Banca privada com lucros históricos de 3,15 mil milhões em 2023

Subida dos juros dão resultado histórico aos bancos privados: Totta, BCP, Novobanco e BPI lucraram 8,6 milhões de euros por dia no ano passado e tornam-se alvo fácil em plena campanha eleitoral.

Os quatro maiores bancos privados em Portugal registaram lucros históricos de 3,15 mil milhões de euros no ano passado, um disparo de 80% em comparação com o ano anterior e que foram conseguidos graças, sobretudo, à subida das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE).

Trata-se de um resultado inédito (embora esperado) e que surge em plena campanha para as eleições de 10 de março, colocando o setor bancário na mira dos líderes políticos e deixando os banqueiros com receio de medidas populistas para lucros que dizem que não serão repetíveis (deverão estabilizar este ano).

Entre os cinco maiores bancos em Portugal só a Caixa Geral de Depósitos (CGD) ainda não prestou contas, não divulgou ainda a data de apresentação de resultados, o que deixa a entender que o banco público só deverá fazê-lo depois de os portugueses irem às urnas para evitar cair no debate político. Em todo o caso, esperam-se resultados recorde no banco do Estado, depois dos lucros de perto de mil milhões até setembro.

Entre os privados, as contas são estas: Santander Portugal, BCP, Novobanco e BPI tiveram lucros de 8,6 milhões de euros por dia em 2023 (um número que os responsáveis dos bancos não gostam de ver nos jornais), acima dos 4,8 milhões diários registados em 2022.

O Santander Portugal registou o lucro mais elevado, na ordem dos mil milhões de euros, mais 70% em relação a 2022. Seguiram-se o BCP e o Novobanco, com resultados líquidos de 856 milhões e 743,1 milhões, respetivamente. O lucro do BPI cresceu 40% para 524 milhões de euros.

Com isto, os bancos deixaram para trás um dos seus calcanhares de Aquiles dos últimos anos: a rentabilidade dos capitais próprios (ROE): Santander e Novobanco atingiram ROE acima dos 20%, o BPI conseguiu praticamente duplicar a rentabilidade e o BCP fechou 2023 com um ROE de 16%.

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Margem quase duplica

Não é difícil explicar a razão por detrás destes resultados históricos na banca: com a subida das taxas de juro do BCE, os bancos cobraram mais pelos empréstimos às famílias (habitação sobretudo) e empresas, enquanto pagam menos pelos depósitos.

Essa é a chamada margem financeira dos bancos, que corresponde em grande medida à diferença entre os juros cobrados nos créditos e os juros pagos aos depositantes.

Os quatro grandes bancos privados em Portugal viram a margem de juros disparar 56% para 6,4 mil milhões de euros no ano passado, ainda que o volume de negócios (empréstimos e depósitos) tenha perdido terreno.

O gráfico em baixo ajuda a perceber bem o impacto do aperto monetário do BCE para controlar a inflação na margem financeira dos bancos. Esse impacto especialmente sentido em Portugal tendo em conta que o mercado de habitação tem 90% dos contratos associados a taxa variável (que sobe quando as taxas do mercado também sobem, e vice-versa).

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Se em 2022 já foi visível o impacto da subida dos juros, em 2023 terá sido atingido o pico, perspetivando-se agora uma inversão à medida que BCE se prepara para aliviar a política monetária a partir do verão, de acordo com os analistas.

Ainda assim, o desempenho excecional da margem financeira no ano passado compensou a descida ligeira nas receitas com as comissões bancárias, que atingiram os 1815 mil milhões, menos 1% em termos anuais.

E permitiu ainda fazer face ao aumento dos custos operacionais, que aumentaram 8% para 2,65 mil milhões.

Depósitos não resistem aos certificados e reembolsos

Apesar do aumento dos lucros e das receitas, a base de negócio dos bancos perdeu terreno em 2023. Os depósitos não resistiram à fuga para os Certificados de Aforro que se observou na primeira metade do ano passado, quando pagavam 3,5% antes de o Governo ter decidido cortar a remuneração no início de junho.

Por outro lado, outro fator levou as famílias a tirar as poupanças do banco: as amortizações antecipadas do crédito da casa, num esforço para conter a pressão das taxas de juro.

Neste cenário, os depósitos de clientes da banca privada recuaram 4% para 143,8 mil milhões de euros. O Santander foi o banco mais pressionado pela saída de depósitos: caíram 8,6% para 35,2 mil milhões. Já o BPI e o Novobanco conseguiram de alguma forma estancar a fuga de poupanças. No BCP a queda foi de 3%.

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Por outro lado, a carteira de empréstimos para a compra de casa caíram mais de 1% para 65,5 mil milhões de euros. A alta das taxas de juro teve dois efeitos negativos no crédito à habitação: levou a uma menor procura e também as famílias a pagarem antecipadamente a dívida aos bancos.

Saem 60 trabalhadores

Depois de anos de profunda reestruturação, que implicou a saída de milhares de trabalhadores e o fecho de dezenas de balcões, 2023 foi um ano relativamente tranquilo nesta área. Totta, BCP, BPI e Novobanco registaram saídas líquidas de 60 trabalhadores, empregando agora 19,3 mil pessoas.

Por outro lado, foram encerrados 26 balcões no ano passado. Os maiores bancos privados dispõem agora de uma rede de 1.337 balcões.

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Câmara de Sintra lança consulta ao mercado para compra de habitações

  • Lusa
  • 26 Fevereiro 2024

A consulta ao mercado visa a aquisição de 100 habitações, integrada na Estratégia Local de Habitação, e o período de entrega das propostas decorre até 11 de março.

A Câmara de Sintra vai promover uma consulta ao mercado, até 11 de março, para aquisição de 100 habitações nas tipologias T1, T2 e T3, destinadas ao reforço do parque habitacional do município, informou esta segunda-feira a autarquia. A consulta ao mercado visa a aquisição de 100 habitações, integrada na Estratégia Local de Habitação (ELH), e o período de entrega das propostas decorre até 11 de março.

“O município de Sintra pretende dar resposta a situações de carência habitacional, garantindo o acesso à habitação às famílias que não têm resposta por via do mercado, promovendo a inclusão social e territorial e as oportunidades de escolha habitacionais”, explicou, em comunicado, a autarquia.

A consulta destina-se “à aquisição de edifícios/frações destinadas a habitação”, nas tipologias T1 (52 a 73 metros quadrados), T2 (72 a 95 m2) e T3 (91 a 117 m2), “localizadas na área geográfica do concelho de Sintra, em zonas dotadas de bons acessos e servidas por uma rede de transportes públicos” e “com condições de habitabilidade imediata”, entre outros requisitos, lê-se no edital n.º 130/2024.

De acordo com uma proposta da vereadora da Administração, Finanças e Património, Piedade Mendes (PS), aprovada pelo executivo municipal, o 1.º Direito – Programa de Apoio ao Acesso à Habitação foi “desenvolvido no sentido de ultrapassar situações de carência e vulnerabilidade no acesso à habitação para arrendamento público, destacando-se o papel fundamental das autarquias locais”, pela sua proximidade aos cidadãos e território.

Nesse sentido, o 1.º Direito surge com uma “dinâmica predominantemente dirigida à reabilitação e arrendamento, promovendo a inclusão social e territorial de pessoas e agregados que vivam em condições indignas, nomeadamente de precariedade, insalubridade e insegurança”, é acrescentado no documento.

Com base na ELH, o município “pretende aumentar o número de fogos destinados a jovens e famílias que não encontram resposta no mercado privado por incompatibilidade entre os seus rendimentos e a renda praticada”, tendo em conta o acordo de colaboração firmado entre a câmara e o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), que programa soluções para 3.095 agregados (9.569 pessoas) que “vivem em condições habitacionais indignas”.

Num investimento total de 179 milhões de euros, a resposta estratégica passa pela reabilitação de frações ou prédios habitacionais, construção de prédios ou empreendimentos habitacionais e aquisição de frações ou prédios destinados a habitação.

O município tem vindo a exercer o direito de preferência nas transações entre particulares de frações habitacionais em áreas de reabilitação urbana, mas a vereadora Piedade Mendes salienta que se impõe “a adoção de estratégias complementares” para aquisição de habitações no mercado privado, com vista à sua entrega, “por via de concurso”, a beneficiários abrangidos pelo programa 1.º Direito.

Segundo a autarquia, os esclarecimentos devem ser requeridos através de e-mail ([email protected]) e o formulário para apresentação de proposta de venda de imóvel habitacional pode ser descarregado online no site da câmara.

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ECO da Campanha: o dia do ‘regresso’ de Pedro Passos Coelho

O segundo dia da campanha foi marcado por um regresso ao debate, neste caso nas rádios e do qual saíram sinais de consenso entre PS e AD sobre a Justiça e a Segurança Social.

Os líderes dos partidos com assento parlamentar (excepto o Chega, pois André Ventura ficou em campanha no Norte) encontraram-se pela última vez para um frente-a-frente já com a caravana da campanha eleitoral na estrada. Este é o ECO da Campanha.

Tema quente

PS e PSD admitem consensos sobre Segurança Social e Justiça.

O isco foi lançado por Pedro Nuno Santos: é preciso uma reforma profunda na Justiça e as receitas de novas concessões de autoestradas ou de portagens devem ser estudadas como fontes de financiamento para a Segurança Social.

Em ambos os momentos, Luís Montenegro não fechou a porta aos socialistas, admitindo, no primeiro ponto que o PSD esteve “sempre disponível para consenso em matérias-chave que têm de projetar durabilidade e estabilidade” e em relação ao segundo mostrou-se aberto a “uma discussão profunda sobre fontes financiamento, sustentabilidade e relação de confiança”.

A figura

Pedro Passos Coelho.

Luís Montenegro desfez o tabu em torno da presença de Pedro Passos Coelho na campanha eleitoral da AD. O líder da Aliança Democrática revelou que o antigo primeiro-ministro estará hoje, em Faro, para um jantar comício, depois de o ex-líder social-democrata não ter sido convidado para participar na convenção da AD, em janeiro.

O antigo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, discursa durante o comício da Aliança Democrática (AD) em Faro, no âmbito da campanha para as eleições legislativas de 10 de março, Faro, 26 de fevereiro de 2024.TIAGO PETINGA/LUSA

A frase

"Podem vir os papões todos, mas não há um problema de sustentabilidade da Segurança Social”

Paulo Raimundo, PCP

A surpresa

Pedro Nuno Santos sem médico de família.

Pedro Nuno Santos é um dos 1,7 milhões de portugueses sem médico de família. “Eu neste momento não tenho. Tem a minha mulher e o meu filho, mas eu não tenho”, afirmou esta manhã, no debate entre todos os partidos. Ainda assim, o líder socialista mantém-se confiante que o caminho a seguir é a aposta no Serviço Nacional de Saúde (SNS), frisando que o setor público na saúde tem dado “resposta aos problemas da minha família e dos portugueses”.

Prova dos 9

"[A pobreza] é a maior derrota desta década.”

Pedro Nuno Santos, PS

O líder do PS respondia aos moderadores do debate quando apontaram que cerca de dois milhões de pessoas vivem com um rendimento inferior a 591 euros por mês.

Os primeiros dados do Instituto Nacional de Estatística remontam a 2003, altura em que a taxa do risco de pobreza se encontrava acima dos 20%. Até hoje, esse valor permanece abaixo desse limiar, mas olhando para os dados do INE as conquistas são de pouca duração.

Em 2013, o número de portugueses em situação de pobreza voltou a agravar-se para níveis próximos do início da série, situando-se nos 19,3% (face a 18,7% em 2012), tendo seguindo uma tendência de decréscimo a partir de 2015, de 19% até atingir o ponto mínimo de 16,2% em 2019.

Em 2020, assistiu-se a um pico, agravado pela pandemia da Covid-19 e embora em 2021 a taxa de risco de pobreza tenha descido, esta voltou a agravar-se em 2022, um ano já marcado pela subida de preços e pela crise na habitação. Os últimos dados do INE indicam que 17,0% dos portugueses estavam em risco de pobreza em 2022, mais 0,6 p.p face ao ano anterior.

Taxa de risco de pobreza, Portugal, 2003-2022

 

Conclusão: Verdadeiro.

Norte-Sul

Findo o último debate em Lisboa, todos partidos — com exceção do Livre que ficou por Saldanha — desmobilizaram-se da capital para dar continuidade às campanhas na rua no resto do país.

Inês Sousa Real concentrou os esforços do PAN em Faro, distrito que recebeu também Luís Montenegro para uma visita ao futuro hospital Central do Algarve e um jantar-comício, com Pedro Passos Coelho, que aconteceu depois de uma paragem da AD em Beja. Por Évora esteve o Bloco de Esquerda também para um jantar-comício, depois de se ter juntado uma manifestação dos trabalhadores da Teleperformance em Lisboa.

De Lisboa, Pedro Nuno Santos rumou aos Açores para um jantar-comício em Ponta Delgada, enquanto Rui Rocha da Iniciativa Liberal (IL) optou por visitar o porto de Sines. Já a CDU, depois de uma passagem por Alverca, deslocou-se à Marinha Grande, em Leiria. André Ventura, o único ausente do debate da manhã, teve na agenda dois comícios: um ao almoço e outro ao jantar, em Aveiro e Sever do Vouga, respetivamente.

Na terça-feira as arruadas e comícios de Norte a Sul continuam. Dos Açores, o PS segue para a Madeira e a AD mover-se-á por Portalegre e Castelo Branco. Depois de Aveiro, André Ventura ruma a Braga, enquanto a Iniciativa Liberal desloca-se entre Beja e Faro, esta terça-feira.

Por Faro estará também a CDU, antes de fazer uma passagem por Setúbal, por onde passará o Bloco de Esquerda depois de marcar presença em Beja, distrito por onde o PAN passará antes de seguir para a capital. O Livre irá fazer campanha no Norte, entre o Porto e Braga.

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+M

Meo é a marca de telecomunicações que mais cresceu a nível global. Valorizou 57%

  • + M
  • 26 Fevereiro 2024

A Meo é a marca que mais cresceu a nível global e é também a mais valiosa entre as portuguesas. A esta segue-se a Nos, na 119ª posição, que cresceu 10% em valor de marca para os 524 milhões de euros.

A Meo foi a marca de telecomunicações que mais cresceu, apresentando uma subida de 57% do valor de marca para 934 milhões de euros em 2024, segundo o estudo “Telecoms 150 2024” da Brand Finance.

Este crescimento permitiu-lhe escalar 29 posições no ranking e alcançar o 84º lugar a nível mundial, sendo que a Meo é a marca portuguesa de telecomunicações mais valiosa e forte em Portugal.

Para o impulso no seu valor de marca contribuiu o processo de transformação da Altice, empresa-mãe da Meo, no que diz respeito às suas operações portuguesas, que resultou na transição de Altice Empresas para Meo Empresas, explica-se em comunicado.

Segundo o estudo, a Meo também “melhorou as suas perceções de cobertura alargada”, ocupando o segundo lugar mais forte em Portugal precedida pela Vodafone (cujo valor da marca caiu 13%, para 14,6 mil milhões de dólares), e “ocupa um lugar proeminente a nível mundial”.

Em nota de divulgação do estudo, refere-se ainda que a Meo Empresas “também dá prioridade à sustentabilidade e ao progresso da sociedade” e que a Meo “tem experimentado uma melhoria significativa na sua pontuação ambiental“, sendo que no entanto, “a marca ainda tem um longo caminho a percorrer para alcançar os atuais líderes nesta métrica no mercado português, a Vodafone, bem como o líder na cena mundial, a Safaricom”, marca que viu o seu valor cair 46% para 370 milhões de euros.

Entre as marcas portuguesas no ranking, a segunda melhor classificada é a Nos, que ocupa a 119ª posição. Esta cresceu 10% em valor de marca para os 524 milhões de euros, subida que se deve a “várias razões”, como “o bom desempenho financeiro e a constante procura dos seus produtos, especialmente em serviços móveis e de banda larga“, lê-se na mesma nota.

“Além disso, a Nos realizou projetos financiados que melhoraram o seu desempenho geral. Por outro lado, a escolha da Openvault para melhorar a experiência do consumidor em banda larga foi um passo importante para fortalecer a marca. Além disso, as unidades de negócios da Nos têm-se mostrado sólidas, com um crescimento constante no número de utilizadores de serviços móveis”, acrescenta-se.

Conforme diz citada em comunicado Pilar Alonso Ulloa, managing director da Brand Finance para Espanha, Portugal e América do Sul, “ambas as marcas estiveram na vanguarda da inovação tecnológica em Portugal, oferecendo serviços avançados como 5G e fibra ótica aos seus clientes. O foco na inovação tecnológica, campanhas de marketing eficazes, experiência do cliente e expansão de serviços são alguns dos fatores que contribuíram para uma perceção mais positiva da marca entre os consumidores portugueses”.

O ranking das marcas de telecomunicações mais valiosas é liderado pela Deutsche Telekom que subiu do segundo ao primeiro lugar depois de valorizar 17%, apresentando um valor de marca de 67,5 mil milhões de euros. Seguem-se no pódio duas marcas norte-americanas, a Verizon (66 mil milhões), que lhe viu ser roubada a primeira posição pela marca alemã, e a AT&T (45,3 mil milhões).

A Brand Finance analisa anualmente mais de seis mil das marcas mais importantes do mundo e publica mais de 100 relatórios nos quais classifica marcas de todos os setores e países. As 150 marcas de telecomunicações mais fortes e valiosas do mundo são incluídas no ranking anual Brand Finance Telecoms 150 2024.

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Líderes internacionais devem preparar-se “para que Rússia ataque”

  • Lusa
  • 26 Fevereiro 2024

"Todos nós fomos sujeitos a mais ataques em termos de informação e de ciberataques", diz o Presidente francês, que acredita que a UE se deve preparar "dentro de alguns anos" para que a Rússia ataque.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou esta segunda-feira que os líderes internacionais, incluindo da União Europeia (UE), devem preparar-se “para que a Rússia ataque”, devendo por isso “fazer mais” para apoiar a Ucrânia, de forma a que ganhe a guerra.

“Nos últimos meses, todos nós fomos sujeitos a mais ataques em termos de informação e de ciberataques e, ao mesmo tempo, verifiquei que praticamente todos os países representados à volta desta mesa puderam dizer […] que o consenso, a análise coletiva era que, dentro de alguns anos, deveríamos estar preparados para que a Rússia ataque”, declarou Emmanuel Macron.

Falando numa reunião de alto nível que o próprio convocou em Paris, e na qual Portugal está representado pelo primeiro-ministro, António Costa, o chefe de Estado francês salientou que “a conclusão coletiva é que, basicamente, a segurança de todos está agora em jogo”. Neste encontro em que participam 21 chefes de Governo ou de Estado e seis outros ministros, para apoio contínuo à Ucrânia quando se assinalam dois anos da invasão russa, Emmanuel Macron defendeu que este debate visa “um quadro de continuidade”.

“Em primeiro lugar, a Rússia não pode nem deve ganhar esta guerra na Ucrânia a bem da própria Ucrânia. Em segundo lugar, devemos garantir a nossa segurança coletiva, por isso, […] ainda mais claramente do que ontem, dados os ataques que estamos a sofrer, é também da nossa segurança que estamos a falar e, em terceiro lugar, todos concordamos que não desejamos entrar em guerra com o povo russo e que estamos determinados a manter a escalada sob controlo, como temos feito com sucesso desde o início do conflito”, elencou o responsável.

Apelando a “decisões fortes e um novo impulso”, Emmanuel Macron adiantou que esta reunião de alto nível serve para “partilhar todos os elementos que são úteis para caracterizar a situação se vive, e ver, a nível nacional e coletivo, como fazer mais […] em termos de apoio orçamental, mais em termos de apoio militar, mais em termos da capacidade disponibilizada, e também em termos da prossecução de acordos bilaterais” com a Ucrânia.

Numa mensagem transmitida em vídeo na ocasião, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, agradeceu a estes líderes internacionais “por todo o apoio”. “Nós, na Ucrânia, valorizamos muito o facto de termos amigos assim. Obrigado a todos os líderes e a todos os Estados que nos têm ajudado durante dois anos desta terrível guerra em grande escala […] e juntos temos de garantir que Putin [Presidente russo] não destrói as nossas conquistas e não expande a sua agressão a outras nações”, concluiu Volodymyr Zelensky.

Dois dias depois de se terem assinalado os dois anos da invasão russa do território ucraniano e numa altura em que a Ucrânia corre risco de ficar sem liquidez no final de março, Emmanuel Macron convocou uma reunião de alto nível para analisar os meios disponíveis para reforçar a cooperação entre os parceiros no apoio à Ucrânia.

Contando com um total de 27 líderes ou representantes de países da União Europeia (UE) e de outros, a ocasião serve para analisar como reforçar a cooperação entre os parceiros que apoiam a Ucrânia. No sábado, assinalou-se o segundo aniversário da guerra, ocasião na qual vários governos europeus insistiram na necessidade de fornecer equipamento militar e financiamento à Ucrânia.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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BCP diz que já pagou 480 milhões por causa do Novobanco. “Não é muito fácil pagar a um concorrente”, diz Nuno Amado

BCP volta a afastar o interesse no Novobanco e deixa mais farpas ao mecanismo de capitalização do Fundo de Resolução. “Não é muito fácil pagar a um concorrente”, disse Amado.

O BCP afasta o interesse no Novobanco. Aliás, sublinha que ainda está a pagar as contas relativas ao banco rival, tendo já desembolsado 480 milhões de euros, de acordo com o presidente do conselho de administração. “Neste momento estamos na fase de pagar. Não é muito fácil pagar a um concorrente, mas é o que estamos a fazer”, destacou Nuno Amado.

O banco foi uma das vozes mais críticas em relação ao mecanismo de financiamento do Fundo de Resolução, que injetou 3,4 mil milhões de euros no Novobanco nos últimos anos, tendo sugerido mudanças no esquema em várias ocasiões. E esta segunda-feira voltou a dar uma nova bicada. “É um modelo injusto e devia ser corrigido”, afirmou Miguel Maya.

Amado adiantou que a estratégia do BCP continua a ser de “crescimento orgânico”, isto é, sem aquisições de outros negócios. Ainda assim: “Se houver uma necessidade de analisar, temos a obrigação analisar. Mas [o Novobanco] não está na nossa agenda”, acrescentou o chairman durante a apresentação dos resultados anuais do banco.

Mais tarde, o CEO Miguel Maya reforçou a ideia de que o “Novobanco não faz parte da estratégia de crescimento do BCP”. “Não é relevante para o futuro do banco”, assegurou. Também referiu estar tranquilo caso o Novobanco seja comprado por outro rival. “Temos uma quota de mercado adequado”, explicou.

“Gratos” à Fosun e Sonangol

Sobre as mudanças na estrutura acionista, depois de a Fosun ter vendido 10% e de a Sonangol ter admitido a venda da sua posição, Miguel Maya revelou que não há preocupação tendo em conta que o banco português já superou a fase da normalização.

Estamos gratos, reconhecidos, foram e são muito importantes na vida do banco”, disse Miguel Maya. “Felizmente com o trabalho realizado o banco tem um capital tão robusto que não se antecipa que venha a precisar de capital”, referiu.

Nesse sentido, o CEO diz que é compreensível que, numa fase de normalidade, o banco tenha uma maior dispersão das ações em bolsa, como acontece na banca europeia e americana.

O lucro do BCP quadruplicou para 856 milhões de euros no ano passado e o banco vai pagar 30% dos resultados aos acionistas sob a forma de dividendos.

(Notícia atualizada às 18h38)

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Eleições: Debates em canal aberto com menos audiências do que em 2022

  • Lusa
  • 26 Fevereiro 2024

"Os portugueses mostraram maior interesse nos debates entre os outros partidos, pois acreditam que podem ter um papel muito importante para a estabilidade governativa do país", diz a análise.

Os debates transmitidos em canal aberto registaram uma “diminuição das audiências” face a 2022, enquanto nos de informação houve “um aumento do interesse”, de acordo com a análise da Universal McCann (UM), agência de meios do grupo Mediabrands.

O ciclo de debates para as legislativas de 10 de março arrancou em 05 de fevereiro, com o frente a frente entre Pedro Nuno Santos (PS) e Rui Rocha (Iniciativa Liberal) e terminou em 23 de fevereiro, com o debate entre todos os partidos com assento parlamentar, o qual “ficou na 8.ª posição dos debates mais vistos”.

“Analisando de forma global e com todos os debates já realizados é possível verificar uma diminuição das audiências dos debates face a 2022”, refere a UM, recordando que nas legislativas de 2022 houve nove debates “com uma audiência média superior a um milhão de telespetadores”, enquanto este ano apenas quatro debates ficaram “acima dessa fasquia”.

Os canais em sinal aberto emitiram sempre os debates do PS e Aliança Democrática (AD) contra outros partidos com assento parlamentar, tal como em 2022, “despertaram menos interesse” este ano face às últimas eleições (916 mil telespetadores versus 1,137 milhões em 2022).

Em sentido inverso, “encontram-se os debates transmitidos nos canais de informação, que registaram um aumento do interesse dos portugueses”, que apresentaram “um crescimento da audiência média (134 mil telespetadores vs 108 mil telespetadores em 2022)”, refere a UM.

Nota ainda para o facto de, em 2022, nos canais de informação, não ter havido nenhum debate com uma audiência média superior a 200 mil telespetadores, sendo que em 2024 tivemos quatro debates que ultrapassaram essa marca“, salienta a Universal McCann, referindo que “com a hipótese de maioria absoluta cada vez mais afastada, fica a ideia de que para governar, tanto PS e AD necessitam de fazer coligações/acordos”.

Nesse sentido, “os portugueses mostraram maior interesse nos debates entre os outros partidos, pois acreditam que estes partidos podem ter um papel muito importante para a estabilidade governativa do país“, considera a UM, na sua análise.

O debate mais visto foi “o frente a frente entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos”, confronto esse que foi transmitido em direto nos três canais generalistas (RTP1, SIC, TVI) e nos canais de informação (RTP3, SIC Notícias e CNN Portugal) e “visto por mais de 2,6 milhões de portugueses, a que correspondeu um ‘share’ total de 55,8%”.

O debate “registou uma maior afluência na SIC, sendo a estação que conseguiu colar mais espetadores à televisão naquele período, ultrapassando os 860 mil telespetadores”, enquanto “a TVI verificou uma média de 813 mil e a RTP1 626 mil”.

Agora, “olhando individualmente para cada um dos debates realizados nos canais generalistas e respetivos canais de informação, excluindo o debate entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos”, regista-se que “a TVI transmitiu os dois debates mais vistos”.

O primeiro, entre André Ventura (Chega) e Pedro Nuno Santos, atingiu uma audiência média de 1,219 milhões de telespetadores e um ‘share’ de 26,3%. Segue-se o debate entre Luís Montenegro e Mariana Mortágua (audiência média de 1,052 milhões e ‘share de 21,5%).

Em terceiro ficou o debate entre Luís Montenegro e Rui Rocha, transmitido pela SIC (audiência média de 1,026 milhões de telespetadores e ‘share’ 20,5%).

O último confronto entre todos os partidos com assento parlamentar, transmitido a partir das instalações da Nova SBE, em simultâneo na RTP1 e RTP3, “ficou na 8.ª posição dos debates mais vistos e contou com uma audiência média de 751 mil telespetadores (vs. 779 mil telespetadores em 2022), o que representou um ‘share’ de 16,9% (-0,1 p.p. vs. 2022)”.

No balanço das três semanas de debates e observando as audiências no total dia, entre os canais de informação, “é possível verificar um crescimento do ‘share’ da RTP3 (+0,1 p.p.) e da SIC Notícias (+0,1 p.p.) face ao mês de janeiro”.

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Sindicato dos Quadros e Técnicos Bancários junta-se à greve dos trabalhadores da CGD

Os trabalhadores da CGD marcaram uma greve para o próximo dia 1 de março, que consideram o aumento proposto pelo banco público como "inadmissível".

O SNQTB (Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários) anunciou esta segunda-feira que vai aderir à greve decretada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Empresas (STEC) do Grupo CGD, para o próximo dia 1 de março. O sindicato de trabalhadores da CGD considera o aumento salarial de 3,25% proposto pelo banco público “inadmissível”.

“O SNQTB, na defesa dos trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e que constitui também a defesa de todos os bancários, aprovou hoje, 26 de fevereiro 2024, em reunião de Direção, a adesão à greve decretada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Empresas (STEC) do Grupo CGD, a realizar no próximo dia 1 de março e com concentração agendada, no mesmo dia, pelas 12h00, junto à sede da Caixa Geral de Depósitos, na Av. João XXI, em Lisboa”, adianta o sindicato em comunicado.

O “SNQTB disponibiliza-se a pagar, através do seu fundo de greve, a perda de retribuição comprovadamente ocorrida a todos os seus sócios da CGD que adiram a esta greve do dia 1 de março”, acrescenta na mesma nota.

Caixa aprovou um aumento salarial médio de 3,25% para este ano, que será pago já a partir deste mês. Este valor fica aquém do pedido pelos sindicatos, que têm uma greve agendada para dia 1 de março.

A administração do banco está disponível para continuar a negociar, mas diz que não compreende “o intuito subjacente à convocatória” da paralisação, porque tem “a melhor proposta de revisão salarial do setor”. O STEC, o mais representativo do banco público, repudia o adiantamento feito pela gestão liderada por Paulo Macedo, que considera ilegal.

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CTT vai reverter regras do subsídio de mobilidade na Madeira

  • Lusa
  • 26 Fevereiro 2024

A IGF informa que ‘não se verificaram quaisquer mudanças nas regras de pagamento do SSM’ e que já foram dadas instruções aos CTT para retomar imediatamente o pagamento dos reembolsos.

A Inspeção Geral de Finanças (IGF) deu esta segunda-feira instruções aos CTT para retomar o pagamento do Subsídio Social de Mobilidade (SSM) conforme o regime inicial, contrariando as novas regras impostas na semana passada, indicou o Governo da Madeira.

“Em resposta enviada esta tarde à Secretaria Regional de Turismo e Cultura, a IGF informa que ‘não se verificaram quaisquer mudanças nas regras de pagamento do SSM’ e que já foram dadas instruções aos CTT para retomar imediatamente o pagamento dos reembolsos, acrescentando que não haverá qualquer prejuízo para os passageiros beneficiários, cujo prazo de reembolso tenha, entretanto, terminado”, esclarece o executivo em comunicado.

O Governo Regional (PSD/CDS-PP) recorda que, na quarta-feira, começaram a ser reportadas por cidadãos e agentes de viagens situações de impedimento no acesso do SSM por parte dos CTT devido à observação de novas regras no pagamento deste reembolso. Os CTT, que avançaram com os novos critérios sem informar o executivo madeirense, estavam então a exigir que nas faturas constasse a descrição das várias taxas, nomeadamente segurança, serviço a passageiros, combustível e emissão de bilhete.

Esta exigência era feita por segmento de voo, no caso de bilhetes de ida e volta, ou bilhetes one-way com mais de um segmento de voo, e afetava sobretudo as faturas de bilhetes emitidos pela TAP e SATA, assim como as das agências de viagens.

No comunicado, o executivo explica que a Secretaria Regional de Turismo e Cultura entrou rapidamente em contacto com as várias entidades envolvidas no processo do SSM, nomeadamente, os CTT, a Autoridade Nacional de Aviação Civil, a Inspeção Geral de Finanças e a Secretaria de Estado das Infraestruturas, enumerando os problemas causados e com o objetivo de reverter a introdução dos novos critérios.

“A resposta da IGF vem dar razão aos alertas lançados, mantendo-se assim garantidos os direitos dos passageiros da Madeira e Porto Santo ao regime do SSM”, refere o executivo madeirense, que se encontra em gestão desde 05 de fevereiro, devido à exoneração do presidente, Miguel Albuquerque, na sequência do processo que investiga suspeitas de corrupção na Madeira.

O Subsídio Social de Mobilidade entrou em vigor em setembro de 2015, quando os residentes na Madeira passaram a pagar 86 euros nas ligações ida e volta para o território continental e 119 para os Açores, valor que pode ser acrescido se exceder o teto máximo de 400 euros, sendo de 65 euros para os estudantes.

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Inscrições na competição Astronauta por um Dia alargadas até 28 de fevereiro

  • Joana Abrantes Gomes
  • 26 Fevereiro 2024

Agência Espacial Portuguesa promove competição "Astronauta por um Dia" pelo terceiro ano consecutivo. Inscrições decorrem até esta quarta-feira, dia 28 de fevereiro.

O período de inscrições para a primeira fase da terceira edição da competição nacional Astronauta por um Dia, promovida pela Agência Espacial Portuguesa, foi alargado até à próxima quarta-feira, dia 28 de fevereiro.

Na primeira fase, os candidatos têm de enviar um vídeo de motivação com duração máxima de 45 segundos e preencher um formulário com informações gerais. As candidaturas podem ser submetidas através do website oficial www.astronautaporumdia.pt, no qual também está disponível o regulamento da competição.

Apenas 250 dos inscritos nesta etapa inicial serão selecionados para a segunda fase, que consiste numa prova de memória, velocidade e raciocínio espacial. Na terceira fase, 100 candidatos serão avaliados numa prova de aptidão física e, finalmente, 50 serão convocados para uma entrevista, a partir da qual serão escolhidos os 30 finalistas.

Os 30 finalistas terão depois a oportunidade de participar num voo parabólico, de gravidade zero, mas cada candidato só será considerado apto para voar após a realização de um exame médico. O voo está marcado para 29 de setembro, partindo da Base Aérea n.º 11 da Força Aérea Portuguesa, em Beja.

Podem candidatar-se ao Astronauta por um Dia todos os alunos do ensino básico ou secundário do sistema de ensino português, com idades entre os 14 e os 18 anos à data do voo, e que estejam no máximo no 11.º ano de escolaridade no ano letivo em curso.

Citado em comunicado, o diretor executivo da Agência Espacial Portuguesa expressou a sua satisfação com o número recorde de candidaturas recebidas este ano. “Estamos a registar um número de candidaturas superior ao das edições anteriores do programa, mas queremos potenciar a receção de candidatos com backgrounds diversos e de várias áreas de estudo”, explicou Hugo Costa.

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AD cita Centeno em apresentação focada na classe média e lança farpas à “instrumentalização” do IGCP

AD destaca medidas para a classe média como a redução dos impostos, propostas para a habitação acessível e para incentivar a natalidade e o aumento do orçamento da cultura.

A Aliança Democrática decidiu fazer uma apresentação para mostrar as medidas que são dirigidas para a classe média, passando pelos salários, impostos, natalidade e cultura. Numa sessão no ISCTE que incluiu perguntas dos alunos, Joaquim Miranda Sarmento recomendou um livro de Mário Centeno e citou economistas como Samuelson, criticando ainda a “gestão política” da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) para conseguir o “brilharete” de ter a dívida pública abaixo dos 100% do PIB.

“O nosso programa tem tido mais atenção na parte económica e fiscal, queremos mostrar em que é que o programa eleitoral vai impactar na vida da classe média e dos jovens”, explicou Joaquim Miranda Sarmento, na apresentação do programa da Aliança Democrática para a classe média.

Paulo Núncio, candidato por Lisboa, começou por explicar as medidas em quatro áreas centrais: salários, impostos, habitação e natalidade. Destacou medidas como a redução das taxas de IRS até ao 8º escalão, a substituição do congelamento das rendas por apoios e subsídios a arrendatários mais vulneráveis e o acesso universal e gratuito à creche e pré-escolar.

Já Miranda Sarmento destacou medidas na saúde, como o programa de emergência para os primeiros 60 dias, na proteção social, nomeadamente a medida para o complemento solidário para idosos, na educação – tanto para uma escola pública “de qualidade” como para o acesso à universidade – e cultura, tendo em vista aumentar o orçamento para esta área.

Na parte de perguntas e respostas, um dos alunos questionou Miranda Sarmento relativamente às suas declarações de 2021 sobre o salário mínimo e como evoluíram para o programa de agora. O economista explicou que fez essas declarações em outubro de 2021: “Nessa altura, a inflação de 2020 tinha sido zero e crescimento da produtividade próximo de zero, se há coerência é que naquele momento, num contexto de elevada incerteza do período de pandemia, o aumento me parecia demasiado elevado para o que tinha sido comportamento da economia portuguesa”.

“A produtividade não se alterou, naquele momento e continuo a achar, o aumento do salário mínimo que era de quase 10% era muito elevado”, diz, apesar de salientar que nunca criticou aumentos do salário mínimo. Nesta resposta, a um jovem que tinha uma sweatshirt do PS, Miranda Sarmento aproveitou ainda para recomendar um livro da Fundação Francisco Manuel dos Santos, escrito por Mário Centeno, sobre subidas do salário mínimo acima da inflação e produtividade. “Vais ficar surpreendido sobre aquilo que em 2013 Centeno defendia, com base na investigação académica”, apontou.

Miranda Sarmento explicou também o racional por detrás do salário médio, que tem por base o cenário macroeconómico e a produtividade. Mas assumiu que é difícil prever certas componentes citando o economista Paul Samuelson e recordando uma piada antiga: “Deus inventou os economistas para parecer que os meteorologistas acertam muito”, gracejou.

O antigo líder parlamentar do PSD criticou ainda a forma como o governo socialista conseguiu o “brilharete” na dívida pública, apontando que “houve uma gestão política do ICGP nas últimas semanas de dezembro”. “A dívida pública ficaria ligeiramente acima de 100% e ficou ligeiramente abaixo”, salientou, ainda que tal só sirva para “número político, para se vir dizer que se colocou a dívida abaixo dos 100%”.

Como o ECO já tinha escrito, o IGCP, que está sob a tutela do ministro das Finanças, conseguiu fazer com que a República terminasse o último ano com um rácio da dívida equivalente a 98,7% do PIB, como resultado de uma redução de 9,4 mil milhões de euros do stock da dívida. Para Miranda Sarmento, o IGCP “não deve ter qualquer tipo de instrumentalização política”, mas tal aconteceu, o que “é grave”.

Veja algumas das principais medidas apresentadas pela AD para as áreas que considera prioritárias para a classe média:

  • Reduzir taxas de IRS até ao oitavo escalão e ter IRS Jovem com taxa máxima de 15%;
  • Integrar crianças dos 0-3 anos no sistema educativo e acesso universal e gratuito à creche do pré-escolar;
  • Programa de emergência na saúde que dê médico de família a todos os portugueses;
  • Duplicar consignação do IRS, de 0,5% para 1%;
  • Aumentar o alojamento estudantil através da requalificação do parque imobiliário do estado com PRR e PT2030;
  • Aumentar orçamento para a cultura em 50% em quatro anos.

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Prejuízos da Pharol baixam em 2023 para 970 mil euros

  • Lusa
  • 26 Fevereiro 2024

O grupo indicou ainda que os seus capitais próprios terminaram o ano com um valor de 68,1 milhões de euros, uma redução de 1,59 milhões de euros face a dezembro de 2022.

A Pharol registou, no ano passado, prejuízos de 970 mil euros, que comparam com os resultados líquidos negativos de 2,51 milhões de euros do período homólogo, indicou a empresa, em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O resultado líquido da Pharol em 2023 foi negativo em 970 mil euros, tendo os custos operacionais recorrentes de 2,2 milhões de euros sido parcialmente compensados com ganhos na revalorização ao justo valor dos ativos financeiros de tesouraria, de 1,1 milhões de euros, e os juros líquidos, de 180 mil euros”, destacou a empresa, na mesma nota.

O EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) da Pharol foi negativo em 2,22 milhões de euros, face aos 2,17 milhões de euros negativos de 2022, revelou.

O grupo indicou ainda que os seus capitais próprios terminaram o ano com um valor de 68,1 milhões de euros, uma redução de 1,59 milhões de euros face a dezembro de 2022, que reflete o “resultado negativo gerado em 2023 no montante de 970 mil euros” e a “desvalorização da participação na Oi em 3,86 milhões de euros parcialmente compensada pela alienação das ações no valor de 3,2 milhões de euros e pelas variações cambiais de 0,15 milhões de euros”.

A Pharol lembrou que no exercício de 2023 “reduziu a sua participação para 0,18% na Oi (sem ações de tesouraria)”.

“A venda da quase totalidade da participação que a Pharol detinha na empresa brasileira Oi, realizada durante 2022 e 2023, teve como principal consequência interna a cada vez maior concentração de esforços da gestão na tentativa de aceleração dos processos judiciais que a empresa mantém em diversas geografias”, disse o presidente da empresa, Luís Palha da Silva, citado no documento.

Por outro lado, “no Luxemburgo, o processo de falência da Rio Forte arrastou-se, sem que tivesse sido apresentada até hoje uma lista de credores”, lamentou o gestor, indicando ainda que “o mesmo aconteceu em Portugal, onde os processos jurídicos” em que a empresa está envolvida “têm evoluído de forma lenta”.

A Pharol sofre, de forma severa, os prejuízos resultantes de repetidas manobras dilatórias e da inércia atávica da justiça no nosso país, não tendo sido possível evitar um crescimento de custos jurídicos em 2023”, salientou. A empresa deu ainda conta da redução de custos, que contribuiu para a melhoria dos prejuízos.

“Em 2023 e 2022, o número médio de colaboradores foi de 17”, referiu, explicando que, no ano passado, “a redução do valor dos custos com o pessoal é sobretudo devido à proposta dos órgãos sociais da empresa na diminuição dos seus salários em cerca de 20% com início em abril de 2022”. Os custos com pessoal no ano passado ascenderam a 849.109 euros.

Em 31 de dezembro de 2023, a Pharol detinha como principais ativos os instrumentos de dívida da Rio Forte Investments S.A. “com um valor nominal de 897 milhões de euros e atualmente valorizados em 51,9 milhões de euros”, o “investimento nas carteiras de ações e obrigações no valor de 25,8 milhões de euros” caixa e equivalentes de caixa “no valor de 17,2 milhões de euros e “1.092.584 ações ordinárias da Oi S.A., representativas de 0,18% do respetivo capital social (sem ações de tesouraria), com o valor de 130 mil euros”, lembrou.

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