Mortágua recusa Portugal como “meca dos salários baixos” para multinacionais

  • Lusa
  • 26 Fevereiro 2024

No meio da manifestação dos trabalhadores da Teleperformance, a líder do BE disse "não, obrigada" às multinacionais que se instalam em Portugal para "pagar abaixo do salário mínimo".

A coordenadora bloquista, Mariana Mortágua, defendeu esta segunda-feira que o BE nunca vacilou em estar do lado de quem trabalha e contra quem explora os trabalhadores, considerando que Portugal não pode ser “a meca dos baixos salários” para as multinacionais.

Depois da manhã dedicada ao debate nas rádios entre quase todos os líderes parlamentares, a caravana bloquista arrancou para o segundo dia oficial de campanha ao juntar-se ao protesto de centenas de trabalhadores da Teleperformance, em Lisboa. De microfone na mão a falar para os trabalhadores concentrados nas escadas do edifício, Mariana Mortágua, visivelmente emocionada a dada altura, defendeu que “há duas formas de estar na vida e de estar na política” porque “ou se está com quem trabalha ou se está com quem quer lucrar e explorar quem trabalha”.

“Os partidos têm que fazer uma escolha: de que lado é que estão. Eu e o meu partido nunca vacilámos, pusemos a palavra precariedade no mapa, estivemos ao vosso lado em todas as lutas e estamos agora, faça chuva ou faça sol”, assegurou. A líder do BE disse “não, obrigada” às multinacionais que se instalam em Portugal “para explorar trabalhadores, para lhes pagar abaixo do salário mínimo”, defendendo que trabalhadores da Teleperformance “têm todo o direito a lutar por melhores salários” e deixando um agradecimento a estas centenas de pessoas por estarem a “lutar por um país mais digno”.

“Um país que não aceita explorar o trabalho porque isto não é dignidade, não é modernidade, não é crescimento económico”, disse, deixando depois umas palavras em inglês porque havia muitos trabalhadores de outros países presentes. Antes, aos jornalistas, Mariana Mortágua tinha defendido que “Portugal não pode ser a meca dos baixos salários, não pode ser o país que atraí multinacionais porque paga salários de miséria”.

“Esta é uma manifestação histórica. Quando a direita fala de grandes multinacionais que se instalam em Portugal este infelizmente é o modelo que temos: uma enorme multinacional que se recusa a pagar o salário mínimo porque diz que a residência que dá, a cama que dá aos trabalhadores já faz parte do salário e que se recusa a pagar os prémios aos trabalhadores”, descreveu.

Em causa, nas palavras da líder do BE, estão “milhares de jovens qualificados que recebem o salário mínimo nacional ou abaixo dos mil euros”. “A luta pelos salários melhores, a luta que impeça os jovens de emigrar está aqui, está nestas pessoas que se manifestam hoje nesta manifestação histórica”, enfatizou.

Para Mortágua esta é uma reivindicação justa e “Portugal não serve para isto” porque “não pode ser o offshore dos baixos salários onde milhares de jovens qualificados trabalham por uma casa e isso é considerado parte do seu salário”. “Muitas vezes quando a direita diz que é preciso atrair multinacionais para Portugal, aqui está um exemplo de um modelo errado”, reiterou.

Centenas de trabalhadores da Teleperformance estão esta segunda-feira concentrados, em Lisboa, reivindicando o aumento dos salários e o fim dos cortes nos prémios. Os trabalhadores exigem ainda a progressão salarial de acordo com a antiguidade na empresa, o fim dos cortes nos bónus e da obrigatoriedade do pagamento do subsídio de refeição em cartão de refeição, que também querem ver aumentado.

A Teleperformance é uma multinacional, com presença em mais de 90 países e com cerca de 500.000 trabalhadores. Em Portugal, conta com, aproximadamente, 14.000 trabalhadores e presta serviço a empresas como TAP, EDP, BPI, Santander, Meta, Google, Microsoft e Netflix.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Intermarché reforça posicionamento de proximidade em nova campanha

  • + M
  • 26 Fevereiro 2024

Com criatividade da Havas, produção da Still e planeamento de meios da Universal McCann a campanha está presente em televisão, rádio, imprensa, newsletter, loja online e pontos de venda.

Com o objetivo de reforçar o seu posicionamento enquanto “supermercado de referência” nas diferentes regiões do país, o Intermarché lançou a nova campanha “O super daqui”. A criatividade é da Havas e a produção da Still. Já o planeamento de meios ficou a cargo da Universal McCann.

“Mais do que um supermercado, o Intermarché é parte da comunidade. A campanha ‘O Super Daqui’ celebra essa relação próxima, demonstrando que oferecemos o melhor de cada região, respeitando a tradição e os sabores endógenos através do apoio à produção local, o que nos permite disponibilizar produtos frescos e de confiança a preços competitivos”, diz Cristina Figueiredo, administradora Intermarché, citada em comunicado.

No spot televisivo, um pai diz ao filho, enquanto saem do carro, que estão a ver o melhor da sua terra, como sabores, aromas e uma frescura que “só podia ser daqui”, mostrando-se depois que estão em frente a uma loja Intermaché.

Além de estar em televisão, a campanha “O Super Daqui” marca também presença em rádio, imprensa, newsletter, loja online e pontos de venda.

A campanha visa assim “reforçar a proximidade com as pessoas, promovendo uma relação assente na garantia da origem, qualidade, confiança, sustentabilidade e oferta dos melhores preços”, bem como refletir valores da insígnia do Grupo os Mosqueteiros como o apoio aos produtores locais, segundo se explica em nota de imprensa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BCP vai pagar dividendos de 256,8 milhões aos acionistas

Com lucros históricos de 856 milhões de euros, a gestão do BCP vai propor a distribuição de 30% do resultado pelos acionistas, o equivalente a 257 milhões de euros em dividendos.

O BCP está de regresso aos dividendos depois dos lucros históricos de 856 milhões de euros. A comissão executiva liderada por Miguel Maya vai propor aos acionistas a distribuição de 30% desse resultado, o equivalente a 256,8 milhões de euros.

É um pagamento “adequado dentro do equilíbrio dos diferentes interesses” do banco, adiantou o CEO, Miguel Maya, na apresentação dos resultados, lembrando que a decisão final é dos acionistas em assembleia geral.

O payout passa dos 10% para os 30% num “ano de transição”, sendo que Miguel Maya espera que 2024 seja o “ano de normalidade”.

Nuno Amado destacou que o objetivo do banco passa por pagar dividendos “de uma forma consistente”. “Vamos continuar a fazer de uma forma clara“, sinalizou o chairman do BCP.

O BCP regressou aos dividendos em 2019, depois de uma ausência de dez anos, mas em 2020 e 2021 não pagou dividendos.

(Notícia atualizada às 18h48)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BCP quadruplica lucros para 856 milhões em 2023

BCP registou lucros de 856 milhões de euros no ano passado, mais do que quadruplicando face a 2022. Margem financeira disparou com a subida das taxas de juro do BCE.

À boleia da subida das taxas de juro, o BCP conseguiu multiplicar os lucros por quatro vezes no ano passado, atingindo um resultado histórico de 856 milhões de euros, anunciou a instituição liderada por Miguel Maya esta segunda-feira.

“São bons resultados. Hoje em dia parece que há vergonha de apresentar resultados. Nós temos muito orgulho nos nossos resultados“, frisou o CEO do banco em conferência de imprensa.

Mais tarde, questionado sobre se os bancos poderiam ser o alvo dos políticos em plena campanha eleitoral, Miguel Maya referiu que o que o BCP está “a fazer é em proveito de Portugal: é bom para o banco, para os acionistas, para os trabalhadores, para as famílias”. Mas “há pessoas que vão utilizar isso [lucros dos bancos], então é deixar utilizá-los”, atirou.

Miguel Maya enfatizou a subida da rentabilidade (ROE) para 16%, mas lembrou a história dos últimos dez anos em que se situou, em média, nos 1,1%.

O resultado ficou ligeiramente acima do esperado pelos analistas sondados pela Reuters, que apontavam, em média, para um lucro à volta dos 835 milhões de euros.

A margem financeira (diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros cobrados nos depósitos) disparou 31,4% para 2,8 mil milhões de euros, beneficiando do contexto da subida das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE). As comissões estabilizaram nos 772 milhões de euros.

Contas feitas, os proveitos core do BCP subiram 23,1% para 3,6 mil milhões de euros. Subtraindo os custos operacionais, que cresceram 8,3% para 1,2 mil milhões, o resultado operacional core aumentou 31,7% ara 2,43 mil milhões.

O banco contou ainda com uma receita extraordinária de 139 milhões de euros com a alienação de 80% do negócio segurador na Polónia. O mercado polaco continua a ser um tema desafiante para o BCP por conta do tema relacionado com os empréstimos em francos suíços, que levou ao registo de provisões de 623 milhões de euros devido aos riscos legais só no ano passado (acumula provisões de 1,6 mil milhões). Quanto às imparidades para o risco de crédito, caíram 20% para 249 milhões de euros.

Negócio encolhe em Portugal

Ao nível do balanço, o BCP registou um aumento de 2,5% dos depósitos para 77,9 mil milhões de euros. Em Portugal, ainda assim, os depósitos tiveram um decréscimo de quase 3% para 51,2 mil milhões.

No crédito, a carteira de empréstimos encolheu 1,6% para 56,8 mil milhões devido à redução “virtuosa” dos empréstimos problemáticos mas também aos reembolsos antecipados e a uma menor procura de crédito pelas empresas. Em Portugal, a redução foi mais intensa: o crédito caiu quase 4% para 38,6 mil milhões de euros.

O banco anunciou que vai distribuir 30% dos resultados pelos acionistas, o que confere um dividendo de mais de 250 milhões de euros.

(Notícia atualizada às 18h53)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Catalães da Vertix entram em Portugal com investimento de 27 milhões num hotel em Lisboa

  • Ana Petronilho
  • 26 Fevereiro 2024

Antigo Miraparque, junto ao Corte Inglés e ao Parque Eduardo VII, vai abrir portas sob a alçada de uma das marcas da Marriott, a AC Hotels, e vai ficar posicionado na categoria de quatro estrelas.

Os promotores imobiliários catalães da Vertix entraram em Portugal com um investimento de 27 milhões de euros num hotel. Em causa está o antigo Hotel Miraparque, junto ao El Corte Inglés e ao Parque Eduardo VII, que depois de obras de requalificação irá abrir portas sob alçada de uma das marcas Marriott.

A notícia foi avançada pelo jornal Expansión que conta ainda que o hotel tem 98 quartos e está posicionado na categoria de três estrelas, mas vai abrir depois de reposicionado na categoria de quatro estrelas.

A promotora – que é propriedade da família Massot – tem, em Espanha, uma aliança com a família de Antonio Catalán, presidente da AC Hotels by Marriott, que está a gerir três imóveis da Vertix: os hotéis Sabatic, em Sitges (na zona de Barcelona), o AC Hoteles Gavà e AC Hoteles Sants. O negócio em Lisboa é outro dos frutos desta parceria.

A Vertix tem vindo a investir em imóveis de hotelaria devido às oscilações do mercado residencial sendo que, segundo o Expansión, em média, a promotora arranca com obras em cerca de 200 casas por ano e entrega um valor semelhante, tendo, sobretudo, projetos na Catalunha, mas também com atividade em Madrid, Ilhas Baleares e Valência.

Em 2023, a Vertix registou um volume de negócios de 80 milhões de euros e este ano tem planos para investir 60 milhões de euros.

O Hotel Miraparque era um dos poucos hotéis na capital que funcionava sob gestão de uma família, fora de grandes cadeias hoteleiras. As obras do edifício que agora é propriedade da Vertix terminaram em 1946, sendo que, na altura, o proprietário era a empresa de José de Souza Braz, que desde 1923 era também o dono da Pensão Tivoli, na Avenida da Liberdade.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto vence Prémio IN3+

Esta ideia foi distinguida entre mais de 215 candidaturas que envolveram mais de 700 participantes de todos os quadrantes. O objetivo é criar identidade climática digital do cidadão.

O projeto AYR.ID – Identidade climática digital, do Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto (CEiiA), em Matosinhos, foi o grande vencedor da 4.ª edição do Prémio IN3+, considerado o maior prémio de apoio à inovação e investigação nacional no valor de um milhão de euros, revelou a Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM).

Esta ideia foi distinguida entre mais de 215 candidaturas que envolveram mais de 700 participantes de todos os quadrantes – investigação, desenvolvimento, investimento, empreendedorismo, tecnologia – e mais de 70 entidades de vários setores.

José Rui Felizardo, fundador e CEO do CEiiA, considerou “esta iniciativa da Casa da Moeda muito importante na promoção de uma cultura de mérito em Portugal, permitindo destacar o que melhor se faz no país, como comprovam os projetos finalistas desta edição”. Lamentou, contudo, o facto de muitas das vezes o reconhecimento vir de fora de Portugal. “Tem sido mais fácil sermos reconhecidos internacionalmente do que no nosso país”, sublinhou o fundador e CEO do CEiiA.

Segundo este centro de Matosinhos, “a tecnologia, que suporta o AYR.ID, surgiu num projeto-piloto com a Uber, tem sido testada em várias cidades no mundo e já foi várias vezes distinguida internacionalmente, nomeadamente pela iniciativa New European Bauhaus e no Impact Challange on Climate da Google”.

Tem sido mais fácil sermos reconhecidos internacionalmente do que no nosso país”, sublinhou o

José Rui Felizardo

Fundador e CEO do CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto

De acordo com o CEiiA, “com a AYR.ID reforça-se a importância de dar visibilidade efetiva ao contributo de cada um no combate às alterações climáticas. Através do Número de Identificação Climático (NIC), indexa-se a dimensão da ‘sustentabilidade’ do dia-a-dia das pessoas à sua identidade digital“.

O Prémio IN3+ é uma iniciativa da INCM, em parceria com a Agência Nacional de Inovação (ANI) e com o auto patrocínio do Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa.

CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto vence Prémio IN3+

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lagarde afasta cortes das taxas de juro até que a “inflação desça até aos 2% de forma sustentável”

A presidente do BCE voltou a não se comprometer com cortes nas taxas diretoras, lembrando que isso só poderá acontecer quando a taxa de inflação baixar de forma sustentável para os 2%.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE) voltou a não se comprometer com cortes nas taxas diretoras. Num discurso dirigido ao Parlamento Europeu esta segunda-feira, Christine Lagarde referiu que antevê um prosseguimento do atual processo desinflacionista, “mas que o Conselho do BCE precisa de estar confiante de que nos conduzirá de forma sustentável ao nosso objetivo de 2%”, para alterar o rumo da política monetária.

Lagarde referiu também que “espera-se que a inflação continue a abrandar, à medida que o impacto dos anteriores choques ascendentes se desvanece e que as condições de financiamento restritivas ajudam a reduzir a inflação” e que o BCE continuará a “seguir uma abordagem dependente dos dados para determinar o nível e a duração adequados das restrições, tendo em conta as perspetivas de inflação, a dinâmica da inflação subjacente e a força da transmissão da política monetária.”

Aos deputados europeus, Lagarde referiu que “a forte descida da inflação global que se seguiu e as expectativas de inflação a mais longo prazo firmemente ancoradas atuam como uma salvaguarda contra uma espiral sustentada dos preços dos salários”, sublinhando que as pressões salariais continuam fortes no seio da Zona Euro.

Prevê-se que o crescimento dos salários se torne um motor cada vez mais importante da dinâmica da inflação nos próximos trimestres, refletindo a procura de compensações para a inflação por parte dos trabalhadores e a rigidez dos mercados de trabalho”, lê-se no discurso de Lagarde.

Simultaneamente à evolução dos salários dos trabalhadores, a presidente do BCE revela que “a contribuição dos lucros – que recentemente foi responsável por grande parte do aumento das pressões sobre os custos internos – está a diminuir, o que sugere que, como esperado, os aumentos dos custos do trabalho são parcialmente amortecidos pelos lucros e não estão a ser totalmente transmitidos aos consumidores.”

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Eleições do FC Porto marcadas para 27 de abril

  • Lusa
  • 26 Fevereiro 2024

O ato eleitoral realiza-se num sábado, entre as 09:00 e as 20:00, num fim de semana em que também está prevista a receção dos 'dragões' ao Sporting, da 31.ª jornada da I Liga.

As eleições dos órgãos sociais do FC Porto para o quadriénio 2024-2028 estão agendadas para 27 de abril, no Estádio do Dragão, no Porto, confirmou esta segunda-feira à agência Lusa a Mesa da Assembleia Geral do vice-campeão nacional de futebol.

O ato eleitoral realiza-se num sábado, entre as 09:00 e as 20:00, num fim de semana em que também está prevista a receção dos ‘dragões’ ao Sporting, da 31.ª jornada da I Liga.

De acordo com os estatutos do FC Porto, o sufrágio tem de ser efetuado, no máximo, até 30 de abril, sendo que a sua data deve ser comunicada pela Mesa da Assembleia Geral, atualmente liderada por José Lourenço Pinto, com uma antecedência mínima de 60 dias.

As candidaturas têm de divulgar os nomes para a presidência dos órgãos sociais até 30 dias antes das eleições e podem anunciar as respetivas listas na íntegra até 17 de abril.

Detentor de 15 mandatos ininterruptos à frente do FC Porto e dirigente com mais títulos e longevidade do futebol mundial, Pinto de Costa vai concorrer com André Villas-Boas, ex-treinador da equipa principal de futebol, e o empresário Nuno Lobo, derrotado em 2020.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pedro Passos Coelho junta-se a Montenegro em jantar-comício da AD em Faro

Depois de se ter recusado a esclarecer, Montenegro confirmou aos jornalistas que o antigo primeiro-ministro e líder social democrata vai participar na campanha eleitoral, em Faro, esta noite.

Pedro Passos Coelho vai marcar presença no jantar-comício da Aliança Democrática (AD), esta noite, em Faro. A confirmação foi dada pelo líder do PSD, Luís Montenegro, depois de esta manhã, no debate entre todos os partidos, não ter esclarecido se o antigo primeiro-ministro e líder dos sociais-democratas iria participar na campanha eleitoral.

À margem de uma visita à Herdade da Figueirinha, em Beja, Luís Montenegro convidou os jornalistas a marcar presença em Faro, dado que o jantar-comício, marcado pelas 19h, “contará com a participação de dr. Pedro Passos Coelho“. Questionado sobre em que consistirá a sua participação, o líder do PSD manteve o suspense: “Já vamos ver”.

Esta manhã, durante o debate entre todos os partidos promovido pelas rádios, o Luís Montenegro já tinha sido desafiado a dizer se conta ou não com Pedro Passos Coelho na campanha eleitoral, não adiantando muitos detalhes. “Logo veremos”, disse, na altura.

A presença de Pedro Passos Coelho na campanha eleitoral da AD tem sido um dos temas quentes desta campanha eleitoral, depois de o ex-líder social democrata não ter sido convidado para participar na convenção da AD, em janeiro. Na altura, vários sociais-democratas, nomeadamente o ‘vice’ do PSD, Miguel Pinto Luz, e o secretário-geral, Hugo Soares, justificaram a decisão por considerar que aquele não era o momento de ex-líderes do PSD.

Depois deste momento, a alegada tensão entre o atual e o antigo líder do PSD tem sido sucessivamente recordada pelos oponentes partidários. No último frente-a-frente entre os dois maiores partidos, Pedro Nuno Santos questionou o adversário social-democrata se o legado de Passos Coelho – numa altura em que a AD procura reconciliar-se com os pensionistas – tinha sido o motivo para não convidar o antigo primeiro-ministro para a convenção do partido, em janeiro.

“Nós teremos na campanha eleitoral os nossos antigos líderes”, assegurou Luís Montenegro, ironizando: “O engenheiro Sócrates virá, naturalmente, da Ericeira, reforçar a campanha”. A isto, Pedro Nuno Santos recordou: “Ele já não é militante do PS”.

Notícia atualizada às 16h48

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Proposta da Comissão Europeia é “claramente insuficiente”, critica ministra da Agricultura

  • Joana Abrantes Gomes
  • 26 Fevereiro 2024

"Quando foi definido o pacote financeiro para este período de financiamento, claramente as condições eram outras e há uma perda do apoio ao rendimento atribuído ao agricultor", apontou a ministra.

A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, considerou esta segunda-feira que a proposta da Comissão Europeia para resolver os problemas do setor agrícola é “claramente insuficiente”, apelando a uma proposta “mais robusta” para garantir o rendimento dos agricultores.

“A Comissão [Europeia] apresentou-nos uma proposta que consideramos claramente insuficiente e pedimos a todos que, nas próximas semanas, seja apresentada uma proposta mais robusta, mais ambiciosa e que isso aconteça antes do próximo AGRIFISH [Conselho Agricultura e Pescas] e mesmo antes do Conselho Europeu“, afirmou a governante, em declarações aos jornalistas à saída da reunião com os seus homólogos europeus, em Bruxelas.

Falando à RTP3, Maria do Céu Antunes revelou que a presidência belga do Conselho da União Europeia (UE) fez “uma auscultação aos Estados-membros”, tendo recolhido mais de 500 propostas de simplificação administrativa e de regras para criar melhores condições para a execução da Política Agrícola Comum (PAC).

“Percebemos que, quando foi definido o pacote financeiro para este período de financiamento [2021-2027], claramente as condições eram outras e há, no fundo, uma perda do apoio ao rendimento atribuído ao agricultor”, apontou.

A ministra disse que existe “alguma expectativa” em relação à proposta “robusta” da Comissão Europeia, mas adiantou que Bruxelas já apresentou um conjunto de iniciativas “muito relevantes”, nomeadamente no que diz respeito à “flexibilidade das boas condições agrícolas e ambientais (BCAA)” nos números 1, 6, 7 e 8, que são “condicionantes para [os agricultores] terem acesso a estes apoios”.

Além disso, continuou, a Comissão “está a estudar a possibilidade de excecionar as sanções para 2024 para quem não cumpra estes requisitos”, bem como a de “poder acionar ou para que os Estados-membros possam acionar a todo o tempo cláusulas de força maior”, acrescentou.

“Por outro lado, condições excecionais para garantir que os agricultores possam continuar e prosseguir a sua atividade”, acrescentou, notando ainda que há países que pretendem uma condição para “acionar uma cláusula travão para a entrada de ovos e frangos a partir da Ucrânia”.

A proposta do Executivo comunitário, anunciada na quinta-feira, passa pela simplificação de regras da PAC, como as dos controlos agrícolas, e avançar com um inquérito online, entre março e maio, para ouvir as queixas do setor. Entre as regras a simplificar incluem-se alguns requisitos de condicionalidade que os agricultores da União Europeia (UE) têm de cumprir e a isenção das pequenas explorações agrícolas, com menos de dez hectares, dos controlos relacionados com o cumprimento destes requisitos.

O Governo português, segundo Maria do Céu Antunes, pediu três condições, nomeadamente a “flexibilidade entre pilares“, uma “excecionalidade da BCAA 7, que tem a ver com a rotação de culturas ou com a segunda cultura“, e que as novas medidas que advenham do Pacto Ecológico Europeu sejam incorporadas apenas na nova PAC, em 2027.

“O que estamos a pedir é uma derrogação, um espaço de tempo maior para poder implementar [as medidas do Pacto Ecológico] e com maiores condições de previsibilidade [para os agricultores]”, justificou a ministra, assinalando que a nova PAC ainda só tem um ano de aplicação e, por isso, não há tempo “para poder ter resultados que permitam fazer uma avaliação das políticas”.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h05)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Zoomarine investe três milhões de euros na reabertura em março

Zoomarine antecipa crescimento de 4% no número de visitantes. Em 2023 bateu o recorde de 668 mil pessoas.

Num investimento de três milhões de euros, o Zoomarine, na Guia, Albufeira, reabre as portas a 7 de março com uma mão cheia de novidades, antecipando ultrapassar em 4% o recorde de visitantes de 2023 que rondou as 668 mil pessoas, “o que representou um crescimento de 4,5% de relativamente ao ano 2019 (ano pré-Covid)”, avança a empresa em declarações ao ECO/Local Online.

“As projeções para 2024 mantém a perspetiva de crescimento na ordem dos 4%”, antecipa fonte deste parque temático. Já o investimento é “constante para assegurar os níveis de qualidade, permitindo um crescimento sustentado em dimensão e oferta, com uma aposta clara em novas e inovadoras ofertas de entretenimento educativo”, adianta o parque temático.

Entre as grandes novidades para este ano está o novo espetáculo de música, cor e luz – o “Upbeat” e depois, já na época estival, a nova atração “Iguaçu, uma experiência inspirada nas Cataratas do Iguaçu.

 

“Com o objetivo de sensibilizar e promover o respeito e a conservação dos oceanos, para as suas espécies e habitats, para as gerações futuras”, o Zoomarine disponibiliza ainda um pacote variado de experiências. Até novembro deste ano há diversas apresentações zoológicas, tendo em conta as parcerias científicas que mantém. O parque temático destaca, neste ponto, o trabalho do Porto d’Abrigo do Zoomarine no salvamento, reabilitação e devolução ao meio selvagem de várias espécies aquáticas e marinhas.

As projeções para 2024 mantém a perspetiva de crescimento na ordem dos 4%.

Zoomarine

Desde 2014 que este parque temático tem a funcionar o “pioneiro” sistema de captação de água do mar que “permitiu assegurar o mais elevado padrão de bem-estar animal, habitats zoológicos e abastecer as atrações aquáticas”.

Além da sustentabilidade, o Zoomarine também aposta no apoio a diversas associações. Uma parte das receitas da bilheteira reverte a favor de várias causas que o parque temático apoia, nomeadamente a Yaqu Pacha. Trata-se de “uma das organizações impulsionadoras da iniciativa SOS Vaquitas para a conservação desta espécie de golfinho ameaçada de extinção, restando apenas nove animais no mundo inteiro” descreve a empresa. Ou até mesmo, completa, a “World Parrot Trust, uma organização que trabalha no terreno para salvar várias espécies de papagaios e araras da extinção, entre as quais, a arara mais rara do mundo – a arara de garganta-azul”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hungria aprova adesão da Suécia à NATO

  • ECO
  • 26 Fevereiro 2024

O Parlamento húngaro aprovou esta segunda-feira a adesão da Suécia à NATO, pondo fim a um impasse que se arrastava há 19 meses. É "um dia histórico", realça primeiro-ministro sueco.

É oficial. Depois de um impasse que se arrastava desde 2022, o parlamento húngaro aprovou esta segunda-feira a adesão da Suécia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês). O primeiro-ministro sueco já reagiu, referindo que é “um dia histórico”.

A Hungria, liderada por Viktor Orbán, foi o último dos 31 membros da NATO a ratificar a adesão da Suécia à aliança transatlântica, colocando fim a um impasse que se arrastava há 19 meses. A par da Hungria, também a Turquia tinha vindo a adiar a adesão, através de sucessivas de exigências, mas acabou por aprovar o pedido no final de 2023.

O primeiro-ministro sueco já reagiu à decisão, referindo que é “um dia histórico”. “Estamos prontos para assumir a nossa a quota-parte de responsabilidade pela segurança da NATO“, acrescenta Ulf Kristersson, numa publicação na rede social X (antigo Twitter).

A Suécia tinha apresentado o pedido de adesão à NATO ao mesmo tempo que a Finlândia, que recebeu “luz verde” a 4 de abril do ano passado. Os dois países submeteram os pedidos no contexto da invasão russa à Ucrânia, que dura há dois anos.

(Notícia atualizada pela última vez às 16h24)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.