BYD volta a perder liderança de mercado para a Tesla

  • Lusa
  • 3 Abril 2024

Fabricante chinesa BYD registou uma queda de 42% nas vendas entre janeiro e março face ao último trimestre de 2023, permitindo à norte-americana Tesla recuperar o título de líder no mercado.

A fabricante automóvel chinesa BYD registou uma queda de 42% nas vendas, entre janeiro e março, face ao último trimestre de 2023, permitindo à norte-americana Tesla recuperar o título de líder no mercado dos veículos elétricos.

A fraca procura e o aumento da concorrência no mercado chinês reduziram as vendas da BYD para 300.114 veículos elétricos, no primeiro trimestre do ano, segundo o relatório enviado na segunda-feira à Bolsa de Valores de Hong Kong.

A empresa com sede em Shenzhen, sudeste da China, tinha ultrapassado a Tesla nas vendas de veículos elétricos no último trimestre de 2023, quando comercializou 526.409 carros, em comparação com 484.507 vendidos pela Tesla, entre outubro e dezembro.

A Tesla anunciou no mesmo dia que vendeu 386.810 carros nos primeiros três meses de 2024, abaixo dos 450.000 esperados, mas mais do que o seu rival chinês.

Ao incluir híbridos, juntamente com carros movidos a bateria pura e hidrogénio, a BYD registou um volume de vendas trimestral de 626.263 unidades, um aumento de 13%, em relação ao período homólogo. Foi o ritmo de crescimento mais lento das vendas desde o segundo trimestre de 2022.

Mas a Tesla também está sob maior pressão devido ao aumento da concorrência e ao envelhecimento da sua linha de produtos, algo que pode fazer com que a BYD a ultrapasse novamente nas vendas de veículos elétricos nos próximos meses.

A Tesla tem sofrido um abrandamento na China, o maior mercado de veículos elétricos do mundo, onde enfrenta uma concorrência crescente por parte dos rivais locais, muitos dos quais continuam a baixar os preços e a apresentar novos modelos.

O diretor executivo Elon Musk já avisou que o crescimento durante 2024 seria “notavelmente inferior” aos níveis do ano passado.

Embora o crescimento das vendas da Tesla tenha sido impulsionado pelos seus automóveis Modelo 3 e Modelo Y, o grupo não deverá lançar o seu próximo modelo antes do final de 2025.

Comprar um carro a gasolina neste momento é como comprar um pager quando os telemóveis estão já disponíveis.

Li Yunfei

Diretor geral da marca e relações públicas da BYD

A BYD reduziu os preços de quase todos os modelos da sua gama desde o início do ano sob o lema “a eletricidade é mais barata do que o petróleo”, seguida pelos seus concorrentes, incluindo a Geely e a SAIC-GM-Wuling, à medida que a guerra de preços se intensifica no maior mercado de veículos elétricos do mundo.

Li Yunfei, diretor-geral da marca e das relações públicas da BYD, afirmou numa publicação recente nas redes sociais que a empresa enfrenta “um grande confronto com os automóveis a gasolina”.

“Comprar um carro a gasolina neste momento é como comprar um pager quando os telemóveis estão já disponíveis”, disse Li, quando o grupo lançou uma nova versão dos dois modelos híbridos da marca com um preço inicial de 79.800 yuan (mais de 10.000 euros).

A iniciativa da BYD acontece num momento em que surgem sinais de abrandamento da procura na economia chinesa. Dados da Associação de Automóveis de Passageiros da China mostraram que as vendas chinesas de carros com bateria pura e híbridos, que o governo considera como “veículos de energia nova”, aumentaram 36%, no ano passado, abaixo de um aumento de 96%, em 2022.

Cui Dongshu, secretário-geral do organismo da indústria, projetou um aumento de 22% nas vendas chinesas em 2024.

Ao ganhar uma vantagem inicial com a sua cadeia de abastecimento totalmente integrada verticalmente, a BYD enfrenta agora a concorrência não só dos fabricantes de automóveis tradicionais e das empresas emergentes de veículos elétricos, mas também das grandes empresas de tecnologia que estão a tentar conquistar uma parte do enorme mercado chinês, como a Huawei e a Xiaomi.

O mercado chinês representou mais de 90% das vendas totais da BYD. Embora a China seja o maior mercado da Tesla fora dos EUA, o país contribuiu com 22% das suas receitas totais durante o seu mais recente ano fiscal.

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Hoje nas notícias: Pilotos da TAP, IRC e rendas em atraso

  • ECO
  • 3 Abril 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Os pilotos reformados contratados pela TAP vão poder acumular o salário com a pensão no período em que a companhia aérea era privada. A taxa média de IRC ultrapassou os 20% em 2022. O dono da promotora que organiza o Nos Alive comprou uma plantação de canábis medicinal por 1,4 milhões de euros. Estas e outras notícias estão em destaque nos jornais esta quarta-feira.

Pilotos reformados contratados pela TAP podem acumular pensão entre 2015 e 2020

A Caixa Geral de Aposentações (CGA) terá de pagar as pensões a seis oficiais da Força Aérea que, depois de se reformarem, foram contratados pela TAP como pilotos, decidiu o Supremo Tribunal Administrativo (STA). Segundo o acórdão proferido pelo tribunal, durante os anos em que a companhia aérea esteve nas mãos de privados, entre 2015 e 2020, os pilotos podiam acumular a pensão que já lhes estava atribuída com o salário. A CGA, que deixou de pagar a pensão aos pilotos em 2014, terá que repor os valores em falta aos militares aposentados.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Taxa média de IRC passou os 20% em 2022

A taxa média efetiva de imposto suportada pelas empresas em 2022 aumentou 1,4 pontos percentuais face ao ano anterior e atingiu 20,3%. Já a derrama estadual registou um aumento de 57,7%, com mais 22,4% de empresas a suportar este acréscimo aos impostos sobre o rendimento, mostram as estatísticas do IRC relativas aos resultados fiscais das empresas registados em 2022 e declarados ao Fisco no ano passado. Apesar de a taxa média efetiva ter ultrapassado pela primeira vez desde 2018 os 20%, as sociedades têm aproveitado os benefícios e incentivos fiscais disponíveis na lei. Em 2022, 22,7% das empresas usufruíram de benefícios fiscais e o valor superou 1,1 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 18,8% face a 2021.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Dono do Alive compra plantação de canábis

Álvaro Covões, o principal acionista da Everything is New, a promotora de espetáculos que organiza o Nos Alive, e a mulher, Cristina Covões, compraram uma plantação de canábis medicinal em São Teotónio, no concelho de Odemira, por 1,4 milhões de euros. A plantação pertencia à multinacional norte-americana Clever Leaves, que, no ano passado, decidiu encerrar as operações em Portugal, concentrando-as na Colômbia. A empresa estimava, na altura, que o encerramento em Portugal teria um custo entre 19 milhões a 21 milhões de dólares, dos quais 700 mil a 900 mil dólares relacionados com indemnizações aos trabalhadores.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (ligação indisponível).

Quase um quarto dos senhorios têm rendas em atraso

Quase um quarto dos senhorios tem rendas atrasadas a receber por parte dos inquilinos, revela um barómetro da Associação Lisbonense de Proprietários (ALP). Segundo a associação, 23,6% dos senhorios veem-se confrontados com situações de incumprimento no pagamento de rendas, um fenómeno que se tem mantido “sustentadamente alto” ao longo das sete edições do inquérito. “A maior alteração face às seis últimas edições é o facto de a fatia de senhorios que têm mais de seis meses de incumprimento de rendas liderar globalmente junto daqueles que estão a suportar perdas”, nota a associação.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (ligação indisponível).

Submarino Arpão em missão inédita no Ártico para controlar navios russos

O submarino português Arpão inicia esta quarta-feira uma missão até às águas geladas do norte do Atlântico, onde vai participar durante dois meses na Operação “Brilliant Shield” da NATO. O comandante da Esquadrilha de Subsuperfície, Batista Pereira, explica que esta é uma missão que passa por fazer o acompanhamento de navios e submarinos ‘não NATO’ no Atlântico Norte, com o objetivo de “provocar no opositor [Rússia] a enorme vontade de não interferir”, sublinhando que “a dissuasão é o caminho para a paz”. “Se olharmos para esta área, os navios não NATO desaguam numa linha que une a Gronelândia e a Islândia ao Reino Unido, e quem passa essa linha vem desaguar a norte do arquipélago dos Açores. É, obviamente, muito importante para Portugal disponibilizar meios da Marinha para ajudar a Aliança Atlântica no patrulhamento desta área estratégica”, afirma o comandante.

Leia a notícia completa no site da Renascença (acesso livre).

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ISDIN e Roland-Garros criam aliança para sensibilizar e prevenir o cancro da pele

  • Servimedia
  • 3 Abril 2024

O acordo inclui uma série de ações para sensibilizar os desportistas profissionais, mas também os jovens, sobre os perigos do sol para a pele e a necessidade de fotoproteção.

A ISDIN e o torneio de ténis Roland-Garros assinaram um acordo de parceria para a sensibilização e prevenção do cancro da pele. A aliança inclui uma série de ações de sensibilização dos atletas profissionais, mas também dos jovens tenistas dos clubes federados, sobre os perigos do sol para a pele e a necessidade de fotoproteção.

Juan Naya, CEO da ISDIN, explicou que “a parceria com um torneio como o Roland-Garros é um marco muito importante para nós, uma vez que nos permite ampliar o nosso trabalho de sensibilização para os danos solares na pele e a necessidade de fotoproteção para alcançar o nosso objetivo de erradicar o cancro da pele no mundo”.

No âmbito do acordo, para além de ser o fotoprotetor oficial do Roland-Garros, o ISDIN está a trabalhar para disponibilizar um serviço dermatológico aos tenistas do torneio. A Dra. Georgina Logusso, Medical Marketing Manager da ISDIN, salientou que “é muito importante cuidar e proteger a nossa pele para podermos desfrutar do desporto e do sol em segurança. No caso dos tenistas profissionais, e no caso de todos aqueles que praticam regularmente um desporto com muitas horas ao sol, é essencial ter fotoproteção e rotinas personalizadas de cuidados dermatológicos”.

Além disso, o ISDIN organizará uma atividade de sensibilização para os jovens: uma formação para os ballkids com embaixadores da marca, como Carlos Alcaraz, que mostrará aos atletas como se protegerem do sol.

O Presidente da Federação Francesa de Ténis, Gilles Moretton, mostrou-se muito satisfeito com o acordo. “Estamos muito orgulhosos de nos associarmos à ISDIN, uma referência no mercado dos produtos dermatológicos. Esta nova parceria também ajudará a promover hábitos saudáveis e a sensibilizar todos os jogadores, profissionais ou não, para a importância de proteger a sua pele quando jogam ténis ao ar livre”.

Com esta importante aliança, a ISDIN sublinha que dá mais um passo no seu projeto global de sensibilização para o desporto que, para além do ténis, inclui outras modalidades como a vela. A empresa foi nomeada fotoprotetor oficial da America’s Cup, uma das competições mais importantes do mundo, que se realiza este ano em Barcelona. O objetivo destas colaborações é sensibilizar para a importância dos cuidados com a pele e da proteção solar na prática de desportos ao ar livre, mas também na vida quotidiana, para prevenir os efeitos nocivos do sol: do fotoenvelhecimento prematuro ao cancro da pele.

A campanha de sensibilização do ISDIN remonta a 2015, quando o laboratório começou a colaborar com o Barcelona Open Banc Sabadell para promover a saúde da pele no mundo do ténis. Esta ligação com os desportos ao ar livre e com o ténis em particular levou a ISDIN a ser também o fotoprotetor oficial de outras competições de renome internacional, como o Torneio ATP de Buenos Aires, o Abierto Mexicano de Tenis, o Chile Open, o Rio Open, o Millenium Estoril Open, o Mutua Madrid Open, o Argentina Open WTA 125, o Guadalajara Open Akron WTA 500 ou o Bogotá Copa Colsanitas WTA 250.

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Europastry encerrou 2023 com vendas de 1,35 mil milhões de euros, mais 20% do que em 2022

  • Servimedia
  • 3 Abril 2024

O Ebitda ascendeu a 205 milhões de euros em 2023 e a empresa investiu 64 milhões de euros em novas capacidades de produção.

Europastry, a empresa espanhola do setor da massa de padaria congelada, fechou 2023 com vendas de 1.350 milhões de euros, mais 20% do que em 2022. Da mesma forma, o Ebitda atingiu 205 milhões de euros.

Por região, o mercado ibérico representou cerca de 55% da faturação da empresa em 2023, sendo a América do Norte o seu segundo mercado mais importante e a Europa Central o terceiro.

“Estes resultados são o reflexo do trabalho que temos vindo a desenvolver na Europastry, que se caracteriza pelo conhecimento que adquirimos ao longo dos anos, pelo volume de investimento que temos vindo a realizar na última década e pela nossa capacidade tecnológica. Tudo isto nos permitiu garantir aos nossos clientes os mais altos padrões de qualidade, tanto no produto como no serviço”, explicou Jordi Gallés, presidente executivo da Europastry, que acrescentou que mantêm “uma visão estratégica de sermos líderes na transformação do setor da panificação e uma forte disciplina na execução e gestão do nosso negócio. Isto levou-nos a ser um dos principais especialistas no setor global da massa congelada”.

Durante 2023, a empresa também iniciou as expansões das fábricas de Azuqueca de Henares, Oldenzaal nos Países Baixos e Laurens nos Estados Unidos, bem como o novo centro de I&D, CEREAL, em Barberá del Vallés, que lhe permitiu ser mais rápida e flexível no lançamento de novos produtos de padaria doce no mercado.

POLÍTICA DE INVESTIMENTO

A Europastry prosseguiu a sua sólida política de investimento para continuar a crescer organicamente. Em 2023, investiu 64 milhões de euros em novas capacidades de produção, elevando o seu investimento total nos últimos cinco anos para 355 milhões de euros. Esta política, juntamente com a estratégia de combinar o crescimento orgânico com aquisições estratégicas, permitiu à empresa manter um crescimento sustentado e rentável nos últimos anos. Na última década, a empresa aumentou as suas vendas e o seu EBITDA a uma taxa anualizada de cerca de 13%.

Precisamente em relação ao crescimento através de aquisições, a Europastry acaba de completar a integração da produção de produtos congelados da Dawn Foods, o que a posiciona como o maior fornecedor de Dots, Cookies e Muffins no mercado europeu. Em março, a empresa chegou também a um acordo para adquirir a Dewi Back, um dos maiores distribuidores de massa congelada na Alemanha para o canal de restauração, o que reforça a sua liderança neste canal. A empresa tem um volume de vendas anual superior a 110 milhões de euros e mais de 5.000 clientes, para além de contar com importantes plataformas logísticas em Berlim, Hamburgo, Frankfurt e Rostock.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 3 de abril

  • ECO
  • 3 Abril 2024

Ao longo desta quarta-feira, 3 de abril, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Fundación Jiménez Díaz, líder em Madrid em capacidade sanitária, segundo o Twelve Floor Monitor

  • Servimedia
  • 3 Abril 2024

O Hospital Fundación Jiménez Díaz é, de acordo com o Monitor del Sistema Hospitalario de la Comunidad de Madrid (CAM) o centro de alta complexidade com maior maior capacidade assistencial do CAM.

O Serviço de Saúde de Madrid oferece cobertura de cuidados de saúde a 6,8 milhões de pessoas, para além dos dois milhões que visitam a região todos os anos por motivos turísticos. De acordo com os dados extraídos dos relatórios dos centros da Comunidade de Madrid, os hospitais de alta complexidade realizaram 7,2 milhões de consultas externas e 221.051 intervenções cirúrgicas e ambulatórias durante o último ano para o qual existem dados disponíveis.

O Monitor do Sistema Hospitalar da Comunidade de Madrid é uma série de análises que estudam a eficiência económica e operacional destes estabelecimentos fundamentais para o sistema de saúde espanhol. Com base em dados públicos dos hospitais, são analisados aspetos como a despesa, a satisfação dos doentes, os avanços na digitalização, a livre escolha do centro e, nesta ocasião, a capacidade de cuidados de saúde dos oito principais hospitais da região.

Como mostra esta análise, o Hospital Universitário Fundación Jiménez Díaz é o líder no número de consultas externas atendidas, com mais de 1,2 milhões de pacientes em 2022, apesar de ser o quarto hospital de Madrid em termos de número de pacientes de referência, com 451.000 habitantes. Em segundo lugar está o Hospital Universitário La Paz, com mais de 1,1 milhões, e em terceiro e quarto lugares estão o Ramón y Cajal e o 12 de Octubre, com 1.070.000 e 1.049.000, respetivamente.

A Fundación Jiménez Díaz também lidera em número de cirurgias realizadas, com 34.678, e é uma referência em termos de procedimentos cirúrgicos em ambulatório, uma tendência crescente. De facto, é o único hospital que consegue classificar mais de 70% das suas operações como ambulatórias (70,99%). Atrás dele estão centros como o Clínico San Carlos (69,99%) e o Hospital Universitário de la Princesa (66,64%).

TEMPOS DE ESPERA

Em janeiro de 2024, os pacientes do sistema de saúde de Madrid esperaram, em média, 64,8 dias para serem atendidos. O tempo médio de espera na Fundación Jiménez Díaz é muito inferior, com apenas 15,2 dias. Em segundo lugar está o Gregorio Marañón, com 37,4 dias.

No que diz respeito ao número de doentes que aguardam consultas externas, o melhor valor é o do Hospital Universitário da Princesa, com 20 127, seguido de perto pela Fundação Jiménez Díaz, com 22 269.

Por último, a Fundación Jiménez Díaz está também no topo das listas de espera para cirurgia, com uma média de 24,8 dias, muito abaixo da média do CAM de 54,7 dias.

 

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 3 Abril 2024

O Conselho de Ministros do novo Governo reúne-se pela primeira vez esta quarta-feira. Termina também o prazo da EY para fixar a contrapartida mínima na OPA à Greenvolt.

No dia de hoje, que fica marcado desde logo pelo primeiro Conselho de Ministros do novo Governo, os trabalhadores da Autoeuropa são também chamados a votar o pré-acordo laboral da empresa naquele que é o segundo e último de votação, pelo que devem ser conhecidos os resultados ainda hoje. O dia desta quarta-feira representa ainda o prazo limite que a EY tem para fixar a contrapartida mínima na OPA à Greenvolt.

Primeiro Conselho de Ministros do novo Governo

O novo Governo, que tomou posse esta terça-feira, reúne-se esta quarta-feira em Conselho de Ministros pela primeira vez. Os 17 ministros agora empossados têm em mãos a resolução de problemas como o do cumprimento do PRR, da decisão da localização do novo aeroporto, da finalização do alargamento e eletrificação da rede ferroviária, bem como de responder às crises do sistema nacional de saúde, da habitação e da educação.

EY tem até hoje para fixar contrapartida mínima na OPA à Greenvolt

O dia de hoje representa também o prazo limite que a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) deu à Ernst & Young (EY), enquanto perito independente, para fixar a contrapartida mínima na Oferta Pública de aquisição (OPA) à Greenvolt lançada pela private equity norte-americana Kohlberg Kravis Roberts (KKR). Isto depois de o prazo já ter sido prorrogado em março.

Divulgação dos resultados do pré-acordo laboral na Autoeuropa

Devem também ser conhecidos esta quarta-feira os resultados da votação do pré-acordo laboral na Volkswagen Autoeuropa, na medida em que este é o último dia de votação. Foram cerca de cinco mil os trabalhadores da Volkswagen Autoeuropa que foram chamados a votar esta terça e esta quarta-feira um novo pré-acordo laboral válido por três anos, que garante um aumento salarial de 6,8% em 2024, e de 2,6%, ou 0,6 acima da inflação, em 2025 e 2026. A aprovação não está garantida.

Taxa de desemprego na UE em fevereiro

O Eurostat publica as estimativas do emprego e do desemprego na União Europeia e Zona Euro referentes a fevereiro. Em janeiro, a taxa de desemprego da União Europeia manteve-se em 6% e a da Zona Euro caiu ligeiramente para 6,4%, sendo que em Portugal, os sinais foram de estabilidade no mundo laboral, embora o desemprego tenha continuado acima da média europeia. O Gabinete de Estatísticas da União Europeia lança ainda estimativas provisórias sobre a inflação em março de 2024.

Início da reunião de ministros dos transportes da UE

Arranca esta quarta-feira a reunião informal dos ministros dos Estados-membros da União Europeia responsáveis pelos transportes. Os debates centram-se principalmente nos temas de transportes ecológicos, mobilidade ativa e ciclismo e conectividade ferroviária entre cidades europeias. O encontro estende-se até ao dia 4 de abril.

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Saiba como maximizar até 25% os seus donativos no IRS de 2023

A generosidade dos portugueses manifesta-se de diversas formas, incluindo a realização de donativos, que além de promover o bem-estar social permite otimizar a declaração de IRS dos contribuintes.

A solidariedade é mais do que uma tradição em Portugal. É um valor intrínseco dos portugueses, que é refletida tanto no comportamento dos indivíduos como no das empresas. O setor empresarial, por exemplo, entre 2018 e 2022, doou mais de mil milhões de euros à sociedade portuguesa, contribuindo significativamente para o bem-estar coletivo.

Da mesma forma, também os agregados familiares portugueses têm mostrado a sua generosidade ao longo dos anos, como é visível pela doação de quase 1.400 milhões de euros a mais de 8 mil entidades entre 2014 a 2018, segundo um relatório publicado em 2019 pelo Grupo de Trabalho para o Estudo dos Benefícios Fiscais.

Este espírito altruísta não só reforça o tecido social como oferece benefícios fiscais atrativos para os contribuintes que doaram o seu dinheiro, porque podem deduzir à coleta de IRS 25% do valor dos donativos, com um limite de 15% da coleta na maioria dos casos. Significa que, por cada 100 euros doados a uma das 5.037 entidades elegíveis para a consignação de 0,5% do IRS, 25 euros podem ser passíveis de serem abatidos ao imposto devido (coleta).

Para isso, os contribuintes que tenham sido benfeitores no ano passado e pretendam usufruir da otimização fiscal dos seus donativos, apenas têm de incluir essa ajuda no Anexo H do Modelo 3 do IRS. Além disso, é importante conservar o recibo do donativo, pois este documento poderá ser solicitado pelas Finanças para comprovar o donativo em caso de uma auditoria fiscal.

No entanto, é importante não esquecer que estas deduções fiscais concorrem com outras (como as despesas de saúde e de educação, encargos com imóveis e contribuições para planos de poupança-reforma, por exemplo), dentro de um limite que depende dos rendimentos do agregado familiar.

Entidades merecedoras do seu dinheiro

A escolha de uma entidade para beneficiar de um donativo deve ser ponderada. É essencial escolher organizações sem fins lucrativos de utilidade pública reconhecidas pelo Estado português para assegurar que esse gesto solidário seja elegível para os benefícios fiscais mencionados.

A lista das mais de 5 mil entidades aptas a receber a consignação de 0,5% do IRS presentes no portal da Autoridade Tributária, por exemplo, é um bom ponto de partida para esta seleção. Infelizmente, muitas destas organizações não disponibilizam online os seus relatórios de atividades ou contas anuais, o que pode dificultar a avaliação da eficácia e transparência da utilização dos fundos recebidos.

Segundo o Código de IRS, os contribuintes que optam por apoiar financeiramente entidades públicas — incluindo o Estado, Regiões Autónomas, autarquias locais, fundações públicas e associações de municípios e freguesias — são incentivados com uma dedução fiscal correspondente a 25% à coleta do montante doado, sem qualquer limite estabelecido. Esta regra visa estimular a contribuição para projetos e instituições de caráter público, reforçando assim o seu impacto no bem-estar comunitário. Nos restantes casos, a dedução equivale a 25% do valor dos donativos, mas até ao limite de 15% da coleta.

A possibilidade de doar para entidades de outros estados-membros da União Europeia com reconhecido mérito social esses países e beneficiar de deduções fiscais em Portugal é uma realidade, embora seja uma tarefa complexa.

Saliente-se ainda que os donativos religiosos beneficiam de majoração, sendo, aliás, os únicos donativos atribuídos por pessoas singulares em que tal acontece. Segundo o artigo 63.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, os donativos concedidos a igrejas, instituições religiosas, pessoas coletivas de fins não lucrativos pertencentes a confissões religiosas ou por elas instituídas são considerados em 130%, o que representa uma majoração de 30%.

A possibilidade de doar para entidades de outros estados-membros da União Europeia com reconhecido mérito social esses países e beneficiar de deduções fiscais em Portugal é uma realidade, embora seja uma tarefa complexa. Iniciativas como o Transnational Giving Europe, da qual faz parte a Fundação Oriente, facilitam este processo para donativos transnacionais, embora em Portugal ainda existam entraves burocráticos a ultrapassar para que os donativos a entidades estrangeiras sejam considerados para deduções fiscais de IRS e IRC.

A generosidade dos portugueses, complementada pelos incentivos fiscais disponíveis, tem o potencial de contribuir significativamente para o bem-estar social. Ao escolher cuidadosamente a entidade a quem doa e ao seguir os procedimentos corretos para a declaração de donativos em sede de IRS, é possível não apenas fazer a diferença na sociedade, mas também maximizar o benefício fiscal associado, fortalecendo assim o impacto da sua solidariedade.

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Salários reais têm crescido menos do que produtividade, sobretudo no turismo

Estudo indica que salários reais têm crescido menos que produtividade, sobretudo em setores ligados ao turismo e imobiliário. Mostra também que emprego tem aumentado mais em setores pouco produtivos.

Os salários reais dos trabalhadores portugueses têm crescido menos do que a produtividade, aponta um estudo publicado esta quarta-feira pelo Laboratório Colaborativo para o Trabalho, Emprego e Proteção Social (CoLabor). Em setores como o alojamento, a restauração e o imobiliário, essa diferença entre ganhos e produtividade “é particularmente aguda“. Chega a ser quatro vezes mais expressiva do que a média nacional.

“No que concerne à relação entre salários e produtividade, constata-se que, desde 2013, o ganho médio real dos trabalhadores evoluiu abaixo da produtividade média real, com exceção do verificado em 2020, ano em que a pandemia da Covid-19 teve impactos económicos pronunciados”, é explicado no estudo da autoria de Frederico Cantante, investigador do CoLabor e professor do ISCTE.

Em concreto, entre 2013 e 2022, o ganho médio real aumentou 10,6%, enquanto a produtividade real avançou 18,7%. Ou seja, houve uma diferença de 8,1 pontos percentuais.

Tal leva o CoLabor a sublinhar que “o período posterior à Grande Recessão foi, sobretudo, marcado por um desajustamento entre a evolução dos salários e da produtividade”. Por exemplo, olhando só para 2022, o ganho médio real caiu, por efeito dos níveis históricos de inflação, mas nesse ano a produtividade real aumentou, como mostra o gráfico abaixo.

Embora este seja o cenário geral para o mercado de trabalho português, há determinados setores que se destacam. No alojamento, restauração e similares, o hiato entre a evolução dos salários e a da produtividade foi “particularmente agudo”: enquanto o ganho médio real aumentou 19,4%, a produtividade apreciou-se 54,7%, o que resulta numa diferença de 35,3 pontos percentuais.

Da mesma forma, nas atividades imobiliárias, o ganho real aumentou 8,6%. Enquanto isso, a produtividade melhorou 43,4%. Ou seja, houve um hiato de 34,8 pontos percentuais.

E também na agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca, e no comércio por grosso e a retalho, e na reparação de veículos automóveis e motociclos foram registados fossos bem superiores à média nacional (25,2 pontos percentuais e 24,1 pontos percentuais, respetivamente).

Em comparação, nas indústrias transformadoras, o ganho avançou 15,6% e a produtividade 26,8%, o que resultou num fosso de 11,2 pontos percentuais. Já na indústrias extrativas verificou-se o cenário inverso: o ganho cresceu mais do que a produtividade, num fosso de 3,9 pontos percentuais.

O CoLabor realça ainda que há setores onde, pelo menos, um destes indicadores recuou, na última década. É o caso dos transportes e armazenagem, onde a produtividade caiu (1,6%), mas o ganho médio avançou (9,1%), fugindo, assim, à regra verificada para o conjunto do mercado de trabalho português.

Já no setor da eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio, tanto a produtividade como o ganho médio real recuaram, na última década, mas o primeiro indicador caiu mais do que o segundo, o que também contraria a tendência geral apurada para o mercado de trabalho.

Mais produtividade, melhores salários?

Esta análise do CoLabor é particularmente relevante numa altura em que os salários têm sido um dos temas quentes do mercado de trabalho português, com economistas e empregadores a avisarem que só se a produtividade aumentar será possível praticar aumentos robustos — aproximando os ordenados portugueses dos praticados noutros países europeus.

Ora, o estudo publicado esta quarta-feira confirma que há uma correlação positiva entre os ordenados e a produtividade, mas deixa um alerta. “Os níveis salariais médios das atividades económicas tendem a correlacionar-se positivamente com a sua produtividade, embora de forma não linear”, destaca o CoLabor.

Deste modo, são traçados vários perfis setoriais. Há atividades económicas com valores baixos para o ganho médio e para a produtividade, como é o caso do alojamento, restauração e similares. Mas também atividades cuja produtividade está “em linha ou acima da média nacional”, mas o ganho pouco supera o verificado no perfil anterior. É o caso do comércio e das atividades imobiliárias.

Já o setor da informação e comunicação (no qual se incluem os empregos ligados à informática) destaca-se ao aliar uma produtividade média que representa cerca do dobro da média nacional a um ganho médio próximo dos 2.000 euros — “um valor bastante acima do apurado para o conjunto da economia”.

Mais emprego em setores menos produtivos

O estudo publicado esta quarta-feira cruza também as tendências de evolução do emprego com a produtividade, chegando à conclusão que atividades com baixa produtividade deram um “contributo acentuado” para a criação líquida do emprego, na última década.

“As atividades económicas que mais contribuíram para a criação de emprego no período 2004-2022 tendem a registar níveis de produtividade comparativamente baixos”, é realçado.

Em causa estão setores como o alojamento, restauração e similares, as atividades administrativas e dos serviços de apoio e ainda a construção. “Juntas representam 35% desse aumento” do emprego, destaca o CoLabor.

Por outro lado, setores como o comércio, as atividades de consultorias e as indústrias transformadoras conseguiram uma produtividade em linha ou pouco acima da média nacional e também contribuíram em 35% para o emprego líquido criado.

Já os setores onde a produtividade mais cresceu deram um contributo menos acentuado para o emprego. As atividades de informação e comunicação, por exemplo, o registaram uma “produtividade acima da média nacional” e contribuíram “em cerca de 9% para o emprego líquido criado entre 2013 e 2022“.

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Renováveis aliviam preço da eletricidade. Setor pede soluções, das baterias à reforma do mercado

Os preços a que os produtores vendem a eletricidade tem vindo a aliviar significativamente, o que pode ter benefícios na fatura da luz mas pressiona o setor das renováveis, que pede soluções.

Os preços da eletricidade no mercado grossista, onde os comercializadores de eletricidade a compram aos produtores, têm vindo a aliviar. Em março registaram-se mínimos de 10 anos e abril abriu com algumas horas a marcar valores negativos no mercado ibérico. Para 2024 espera-se um ano de preços mais baixos face aos dos últimos anos. O setor alerta para potenciais “problemas” dos preços baixos, em particular na viabilização de projetos renováveis, e aponta a necessidade de reequilibrar o mercado. Na mesa colocam soluções como as baterias, a atração de grandes consumidores e até um redesenho do mercado.

“Da forma como o mercado ibérico funciona, sempre que as renováveis conseguem suprir [as necessidades de] uma hora, o preço [da hora] é zero”, o que aconteceu em grande parte das horas do dia 1 de abril, exceto à noite, introduz Pedro Amaral Jorge, presidente da APREN – Associação Portuguesa de Energias Renováveis. “Do lado dos produtores, é um problema que vamos ter de resolver“, admite, pois “ninguém pode vender a zero algo que custa dinheiro“, já que é “insustentável do ponto de vista financeiro”. Tendo em conta as projeções de preço atuais, “nenhum investidor quererá investir”, estima.

Neste sentido, entende que ou as renováveis passam a ser contratadas apenas com contratos futuros, ou terá de se “desenhar um sistema que remunere as centrais renováveis e impeça que os preços possam descer a zero“. Pedro Amaral Jorge diz existirem conversações em Bruxelas para perceber o que pode ser desenvolvido neste sentido, mas não é certo que existam movimentos antes de novembro, mês em que tomam posse as novas lideranças europeias.

António Vidigal, consultor de energia, concorda que “os preços no mercado OMIE [ibérico] estão demasiado baixos para viabilizar o investimento em novas formas de geração, qualquer que seja o seu tipo, térmico ou a partir de energias renováveis”, em particular no que diz respeito à energia fotovoltaica. “Para resolver o problema é importante avançar com a implementação do novo modelo de mercado elétrico, que se baseia em CfDs [contratos por diferença] e PPA [Contratos de Aquisição de Energia]. Parece ser a melhor forma de proteger produtores e consumidores”, considera.

"Os preços no mercado OMIE [ibérico] estão demasiado baixos para viabilizar o investimento em novas formas de geração.”

António Vidigal

Consultor de energia

Já na visão de João Nuno Serra, presidente da ACEMEL — Associação dos Comercializadores de Energia no Mercado Liberalizado, os projetos que estão a ser desenvolvidos em Portugal ainda têm condições para avançar, e os preços negativos não vão assustar os investidores. “Quem investe não pode estar só a olhar para o dia, a semana ou o mês. Os investidores ainda olham para isto [setor da energia renovável] como boa oportunidade, até pela acumulação“, indica. “Quem olha hoje para um plano de negócios de um projeto solar não está muito diferente, mesmo olhando agora para estes preços da energia”, assegura, relembrando que quando os preços da eletricidade dispararam, também os custos dos materiais se elevaram, e agora voltaram a descer.

Olhando para soluções que equilibrem preços e o sistema, o líder da ACEMEL defende que“temos de atalhar caminho para dotar as instalações renováveis com armazenamento”, pois “o que interessa ao consumidor é ter preço estável, e isso resolve-se com a acumulação de energia”. Preços estáveis interessam mais do que preço-zero, acredita, porque, no limite, se não houver um equilíbrio económico-financeiro para quem investe em renováveis, as centrais desligam ou desaparecem e “o zero passa a 200”, defende.

"Quem investe não pode estar só a olhar para o dia, a semana ou o mês. Os investidores ainda olham para isto [setor da energia renovável] como boa oportunidade””

João Serra

Presidente da ACEMEL

António Vidigal acrescenta que para mitigar as situações de preços negativos “é preciso aumentar consumos às horas em que há excesso de energias renováveis”, e isso faz-se não só através do armazenamento, mas também através da deslocação de consumos para essas horas (por exemplo o carregamento de veículos elétricos) promovendo tarifários mais baixos a essas horas. No entanto, considera, “a forma mais virtuosa é atrair novas indústrias consumidoras de energias descarbonizadas para o país. Os centros de dados são um bom exemplo”.

Preços negativos: uma “semi-novidade” que pode repetir-se

O leilão onde os produtores vendem a sua eletricidade aos comercializadores para o dia seguinte ditou que a 1 de abril se registassem, pela primeira vez no mercado espanhol, preços negativos, embora muito ligeiros: de 1 cêntimo negativo por megawatt-hora (MWh). Do lado português, os preços para o mesmo momento ficaram em zero. Isto, depois de março ter fechado com o terceiro preço médio grossista da eletricidade mais baixo dos últimos dez anos, 19,28 euros por MWh.

Esta situação [de preços negativos], embora histórica, é relativamente anedótica.

Aleasoft

Esta situação [de preços negativos], embora histórica, é relativamente anedótica, já que os preços negativos foram de ‑0,01 euros por MWh”, indica a Aleasoft, empresa espanhola que se dedica à análise de dados no mercado da energia. Esta entidade não acredita que os preços caiam abaixo de 1 euro negativo por megawatt-hora.

O aparecimento de preços negativos no mercado “spot” do dia seguinte é normal na Europa, mas não tinha ainda acontecido no mercado ibérico, analisa Antonio Vidigal. O consultor vê os preços negativos como “situações que vão aparecer mais frequentemente”.

Estes preços negativos registam-se porque há produtores que estão disponíveis para pagar a injeção de eletricidade no sistema, para não terem parar a produção. São tipicamente centrais a vapor (a carvão ou nucleares) que têm custos e tempos de paragem de arranque elevados, explica o mesmo. “No dia 1 os valores de fecho nalgumas horas foram ainda ligeiramente negativos (-0,01 euros por MWh), mas é relevante verificar que houve geradores que fizeram ofertas a -50 euros por MWh. É uma medida do custo que tinham ao parar“, sublinha.

Fonte do setor ressalva, contudo, que preços negativos não significam necessariamente que o produtor tenha ficado com prejuízo ao pagar um cêntimo para oferecer a respetiva eletricidade, já que pode ter tarifas garantidas que o remunerem, de qualquer forma, por essa eletricidade, já fora do espaço do leilão.

João Nuno Serra acrescenta que os preços zero “não são coisa deste ano” e recorda que, em 2013, ano no qual a comercializadora que dirige se estreou no mercado, verificaram-se 15 dias a preço zero, em abril. “Foi um ano de muita chuva, caudais a transbordar e barragens em capacidade máxima, que tinham que descarregar”.

Também os preços negativos não são uma completa novidade: embora nunca se tivessem verificado no mercado para o dia seguinte, já se haviam registado preços negativos na Península Ibérica, mas nos leilões intradiários, nos quais produtores e compradores voltam a “reunir-se” para alguns ajustes, de forma a corrigir desvios entre oferta e procura.

Renováveis são “máquina do tempo” que leva os preços a recuar a 2014

O dia 8 de março de 2022 fechou com um preço médio de 542,78 euros por MWh, o mais elevado dos dez anos que separam 2014 e 2024.

No entanto, praticamente dois volvidos desde este pico, veio a bonança. 9 e 10 de março de 2024 registaram os segundo e terceiro valores mais baixos em 10 anos, 0,54 e 0,59 euros, respetivamente. O valor mínimo da década remonta a 9 de fevereiro de 2014, os 0,48 euros.

Desde a segunda metade de fevereiro que os preços no mercado elétrico MIBEL se têm posicionado entre os mais baixos dos mercados elétricos europeus.

Aleasoft

Desde a segunda metade de fevereiro que os preços no mercado elétrico MIBEL se têm posicionado entre os mais baixos dos mercados elétricos europeus”, assinala a Aleasoft, acrescentando que desde março de 2014 que os preços neste mercado não marcavam valores abaixo de 1 euro por megawatt-hora.

Mas porquê? De acordo com a Aleasoft, os preços começaram a baixar nos últimos meses na sequência de quebras nos preços do gás e dos direitos de emissão dióxido de carbono, que afetam o preço de produção da eletricidade nas centrais a gás. Desde a segunda metade de fevereiro até ao início de março, os preços do gás e direitos de emissões estiveram abaixo dos 26 euros por MWh na maioria dos dias, e os do CO2 abaixo de 58 euros por tonelada.

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Mas a grande reviravolta ter-se-á sentido devido à “alta produção renovável”, diz a Aleasoft. “A produção de eletricidade tem estado primordialmente assente em recursos hídricos, eólicos e solares, numa base de produção global com custos mais baixos”, reforça o regulador da energia português, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.

De acordo com os dados publicados pela REN – Redes Energéticas Nacionais, as fontes renováveis cobriram 91% do consumo de eletricidade em Portugal no mês de março, depois de ter chegado aos 88% em fevereiro e aos 81% em janeiro. A energia hidroelétrica abasteceu 47% do consumo de eletricidade, a eólica 31%, a fotovoltaica 6% e a biomassa 5%.

De acordo com os dados publicados pela REN – Redes Energéticas Nacionais, as fontes renováveis cobriram 91% do consumo de eletricidade em Portugal no mês de março, depois de ter chegado aos 88% em fevereiro e aos 81% em janeiro.

O regulador explica que os períodos frequentes de chuva que se têm verificado enchem as barragens, e “os preços tendem a descer sempre que exista mais água nos aproveitamentos hídricos”. Tal como o Expresso noticiava esta segunda-feira, as reservas no Algarve, uma das regiões mais castigadas do país no que toca à seca, subiram de 36% para 43% da capacidade.

A produção eólica também foi elevada nos últimos meses, avalia a Aleasoft, e a isto se soma o efeito da produção fotovoltaica. “O aumento da capacidade instalada em Portugal e em Espanha contribuiu para que ambos os países tenham alcançado recordes históricos de produção nestes meses”, escreve a empresa. Por isso, assinala, os preços mais baixos registam-se em horas do dia mais propícias para a produção fotovoltaica. Esta será a principal diferença dos mínimos deste março para os de 2014. Nesse ano, a produção eólica e hidroelétrica é que foram as grandes responsáveis pela presença de renováveis na base da eletricidade.

Preços de março não devem manter-se todo o ano

De acordo com os preços de fecho de mercado desta segunda-feira publicados pelo OMIP, a plataforma onde se negoceiam os contratos futuros da eletricidade, o preço médio que se projeta deste momento até ao final de de 2024 é de 55,86 euros por MWh, enquanto março fechou nos 19,28 euros por MWh, o terceiro preço médio mensal mais baixo dos últimos dez anos.

“Estando a conjuntura de definição dos preços dependente – como está – dos recursos naturais com os quais se produz eletricidade, fazer qualquer antecipação e tendência tem as mesmas incertezas que antecipar a evolução do regime hidrológico (chuvas) ou eólico (vento) até final do ano, o que não é possível com os atuais recursos tecnológicos”, ressalva a ERSE. Os contratos futuros “explicitam as expectativas atuais (e não certezas) quanto à evolução do mercado”, conclui.

Estando a conjuntura de definição dos preços dependente – como está – dos recursos naturais com os quais se produz eletricidade, fazer qualquer antecipação e tendência tem as mesmas incertezas que antecipar a evolução do regime hidrológico (chuvas) ou eólico (vento) até final do ano

ERSE

“No que diz respeito ao restante 2024, podem registar-se mais horas ou dias com preços baixos, especialmente na primavera, quando a procura é mais baixa, a produção eólica ainda pode ser elevada e a energia fotovoltaica vai aumentando a sua produção, à medida que aumenta a radiação solar”, concede a Aleasoft, mas ressalva: “Esperamos que os preços não se mantenham em níveis tão baixos todo o ano, porque no verão e inverno a procura é mais alta”, e enquanto no verão a produção eólica é menos pujante, no inverno é o sol que falha, justifica a empresa.

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Consumidores podem usufruir, mas depende do tarifário

A baixa de preços no mercado grossista incita a redução dos preços dos mercados futuros, pelo que “influenciará os preços da luz dos clientes cujo contrato está indexado aos preços do mercado spot [diário] ou do mercado futuro”, indica a Aleasoft. Este tipo de contrato é mais comum no mundo empresarial, mas também está disponível para consumidores domésticos.

Já no que toca às tarifas com preços fixos, as mais comuns entre os consumidores domésticos, “também verão refletida a descida dos preços do mercado grossista”, já que este é uma referência, mas “quando e quanto dependerá das características de cada contrato”, diz a empresa.

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Estado já pagou mais de mil milhões em créditos tributários à banca

Novobanco recebeu 620 milhões de euros ao abrigo do regime fiscal que permite aos bancos serem compensados por prejuízos passados, enquanto a Caixa recebeu 420 milhões. Fatura ainda não está fechada.

A Autoridade Tributária (AT) já pagou mais de mil milhões de euros em créditos tributários a seis bancos, sendo que o Novobanco e a Caixa Geral de Depósitos (CGD) receberam 98% desse montante, de acordo com o último relatório enviado ao Governo no dia 11 de março, um dia depois das eleições.

Só o Novobanco recebeu 620 milhões de euros ao abrigo do Regime Especial dos Ativos por Impostos Diferidos (REAID), que permite aos bancos serem compensados pela via fiscal por conta de perdas registadas no passado, enquanto a Caixa foi reembolsada em cerca de 421 milhões.

No âmbito deste regime, criado em 2014 no governo de Pedro Passos Coelho, os bancos podem converter os ativos por impostos diferidos (quando resultam de perdas por imparidades de créditos ou nos benefícios pós-emprego, como pensões) em créditos sobre o fisco ou ser pedida a devolução em qualquer momento futuro.

Na lista de bancos que foram reembolsados pelo Fisco no âmbito deste mecanismo constam ainda o Haitong Bank (20,5 milhões de euros), o Banco Efisa (860 mil euros), o Banif — Banco de Investimento (561,5 mil euros) e o Bison Bank (48 mil euros).

Tudo somado, e segundo o relatório do REAID relativo ao segundo semestre de 2022, o Fisco já reembolsou um montante total de 1.062 milhões junto relativos a 20 reembolsos junto destas seis instituições financeiras que requereram a conversão de ativos por impostos diferidos em créditos tributários.

Embora o relatório seja relativo a 2022, apenas foi entregue pelo gabinete da diretora-geral da AT à Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais no dia 11 de março deste ano, um dia depois das eleições legislativas ganhas pela AD de Luís Montenegro.

Novobanco e Caixa recebem 98% dos créditos fiscais

Fonte: Autoridade Tributária

Pagamentos disparam em 2022

Até final de 2021, a AT havia reembolsado os bancos com créditos tributários de 397,1 milhões de euros, mas o montante disparou em 2022. Mais concretamente em dezembro desse ano, mês em que o Fisco procedeu a pagamentos no valor de 665,3 milhões.

A Caixa foi o maior beneficiário desse ano, ao receber um crédito fiscal de 420,6 milhões de euros por conta dos prejuízos que registou em 2016 – anunciou na altura um resultado líquido negativo de 1,86 mil milhões de euros após ter sido aprovado um plano de recapitalização de 4,9 mil milhões, envolvendo 2,5 mil milhões de dinheiro fresco dos contribuintes.

Já o Novobanco, que tinha recebido 380,6 milhões de euros nos anos anteriores, foi reembolsado em mais 239,3 milhões devido aos prejuízos reportados nos exercícios de 2018 (-1,4 mil milhões) e de 2019 (1,06 mil milhões).

Haitong (5,4 milhões de euros), Banco Efisa (37 mil euros) e Bison Bank (20,5 mil euros) também receberam créditos tributários no último mês de 2022.

AT paga mais de 600 milhões em 2022

Fonte: Autoridade Tributária

Bancos já pediram mais de 1,4 mil milhões

A fatura do Fisco com o REAID ainda não está fechada. Sete instituições financeiras (as seis que já foram reembolsados e ainda o Banco Montepio) submeteram 30 pedidos de conversão de ativos por impostos diferidos em créditos fiscais num montante que ascende a 1.425 milhões de euros.

Até final de 2022, a Inspeção Tributária já havia concluído a análise de pedidos cujo valor ascende 1.246 milhões de euros, tendo, deste valor, confirmado o montante de cerca de 1.067 milhões, aponta o relatório.

Ou seja, ainda estão por serem reembolsados cerca de cinco milhões de euros (o Banco Montepio tem a receber 4,1 milhões de euros de um pedido já certificado pela AT), enquanto se encontravam por analisar pedidos na ordem dos 179 milhões dos seguintes bancos: Banco Montepio (362 mil euros), Haitong Bank (432,7 mil euros), Bison Bank (37,3 mil euros), Banif (53,6 milhões) e Novobanco (124 milhões).

Em relação ao Banif, o crédito fiscal de mais de 50 milhões de euros já foi certificado e inclusivamente pago no ano passado, dinheiro que permitiu manter o processo de liquidação do banco falido em 2015.

Balcão Novo Banco com nova imagem - 09NOV21
NovobancoHugo Amaral/ECO

Porta aberta para Estado entrar no capital dos bancos

Quem aderir ao REAID tem de constituir um depósito a favor do Estado correspondente a 110% do crédito tributário, uma reserva especial que pode ser convertida em ações para o Estado – caso os bancos não comprem os direitos de conversão dos ativos por impostos diferidos.

Foi por via deste mecanismo que o Estado passou a ser dono de quase 12% do capital Novobanco nos últimos anos, podendo vir a deter uma posição de 15,6% no caso de o Fundo de Resolução não comprar os direitos de conversão. Já o acionista chinês do Haitong Bank teve de pagar 27 milhões de euros pelos direitos de conversão para evitar a entrada do Estado no capital do antigo banco de investimento do BES.

Uma ou outra situação poderá repetir-se nos outros bancos que aderiram ao REAID.

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Irão exige a Guterres “resposta adequada” a ataque israelita na Síria

  • Lusa
  • 2 Abril 2024

As autoridades iranianas solicitaram por carta uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU para discutir o "hediondo e odioso ataque terrorista" contra o consulado do Irão em Damasco.

O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano exigiu esta terça-feira ao secretário-geral das ONU que o Conselho de Segurança das Nações Unidas dê uma “resposta adequada” ao bombardeamento israelita do consulado iraniano em Damasco, na Síria. A conversa entre Hosein Amirabdolahian e António Guterres decorreu por telefone.

O ministro iraniano publicou na sua conta oficial na rede social X, onde confirmou o telefonema, recordou a Guterres que é da responsabilidade da ONU e do seu Conselho de Segurança assegurar a manutenção da paz e da segurança internacionais e condenou o “ataque terrorista”. As autoridades iranianas solicitaram por carta, na segunda-feira, uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU para discutir o “hediondo e odioso ataque terrorista contra instalações diplomáticas da República Islâmica do Irão na República Árabe Síria”.

Guterres apelou às partes envolvidas para que “exerçam a máxima contenção” para evitar uma nova escalada de violência no Médio Oriente, afirmando que “qualquer erro de cálculo pode levar a um conflito mais amplo” numa região já “volátil”, com “consequências devastadoras para os civis”. Pelo menos catorze pessoas foram mortas segunda-feira num ataque, atribuído a Israel, contra o consulado iraniano em Damasco, capital da Síria.

Entre as vítimas mortais contam-se sete membros da Força Quds da Guarda Revolucionária do Irão e vários sírios membros de uma milícia ligada ao Hezbollah. Os generais Muhamad Reza Zahedi e Muhamad Hadi Haj Rahimi, “dois veteranos comandantes de guerra e conselheiros militares de alto nível na Síria”, são dois dos mortos no ataque, tal como cinco outros oficiais iranianos.

O edifício era utilizado como residência oficial do embaixador iraniano, Hosein Akbari.

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