (WOF), incluindo os atos de gestão do grupo, presentes ou passados, que sejam relevantes para a atual situação de instabilidade vivida pelo GMG e para o desfecho do chamado ‘negócio da LUSA‘”.

Já o PAN tinha proposto a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito “ao processo de alteração da propriedade do Global Media Group envolvendo o World Opportunity Fund”, e que avalie “as práticas e atos de gestão” do grupo.

Quanto ao objeto deste inquérito, o PAN queria que o Parlamento apurasse “as práticas e atos de gestão do Global Media Group e seus responsáveis, incluindo venda de património imobiliário e destino dado ao respetivo produto, no período que antecede a alteração da propriedade, na medida em que possam ter conduzido a variações patrimoniais justificativas da atual situação de instabilidade vivida pelo grupo”.

A ERC declarou pela primeira vez, desde que a Lei entrou em vigor em 2015, a falta de transparência de titularidade numa empresa de media com o World Opportunity Fund (WOF), acionista da Global Media.

Em 19 de março, o Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) deu “como verificada” a “falta de transparência” do fundo WOF, confirmando o projeto de deliberação aprovado em 15 de fevereiro.

Neste processo está em causa a titularidade da participação de 51% do capital social da Páginas Civilizadas, detida pelo WOF, que por esta via detém uma participação indireta de 25,628% na Global Media (GMG).

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Gasóleo desce 2,5 cêntimos na próxima semana. Preço da gasolina vai subir

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá pagar 1,607 euros por litro de gasóleo simples e 1,820 euros por litro de gasolina simples 95.

Os preços dos combustíveis vão ter comportamentos diferentes na próxima semana. O gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, deverá descer 2,5 cêntimos, enquanto a gasolina vai subir um cêntimo, disse ao ECO uma fonte do setor.

Quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,607 euros por litro de gasóleo simples e 1,820 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

Estes valores já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis. A redução de impostos determinada pelas medidas atualmente em vigor é de 25 cêntimos por litro de gasóleo e de 26 cêntimos por litro de gasolina.

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent à sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. É ainda de recordar que os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta semana, os preços do gasóleo subiram 1,2 cêntimos e os da gasolina não sofreram qualquer alteração, abaixo das expectativas do mercado que apontavam para uma descida do diesel de dois cêntimos cêntimos e da gasolina de meio cêntimo.

O preço do brent, que serve de referência para o mercado europeu, está a descer ligeiramente (0,57%) esta sexta-feira, para os 86,61 dólares por barril e caminha para uma perda semanal de 2,63%, com o barril a cotar abaixo dos 90 dólares a maior parte da semana. Os mercados globais preparam-se assim para uma terceira queda semanal consecutiva. Com o aumento das tensões no Médio Oriente, os investidores estão a migrar para ativos mais seguros, como o ouro e a prata, mas também as obrigações governamentais e o dólar americano. Como o ataque de Israel ao Irão está a ser considerado como “simbólico”, já que envolveu apenas drones e não mísseis, a reação inicial dos mercados tem sido moderada.

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Transparência Internacional Portugal critica Governo e quer fim de portas giratórias

A Transparência Internacional Portugal mostrou-se surpreendida com a nomeação de duas magistradas para o Governo sem que as respetivas nomeações tivessem respeitado o período de cooling off.

A Transparência Internacional Portugal quer pôr fim às portas giratórias entre a Justiça e a política. A associação mostrou-se surpreendida com a nomeação de duas magistradas para o Governo sem que as respetivas nomeações tivessem respeitado o período de cooling off, mesmo tendo a AD uma medida no seu programa contra as portas giratórias.

“O exercício de outros cargos que não os que respeitem a comissões de serviço estritamente atinentes a funções nas magistraturas deve implicar, como ocorre noutros países, a opção profissional pela saída da carreira“, referem em comunicado.

A Transparência Internacional Portugal reconhece que o programa da AD contemplou uma medida sobre esta matéria, que propunha uma incompatibilidade para cargo público por exercício de prévias funções como magistrados judiciais e do Ministério Público nos três anos anteriores. Mas a associação salienta que é num âmbito “mais restrito” do que o que sugerem.

Foi com surpresa, por isso, que assistimos à integração no Governo de uma magistrada judicial jubilada como Ministra da Administração Interna, e de uma magistrada judicial como Secretária de Estado da Justiça, sem que as respetivas nomeações tivessem respeitado o período de cooling off previsto no manifesto eleitoral com que a coligação vencedora se apresentou a eleições (medida que, infelizmente, não foi posteriormente carreada para o programa de Governo)”, referem.

A associação considera que este tipo de nomeações colocam importantes questões de conflitos de interesses e, no caso de juízes, “relevantes questionamentos relacionados com a independência do poder judicial”, como as mesmas agravam de modo substancial a crítica falta de meios com que os tribunais portugueses se debatem.

“A TI Portugal saúda o facto de o combate à corrupção ter sido eleito como uma das primeiras prioridades pelo XXIV Governo Constitucional. Não pode, no entanto, deixar de salientar que a honestidade desse compromisso implica um sério empenho, não só com a integridade da independência do poder judicial, mas também com o apetrechamento do mesmo com os meios necessários e suficientes para o cumprimento da respetiva missão constitucional”, sublinham.

Assim, defendem que a existência e persistência de portas giratórias entre a justiça e a política não salvaguarda nenhum daqueles deveres essenciais: ajuda a colocar a independência do poder judicial sob suspeita e retira dos tribunais alguns dos escassos meios, sobrecarregando ainda mais os magistrados que aí permanecem.

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