SDLE transforma unidades de BMR do Exército de Terra em BMR portamorteiros

  • Servimedia
  • 4 Março 2024

A empresa espanhola SDLE (Star Defence Logistics & Engineering), está a modernizar e a adaptar 16 unidades de BMR CC (Porta Tow) em BMR portamorteiros, de acordo com o portal especializado Defensa.com

Incorporar as mais recentes tecnologias militares e modernizar o parque são objetivos da maioria dos exércitos do mundo. No caso de Espanha, o Exército de Terra tem modernizado a sua frota de BMRs (Blindados Médios sobre Rodas) há anos e uma das principais ações é a atualização das unidades blindadas adaptadas para lançamento de morteiros.

Uma dos objetivos da atuação da SDLE é a digitalização dos disparos de artilharia, uma questão que já foi adaptada por exércitos como o dos Estados Unidos e que incorpora elementos como sistema de navegação, posicionamento da arma, comunicação digital…

A SDLE conduziu estudos e redesenhos de engenharia com o protótipo, bem como um processo de validação com testes reais, para que o BMR seja seguro e suporte o impacto gerado durante um disparo de morteiro.

No entanto, não foi possível integrar a proposta de digitalização que a SDLE apresentou, que incluía um sistema de controlo de disparos e outros mecanismos, então a transformação ficou restrita à capacidade de realizar disparos do interior do BMR.

A opção de digitalização proposta pela SDLE em conjunto com a empresa GMW não foi descartada de forma definitiva e pode ser aplicada em uma segunda fase de atualização dos BMR portamorteiros. Isso também possibilitaria a transição para morteiros de calibre 120 mm, substituindo os atuais de 81 mm.

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Português cria assistente de IA que ajuda a “limpar” email

Emilio arranca para ajudar a arrumar o Gmail, mas o objetivo é estender a outras plataformas. "Em breve" pode ajudar até a responder aos emails.

Centenas de mensagens não lidas. Muitos profissionais deparam-se com este alerta quando abrem o email. É para os ajudar a prioritizar as mensagens, com base nas suas preferências, que surge o Emilio, um serviço cocriado pelo português Ricardo Batista, ex-Antler. Este assistente pessoal com Inteligência Artificial (IA) está disponível para o Gmail, mas “ambiciona ser para todas as plataformas”.

A ideia começou com uma conversa. “Conheci o Daniel [García, cofundador e com o pelouro da tecnologia] durante o final de 2022 em Madrid, tendo ele acabado de sair da Tesla para criar o seu próprio negócio. O Daniel é um brilhante engenheiro, o primeiro engenheiro Tesla em território espanhol e convidado a ir para Palo Alto (Califórnia) no final de 2022. No dia em que nos conhecemos ficámos duas horas a falar dos problemas que tínhamos nas nossas vidas profissionais, tendo sido o excesso de comunicações aquele em que nos concentrámos”, recorda Ricardo Batista, cofundador do Emilio ao ECO.

Ricardo Batista e Daniel Garcia, cofundadores Emilio

“Qualquer profissional hoje em dia acaba o dia com 200 mensagens por ler no Slack, 100 emails por ler, e ainda tem que ir ver o WhatsApp dos amigos e da família. Isto gerava em nós (e confirmámos que também nas pessoas que nos rodeiam) uma ansiedade — nem sabíamos por onde começar a processá-las”, continua.

A solução para este dilúvio de mensagens pode estar na IA. “Começámos a criar um assistente pessoal que processa as mensagens e as prioriza com base nas preferências pessoais. Este assistente consegue então por alguma organização nestas apps todas que temos e dá-nos um resumo do que é necessário fazermos. E em breve irá, com base no conhecimento e tom do utilizador, planear o que pode ser escrito, para que o utilizador possa clicar no botão ‘enviar’. Nos nossos primeiros testes, conseguimos fazer decrescer o tempo gasto em email em 60-70%“, descreve.

O serviço arranca para a Gmail — “existem 1.800.000.000 contas mundialmente” — mas tem ambições de “ser para todas as plataformas”. O lançamento de Emilio está previsto para esta semana, tendo a empresa já uma lista de espera com mais de 100 pessoas.

Começámos a criar um assistente pessoal que processa as mensagens e as prioriza com base nas preferências pessoais. Este assistente consegue então por alguma organização nestas apps todas que temos e dá-nos um resumo do que é necessário fazermos. E em breve irá, com base no conhecimento e tom do utilizador, planear o que pode ser escrito, para que o utilizador possa clicar no botão ‘enviar’. Nos nossos primeiros testes, conseguimos fazer decrescer o tempo gasto em email em 60-70%

Ricardo Batista

Cofundador Emilio

“Em 2024 queremos provar o conceito e garantir que atingimos faturação anual na ordem das centenas de milhares de euros (contando com todos os mercados), o que significa ter alguns milhares de clientes”, diz Ricardo Batista quando questionado sobre os objetivos de negócio.

O projeto arranca sem recurso a capital externo, “de forma a testar o mercado e perceber se o Emilio é algo que os utilizadores querem”, adianta Ricardo Batista. “Assim que tivermos esta prova feita, analisaremos que forma de financiamento faz sentido, e em que mercado o devemos fazer”, reforça. “Muito provavelmente necessitamos de capital de risco em 9-12 meses para expandir operações e equipa. Estimaria algo na ordem dos 300.000-500.000 euros”, aponta o cofundador até recentemente ligado ao venture capital Antler, parte da primeira equipa de gestão ibérica.

“O projeto Antler foi um sucesso no seu lançamento ibérico, e ao final de 18 meses senti a necessidade de abraçar um novo projeto. O facto de ter estado tão próximo de empreendedores fez-me querer empreender também, assim que encontrei o cofundador ideal”, diz.

“Tanto eu como o Daniel vivemos épocas de downmarket (2011-2016), onde os recursos e orçamentos eram escassos, e épocas de upmarket (2017-2021), onde havia dinheiro fácil a ser investido (ambos o vivemos na Glovo e Tesla, respetivamente). Tendencialmente gostamos de equipas pequenas que permitem agilidade, e por isso ambicionamos ter 2-3 pessoas para nos ajudar em marketing e tecnologia durante 2024″, refere o gestor quando questionado sobre crescimento da equipa.

Ambos os fundadores estão sedeados em Madrid, país que acolhe Ricardo Batista, quando em janeiro de 2022, assumiu a liderança da LolaMarket em Espanha, depois da sua aquisição pela Glovo.

“Estamos neste momento sediados em Madrid por motivos familiares, contudo queremos tornar o Emílio um projeto ibérico com presença em Madrid e Lisboa“, diz. Mas não só. “Ainda será cedo para dizer quais e com que ritmo, mas temos visto muito interesse de utilizadores dos Estados Unidos. É provável que a empresa tenha que crescer para esse mercado nos próximos 12 a 18 meses“, aponta.

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Banco de Fomento novamente a braços com a Justiça. Cedrus apresentou intimação devido ao Programa Deal-by-Deal

Cedrus Capital apresentou uma intimação devido à demora na obtenção de respostas às candidaturas ao Programa Deal-by-Deal. É a terceira vez que o Banco de Fomento está a ser contestado.

Não há duas sem três, costuma dizer o ditado popular. O Banco de Fomento está novamente a braços com a Justiça. Desta vez foi a Cedrus Capital que apresentou uma intimação devido à demora na obtenção de respostas às candidaturas ao Programa Deal-by-Deal, apurou o ECO.

Este é um programa de coinvestimento, para fomentar a constituição de novas empresas e/ou capitalização empresarial, prioritariamente nas fases de arranque, que tem uma dotação de 200 milhões de euros.

As candidaturas abriram a 17 de janeiro de 2023 e foram entregues 24. Mas só foram consideradas elegíveis 15, que têm subjacente um investimento de 54,63 milhões do Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR). A Indico foi a primeira sociedade gestora escolhida para este programa como avançou ao ECO fonte oficial do BPF. No entanto, o programa ainda está numa fase preliminar, sem operações concretizadas.

“O hiato temporal decorrido entre a apresentação da proposta de credenciação ao Programa Deal-by-Deal e o projeto de resposta do Banco de Fomento não se compadece” com o “desígnio” das entidades, como o Banco de Fomento, com competência para “capacitar as empresas portuguesas com recursos financeiros adequados para potenciar o seu crescimento e com apoio por programas europeus”, sublinhou o partner da Cedrus Capital, ao ECO.

A Cedrus tentou contactar o Banco de Fomento “por diversas formas e durante mais de dois meses”, “para obter uma resposta a um projeto de decisão que não se compreende, porque não fundamentado”, mas também para consultar o processo, “que deveria ser público”, contou António Serras Rendas.

Como esteve até agora “sem qualquer resposta” por parte do Banco de Fomento a capital de risco considera que não tinha outra alternativa senão apresentar uma intimação contra a instituição liderada por Ana Carvalho e Celeste Hagatong. O que acabou por fazer em fevereiro. As intimações são um processo urgente, regulado pelo Código de Processo nos Tribunais administrativos, e serve para garantir judicialmente o direito de acesso à informação procedimental e o direito de acesso aos arquivos e registos administrativos.

“Após mais de dois meses de tentativas de contacto, só existiam duas soluções possíveis: apresentar uma intimação ou tornarmo-nos cúmplices deste modus operandi e continuar eternamente a aguardar uma qualquer posição do Banco de Fomento. Para a Cedrus, a escolha foi óbvia”, atirou António Serras Rendas. Acrescentando, porém, estar consciente dos “custos e delongas que um processo judicial implica”, sobretudo, tendo em conta que o resultado será “pasme-se, apenas obter uma resposta e ser autorizada a consultar o processo, uma vez que todas as outras formas se mostraram infrutíferas”, frisou.

Recorde-se que a atuação do Banco de Fomento já foi por duas vezes contestada em tribunal. A primeira pela Menlo Capital, que suspendeu o Programa Consolidar através de uma ordem do Tribunal Administrativo e Fiscal de Sintra em dezembro de 2022. O Banco de Fomento invocou interesse público para levantar esta suspensão, o que a Menlo voltou a contestar no Tribunal Administrativo e Fiscal de Sintra.

No final, o Supremo Tribunal de Justiça deu razão à Menlo Capital, em dezembro de 2023, ao considerar que o BFP não justificou devidamente as razões pelas quais excluiu a capital de risco do Consolidar e que o banco não podia alegar sigilo dos dados para não o fazer. Por isso, a instituição liderada por Celeste Hagatong e Ana Carvalho estava obrigada a mostrar a informação sobre o concurso e os critérios que presidiram à seleção de algumas entidades em detrimento de outras.

Depois, no final de fevereiro, tal como o ECO avançou, foi a vez da Quadrantis interpor uma providência cautelar, desta vez ao Programa de Venture Capital. O Banco de Fomento vai submeter uma resolução fundamentada para travar a ação e acredita que as capitais de risco já selecionadas, no âmbito deste programa, não serão travadas nas suas eventuais chamadas de capital.

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Lisboa quer lançar até junho primeiro concurso para construção de habitação por cooperativas

  • Ana Petronilho
  • 4 Março 2024

O primeiro projeto a concurso para a construção de casas por cooperativas é num terreno na zona do Lumiar com 18 casas. O investimento total é de 3,83 milhões suportado pelos vencedores.

A Câmara de Lisboa quer lançar até junho o primeiro concurso do Programa Cooperativas 1ª Habitação, para um terreno na zona do Lumiar. Através deste novo programa, todas as pessoas sem casa própria que formem cooperativas vão poder apresentar candidaturas para a construção de habitação permanente, em terrenos cedidos pela autarquia. Os vencedores assumem os custos de construção e ficam com o direito de superfície por 90 anos, que podem ser renováveis.

Para já, há cinco projetos em preparação espalhados por Lisboa – Benfica, Arroios em São Vicente e em Santa Clara, além do Lumiar – e ao abrigo deste programa a câmara diz que será possível construir cerca de 500 casas. Esta iniciativa da autarquia foi aprovada a 14 de fevereiro e está a gerar um “grande interesse” com “várias pessoas a ligar e a enviar emails a pedir informações” sobre os projetos, disse ao ECO Filipa Roseta, vereadora para a Habitação na autarquia lisboeta.

Os planos do município é abrir as candidaturas “até ao final do primeiro semestre” para o primeiro projeto que fica localizado num terreno na Rua António do Couto, Lumiar, junto ao estádio de Alvalade, adiantou Filipa Roseta.

Filipa Roseta, vereadora para a Habitação da Câmara Municipal de Lisboa, em entrevista ao ECO - 25JAN22
Filipa Roseta, vereadora para a Habitação da Câmara Municipal de Lisboa.Hugo Amaral/ECO

Este projeto – já licenciado pela autarquia – prevê a construção de 18 casas (quatro T3, nove T2 e 5 T1) a que se somam 22 lugares de estacionamento. No total, o custo da obra será de 3,83 milhões de euros acrescidos de IVA. Segundo as contas da câmara, o encargo médio por habitação ronda os 289 mil euros para os T3, de 216 mil euros para os T2 e 146 mil euros para os apartamentos T1.

Se todos os prazos forem cumpridos “sem falhas” a cooperativa vencedora deverá “começar a construir no final deste ano”, diz ainda a Filipa Roseta, que adianta que o projeto no Lumiar vai ser um teste deste novo modelo de parcerias. E depois de atribuir este projeto, a vereadora conta ainda ao ECO que prevê lançar o concurso para o terreno de Benfica no final deste ano, para onde está aprovada a construção de 12 habitações. Os restantes três concursos deverão ser lançados no início do próximo ano.

Este é apenas um dos vários programas que a Câmara de Lisboa tem em curso para a construção de habitação com preços acessíveis. Ao ECO, Filipa Roseta frisa que a autarquia tem “há décadas dezenas de terrenos devolutos ou com ruínas” com um potencial de construção de sete mil casas. “É imenso. Temos mesmo de encontrar um modelo sobre o qual haja um consenso político minimamente estável para todos juntos pormos a habitação e os terrenos ao serviço das pessoas. As pessoas precisam de habitação e nós queremos dar habitação”, vinca a vereadora.

Do universo de sete mil casas, há quatro mil habitações que a autarquia quer construir em parceria com privados. “É um número muito expressivo e não conseguimos ir a tudo”, salienta a vereadora, que diz que o município está a fazer “um esforço orçamental e de execução enorme” para construir as restantes três mil casas para arrendamento acessível e reabilitar bairros. O prazo para a construção destes imóveis, com verbas do PRR, termina em 2028 e envolve um total de 800 milhões de euros, dos quais 500 resultam de verbas de Bruxelas e os restantes 300 milhões vêm do cofre da autarquia.

Regras do concurso

Até à abertura de candidaturas, “dentro de um mês”, a autarquia vai ainda definir os critérios de avaliação do concurso para que as cooperativas concorram “em pé de igualdade”, estando agora a trabalhar com o gabinete jurídico na definição dos pesos e nos critérios das ponderações para se selecionar a cooperativa vencedora.

Mas para que se apresentem ao concurso é exigido aos candidatos que tenham cooperativa constituída – individual ou coletiva – com estatutos aprovados e registados e ata de aprovação pela cooperativa da sua intervenção no concurso. O número de elementos da cooperativa terá de ser igual ou superior ao número de casas previstas em cada um dos projetos. É ainda exigida prova de que nenhum cooperador é proprietário de habitação na área metropolitana de Lisboa quando esteja em condições de adquirir a habitação.

Segundo as regras aprovadas, para ser elegível a cooperativa deve apresentar um projeto social com impacto na comunidade local. Além disso, os cooperadores devem ter um rendimento líquido que não ultrapasse o máximo de 30 mil euros (ou 40 mil euros num agregado de duas pessoas e 5 mil euros por cada dependente a cargo).

A autarquia lembra ainda que para pagar a construção das casas, as cooperativas podem ter acesso a linhas de financiamento específicas de apoio a este programa “a negociar pela autarquia com o Banco de Fomento ou com outras instituições bancárias como a Caixa Geral de Depósitos, o Montepio ou o Crédito Agrícola”.

Este novo modelo de construção abre ainda a possibilidade de os vencedores do concurso poderem, posteriormente, vender o apartamento. No caso de ser uma cooperativa de propriedade coletiva, a totalidade do imóvel é da propriedade da cooperativa e “o valor global da obra é pago mediante os contratos de arrendamento”. Ou seja, os elementos da cooperativa são inquilinos da própria cooperativa a quem pagam a renda. Desta forma, em caso de venda, será feita apenas a transferência do arrendamento.

No caso de se tratar de uma cooperativa de propriedade individual, cada apartamento é da propriedade de um dos elementos da cooperativa. E no caso de venda, o preço não pode ultrapassar “o valor global investido pelo cooperador acrescido da inflação”. Ou seja, no caso do Lumiar, o preço de um T1 não pode ultrapassar os 146 mil euros acrescidos da inflação, sendo que “o proprietário recebe o valor total subtraído do empréstimo contraído”.

Os restantes concursos devem funcionar com as mesmas regras. Para o concurso de Benfica está aprovado um projeto de 12 habitações (seis T2 e seis T3) a que se somam 11 lugares de estacionamento privativo em cave. O custo estimado para esta obra ascende a 2,60 milhões acrescidos de IVA, sendo que para os T2 o investimento rondará os 192.644 de euros e para os T3 os 241.486 de euros.

Para o projeto de Arroios, na zona do Cabeço da Bola, estão previstos 15 apartamentos (três T1, oito T2 e quatro T3) sem estacionamento. O investimento previsto é de 3,31 milhões mais IVA.

Os maiores projetos já aprovados serão em São Vicente, na zona de Santa Engrácia, com 21 casas sendo que o investimento previsto é de 4,09 milhões de euros acrescidos de IVA. E em Santa Clara está prevista a construção de 23 casas com um investimento de 4,43 milhões mais IVA.

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Rússia vai diminuir produção de petróleo em 470 mil barris diários

A Rússia vai reduzir a sua produção de petróleo em 471.000 barris por dia no final do segundo trimestre, uma decisão tomada "em coordenação" com os outros países da OPEP.

A Rússia vai reduzir a sua produção de petróleo em 471.000 barris por dia no final do segundo trimestre, uma decisão tomada “em coordenação” com os outros países da OPEP tendo em conta a situação do mercado.

A Rússia vai proceder a uma redução voluntária “suplementar” da sua produção de 350 mil barris por dia em abril, 400 mil em maio e 471 mil em junho, disse o vice-primeiro-ministro russo responsável pela Energia, Alexander Novak, citado num comunicado de imprensa.

No que diz respeito às exportações, a redução será de 121 mil barris por dia em abril e 71 mil em maio, segundo o dirigente russo.

O vice-primeiro-ministro russo explicou que este novo corte voluntário de produção se “junta” aos 500.000 barris por dia já anunciados pela Rússia em abril de 2023, que estão em vigor até ao final de 2024.

Este corte “reforça os esforços de precaução efetuados pelos países da OPEP para apoiar a estabilidade e o equilíbrio dos mercados petrolíferos”, explicou Novak no comunicado de imprensa emitido pelo Governo russo.

A Rússia, um dos principais membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) tem seguido nos últimos meses uma política destinada a conter a queda dos preços do petróleo.

Apesar de representar uma parte menor do orçamento federal do que antes do conflito na Ucrânia, a receita financeira da venda de hidrocarbonetos continua a ser essencial para Moscovo, num momento em que a sua economia está concentrada no esforço de guerra para apoiar a invasão militar.

Nos últimos dois anos, os aliados ocidentais de Kiev impuseram pesadas sanções ao setor energético russo, obrigando Moscovo a reorientar em massa as suas exportações para a Ásia e, em particular, para os dois principais países do continente, a China e a Índia.

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Caem os mitos. Fundos de pensões podem chegar às PME<span class='tag--premium'>premium</span>

Não precisam ser grandes empresas para estimular colaboradores a complementar a reforma e a melhorar o seu envolvimento com a organização. Dois especialistas fazem ruir os obstáculos um por um.

Este artigo integra a terceira edição do ECO magazine, que pode comprar aqui. Os fundos de pensões não são exclusivo das grandes empresas. Têm muitas possibilidades de se ajustar a microempresas. Os 240 fundos de pensões existentes em Portugal — dos quais 133 são fechados a empregados de empresas ou outros grupos homogéneos —, são administrados por 16 entidades que podem ser seguradoras ou sociedades gestoras de fundos de pensões ( SGFP ). No final do ano passado, estas geriam perto de 19 mil milhões de euros de ativos, alcançando 600 mil portugueses.São décadas de contributos de funcionários e das empresas, que em conjunto com os lucros dos investimentos, fizeram atingir estes montantes. Agora são as PME e as micro empresas a olhar para este estímulo acrescido aos seus funcionários.

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Jacob Fuest nomeado Diretor de Mercados na Allianz Partners

  • ECO Seguros
  • 3 Março 2024

O novo responsável de negócios assume a missão e objetivo de "liderar as unidades de negócio da Allianz Partners em todo o mundo com o intuito de acelerar o crescimento rentável.".

A Allianz Partners, braço do grupo segurador alemão em serviços de assistência B2B2C, nomeou Jacob Fuest novo Diretor de Mercados e membro do Conselho de Administração, avançou a empresa num comunicado. A Allianz Partners está no mercado português através da marca Allianz Assistance e comercializa Seguros de Viagem Férias, Corporate, Estudantes, Multiviagens, Anual e Ski.

Jacob Fuest Diretor de Mercados e membro do Conselho de Administração da Allianz Partners, quer crescimento rentável.

Anteriormente dirigente da Divisão de Negócios da Allianz SE para a Europa Ocidental e do Sul, a Allianz Partners e a Allianz Direct, o novo líder na área de negócios da Allianz Partners assume a missão de “liderar as unidades de negócio da Allianz Partners em todo o mundo com o intuito de acelerar o crescimento rentável.”. “Estou entusiasmado por regressar à Allianz Partners e liderar os nossos mercados em todo o mundo neste momento emocionante de mudança e transformação. A Allianz Partners é conhecida como o motor de crescimento do Grupo Allianz, e estou entusiasmado por acelerar ainda mais esta jornada de crescimento em conjunto com uma excelente equipa em mais de 75 países.”, afirmou Jacob Fuest.

Ainda que continuando no mesmo grupo, o novo líder abandonou o cargo de CEO Regional para a Europa do norte, central e de leste na Allianz Partners em 2022. Nesse sentido, o CEO da Allianz Partners, Tomas Kunzmann diz ser “um gosto receber um líder de alto desempenho como Jacob de volta à Allianz Partners. A sua longa experiência de liderança e o seu conhecimento da Allianz e do negócio da Allianz Partners, combinados com o seu espírito inovador, colocam-no numa excelente posição para fazer crescer as nossas unidades de negócio locais.”. “Estou confiante de que Jacob conseguirá elevar com sucesso o forte crescimento do nosso negócio a nível global para o próximo nível, para benefício dos nossos parceiros e clientes.”, acrescenta Tomas Kunzmann.

Antes de iniciar a sua carreira na Allianz, há doze anos, Jacob Fuest esteve vários anos na indústria automóvel. Foi Product Management Chrysler / Jeep na Daimler AG, ocupou o cargo de Product Management Financial Services na BMW, Automotive Competencer Center, na Roland Berger Strategy Consultants e Strategic Markting na Bosch. Estes cargos foram ocupados entre um a dois anos. No entanto, como mencionado, está no grupo Allianz há mais de uma década.

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Seguradoras japonesas cortaram até 50% do salário de executivos por tentativa de conluio de prémios

  • ECO Seguros
  • 3 Março 2024

As quatro seguradoras enviaram planos para melhorar as suas operações e impedir conluio de preços após pedido do regulador financeiro.

Quatro seguradoras japonesas anunciaram que vão penalizar até 50% os rendimentos mensais de 130 executivos envolvidos por alegadamente terem conspirado em fixar preços em contratos com clientes empresariais e agências governamentais.

Segundo o jornal Japan Today, também na passada quinta-feira, as empresas enviaram ao regulador financeiro os seus planos para melhorar as suas operações e impedir a fixação de preços.

A Tokyo Marine Holdings afirmou que o presidente da unidade Tokio Marine & Nichido Fire Insurance, Shinichi Hirose, vai ter uma penalização de 50% durante no seu ordenado durante três meses. No mesmo sentido, a Sampo Holdings refere que vai cortar até 50% a cerca de 50 executivos, incluindo o chairman e CEO do Grupo, Kengo Sakurada. Também a Mutsui Sumitomo Insurance e Aioi Nissay Dowa decidiram penalizar em até 50% nos ordenados dos presidentes e mais de uma dúzia de executivos.

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CA Seguros e AXA contestam responsabilidades em incêndio do E.Lecrerc

  • ECO Seguros
  • 3 Março 2024

As seguradoras alegam que no interior do supermercado Leclerc em Darque, Viana do Castelo, estava instalada uma bancada onde ocorriam operações de soldadura, determinante para o deflagrar do incêndio.

As seguradoras AXA e CA Seguros dizem que houve negligência no hipermercado Leclerc em Darque, Viana do Castelo, e que foi determinante para a ocorrência do incêndio que deflagrou no supermercado em 2016. Por isso, contestam o pedido de indemnização feito pela sociedade Vianadis – que detém o Leclerc – de 1,4 milhões de euros, mais juros, pelos prejuízos causados, avança o Jornal de Notícias (acesso pago).

“No interior do edifício estava instalada uma bancada onde ocorriam operações de soldadura, de forma desapropriada”, atos alegadamente negligentes que não foram comunicados às seguradoras e foram “determinantes para a ocorrência do sinistro”, garantem. A AXA garante que “se tivesse sido informada dessas atividades, não teria garantido o risco” e que “aquando da subscrição do seguro, (a Vianadis) foi informada da necessidade de indicar com exatidão as circunstâncias que conhecesse e tivesse por significativas para a apreciação do risco.”.

Num primeiro momento, as empresas contestaram o pedido de indemnização junto do Tribunal de Viana do Castelo, onde foi rejeitado o seu pedido para que o representante legal da Vianadis fosse ouvido. No entanto, a AXA apelou à Relação de Guimarães que lhe deu razão: “Deve o Tribunal convidar a recorrente a indicar de forma discriminada os factos objeto do requerido depoimento de parte”, lê-se no acórdão, de fevereiro”. Desta maneira, a ação civil volta para a primeira instância.

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Marcelo pede aos portugueses que votem e evitem aumento da abstenção

  • Lusa
  • 3 Março 2024

Já sobre o dia de reflexão, Marcelo Rebelo de Sousa repetiu a sugestão feita em 2022 para que se repense a pertinência deste direito.

O Presidente da República apelou hoje aos portugueses para que votem este domingo e no dia 10, evitando a tendência de aumento de abstenção que se verifica noutros países, e pediu que se ponderasse sobre o voto eletrónico.

“Numa democracia que celebra 50 anos, é importante que não acompanhemos a evolução de democracias mais antigas e mais velhas que é a de aumento da abstenção em eleições que são todas elas muito importantes e, nesse sentido, quem puder votar que vote. É o apelo que deixo aqui para o próximo domingo [dia 10] e para alguns que ainda possam votar hoje”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas após ter votado antecipadamente na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Questionado sobre a eventual adoção de um sistema de voto eletrónico, o Presidente da República defendeu que se ponderem os prós e os contras daquele modelo, pensando também nos emigrantes.

Já sobre o dia de reflexão, Marcelo Rebelo de Sousa repetiu a sugestão feita em 2022 para que se repense a pertinência deste direito, que “tinha uma lógica na eleição para a Constituinte e no início da democracia”, mas sublinhou que, sobre esta questão, “a Assembleia da República é soberana”.

O Chefe de Estado recusou-se a comentar a campanha eleitoral que está a decorrer, mas, questionado sobre um eventual cenário de ingovernabilidade após o dia 10, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que “o povo português tem demonstrado desde o 25 de Abril uma maturidade e uma sabedoria, antecipando em muito casos aquilo que muitas vezes só se percebe no futuro”.

“Não há razão para deixar de acreditar nisso”, acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa, que habitualmente vota em Celorico de Basto, distrito de Braga, inscreveu-se pela primeira no voto antecipado em mobilidade, por considerar que é um incentivo contra a abstenção e por se sentir esclarecido após mais de quatro meses de pré-campanha.

O Presidente da República convocou eleições legislativas antecipadas, na sequência da demissão de António Costa do cargo de primeiro-ministro, no início de novembro de 2023, após o seu nome ter surgido numa investigação do Ministério Público, por suspeitas de corrupção que envolvem membros do Governo e do seu gabinete, apesar de não ser arguido nem lhe terem sido apontados quaisquer atos ilegais.

Segundo o Ministério da Administração Interna (MAI), mais de 200.000 eleitores inscreveram-se para votar em mobilidade, uma semana antes das eleições legislativas, agendadas para dia 10.

O número de inscritos nesta modalidade de voto (208.007) foi bastante inferior ao registado nas legislativas de 2022 (315.785 inscritos).

 

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APS lança seis cursos em março

  • ECO Seguros
  • 3 Março 2024

Os cursos começam e terminam no próximo mês. As formações vão desde a "Transformação digital em seguros" até ao curso "PPR/Es Planos de Poupança Reforma / Educação".

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) está a promover seis cursos que terão lugar em março, nomeadamente, Transformação digital em seguros, Seguros e operações de capitalização ligados, Boas práticas na distribuição de seguros, Jurisprudência de acidentes de trabalho, Fundamentos de resseguro e PPR/E – Planos de Poupança Reforma/Educação.

  • O curso “Transformação digital em seguros” é organizado em cinco módulos e a formação tem aproximadamente 40 horas. “Com este curso pretende-se dotar os formandos de competências nas áreas fundamentais para entender e agir na transformação digital em Seguros, aos mais diversos níveis.”, explica a APS. Este curso será presencial, na sede da APS, entre as 9h15 e 17h15 nas quartas e quintas-feiras entre os dias 6 e 21 de março.
  • Entre as 9h e 13h de 7 de março terá lugar o curso online “Seguros e operações de capitalização ligados”. “No final desta ação, os participantes deverão ser capazes de caracterizar os seguros e operações de capitalização ligados, nomeadamente no que diz respeito aos riscos cobertos e suas principais características, desenho técnico e alguns destaques contratuais importantes.”, refere a APS.
  • Também em formato online será o curso “Boas práticas na distribuição de seguros”, lecionado entre as 9h e 12h45 de 18 a 21 de março. A formação “dá resposta à crescente exigência dos clientes e do mercado em termos de rigor e transparência no exercício desta atividade seguradora.”, diz a associação. Além disso, “Estabelecer relações de confiança com os clientes implica cumprir os requisitos legais e também, seguir um conjunto de boas práticas assertivas.”, acrescenta.
  • Já a master class “Jurisprudência de acidentes de trabalho” será presencial, na sede da APS, entre as 9h30 e 13h dos dias 20 a 22 de março. Ao longo da formação, que está dividida em 7 módulos, pretende-se “associar à dimensão teórica a perspetiva prática que decorre da jurisprudência judicial, proporcionando aos participantes uma visão da experiência dos tribunais no ramo.”. Esta formação também terá lugar no porto a 16 e 17 de maio no Hotel Ipanema, no primeiro dia será entre as 14h e 17h30 e no segundo entre as 9h30 e 17h30.
  • O curso “Fundamentos de resseguro” será em formato hibrido, isto é, presencial e online, com as manhãs das 9h às 13h de 21 e 22 de março a ser lecionadas através da plataforma Zoom, e nas manhãs de 25 e 26 de março terão lugar na sede da APS, no mesmo horário. A formação está dividida em quatro módulos e “permite compreender o funcionamento das várias formas e tipos de resseguro, bem como o respetivo efeito em termos de transferência de risco para as empresas de seguros. Permite ainda abordar soluções e aspetos práticos inerentes à gestão corrente do resseguro.”, indica a APS.
  • O curso “PPR/Es Planos de Poupança Reforma / Educação ocorre entre as 9h e 13h de 21 de março, através da plataforma Zoom (formato online). “No final desta ação, os participantes deverão ser capazes de caracterizar e identificar os designados “Planos de Poupança Reforma/Educação”, nomeadamente no que diz respeito aos riscos cobertos e suas principais características, desenho técnico e alguns destaques contratuais importantes”, refere a APS.

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Ventura diz que há fraude eleitoral mas CNE desmente que está a investigar deúncia

  • Lusa
  • 3 Março 2024

O porta-voz da CNE, Fernando Anastácio, escusou-se a comentar as denúncias feitas no sábado pelo presidente do Chega, André Ventura, mas esclareceu que não existe qualquer investigação ou inquérito.

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) não tem registo de qualquer queixa sobre qualquer tentativa de “desvirtuar o resultado” das legislativas de dia 10, depois do líder do Chega ter levantado suspeitas no sábado.

No sábado, na Figueira da Foz, o presidente do Chega, André Ventura, alegou estar em curso uma tentativa para “desvirtuar o resultado” das eleições, que passa por “anular os votos” do seu partido. Imitando algumas das declarações recorrentes de Donal Trump e Jair Bolsonaro.

“Está em curso uma tentativa de desvirtuar o resultado destas eleições em Portugal e nós temos de estar muito atentos a isso”, afirmou o dirigente, que disse ter relatos por parte de comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo de que existem boletins de voto que “não chegaram” ou “parece que só chegam a alguns e não chegam aos outros”.

Contactado pela agência Lusa, o porta-voz da CNE, Fernando Anastácio, escusou-se a comentar as denúncias feitas no sábado pelo presidente do Chega, André Ventura, mas esclareceu que não existe qualquer investigação ou inquérito sobre essa matéria.

“Não tenho nota de qualquer queixa entregue” e “esse assunto não foi apreciado” pela CNE, afirmou aquele responsável.

Sobre essas queixas, “ainda ninguém perguntou, a não ser os órgãos de comunicação social”, limitou-se a dizer Fernando Anastácio.

“Está em curso uma tentativa de desvirtuar o resultado destas eleições em Portugal e nós temos de estar muito atentos a isso”, afirmou o dirigente, que disse ter relatos por parte de comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo de que existem boletins de voto que “não chegaram” ou “parece que só chegam a alguns e não chegam aos outros”.

“Pelos consulados, dominados pelo PS e PSD pelo mundo fora, ouvimos chegar notícias de tentativas verdadeiras de boicote ao voto”, disse, falando também em “vídeos que circulam permanentemente de pessoas a dizer que vão anular os votos do Chega e que vão condicionar os votos do Chega”, sem concretizar.

Os círculos eleitorais dos emigrantes (Europa e Fora da Europa) representam apenas quatro eleitos (dois mais dois) num universo de 230 parlamentares e são normalmente obtidos pelos dois partidos mais votados, por distribuição pelo método de Hondt.

Perante as suspeitas que levantou, o líder do Chega considerou que se trata de “um problema particularmente importante” e pediu aos apoiantes que estejam “muito atentos a estas eleições”.

“Temos de ter olho aberto, não nos podem enganar nestas eleições”, salientou, justificando que isto acontece “agora que sabem que estes emigrantes, fartos de socialismo e social-democracia, querem uma mudança”.

“Estamos debaixo de ataque”, afirmou, replicando uma tática de atacar o processo eleitoral, utilizada por outros líderes políticos populistas, como Trump ou Bolsonaro, já muito elogiados por Ventura.

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