Abrandamento em fusões e aquisições poderá impulsionar atividade seguradora

  • ECO Seguros
  • 27 Março 2024

Após um ano com redução de prémios para as seguradoras conseguirem ser competitivas, prevê-se aumento na procura de seguros de fusões e aquisições.

As atividades de fusões e aquisições deverão crescer este ano devido ao aumento do dry power das private equity’s, de acordo com a quarta edição do relatório global da corretora independente especializada em seguros e resseguros, BMS Equity, M&A and Tax (PEMAT). Por dry power entende-se a acumulação de liquidez das private equities por não terem investido ao longo de 2023 devido a fatores como a inflação ou subida dos juros, e precisarem que aplicar este dinheiro.

O ano passado teve, comparativamente a anos anteriores, um mercado de fusões e aquisições fraco, o que pode ser um sinal positivo para 2024, pois “os negociadores querem compensar pelo tempo perdido”, lê-se no relatório. Outro indicador otimista é o aumento global de 21% nos pedidos de informação efetuados em 2023 em comparações com 2022 – uma das razões que fazem a BMS crer na forte apetência para as transações este ano.

Nesse sentido, prevê-se um aumento nas contratualizações de seguros relacionados com processos de fusões e aquisições. “Durante o primeiro semestre do ano, podemos esperar testemunhar um aumento gradual na atividade de fusões e aquisições de média e grande capitalização, enquanto os negócios de PME permanecerão relativamente estáveis”, lê-se no estudo.

Este segmento de seguros ficou marcado pela baixa atividade em 2023. Devido aos impactos da pandemia e os desenvolvimentos macroeconómicos, o seguro foi pouco dinâmico e as seguradoras reduziram os prémios e retenções médias das apólices para ganhar negócios, refere o estudo. Paralelamente, os pedidos de garantia e indemnização aumentaram devido ao aumento das fusões e aquisições em 2021 e 2022.

Como consequência do fomento do mercado de fusões e aquisições, aliado à maior estabilidade macroeconómica e às perspetivas de queda da inflação e taxas de juro, o seguro de responsabilidade fiscal (tax liability insurance) também deverá ser mais procurado.

As tensões geopolíticas e os resultados das eleições que estão a ter lugar em diversas partes do mundo também deverão impactar o fluxo de transações. Nesse sentido, a BMS acredita que se vai destacar o investimento das private equity em empresas mais pequenas, cujos proprietários são os seus fundadores, que sejam estratégicas para os seus planos de consolidação e menos dependentes da dívida externa.

Também ao longo deste ano, prevê-se que os mercados dos países emergentes sejam atrativos para as empresas por oferecerem oportunidades de crescimento e diversificação.

A dominar o mercado de aquisições e fusões estarão os setores das energias renováveis, energia, infraestruturas, serviços financeiros e profissionais, acredita a empresa produtora do relatório.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

ASF dinamizou atividades para alertar jovens para as finanças pessoais e fraudes digitais

  • ECO Seguros
  • 27 Março 2024

A edição deste ano visou sensibilizar os jovens e crianças para uma gestão segura, responsável e informada das finanças pessoais, alertando também para a exposição à fraude digital.  

A Autoridade Supervisora de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) anunciou que dinamizou uma atividade, participou noutra e lançou uma campanha nas redes sociais dedicada a jovens no âmbito da Global Money Week 2024 – campanha internacional de sensibilização de crianças e jovens para questões financeiras que teve lugar entre os dias 18 e 24 de março, sob o lema “Protege o teu dinheiro, assegura o teu futuro”, como noticiou o ECOseguros.

Nesse sentido, a ASF desenvolveu um questionário para alunos do ensino secundário que confrontava os jovens com diferentes cenários de poupança “permitindo-lhes definir objetivos de poupança a curto, médio e longo prazo”. O questionário também incluía questões relacionadas com a exposição a diferentes tipos de fraude digital, “de forma que se identificasse o tipo de fraude que estava em causa e se definissem formas de prevenção adequadas”. Responderam a este questionário 155 alunos da Escola Secundária de Sampaio em Sesimbra e a segunda parte da atividade contou com a presença de 50 alunos onde foram apresentados os resultados do questionário e esclareceram-se dúvidas.

A ASF organizou em conjunto com os restantes parceiros da atividade – Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Euronext e CFA Portugal – um questionário que abordou questões relacionadas com a poupança a longo prazo, seguros e fraude digital. Neste sentido, a ASF apresentou os seus mais recentes projetos de literacia financeira como o “Descodificador” e a campanha de segurança digital “Não te deixes ir com a maré“. Nesta atividade, que teve lugar nas instalações da CMVM, participaram 60 alunos da Escola Secundária Francisco Holanda, de Guimarães.

O órgão regulador também marcou presença nas redes sociais com a campanha “Protege o teu dinheiro, assegura o teu futuro” que abordou os temas da fraude fiscal e poupança a longo prazo. Enquanto o primeiro tema tinha como objetivo alertar os jovens para as situações de fraude digital a que podem estar expostos, “identificando alguns dos principais sinais a que devem estar atentos e ainda os comportamentos que devem adotar para uma navegação digital segura. Já os conteúdos sobre a poupança de longo prazo, pretenderam sensibilizar e incentivar os jovens a refletir sobre a aplicação do seu dinheiro numa ótica de médio e longo prazo, desafiando-os a definir os seus objetivos de poupança e a desenvolver estratégias para os concretizar”, refere a ASF.

Importa salientar que a edição deste ano visou sensibilizar os jovens e as crianças para uma gestão segura, responsável e informada das finanças pessoais, alertando também para a exposição à fraude digital.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fidelidade premiada pela inovação e a Ageas pelos ESG

  • ECO Seguros
  • 27 Março 2024

As seguradoras foram reconhecidas internacionalmente: a Fidelidade pala sua capacidade de inovar e a Ageas pelas suas práticas de ESG.

A Fidelidade e o Grupo Ageas Portugal foram distinguidos internacionalmente no Qorus Reinventention Awards, concurso que reconhece empresas de produtos e serviços que revelem um desempenho excecional na melhoria da experiência do cliente, distribuição, ESG e eficiência operacional. Segundo consta no site da Qorus, a associação que organiza o evento, o prémio de prata na categoria ESG (a sigla inglesa que resume os critérios ambientais, sociais e de governança) foi atribuído à Ageas Portugal pela iniciativa “Por um Mundo sem Rótulos” e à Fidelidade a posição de bronze na categoria “European Inovator of the Year”.

A Fidelidade destaca que foi distinguida na primeira edição dos prémios que reconhecem a excelência europeia em inovação, avança a seguradora num comunicado. A empresa acredita que esta distinção é resultado da abordagem que têm adotado em termos de inovação.

“A Fidelidade sempre foi uma empresa que soube estar à frente do seu tempo e este prémio é um reconhecimento que atesta essa capacidade. Sermos reconhecidos no Top 3 de inovadores a nível europeu é um motivo de orgulho, fruto do contributo de todos os colaboradores, mas que também vemos com enorme sentido de responsabilidade, para continuar a desenvolver este trabalho todos os dias”, disse Daniel Riscado, Head of Center for Transformation (Innovation e Ventures) da Fidelidade.

Também reconhecido internacionalmente, o Grupo Ageas Portugal conquistou o lugar de prata com um projeto que coloca em debate a inclusão social, principalmente no mercado de trabalho, denominado “Por Um Mundo Sem Rótulos”, que contou com a participação de várias associações como a CRESCER, SEMEAR, Café Joyeux Portugal e a ColorADD, esclarece no seu site.

“Estamos muito honrados e orgulhosos por termos ganho mais um prémio que evidencia o trabalho realizado no Grupo Ageas Portugal. Para nós, é uma satisfação que vemos refletida nos nossos Colaboradores, Parceiros e Clientes”, disse Rui Rijo, responsável de Relações Públicas e Comunicação Digital no Grupo Ageas Portugal.

Fora de Portugal, a Ethias Assurance recebeu o primeiro prémio da categoria ESG pelo seu projeto “Urban Data Mapping Tool’”, que “ajuda as autoridades belgas a proteger as suas cidades”, o Grupo KBC recebeu o segundo prémio da categoria de experiencia do cliente e a Allianz Partners recebeu o primeiro prémio na categoria de “eficiência operacional”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CMVM aplica duas coimas por violação dos deveres de intermediários financeiros

  • Lusa
  • 27 Março 2024

O regulador anunciou a aplicação de uma coima suspensa à Investquest - Sociedade Gestora de Patrimónios e uma coima parcialmente suspensa ao agente dessa sociedade Nuno Miguel Dimas.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) aplicou duas coimas por violação dos deveres de intermediários financeiros, uma das quais totalmente suspensa durante dois anos e outra suspensa parcialmente, foi divulgado esta quarta-feira.

Em comunicado, a CMVM anunciou a aplicação de uma coima suspensa à Investquest – Sociedade Gestora de Patrimónios e uma coima parcialmente suspensa ao agente dessa sociedade Nuno Miguel Dimas.

Em causa está um processo por violação dos deveres de intermediários financeiros, “nomeadamente o dever de atuar de modo a evitar ou a reduzir ao mínimo possível conflitos de interesse, o dever de agir por forma a assegurar aos clientes um tratamento transparente e equitativo, o dever de dar prevalência aos interesses dos clientes, o dever de segregação patrimonial, o dever de prestação de informação com qualidade e o dever de prestar aos clientes a informação devida”.

A coima aplicada à Investquest (em liquidação), no valor de 150.000 euros, foi totalmente suspensa na sua execução pelo prazo de dois anos, enquanto a outra coima aplicada ao outro arguido, no valor de 100.000 euros, foi suspensa parcialmente em 75.000 euros, pelo prazo de dois anos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ratabase chega a Portugal: “Estamos à procura do cliente Nº1”

Segundo o product owner do software, as seguradoras que adotam a Ratabase "melhoram a retenção de clientes e melhoram também a aquisição de novos negócios".

Numa época em que se prolifere o uso sistemas de automatização de processos nas empresas de seguros, Steve Margetts, product owner da Ratabase, software desenvolvido pela CGI, revela em entrevista exclusiva ao ECOseguros que pretendem entrar no mercado português e que estão “à procura do primeiro cliente”.

Steve Marggets, proprietário da RataBase, em entrevista ao ECO Seguros - 19MAR24
Steve Margetts, RataBase product owner na CGI, diz que as seguradoras que adotam este software “melhoram a retenção de clientes e melhoram também a aquisição de novos negócios”.Hugo Amaral/ECO

O Ratabase trata-se de um software que permite que as seguradoras “executem todos os aspetos do processo de fixação do prémio, desde os preços de experimentação atuarial até à sua produção e implementação no mercado”, explica Steve Margetts. No entanto, ainda não chegou a Portugal, mas não planeiam ficar assim por muito tempo – “estamos à procura do primeiro cliente”, revela o product owner na CGI.

Impacto da Inteligência artificial e alterações climáticas no produto

Steve Margetts revela que ao longo deste ano a empresa pretende adicionar novas funcionalidades ao serviço atuarial do Ratabase. Aliás, diz estar a ser analisada a melhor forma de incluir inteligência artificial, particularmente inteligência artificial generativa, no serviço atuarial da plataforma.

Nesse sentido, quando confrontado com dados referentes ao agravamento dos riscos provocados pelas alterações climáticas, a ferramenta providencia uma forte segmentação dos preços “fixando preços mais exatos para as áreas de risco e reflete as alterações nas áreas que não são de risco”, refere. “A Ratabase apresenta três domínios de atividade principais: atuarial, desenvolvimento do produto e o serviço de classificação” e, na fase atuarial é possível “incluir os preços de risco nos modelos de preços de retalho”, incluindo, por exemplo, a exposição aos riscos e assim “podem construir um modelo de preços completo e complexo para depois implementá-lo no mercado”.

Caso as seguradoras enfrentem dificuldades em modelar o preço de um risco ao utilizar a Ratabase, a CGI providencia serviços adicionais como serviços atuariais, formações acerca da solução e serviços de gestão, por exemplo.

Ratabase360 e impacto nas operações das seguradoras

A mais recente adição à ferramenta é a Ratabase360: “fizemos alterações no software de forma a ser um conjunto de funcionalidades e não ferramentas com licenças separadas”, afirma Steve Margetts. Com essa alteração no produto, o especialista explica que fornecem aos clientes uma ferramenta que foi “ativada por API” e construída seguindo uma estratégia de ‘cloud first’, ou seja, deram prioridade às soluções tecnológicas que permitem acesso remoto a softwares de armazenamento de arquivos e processamento de dados através da internet, podendo aceder à informação através de qualquer computador, em detrimento de uma solução que armazena a informação num único servidor.

Recorrendo a este software, as empresas adaptam os prémios de “forma mais eficaz e mais rápida, o que significa que melhoram a retenção de clientes e melhoram também a aquisição de novos negócios”, remata.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ricardo Santos Ferreira substitui Joana Petiz na direção do Novo

A edição desta sexta-feira será a última a chegar às bancas. Ricardo Santos Ferreira vai acumular a direção do Novo com o regresso à equipa de direção do JE. Joana Petiz irá para um novo projeto.

Ricardo Santos Ferreira será, a partir da próxima segunda-feira, o diretor do jornal Novo, título que, como o +M avançou na segunda-feira, encerra esta semana a edição em papel, reorientado a estratégia para as plataformas digitais.

O jornalista, até agora diretor-adjunto, substitui Joana Petiz que, tal como o +M também avançou, sairá para um novo projeto. “Agora que continuará a sua carreira profissional fora do Grupo Media Nove endereçamos-lhe votos das maiores felicidades pessoais e profissionais“, escreve José Carlos Lourenço, CEO do grupo Media9Par, no comunicado interno em que oficializa tanto a saída da ainda diretora como a nomeação do novo responsável pelo título.

Ricardo Santos Ferreira vai acumular a direção do Novo com o regresso à direção do Jornal Económico, como subdiretor, função que tinha desempenhado até novembro de 2022.

Esta evolução insere-se no plano de aprofundamento da integração entre as redações do Jornal Económico e do Novo, que a seu tempo será apresentado, e para a qual esta nova orgânica será certamente agente facilitador“, prossegue na nota ao qual o +M teve acesso José Carlos Lourenço.

No início da semana, o também chairman do grupo referia que após o relançamento do Novo em 2023, com um novo site e uma reformulação do jornal em papel, o crescimento no digital foi “superior a 1.000%”, enquanto o crescimento nas vendas em papel rondou os 30%. Em termos de investimento publicitário, o “retorno” também foi melhor no digital.

O Novo foi lançado em abril de 2021 pela Lapanews e comprado pela sociedade criada pelo Emerald Group, do empresário N’Gunu Tiny, no verão seguinte.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Costa deixa seis metas do PRR para Montenegro concluir. Quinto cheque depende delas

Pedido de pagamento do quinto cheque do PRR está dependente do cumprimento de 42 metas e marcos. Governo diz que dois aguardam desenvolvimentos e quatro estão “em decisão política".

A passagem de pastas de António Costa para Luís Montenegro, nesta tarde de quarta-feira, inclui um ponto de situação do Plano de Recuperação e Resiliência. Para que o novo chefe de Governo possa pedir o quinto cheque da bazuca, que ascende a 2,77 mil milhões de euros líquidos, ainda terá de concluir cinco reformas e um investimento, isto se não quiser ter verbas retidas por Bruxelas.

De acordo com o balanço do Executivo, o mais atrasado é o barragem do Crato e a entrada em funcionamento do Sistema de Depósito e Reembolso, ambos previstos para julho deste ano, quando tinham como prazo limite o quarto trimestre de 2023.

O pedido de pagamento do quinto cheque do PRR está dependente do cumprimento de 42 metas e marcos e de acordo com a contabilidade do Executivo dois aguardam desenvolvimentos e quatro estão “em decisão política”. Qualquer Estado-membro pode fazer dois pedidos por ano, inclusivamente em simultâneo, como aconteceu com Portugal o ano passado, não havendo um prazo legal para o fazer.

A barragem do Crato é o investimento com mais nuances. Ao nível da infraestrutura primária, o concurso público para a empreitada foi lançado em agosto do ano passado, sendo que o prazo para apresentação de pedidos de esclarecimentos era 10 de setembro. “Devido ao número e pertinência dos pedidos recebidos, e após análise ao procedimento e parecer do gabinete Abreu Advogados, a Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA) deparou-se com a necessidade prorrogar o prazo de apresentação das propostas”, justifica o Governo.

Esta prorrogação implica a abertura de propostas em maio de 2024, adiando a sua análise, visto do Tribunal de Contas e Auto de Consignação da obra, para o segundo semestre de 2024”, avança o Executivo.

Já ao nível das infraestruturas secundárias, o lançamento da empreitada para a rede de rega só terá lugar no segundo trimestre deste ano. “Estão a ser feitos reajustamentos ao projeto de execução das infraestruturas secundárias, em estreita articulação com a Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e Agência Portuguesa do Ambiente (APA), no sentido de garantir o cumprimento do não prejudicar significativamente (DNSH, na sigla em inglês) e posterior submissão do Relatório de Conformidade Ambiental (RECAPE)”, lê-se no ponto de situação preparado.

O aproveitamento hidráulico de fins múltiplos do Crato tem ainda prevista a construção de uma central fotovoltaica. “O projeto de execução da central fotovoltaica está concluído. Aguarda-se autorização da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) para terminar projeto de execução da ligação da rede à linha elétrica e posterior submissão do RECAPE”, lê-se no documento. “A SEEnC e a REN mostraram-se disponíveis para retomar a possibilidade de ligação da central fotovoltaica do Pisão à rede elétrica a uma distância de seis quilómetros”, avança ainda o Governo.

Já no que diz respeito ao fornecimento de água à Estação de Tratamento de Águas de Póvoa e Meadas “é necessário elaborar um plano com medidas compensatórias das alterações do habitat da espécie Rato-de-Cabrera (Microtus cabrerae)”. E como a construção da barragem implica que a Aldeia do Pisão fique submersa é necessário reinstalar a nova aldeia. “Está a decorrer o processo de suspensão do PDM bem como os processos de expropriação dos terrenos. Está também em preparação o concurso para elaboração do Plano de Pormenor e Projeto de Execução da Nova Aldeia do Pisão”, conclui o documento, apontando como “data prevista de conclusão”, a partir de julho deste ano.

Com a mesma data prevista de conclusão surge a entrada em funcionamento do Sistema de Depósito e Reembolso que já foi publicado em Diário da República este ano, mas “a APA identifica um prazo mínimo de três meses para concluir o procedimento de atribuição da licença”.

António Costa, na conferência de imprensa do último Conselho de Ministros, já tinha anunciado que dois diplomas relativos à orgânica da Administração Pública – um que regula a organização da administração direta do Estado e o outro que aprova as orgânicas da Secretaria-Geral do Governo e do Centro de Serviços Comuns – e uma proposta de lei, relativa aos incentivos ao funcionamento do mercado de capitais, referentes ao quinto cheque do PRR, iriam ficar para o próximo Executivo, no primeiro caso, por uma questão curial para não o condicionar, no segundo, porque o Parlamento ainda não estava em funções.

Nos atos jurídicos por concretizar em termos de reorganização do modelo de funcionamento do Estado estava incluído “a centralização de serviços comuns e partilhados; o combate à dispersão e redundância nos serviços da administração central; a especialização adequada por domínios das entidades da Administração Pública direta e indireta setoriais; a especialização no âmbito de funções críticas de apoio à atividade governativa e a concentração dos gabinetes do Governo num único espaço físico; bem como a promoção de auditoria e avaliação comparativa internas; a promoção da eficiência dos processos; a melhoria contínua e a disseminação das melhores práticas de gestão nas entidades da Administração Pública”.

Chutado para abril ficou também a conclusão da implementação de alguns serviços de pré-preenchimento na declaração relativa ao imposto do selo. “No âmbito da validação do descrito no Acordo Operacional, decorrem discussões sobre o possível ajuste do Mecanismo de Verificação, dado que atualmente solicita-se o relatório de implementação para todas as transações de imóveis e transferência de veículos, quando o solicitado seria aplicá-lo apenas a transmissões gratuitas de bens relativas a sucessões por morte. Dessa forma, o executado até ao momento incide apenas sobre as transmissões, pelo que se considera esta meta como não concluída”, explica o Governo no passar de pasta.

E, só a partir de junho, o Governo prevê ser possível implementar um modelo de Espaço Cidadão Energia. Foram assinados os quatro protocolos dos Espaços Cidadão Energia (pela ADENE) que “preveem o envolvimento das entidades em causa no exercício design thinking”. “Este exercício permitirá especificar a governação e estrutura de financiamento dos Espaços Cidadão Energia, conforme indicado na CID”. O lançamento do procedimento de consulta prévia para os serviços de design thinking estava previsto para esta segunda-feira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

KGSA assessora Litehaus no estabelecimento de parceria com a tecnológica Cosmos 3D

Este acordo vai permitir à Litehaus utilizar impressoras 3D na construção de imóveis em Portugal. Em comunicado, anunciam que irão construir 13 casas modulares em Torres Vedras, "em tempo recorde".

A sociedade de advogados KGSA assessorou a Litehaus no estabelecimento de uma parceria com a empresa tecnológica Cosmos 3D. Este acordo vai permitir à Litehaus utilizar impressoras 3D na construção de imóveis em Portugal. Em comunicado, anunciam que irão construir 13 casas modulares em Torres Vedras, “em tempo recorde”.

“Sendo este um projeto pioneiro em Portugal que recorre a inteligência artificial para a conceção do desenho das casas e a impressão 3D para a sua construção, a assessoria legal mostrou-se desafiante, tendo sido necessário considerar também questões ambientais, sociais e de governação, não só para o projeto em curso, mas também para permitir ao cliente alcançar o seu objetivo de construir 100 casas por ano em Portugal com recurso a impressão 3D“, explicou o KGSA em comunicado.

Para a KGSA, este projeto é mais um sinal do “dinamismo” de Portugal enquanto mercado aberto à inovação, agora no setor imobiliário. “É muito gratificante assessorar a Litehaus. O mercado imobiliário português necessita de soluções inovadoras que permitam construir mais rapidamente e de forma mais sustentável, e a Litehaus é a primeira empresa em Portugal a deter capacidade instalada para construir com recurso a impressão 3D em escala”, sublinhou Cláudia Raposo Correia, sócia que liderou o projeto.

A advogada acredita que a Litehaus irá desempenhar um “papel de destaque” como empresa pioneira na aplicação de soluções de inteligência artificial e impressão 3D na construção e promoção imobiliária.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Proteção Civil já registou 280 ocorrências devido a mau tempo

  • Lusa
  • 27 Março 2024

A Proteção Civil assinala sobretudo "quedas de árvores, inundações e quedas de estruturas", para as quais foram empenhados 957 operacionais, apoiados por 354 meios terrestres.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) registou entre as 07:00 e as 15:00 desta quarta-feira 280 ocorrências devido ao mau tempo, a maioria das quais relacionadas com quedas de árvores e de estruturas devido ao vento.

Destas ocorrências registadas no território continental “não resultaram vítimas nem desalojados”, afirmou à agência Lusa José Rodrigues, oficial de operações na ANEPC, acrescentando que as zonas mais afetadas foram “a Grande Lisboa, a região do Oeste e o litoral norte”. De acordo com o responsável, foram registadas, sobretudo, “quedas de árvores, inundações e quedas de estruturas”, para as quais foram empenhados 957 operacionais, apoiados por 354 meios terrestres.

Desde as 18:00 do dia 25 de março [na segunda-feira], altura em que se iniciou o alerta especial da Proteção Civil, e as 15:00 de hoje foram registadas 505 ocorrências em todo o país, tendo sido empenhados 1.768 operacionais e 690 meios terrestres”, afirmou José Rodrigues. Destas, 31% foram relativas a quedas de árvores, 28% relacionadas com limpezas de via, 21% foram inundações e 18% quedas de estruturas.

O agravamento das condições meteorológicas nos próximos dias, com chuva e vento forte, agitação marítima e queda de neve, levou a ANEPC a alertar a população para medidas preventivas. Com base nas previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IMPA), a Proteção Civil alertou na segunda-feira para a possibilidade de vento, por vezes forte, nas terras altas e no litoral oeste com rajadas até 80 quilómetros por hora (km/h).

Para hoje, o IPMA prevê chuva, por vezes forte e persistente, que poderá ser de granizo e acompanhada de trovoada e agitação marítima forte com ondas de noroeste na costa ocidental, atingindo seis a sete metros a norte do Cabo Carvoeiro (altura máxima de 12 metros). Para as terras altas, em especial do norte e do centro, as previsões apontam para queda de neve, descendo a cota gradualmente para os 600/800 metros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

José Pedro Aguiar-Branco, um “promotor nato de consensos” apaixonado por carros

Com uma carreira na advocacia, foi duas vezes ministro, liderou a bancada parlamentar do PSD e ocupou várias vezes o cargo de deputado. Os estaleiros de Viana foram o seu dossier mais complexo.

É um promotor de consensos nato. Sabe dialogar, ouvir e procurar consensos. Foi talhado para esta função”. A descrição é de Miguel Frasquilho, antigo deputado do PSD e ex-chairman da TAP, que apoiou José Pedro Aguiar-Branco na corrida à liderança do PSD e que vê no novo presidente da Assembleia da República (AR) a pessoa com as competências necessárias “para lidar com toda esta fragmentação”. O antigo ministro e líder parlamentar da bancada social-democrata é desde esta quarta-feira, 27 de março, a segunda figura do Estado, após um entendimento com o PS para desbloquear o impasse na votação do novo presidente da AR e eleger, à quarta tentativa, Aguiar-Branco.

Nascido a 18 de julho de 1957 no Porto, José Pedro Aguiar-Branco faz parte da alta burguesia da Invicta, nascido numa “reputadíssima” família de advogados. O pai, Fernando Guilherme de Aguiar Branco da Silva Neves, é um conhecido advogado na cidade do Porto, profissão que José Pedro Aguiar-Branco herdou, tendo-se formado, tal como o pai, em Direito na Universidade de Coimbra. A política, contudo, faz parte da sua vida desde sempre, tendo-se tornado militante da Juventude e do Partido Social Democrata, em 1974, quando tinha apenas 17 anos.

O novo presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar Branco, discursa após ter sido eleito durante a quarta votação para a presidência da Assembleia da República, Lisboa, 27 de março de 2024.FILIPE AMORIM/LUSA

Casado e pai de cinco filhos, José Pedro Aguiar-Branco exerceu vários cargos políticos ao longo das últimas décadas, tendo ainda integrado a administração da Semapa, Navigator e Impresa, cargos que abandonou quando foi eleito líder da bancada parlamentar do PSD, em 2009. Com Pedro Santana Lopes integrou um governo pela primeira vez, como ministro da Justiça, mas o cargo mais importante foi-lhe proposto por Pedro Passos Coelho, contra quem disputou (e perdeu) a liderança do partido. “Foi contra Passos Coelho e soube aceitar o convite para integrar o governo de Passos Coelho, como ministro da Defesa”, recorda Jorge Bleck, amigo de longa data de Aguiar-Branco. “É uma pessoa que põe os interesses do país acima de tudo. Não é um aparelhista de todo. Dedicou-se à causa pública”, elogia o atual sócio da Vieira de Almeida e militante do PSD.

É um promotor de consensos nato. Sabe dialogar, ouvir e procurar consensos. Foi talhado para esta função.

Miguel Frasquilho

Ex-chairman da TAP

Segundo Jorge Bleck, José Pedro Aguiar-Branco é “uma pessoa super íntegra, muito sério e muito empenhado”, acrescentando que tem a “melhor impressão dele. Vai retomar boa imagem da Assembleia da República”. “Vai exercer cargo com imparcialidade, o que não se viu nos dois últimos mandatos. E se fosse necessário substituir o próximo Presidente da República acho que também o faria”, atira. “É uma pessoa cordata, leal e muito competente. Tem todas as condições para inverter estes últimos anos e para garantir consensos”, concorda o social-democrata José Matos Rosa.

“Vai exercer cargo com imparcialidade, o que não se viu nos dois últimos mandatos. E se fosse necessário substituir o próximo Presidente da República acho que também o faria”

Jorge Bleck

Advogado

“A Assembleia da República dará um passo muito importante na credibilização para o exterior”, refere Matos Rosa, adiantando que a “democracia e o país ganham” com a eleição de Aguiar-Branco para a Assembleia da República. Miguel Frasquilho, que trabalhou com Aguiar-Branco quando este liderou a bancada social-democrata e o apoiou na eleição interna, reforça que o advogado “tem todas as qualidades para ser presidente da Assembleia da República”. E junta-se nos elogios: “Uma pessoa extremamente competente, educada e trabalhadora. Sempre com uma palavra sensata. É de um tratamento muito fácil. Muito agradável”.

“A Assembleia da República dará um passo muito importante na credibilização para o exterior”.

José Matos Rosa

Ex-deputado do PSD

Estaleiros de Viana, o dossier de todas as contestações

Com a pasta da Defesa teve que tomar importantes decisões, mas a mais difícil e mediática foi a extinção dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), região por onde foi eleito. A decisão implicou o despedimento coletivo dos mais de 600 trabalhadores e contou com a contestação de sindicatos, autarquia e membros da oposição.

“É tão importante saber aquilo que sabemos fazer como reconhecer aquilo que outros sabem fazer melhor”, sublinhou Aguiar-Branco, no dia 10 de janeiro de 2014, data da assinatura, entre o Governo PSD/CDS-PP e o grupo privado Martifer, do contrato de subconcessão dos estaleiros navais até 2031, por uma renda anual de 415 mil euros. Mais recentemente, Luís Montenegro apontou os estaleiros da West Sea como “um exemplo do que devem ser as decisões políticas, a sua concretização e a confiança nos agentes económicos, no caso um grupo português”.

É tão importante saber aquilo que sabemos fazer como reconhecer aquilo que outros sabem fazer melhor.

José Pedro Aguiar-Branco

Ex-ministro da Defesa e novo presidente da AR

Foi muito difícil e mostrou-se que foi uma grande decisão que tomou. Era um caso complicadíssimo, com a Comissão Europeia à perna”, refere Jorge Bleck, acrescentando que se chegou a “uma solução bastante criativa e com sucesso”. A subconcessão foi a solução definida pelo Executivo de Passos Coelho, depois de encerrado o processo de reprivatização dos ENVC, devido à investigação de Bruxelas às ajudas públicas atribuídas à empresa entre 2006 e 2011, não declaradas à Comissão Europeia, no valor de 181 milhões de euros.

Apesar do “sucesso” na gestão deste processo, Aguiar-Branco não se esquivou de críticas e foi alvo de duras acusações, nomeadamente, da ex-eurodeputada Ana Gomes, o que levou o ex-ministro a instaurar um processo de difamação contra Ana Gomes. “Este ministro da Defesa é um inepto, se não for mal intencionado… É preciso ir verificar que negócios é que tem o escritório de advogados com a empresa Martifer, porque tem, de facto, tentáculos em todos os partidos políticos”, foram estas as palavras da ex-eurodeputada que motivaram o processo, arquivado pelo Ministério Público, em dezembro de 2019.

Do futebol aos carros, as paixões fora do Hemiciclo

Com a sua vida ativa dedicada à política e à advocacia, José Pedro Aguiar-Branco tem nos carros outra paixão. “Tem um filho que corre e é grande fã de corridas de carros”, partilha Jorge Bleck. “Revê-se muito no filho. É um hobby do qual gostaria de ser mais praticante e já não vai a tempo por causa da idade”, comenta o amigo de longa data.

Adepto do FC Porto, o clube da cidade, José Pedro Aguiar-Branco não tem hoje muitos motivos para sorrir no plano futebolístico, com o clube longe afastado por sete e seis pontos dos dois primeiros lugares na classificação do campeonato, respetivamente.

Da política ao Direito

José Pedro Aguiar-Branco é sócio fundador do escritório de advogados JPAB e tem centrado a sua atividade essencialmente nas áreas de contencioso, comercial e societário. Segundo fonte próxima, o novo presidente da Assembleia da República valoriza o trabalho em equipa e “delega e confia”, sendo uma pessoa calma e com capacidade de liderança. Em 2018, foi homenageado com a medalha de Honra atribuída pela Ordem dos Advogados.

Ao longo da sua carreira, enquanto advogado ou árbitro, tem representado empresas nacionais e internacionais em matérias relacionadas com reorganização e reestruturação empresarial, fusões e aquisições, litígios sobre investimentos internacionais.

Sociedade de Advogados JPAB - 16JUL20
José Pedro Aguiar-Branco é sócio fundador da JPAB.Hugo Amaral/ECO

Em termos políticos, ocupou os cargos de ministro da Justiça do XVI Governo entre 2004 e 2005, ministro da Defesa Nacional do XIX e XX Governos entre 2011 e 2015, membro do Conselho Superior da Magistratura e já foi deputado em diversas legislaturas.

Eleito como presidente da Assembleia da República com 160 votos a favor, José Pedro Aguiar-Branco conta com o apoio do grupo parlamentar do PS para liderar o Hemiciclo até 2026, data em que PS e PSD irão eleger para o cargo o nome apontado pelos socialistas, em resultado do entendimento a que chegaram esta quarta-feira, que prevê que as duas forças políticas dividam entre si a presidência da AR. Nos próximos dois anos cabe a Aguiar-Branco tentar quebrar a fragmentação na Assembleia da República, uma tarefa que o ex-ministro assume para si: “Se não somos capazes de nos entender na casa da democracia, que exemplo estamos a dar para fora?”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Francisco José Gonçalves vai dirigir o escritório da corretora S4 em Portugal

  • ECO Seguros
  • 27 Março 2024

A distribuidora de seguros galega reforça o seu escritório em Portugal com o foco de conseguir novos negócios.

A corretora galega de Seguros S4 acaba de contratar Francisco José Gonçalves para administrador da S4 Portugal, ficando encarregado de dirigir o escritório localizado em Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, focado na captação de novo negócio.

Francisco José Gonçalves vai estar focado em novo negócio para a S4.

Francisco José Gonçalves tem uma carreira de 30 anos no setor, em seguradoras como a Tranquilidade e a Liberty Seguros, onde ocupou cargos de gestão na área comercial durante mais de 23 anos e, mais recentemente, colaborando com corretores de seguros em Portugal.

A S4 é uma empresa espanhola dedicada à corretagem de seguros, consultoria de riscos e assessoria jurídica, especializada em gestão de riscos empresariais e profissionais.

Começou em 1999 como agência de seguros, obtendo em 2002, da supervisora espanhola Direção-Geral dos Seguros e do Fundo de Pensões, a acreditação administrativa para operar como corretor de seguros.

Com sede em Vigo, Galiza, a S4 está bem presente na província e nas principais cidades espanholas, tendo começado a sua internacionalização, em 2022, através do seu escritório em Vila Nova de Gaia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

À quarta foi de vez. Aguiar-Branco foi eleito presidente da Assembleia da República

O ex-ministro da Defesa José Pedro Aguiar-Branco é o próximo presidente da Assembleia da República, tendo assegurado a eleição à quarta tentativa com 160 votos.

Depois de três tentativas falhadas, PSD e PS chegaram a acordo e José Aguiar-Branco foi finalmente eleito presidente da Assembleia da República com 160 votos a favor. O candidato do Chega, Rui Paulo Sousa, teve 50 votos e houve ainda 18 votos em branco. Os dois maiores partidos encontraram uma solução para dividir a presidência, sendo que Aguiar-Branco ficará por dois anos e o PS irá escolher o nome para os restantes dois.

Aguiar-Branco começou a primeira intervenção enquanto presidente a desafiar “todos os grupos parlamentares a repensar o regimento, no que diz respeito às regras de eleição desta mesa, para o que aconteceu ontem não se volte a repetir”. O ex-ministro defendeu também que “o voto de cada português em eleições livres, diretas e universais deve merecer igual respeito por parte de todos os cidadãos e mais ainda por quem exerce funções de representação política”.

“Sei e aceito a exigência de imparcialidade, equidistância, rigor que todos esperam de mim e compreendo a natureza da função que hoje assumo”, reiterou o novo presidente da Assembleia, apontando que a sua lealdade “aplica-se com os 229 deputados”. Questionou ainda: “Se não somos capazes de nos entender na casa da democracia, que exemplo estamos a dar para fora?”

Aguiar-Branco terminou o discurso citando um histórico do PSD, Miguel Veiga: “A democracia é de uma magnífica fragilidade. Cuidemos dela com a devoção que a sua magnificência e fragilidade exige”.

Esta foi já a quarta votação, depois de se terem realizado três nesta terça-feira. Na primeira, apesar de o Chega ter anunciado um acordo com o PSD, Aguiar-Branco apenas teve 89 votos a favor e não foi eleito. Foi depois a votos com Francisco Assis, pelo PS, e Manuela Tender, pelo Chega, avançando para uma segunda volta com o socialista. Mas nenhum dos dois obteve maioria absoluta, necessária para a eleição.

Perante este impasse, Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos estiveram reunidos para tentar encontrar uma solução e acabaram por concordar com uma solução de rotatividade, à semelhança do que acontece no Parlamento Europeu. Os dois partidos acordaram dividir o mandato de quatro anos entre si.

O deputado social-democrata vai então suceder Augusto Santos Silva enquanto segunda figura de Estado. Aguiar-Branco fez parte do Governo de Pedro Passos Coelho, assumindo a pasta da Defesa entre 2011 e 2015 (que, curiosamente, tinha sido ocupada por Santos Silva até então), tendo também feito parte do Executivo de Pedro Santana Lopes enquanto ministro da Justiça.

Apesar do Chega não ter viabilizado Aguiar-Branco, o PSD sinalizou que iria manter a palavra e garantir a eleição do vice-presidente proposto pelo Chega, Diogo Pacheco de Amorim. A votação para a mesa da Assembleia decorreu enquanto os deputados debatiam em plenário após a eleição de Aguiar-Branco, numa sala do Parlamento.

(Notícia atualizada às 17h30)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.