Remuneração dos depósitos cai pela primeira vez em 18 meses

A taxa de juro dos novos depósitos baixou em janeiro pela primeira vez desde setembro de 2022, para 2,9%.

A correção das taxas Euribor no mercado monetário nos últimos três meses surtiu em janeiro o primeiro impacto na remuneração dos depósitos bancários

De acordo com dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal, a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares diminuiu 18 pontos base em janeiro, passando de 3,08% em dezembro para 2,90% no primeiro mês do ano.

“Esta foi a primeira redução desde setembro de 2022”, refere a entidade liderada por Mário Centeno, notando ainda que “o montante de novas operações de depósitos a prazo de particulares totalizou 9.588 milhões de euros em janeiro, o que constituiu um aumento de 34 milhões em relação a dezembro de 2023.”

Os dados do Banco de Portugal revelam ainda que a taxa de juro média dos novos depósitos com prazo até 1 ano, que representam cerca de 97% dos novos depósitos contratualizados em janeiro, baixou 18 pontos base para 2,92%, tendo sido “a classe de prazo que apresentou a remuneração média mais elevada.”

Além disso, os bancos nacionais continuam a remunerar os depósitos dos seus clientes com uma taxa abaixo da média da Zona Euro (3,2%), figurando atualmente na sétima posição entre os bancos do espaço da moeda única que menos pagam pelos depósitos dos particulares.

A remuneração dos depósitos das empresas também registou uma correção, passando de 3,46% em dezembro para 3,42% em janeiro e manteve-se abaixo da média da Zona Euro. Foi a primeira queda desde agosto do ano passado, quando a taxa de juro média dos depósitos baixou de 2,96% para 2,94%.

O Banco de Portugal revela também que, tal como nos particulares, as operações até 12 meses representam a maioria dos novos depósitos das empresas (99,7% do total). Em janeiro, “as novas operações de depósitos [de empresas] totalizaram 7.558 milhões de euros em janeiro de 2024, mais 22 milhões do que no mês anterior”, lê-se no comunicado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Taxa de juro dos novos créditos à habitação volta a cair para 3,81%. É o valor mais baixo em quase um ano

Há três meses consecutivos que a taxa de juro dos novos créditos à habitação está a cair. Em janeiro fixou-se em 3,81%, o valor mais baixo desde fevereiro de 2023.

A contínua tendência de queda das taxas Euribor voltou a baixar o custo financeiro da compra de casa. Em janeiro, a taxa de juro dos novos empréstimos à habitação registou a terceira queda mensal consecutiva, fixando-se nos 3,81% no primeiro mês do ano, menos 18 pontos base face à taxa registada em dezembro.

Segundo dados do Banco de Portugal publicados esta segunda-feira, é também a taxa de juro mais baixa em quase um ano. É preciso recuar a fevereiro de 2023 para encontrar uma taxa mais baixa do que a registada em janeiro. Sem alteração esteve a taxa de juro média dos contratos renegociados, que se manteve nos 4,39%.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

“Em janeiro de 2024, os novos empréstimos à habitação foram realizados, sobretudo, a taxa mista (isto é, com taxa de juro fixa num período inicial do contrato, seguido de um período em que a taxa de juro é variável)”, refere o Banco de Portugal em comunicado, sublinhando ainda que “os empréstimos a taxa mista representaram 71% do total de novos empréstimos à habitação.”

Os dados do Banco de Portugal mostram também uma subida do volume de renegociações de créditos à habitação, ao movimentarem cerca de 716 milhões de euros em janeiro, cerca de 13,7% acima dos 630 milhões contabilizados em dezembro e mais 23,7% face aos 579 milhões renegociados em janeiro de 2023.

O Banco de Portugal revela ainda que a prestação média mensal dos créditos à habitação aumentou de 425 euros em dezembro para 426 euros em janeiro, “uma subida inferior à registada nos meses anteriores.”

Além disso, os dados do regulador apontam para que, em janeiro, as amortizações antecipadas dos créditos à habitação tenham representado 1,29% do stock de empréstimos, 3 pontos base menos que no mês anterior.

“Apesar de ter diminuído, o peso das amortizações antecipadas foi o segundo mais elevado desde o início da série estatística, em dezembro de 2021”, nota do Banco de Portugal, referindo ainda que “as amortizações antecipadas totais (que incluem os contratos finalizados por amortização da dívida do devedor, as consolidações de crédito em novo contrato e as transferências de crédito para outra instituição) representaram 87% das amortizações antecipadas em janeiro de 2024.

Nos empréstimos ao consumo, “a taxa média de novas operações fixou-se nos 9,44% em janeiro de 2024, o valor mais alto desde fevereiro de 2014”, destaca ainda o Banco de Portugal, referindo também que, “nos empréstimos para outros fins, a taxa de juro média aumentou 0,11 pontos percentuais, para 5,31%.”

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Salário mínimo” na Sumol+Compal sobe para 1.158 euros para trabalhadores por turnos

  • Trabalho
  • 4 Março 2024

Retribuição mínima dos trabalhadores por turnos da Sumol+Compal sobe para 1.158 euros. Quem não trabalha por turnos passa a ganhar, pelo menos, 1.063 euros. Inclui subsídio de refeição e prémios.

Os trabalhadores da Sumol+Compal que fazem turnos vão passar a ganhar, pelo menos, 1.158 euros por mês, incluindo salário base, subsídio de refeição e prémios. A empresa decidiu avançar com um reforço de 7% da retribuição mínima. A remuneração base em si é de 860 euros, ou seja, 40 euros acima do salário mínimo nacional, que está fixado em 820 euros desde janeiro.

“A Sumol+Compal anunciou a atualização da sua retribuição mínima de referência para o primeiro nível funcional para 1.158 euros, acrescida ainda da retribuição referente ao trabalho noturno”, informa a empresa, numa nota enviada esta segunda-feira às redações.

Ou seja, este valor não diz respeito somente à remuneração base, mas à soma desta (860 euros) com o subsídio de refeição, o subsídio de turno e o prémio de produtividade. Por isso, para os trabalhadores que não trabalham por turnos, o “salário mínimo” não são os tais 1.158 euros, mas 1.063 euros, segundo o mesmo comunicado.

“Historicamente, a política salarial da empresa sempre foi a de ter um salário de entrada superior ao salário mínimo nacional e esta atualização cumpre o mesmo desígnio”, garante a Sumol+Compal. Neste momento, o salário mínimo nacional está fixado em 820 euros, quase 8% acima do praticado no último ano.

Além de um salário acima do mínimo nacional, a Sumol+Compal frisa que oferece uma série de outros benefícios, como seguro de saúde e dias adicionais de descanso, além dos previstos na lei.

Esta não é a única empresa a fixar um salário mínimo superior ao estabelecido pelo Governo. Conforme escreveu o ECO recentemente, há empregadores que o fazem em vários setores, da banca à indústria.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lucros do grupo Crédito Agrícola mais que triplicam em 2023 para 296,8 milhões de euros

  • Lusa
  • 4 Março 2024

A margem financeira do grupo liderado por Licínio Pina também duplicou no ano passado, para 749,5 milhões de euros, enquanto as comissões líquidas cresceram 10,7%.

O grupo Crédito Agrícola teve lucros de 296,8 milhões de euros em 2023, mais que triplicando os 87,8 milhões de euros do ano anterior, disse esta segunda-feira em comunicado de imprensa.

A margem financeira, a diferença entre o que recebe de juros nos créditos e o que paga de juros nos depósitos, também duplicou, de 367,8 milhões de euros para 749,5 milhões de euros.

Neste campo, o banco refere que a taxa média do crédito a clientes aumentou 2,29 pontos percentuais em 2023, para 4,68%, uma variação que foi “atenuada parcialmente pelo acréscimo de 0,22 pontos percentuais na taxa média dos depósitos de clientes para 0,25%”.

“O contexto que temos vivido, sobretudo na Europa, tem impulsionado o crescimento do setor, e os resultados financeiros alcançados são reflexo disso mesmo”, afirmou, citado no documento, o presidente do grupo, Licínio Pina.

As comissões líquidas cresceram 10,7% em 2023, para 153 milhões de euros.

De acordo com o banco, as empresas de seguros tiveram um contributo para os lucros de 14,4 milhões de euros, das quais a CA Seguros com lucros de 7,9 milhões de euros e a CA Vida com 6,6 milhões de euros.

Do lado dos gastos, os custos de estrutura cresceram 5,1%, para 421,2 milhões de euros, com os custos com pessoal a subirem 5,5%, em cerca de 13 milhões de euros, devido ao aumento dos trabalhadores do grupo (3,7%), atualizações salariais (4,6%) e prémios de desempenho.

Em 2023, o banco teve um reforço de imparidades e provisões, cujo total ascendeu a 129,1 milhões de euros, mais 71,7 milhões de euros face a 2022.

Olhando para o balanço, a carteira de crédito (bruto) subiu 0,6% face a dezembro de 2022, para 12.059 milhões de euros, com a evolução no crédito a empresas e administração pública (+3,7%, para 7.132 milhões de euros) a compensar a redução de 3,6% (para 4.926 milhões de euros) no crédito a particulares.

A carteira de crédito à habitação do Crédito Agrícola recuou 3,3% em 2023, para 3.477 milhões de euros.

O rácio de crédito malparado (rácio bruto de non performing loans) agravou-se em 2023 para 6,2%, contra 5,1% no final de 2022.

Os depósitos totalizavam 20.004 milhões de euros, menos 1,9% face a 2022.

Quanto a rácios de solvabilidade, os rácios CET1 e de fundos próprios totais foram de 22,4%, continuando acima dos mínimos recomendados ou requeridos.

O grupo Crédito Agrícola tinha 4.136 trabalhadores no final de dezembro de 2023, mais 146 do que no mesmo mês de 2022, enquanto as agências bancárias eram 618, mais uma do que um ano antes.

(Notícia atualizada às 11h23)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Novo circuito hidráulico no Alentejo garante financiamento de 30 milhões de euros

Circuito hidráulico de ligação à albufeira do Monte da Rocha e do Bloco de Rega da Messejana, na sub-região do Baixo Alentejo, conta com uma área de rega de 2.331 hectares.

A Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) Já pode avançar com o projeto do circuito hidráulico de ligação à albufeira do Monte da Rocha e do Bloco de Rega da Messejana, até ao montante global de 30,2 milhões de euros, sem IVA. O decreto-lei que autoriza esta despesa foi publicado em Diário da República.

“O Projeto do Circuito Hidráulico de Ligação à Albufeira do Monte da Rocha e do Bloco de Rega da Messejana surge da necessidade de reforçar os recursos hídricos da albufeira do Monte da Rocha que em termos hídricos apresentam níveis muito baixos face à reduzida pluviometria, sendo por isso um projeto relevante no contexto do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) e em particular da região que por ele será beneficiada”, lê-se no decreto-lei.

Este circuito, com uma área de rega de 2.331 hectares, localiza-se na região do Alentejo, sub-região do Baixo Alentejo. Abrange a União das Freguesias de Aljustrel e Rio de Moinhos e a freguesia da Messejana, no concelho de Aljustrel, e a União de Freguesias de Panóias e Conceição, concelho de Ourique.

O decreto-lei sublinha ainda que a despesa contemplada nesta portaria de extensão de encargos (PEE) assume uma “importância estratégica decisiva, pois garantirá o funcionamento do sistema de distribuição de água em quantidade e qualidade adequadas às várias atividades económicas que dela dependem”.

Os encargos orçamentais serão distribuídos da seguinte forma: este ano será alocada uma verba de 15,9 milhões de euros, no próximo ano será disponibilizado um montante de 13,8 milhões e no ano de 2026 será realizada uma transferência de meio milhão de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Alberto Câncio Costa (1947-2024)

  • ECO Seguros
  • 4 Março 2024

Morreu o profissional que em 1974 fundou a Gese, uma histórica mediadora de seguros baseada na Póvoa de Varzim.

Alberto Câncio Costa, que em 1974 fundou a mediadora de seguros Gese, em conjunto com a sua mulher Maria de Lurdes Costa, morreu no passado sábado.

Alberto Câncio Costa.

A Gese é hoje uma mediadora que pertence ao ECOseguros TOP 100 Agentes detendo participações nas mediadoras Forte e Carlos Lopes, ambas de Vila do Conde. É atualmente gerida por Luís Costa, filho de Alberto e Lurdes.

Alberto Costa tinha 76 anos e havia sofrido uma infeção por bactéria hospitalar em novembro passado, sendo a sua causa de morte complicações pulmonares daí resultantes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Confiança dos investidores na Zona Euro sobe pelo quinto mês consecutivo. Recessão alemã atrasa recuperação

  • ECO
  • 4 Março 2024

Confiança dos investidores na Zona Euro atingiu o nível mais elevado desde abril de 2023, mas os economistas alertam para a recessão "persistente" na Alemanha.

A confiança dos investidores na Zona Euro subiu, em março, pelo quinto mês consecutivo e atingindo o nível mais elevado desde abril de 2023, segundo os últimos dados do índice Sentix. Mas os economistas alertam para uma recessão “persistente” na Alemanha.

No entanto, este indicador do Sentix para a Zona Euro continua em território negativo, de acordo com a Reuters. Subiu, em março, para -10,5 pontos de -12,9 em fevereiro, ultrapassando as previsões de -11 pontos dos analistas ouvidos pela Reuters.

O estudo Sentix continua ainda a apontar para uma quebra de confiança na Alemanha, a maior economia da Zona Euro, considerando a política económica alemã como “travão para uma recuperação económica completa no coração da Europa. A recessão continua em vigor”, dizem os analistas do índice.

“Apesar de os dados apontarem na direção certa, não se pode falar de um clássico renascimento da primavera” para a Zona Euro, alertam os especialistas do Sentix.

Já o índice de expectativas para a Zona Euro subiu pelo sexto mês consecutivo para -2,3 pontos, face aos -5,5 de fevereiro atingindo o valor mais elevado desde Fevereiro de 2022.

Também o índice sobre a situação atual na Zona Euro subiu pelo quinto mês consecutivo, aumentando para -18,5 em março, face a -20 pontos no mês anterior.

O índice Sentix teve com base uma pesquisa com 1.267 investidores, realizada entre 29 de fevereiro e 2 de março.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Angola boicota recurso de Mário Leite Silva no caso Sonangol

  • ECO
  • 4 Março 2024

Gestor que trabalhava com Isabel dos Santos entregou pedido de transferência do processo em que é acusado para Portugal, mas os processos foram recusados

As autoridades judiciais angolanas, em Luanda e em Lisboa e Porto, recusaram-se a receber o pedido apresentado por Mário Leite Silva para transferir o processo judicial para Portugal, como noticiou o ECO em primeira mão. O gestor está acusado de seis crimes no caso Sonangol, um processo em que está também acusada Isabel dos Santos, e apresentou um pedido para a transferência do processo para Lisboa, argumentando com o princípio da reciprocidade tendo em conta o que se passou com o caso do ‘irritante’ entre os dois países por causa de Manuel Vicente, cujo processo estava em Lisboa e passou para Lisboa.

Por um lado, segundo um comunicado enviado ao ECO pelo gestor, “a PGR em Luanda informou que o processo já não está lá, mas sim no Tribunal Supremo. No entanto, na Câmara Criminal do Tribunal Supremo, competente para a instrução contraditória, dizem que não há qualquer processo com esse número“. Depois, o consulado geral de Angola em Lisboa recusou receber o referido requerimento e, segundo Mário Leite Silva, porque o gestor “reside no Porto“. Na sequência desta decisão, Leite Silva terá tentado submeter o requerimento com o pedido de transferência do processo judicial junto dos serviços consulares do Porto e, por duas vezes, com razões diferentes, foi recusado. Os advogados de Leite Silva enviaram, de qualquer forma, requerimentos em carta com aviso de receção, e já terão o devido registo.

Para Mário Silva, “são dificuldades inauditas. Está em causa garantir a um cidadão o exercício de um direito legal, a receção de um requerimento que é o seu meio de defesa penal. Espero que as autoridades judiciárias angolanas, e entre todas elas, o Senhor Procurador-Geral da República faça respeitar a lei, sem o que Angola se expõe à imagem de um país que não se pauta pelas regras de um Estado de Direito”. Em comunicado escrito, Leite da Silva refere que espera uma intervenção das autoridades portuguesas. “Espero que a justiça portuguesa que, depois de arrestar as minhas contas bancárias por ordem de Angola, no âmbito deste mesmo processo, me encaminhou sistematicamente para Angola em relação a tudo quanto tentei requerer, perceba o beco sem saída em que se encontra um cidadão português, há vários anos à mercê da mais rude ilegalidade“.

O processo em causa diz respeito à gestão na Sonangol e tem como principal acusada a filha do ex-presidente angolana. Isabel dos Santos foi acusada, no passado dia 11 de janeiro, de 12 crimes no processo que envolve a sua gestão na petrolífera estatal angolana, entre 2016 e 2017, segundo o despacho de acusação a que a Lusa teve acesso. E foi acusada de peculato, burla qualificada, abuso de poder, abuso de confiança, falsificação de documento, associação criminosa, participação económica em negócio, tráfico de influências, fraude fiscal, fraude fiscal qualificada (um crime cada) e de dois crimes de branqueamento de capitais.

Segundo o despacho, datado de 11 de janeiro, os arguidos causaram ao Estado angolano um prejuízo superior a 208 milhões de dólares (190 milhões de euros), repartidos entre 176 milhões de dólares (169 milhões de euros), 39 milhões de euros e cerca de 94 milhões de kwanzas (104 mil euros) envolvendo salários indevidamente pagos, vendas com prejuízo, fraude fiscal e pagamentos fraudulentos a empresas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pedro Nuno acusa AD de querer desbaratar finanças com cheques para quem não precisa

  • Lusa
  • 4 Março 2024

Em Viana do Castelo, o secretário geral do PS acusa AD de querer "passar cheques fiscais a quem não precisa" e "desbaratar e desperdiçar" aquilo que se poupou "ao longo destes oito anos”.

O secretário-geral do PS prometeu uma mudança sem colocar em causa as “conquistas” dos últimos anos e acusou a AD de ter um projeto que desbarata as finanças com cheques fiscais para quem não precisa.

Pedro Nuno Santos fez esta crítica à Aliança Democrática (AD) no encerramento do comício do PS de Viana do Castelo, o segundo deste dia de campanha, que encheu o Teatro Sá de Miranda.

No seu discurso, que se seguiu ao da cabeça de lista socialista por Viana do Castelo, a ministra Marina Gonçalves, o secretário-geral do PS procurou fazer uma distinção entre o que farão os socialistas com “a estabilidade financeira e orçamental conquistada pelo país” e aquilo que a AD (PSD/CDS/PPM) poderá fazer se chegar ao Governo.

“Queremos mais ambição nos serviços públicos, melhor qualidade do SNS e da escola pública, salários e pensões mais altas. Do outro lado, eles querem passar cheques fiscais a quem não precisa. É desbaratar e desperdiçar aquilo que conseguimos poupar ao longo destes oito anos”, sustentou.

Pedro Nuno Santos insistiu neste ponto: “É desperdiçar com quem não precisa, passando cheques aos de cima. Isso é dar um xeque-mate ao Estado social”, declarou, dando como exemplo a proposta do presidente do PSD, Luís Montenegro, de proceder a uma redução generalizada do IRC.

“As pequenas e médias empresas, com eles, ficam na mesma. Não queremos retirar financiamento ao sistema de pensões. Precisamos de um choque salarial, mas para eles isso causa-lhes logo alarme. Acreditam que retira competitividade”, disse.

Em vez de um choque fiscal, o líder do PS voltou a preconizar um choque salarial, que, na sua perspetiva, aumentará a produtividade, alimentará a inovação nas empresas e a economia em geral.

“Eles são só ambiciosos para os de cima. Nós queremos valorizar as carreiras da administração pública, os professores, os polícias, os militares ou os oficiais de justiça”, prometeu.

No seu discurso, Pedro Nuno Santos procurou apresentar o PS como o partido da estabilidade e traçar uma linha de demarcação entre os socialistas e os partidos à sua direita, alegando que em situações de crise, como durante os executivos de Pedro Passos Coelho, pagam a fatura “os mesmos de sempre.

“Nós poupamos os trabalhadores, os pensionistas e a classe média. A segurança é um valor importante para os socialistas. Somos também o partido da ação”, sustentou, antes de falar em projetos do PS ao nível das infraestruturas e dos transportes.

“Acham na AD que não fazemos nada na ferrovia. A razão é simples: Eles não andam de comboio. Aqui, em Viana do Castelo, modernizámos a linha entre Viana do Castelo e Valença, que “tem novo material circulante. Queremos a linha de alta velocidade Lisboa, Porto, Braga, Valença e Galiza. A prioridade é o eixo atlântico”, assegurou.

O secretário-geral do PS defendeu também o legado dos executivos de António Costa.

“Crescemos mais nos últimos oito anos, o investimento subiu, os salários estão mais altos, a pobreza está mais alta, as pensões mais altas e o desemprego mais baixo. Temos orgulho nos resultados alcançados. Se perguntarmos se preferem voltar a 2015, a esmagadora maioria não quer”, sustentou.

Pedro Nuno Santos afirmou depois ter consciência que “há portugueses que não estão satisfeitos”.

“Somos os primeiros a ter consciência disso. Queremos resolver os problemas. A minha tarefa é a mudança que permite avançar sem por em causa o conquistado passa pelo PS. Exige-se responsabilidade e não leviandade”, declarou, numa nova crítica à AD.

Na questão da habitação, o ex-ministro e atual secretário-geral do PS criticou o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas.

“Em política, é preciso falar a verdade e ser transparente. Podia assumir que estava a concluir obra que foi iniciada por outros. Só ficava bem ao presidente da Câmara de Lisboa”, apontou, numa intervenção em que também apontou ao programa do PSD “o erro de voltar a gerar pressão sobre a procura na habitação”.

Na parte final do seu discurso, Pedro Nuno Santos insistiu na sua promessa de reduzir progressivamente o horário semanal de trabalho, a começar pelos jovens casais com filhos até três anos, para quem propõe um horário laboral de 37,5 horas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ventura diz que PS tornou Portugal num “inferno para os empresários”

  • Lusa
  • 4 Março 2024

"Qualquer empresário, dos mais pequenos aos maiores, sente hoje que a vida em Portugal é um inferno", indicou o presidente do Chega durante um jantar/comício em Leiria.

O presidente do Chega acusou no domingo à noite o PS de ter tornado o país “num inferno para os empresários” e considerou que Portugal tem “muitos impostos, habitação cara e maus serviços”. “Nos últimos anos o PS tornou este país num inferno para os empresários. Qualquer empresário, dos mais pequenos aos maiores, sente hoje que a vida em Portugal é um inferno”, afirmou.

André Ventura discursava no final de um jantar/comício em Leiria, e aproveitou para falar deste tema referindo que este distrito “é um dos mais empreendedores do país”. O presidente do Chega sustentou que “é um inferno de impostos, de burocracia, é um inferno de papelada e é um inferno quando é preciso tratar de qualquer assunto junto da administração pública”.

“Tornámo-nos um país com muitos impostos, de habitação cara e de maus serviços. Por isso eu pergunto ao fim de oito anos de socialismo, o que é que eles nos trouxeram de bom, o que é que o PS nos trouxe de bom, o que é que o PS ajudou as nossas empresas, as nossas comunidades? Nada”, defendeu.

Perante uma sala com mais de 300 apoiantes, André Ventura deixou uma pergunta: “Como é que podemos achar que devemos dar outra oportunidade ao PS?”. E respondeu “é impossível”. Atirando também críticas à governação autárquica do PSD, o líder do Chega sustentou que “PS e PSD não terão nenhuma solução para as empresas portuguesas”.

No seu discurso, o líder do Chega considerou que no que toca a segurança, Portugal está “verdadeiramente tipo faroeste” e uma “bandalheira absoluta”. “Foi este país que a esquerda nos deixou, sem ordem, sem autoridade, em que cada um faz o que quer, em que a violência é aberta, é gratuita e está ao alcance de todos”, acusou, referindo que se o Chega for governo “os bandidos vão estar mesmo na cadeia”.

André Ventura criticou também os “vícios de esquerda que levaram a uma desagregação completa do tecido de valores”, afirmando que se perdeu “o respeito pela lei e pelas instituições”.

Dando como exemplo “países que eram muito modernos de esquerda, como o Brasil e a Venezuela, a Colômbia ou o Equador e outros países da América do Sul”, e considerando que hoje se tornaram “cemitérios a céu aberto, em que há tiros e mortos todos os dias”, Ventura defendeu que, “para não chegar a um país assim”, é preciso “impedir que PS e PSD vençam as próximas eleições”.

À chegada ao comício, o líder do Chega comentou também a mensagem que o Presidente da República enviou ao Congresso do Ministério Público a pedir rapidez e resultados aos procuradores, e alertando para os “desafios” de politização da justiça e de judicialização da política.

André Ventura disse ter “dúvidas que este tenha sido o melhor momento escolhido para enviar esta mensagem”, por poder “passar uma ideia de uma crítica, ainda que velada, ao trabalho que o Ministério Público está a fazer” e podem ser “incendiárias”.

“Todos exigimos resultados para a Justiça, acho que é evidente, dizê-lo assim num Congresso do Ministério Público pode dar uma ideia de que o presidente está a querer pressionar o Ministério Público num determinado sentido. E acho que nesse momento não foi uma declaração particularmente feliz”, criticou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

A promoção de 2023 da Universidade Alfonso X el Sabio conquista 100% de aprovação nos exames do MIR

  • Servimedia
  • 4 Março 2024

A universidade é a única que atualmente oferece formação em saúde digital no curso de Medicina, com o objetivo de preparar os seus estudantes para o paradigma digital.

A Universidade Alfonso X el Sabio alcançou um novo marco nos últimos exames do MIR em Espanha. Todos os alunos da promoção de 2023 passaram na nota de corte e terão acesso, nos próximos meses, a uma vaga de residente no sistema de saúde espanhol para se especializarem no campo da saúde, combinando formação teórica com prática médica em hospitais e centros de saúde.

A Universidade Alfonso X el Sabio afirmou em comunicado que esse sucesso a impulsiona “como referência na formação médica, apoiada por metodologias de ensino inovadoras e alinhada às novas tendências dos sistemas de saúde em todo o mundo”.

A UAX ressaltou que é a “única universidade” que inclui uma disciplina de Saúde Digital (eHealth) no curso de Medicina, que capacita os estudantes a exercer a profissão com foco no paciente e utilizando tecnologias disruptivas, como IA, IoT, gémeos digitais ou genómica, entre muitas outras.

Além disso, os estudantes têm a possibilidade de aprofundar o conhecimento sobre o sistema de saúde espanhol e o seu nível de digitalização, assim como os de países como França, Alemanha ou Japão, entre outros.

Após a aprovação no MIR, os alunos da UAX seguirão agora o seu desenvolvimento profissional aplicando os conhecimentos e metodologias adquiridos durante a graduação, durante a qual, assim como ocorre durante a residência, combinaram formação teórica e prática.

Entre as instalações da universidade, destacam-se o Hospital de Simulação Virtual, com mais de 2.000 metros quadrados equipados com tecnologias de simulação para recriar instalações de um ambiente hospitalar real, com área de triagem de emergência, consultórios, internação, área cirúrgica, maternidade e UTI para adultos e pediátrica.

Além disso, a partir de 2023, a Universidade Alfonso X el Sabio conta com um programa de preparação específico para o MIR, com especialistas credenciados, para preparar simultaneamente os estudantes do terceiro ao sexto ano de Medicina para o exame de Médico Interno Residente.

A UAX continua a evoluir as suas titulações para formar profissionais médicos que utilizem a tecnologia com propósito, com ética e excelência.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hygreen incorpora à sua filial espanhola o seu vice-presidente Javier Romero e reforça o seu compromisso com Espanha como hub mundial de hidrogénio verde

  • Servimedia
  • 4 Março 2024

A Hygreen anunciou esta segunda-feira um reforço no seu compromisso com Espanha como hub mundial de Hidrogénio Verde com a incorporação de Javier Romero.

De acordo com um comunicado, o conselho administrativo da Hygreen, presidido pelo seu fundador Benny Wang, decidiu que o vice-presidente do conselho, o espanhol residente em Xangai, Javier Romero, estabelecerá a sua base em Espanha para liderar um ambicioso plano de investimento que inclui a construção de uma fábrica de equipamentos de eletrólise para a produção de hidrogénio verde através de energias renováveis.

Além disso, Javier Romero liderará investimentos estratégicos em empresas espanholas de desenvolvimento de projetos de Hidrogénio Verde. “Espanha conta com algumas das empresas de engenharia mais avançadas do mundo no desenvolvimento de projetos de energias renováveis e hidrogénio verde, e acreditamos que as sinergias entre uma empresa industrial como a nossa e essas engenharias são uma combinação imbatível para conseguir que Espanha e o seu tecido empresarial se converta num hub de hidrogénio verde não apenas a nível europeu, mas mundial”, declarou Romero.

Com esta ideia, a Hygreen encontra-se “em um período de análise e estudo para a aquisição de participações minoritárias em várias empresas líderes em Espanha no desenvolvimento de projetos de hidrogénio verde”, às quais implementa o seu conhecimento na produção, tecnologia de ponta que, segundo a Bloomberg New Energy Finance, está entre as cinco tecnologias mais eficientes do mundo. Além disso, a Hygreen contribui com capacidade financeira para esses projetos que requerem investimentos milionários.

Javier Romero trabalhará junto com Marcelino Oreja, presidente da filial internacional da Hygreen, e Daniel Fernández, CEO da EMEA da Hygreen. “O projeto industrial da Hygreen em Espanha vai tornar-nos o único fabricante de origem chinesa com fábrica na Europa e nos aproximará dos nossos clientes espanhóis e europeus no desenvolvimento dessa tecnologia e na segurança do fornecimento. Javier traz muita experiência neste campo, pois contribuiu para o estabelecimento industrial de muitas empresas chinesas de energias renováveis na Europa, como a gigante mundial Sungrow Power, onde foi acionista de referência na sua abertura de capital em 2010 e continua sendo um dos principais acionistas”, explicou a empresa.

Nos próximos meses, a Hygreen espera selecionar a melhor localização em Espanha para essa fábrica e não descarta associar-se a algum parceiro industrial espanhol para o mesmo. O objetivo é começar com uma fábrica com capacidade para produzir 1.000 MW equivalentes de sistemas de eletrólise, com o objetivo final de ter em um máximo de cinco anos capacidade para 5.000 MW. Isso significaria que a fábrica espanhola alcançaria uma faturação de cerca de 2.000 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.