5 coisas que vão marcar o dia

Começa a época de apresentação de resultados no PSI, com os números da Galp, e são apresentados os resultados da emissão de obrigações da Greenvolt. Há ainda dados da inflação, em janeiro.

A semana arranca com a apresentação de resultados da Galp Energia e com a divulgação dos números da inflação em Portugal no primeiro mês do ano. São ainda conhecidos os resultados da emissão obrigacionista da Greenvolt. No plano internacional, os mercados chineses estão encerrados para a celebração do Ano Novo chinês.

Galp dá pontapé de saída nos resultados anuais

A Galp Energia dá o pontapé de saída na época de apresentação de resultados da bolsa portuguesa esta segunda-feira. De acordo com as previsões dos analistas, a petrolífera portuguesa deverá ter fechado 2023 com uma subida de 6% dos lucros para 937 milhões de euros e receitas acima dos 21 mil milhões de euros.

Resultados da emissão da Greenvolt

Está marcada para esta tarde a apresentação de resultados da oferta pública de subscrição das “Obrigações Verdes Greenvolt 2024-2029“, cujo prazo de subscrição terminou na última sexta-feira. A companhia liderada por Manso Neto pretendia emitir até 100 milhões de euros, propondo-se pagar uma taxa de cupão de 4,65%, a quem subscrever os títulos que têm uma maturidade de cinco anos.

Mercados fechados na China para celebrar ano novo

Esta semana não haverá negociação nem qualquer atividade comercial na China, devido à tradicional pausa anual para comemorar o Ano Novo chinês. Esta interrupção pode agravar os atrasos nas encomendas que vêm da China, que já registam problemas devido aos ataques no Mar Vermelho, que têm forçado as empresas a desviar os navios para o Cabo da Boa Esperança.

INE divulga taxa de inflação de janeiro

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga a taxa de inflação em janeiro. Os dados provisórios divulgados no final de janeiro apontavam para um recuo do índice de preços no consumidor para 8,3% em janeiro. Trata-se de um recuo de 1,3 pontos percentuais face a dezembro de 2022 e o terceiro mês consecutivo de alívio. Em 2023, a inflação média anual situou-se em 4,3%. Além da inflação, o INE divulga ainda o índice de custo do trabalho, no quarto trimestre de 2023.

Montenegro frente a frente a Ventura

No plano da campanha eleitoral, esta segunda-feira é marcada por mais um debate, desta vez à direita. O líder da Aliança Democrática (AD), Luís Montenegro, vai debater o seu plano eleitoral com o líder do Chega, André Ventura. Este frente a frente será especialmente relevante para perceber se Montenegro demonstra abertura para um entendimento pós-eleitoral com o Chega, apesar de, até agora, afastar essa possibilidade.

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Aumenta a procura em formações no âmbito social

  • Servimedia
  • 12 Fevereiro 2024

Astrapace concedeu à Cesur Murcia um total de 22 vagas para estágios educacionais e educação dual.

Nos últimos 5 anos, a Formação Profissional (FP) registou um aumento de 29,8%, ultrapassando a marca de um milhão de estudantes, com um total de 1.030.052 matriculados, de acordo com as últimas estatísticas do Ministério da Educação e Formação Profissional (MEFP) correspondentes ao ano letivo 2021-2022.

Este crescimento tem sido significativo na FP de Grau Superior, com um aumento de 40,7% no mesmo período. Uma das áreas profissionais que se vislumbra como interessante em termos de oportunidades de emprego é a de Serviços Socioculturais e Comunitários.

De acordo com um relatório do Fórum Económico Mundial, prevê-se que até 2030 haverá um aumento de 192% na demanda por empregos relacionados à educação infantil na Espanha, um aumento de 163% nas vagas para profissionais de saúde e cuidado com idosos, e um aumento de 118% nas vagas de assistentes sociais, visando atender às crescentes necessidades de cuidados e educação da população.

Por isso, diversos centros de formação estão adaptando sua oferta educativa para atender a essa crescente demanda. Um exemplo é o centro de formação Cesur, que fortaleceu seus vínculos com entidades do setor para oferecer aos seus alunos uma formação prática “de qualidade”. Nesse sentido, Cesur fortaleceu sua colaboração com a Astrapace em Murcia, uma associação dedicada ao tratamento e atendimento de pessoas com paralisia cerebral e condições similares. Como resultado dessa colaboração estratégica, a Astrapace concedeu à Cesur Murcia um total de 22 vagas para estágios educacionais e educação dual, especificamente destinadas aos cursos de Integração Social, Condicionamento Físico e Auxiliar de Enfermagem.

Esta oferta evidencia o compromisso social firme da Astrapace com o campo educacional, proporcionando oportunidades concretas de formação prática aos estudantes e fortalecendo assim a conexão entre a formação profissional e as necessidades reais do mercado de trabalho.

Desde a sua criação, Cesur tem trabalhado para garantir o acesso a uma formação prática e de qualidade, o que o tornou o centro líder da Formação Profissional pelo terceiro ano consecutivo no ranking da consultora Strategik. Além disso, o centro afirmou que “por meio de uma formação próxima à realidade do trabalho, Cesur valoriza a formação profissional, oferecendo instalações de alto nível, equipadas com tecnologia e maquinaria de última geração, além de contar com os melhores profissionais do setor para orientar e formar os alunos”.

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Holandesa Action abre primeira loja em Gaia e já contrata para outras cidades portuguesas

Gigante retalhista arranca a operação portuguesa com uma loja em Vila Nova de Gaia, que abre a 29 de fevereiro, e já iniciou o recrutamento para espaços em Barcelos, Guarda, Coimbra ou Entroncamento.

A Action, retalhista holandesa conhecida pelos preços baixos, vai abrir a primeira loja em Portugal a 29 de fevereiro no Focus Park, em Vila Nova de Gaia, avançando depois com a abertura de outras lojas em território nacional. A marca soma mais de 2.250 lojas em 11 países, emprega mais de 60 mil pessoas e fatura 8,9 mil milhões de euros.

Só na próxima semana é que a gigante retalhista vai divulgar em detalhe o plano de expansão para Portugal. No entanto, já tem disponíveis no site várias ofertas de emprego para cidades como Barcelos, Guarda, Coimbra ou Entroncamento.

A Action surgiu há 30 anos com uma pequena loja em Enkhuizen, na Holanda e diz ser atualmente a discount store de produtos não alimentares que mais cresce na Europa“, contabilizando mais de 2.250 lojas distribuídas por onze países europeus (Espanha, França, Itália, Alemanha, Áustria, Bélgica, Suíça, República Checa, Polónia, Eslováquia e Países Baixos).

A Action tem mais de 6.000 produtos em catálogo que vão desde a decoração e roupa interior até utensílios de cozinha e material de artesanato com preços inferiores a dois euros, prometendo disponibilizar mais de 1.500 produtos a menos de um euro.

“Além da abrangência na oferta, o que distingue a Action são produtos de boa qualidade aos preços mais baixos que o cliente pode encontrar no mercado. A Action compromete-se a entregar “Small prices. Big Smiles”, afirma a marca holandesa.

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TMG Automotive vai abrir segunda fábrica fora de Portugal

A empresa de têxteis para a indústria automóvel vai avançar este ano com a construção de uma nova unidade fabril fora do país, revela a CEO. Isabel Furtado alerta que setor vai ter um ano difícil.

A TMG Automotive, o segundo maior fornecedor europeu de materiais de interior para a indústria automóvel, vai abrir uma nova fábrica fora de Portugal, revelou ao ECO a presidente executiva, Isabel Furtado.

“Como há uns anos atrás decidimos fazer uma fábrica nova na China, estamos também a pensar em alargar os nossos horizontes globais e fazer outra fábrica fora de Portugal“, avança Isabel Furtado, em declarações à margem da margem da 6.ª edição da Fábrica 2030, uma conferência organizada pelo ECO na Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, que decorreu quinta-feira, no Porto.

O grupo de Famalicão tem duas fábricas em Portugal e tem, desde 2020, uma fábrica na China, na cidade portuária de Ningbo, em consórcio com parceiros chineses e americanos. Tem também, desde 2012, uma parceria com a Haartz nos EUA. Agora vai somar uma quarta unidade fabril, cuja localização Isabel Furtado diz não poder ainda revelar.

Adianta, no entanto, que será “uma nova fábrica de raiz, num local onde é necessário ter um tipo de indústria igual à nossa. Os nossos clientes estão lá instalados e, portanto, há sempre uma necessidade de produção local”. “A nossa estratégia de seguir os nossos clientes é para abastecê-los nos locais onde eles têm produção, diminuindo também a pegada ecológica”, acrescenta a CEO da TMG Automotive.

A empresa, que trabalha com as grandes marcas automóveis mundiais, registou receitas de 123 milhões de euros em 2022, segundo os dados compilados pela Informa DB. Sem revelar números, Isabel Furtado diz que 2023 “foi um ano melhor do que orçamentado”. “Conseguimos não só realizar os projetos previstos, como aumentar as vendas em algumas original equipment manufacturers, de uma forma mais significativa e, portanto, para nós foi um bom fecho para 2023″, acrescenta.

“Um ano difícil” para a indústria têxtil

A interrupção do transporte marítimo através do Canal do Suez está a afetar a empresa e a CEO da TMG afirma que irá acabar por se refletir nos preços.

Qualquer disrupção no Canal de Suez afeta toda a economia europeia, não só a TMG, mas também qualquer empresa que necessite ou de exportar ou de importar bens que atravessem o estreito. Implica mais duas semanas e 7.000 quilómetros de navegação à volta da África”, refere Isabel Furtado.

Não é só as exportações, é também a importação de componentes e, nomeadamente para a indústria automóvel, componentes que vêm da Ásia. Estamos a falar muitas vezes de microchips, que depois afetam a produção de carros na Europa. Posso dizer que muitas das nossas produções que iriam para a Alemanha, para a Bulgária, para a República Checa, estão a ser afetadas pela falta de componentes eletrónicos, como já aconteceu na pandemia.

Isabel Furtado, que é também vice-presidente da ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, afirma que o setor vai ter um ano difícil, devido a condicionantes que vêm desde o tempo da pandemia, a que acresce o impacto da guerra na Ucrânia e no Médio Oriente.

Há uma diminuição na procura de têxteis convencionais e, portanto, 2024 vai ser um ano muito difícil para a indústria têxtil. Vamos ter que, mais uma vez, apelar à resiliência e à resistência dos nossos empresários”, afirma.

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Três investidores na corrida à compra de gestora de 500 milhões de malparado

Italianos da DoValue estão de saída do mercado de malparado português e têm três investidores para a compra da gestora que tem 500 milhões de euros de ativos sob gestão.

Além do negócio de quatro mil milhões de euros da LX Partners, outra operação no mercado de malparado em Portugal segue o seu curso. O grupo italiano DoValue, controlado pela Fortress e Bain, já selecionou os três candidatos para apresentarem propostas vinculativas pela sua gestora de crédito em incumprimento e imobiliário em Portugal, com 500 milhões de euros em ativos sob gestão.

Sobre esta operação, a DoValue Portugal, com cerca de 60 trabalhadores, não quis prestar qualquer comentário por estar legalmente impedida de comentar o processo de venda que está a ser conduzido pela PwC Espanha.

O ECO sabe que já foi selecionada a short list de três candidatos que nas próximas semanas terão de apresentar ofertas firmes. Depois disso, a DoValue escolherá o investidor com quem iniciará negociações exclusivas para alcançar um acordo final.

Isto segue-se a uma fase em que mais de uma dezena de investidores sinalizaram o interesse na transação, conforme havia indicado a empresa ao ECO em meados do mês passado. De acordo com a DoValue Portugal, uma das razões para o interesse dos investidores tem a ver com o processo de reestruturação iniciado há um ano para “transformar a empresa numa servicer boutique, concentrada em vários serviços estratégicos de regularização e gestão de ativos complexos”. “Neste contexto, temos captado novos clientes, também eles com um papel estratégico, acumulando assim uma experiência ampla e relevante para esta especialização”, revelou a empresa.

Até agora, a atividade da DoValue Portugal tem passado, sobretudo, pela gestão de ativos problemáticos, incluindo um portefólio de imobiliários e de malparado da Oitante (inicialmente de 1,5 mil milhões de euros, mas agora com um valor mais residual) e uma carteira de crédito em incumprimento da Davidson Kempner. Ainda sem serem conhecidos os resultados finais do ano passado, registava vendas de 3,8 milhões de euros até setembro. Em 2022, teve prejuízos de quase três milhões de euros, após ter obtido receitas de 7,1 milhões — que comparam com as receitas de 21 milhões em 2019.

Os italianos da DoValue entraram no mercado português em 2019 com a aquisição da Altamira Portugal, que tinha comprado dois anos antes a unidade de negócio responsável pela gestão dos ativos imobiliários e da carteira de crédito da Oitante – o veículo criado para ficar com os ativos do antigo Banif que o Santander não quis comprar. Em 2021, a Altamira Portugal passou a chamar-se DoValue Portugal.

Cotada na bolsa de Milão, a DoValue diz ser o maior servicer do Sul da Europa. O grupo é controlado pela Fortress e pela Bain, que detêm mais de 40% da empresa.

Ambos os fundos têm mais investimentos em Portugal. Por exemplo, a Fortress adquiriu uma carteira de malparado de 230 milhões de euros ao Banco Montepio, como o ECO revelou no final do ano passado.

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Acionistas da EDP contratam consultora externa para escolher chairman

Briefing dos acionistas não exclui possibilidade de novo 'chairman' ser estrangeiro. Consultoria inclui composição do novo 'board' e nomes para substituir dois membros independentes que vão sair.

Os principais acionistas da EDP contrataram uma consultora externa internacional para os assessorar na escolha do presidente (chairman) do Conselho Geral e de Supervisão (CGS), que irão apresentar à Assembleia Geral eletiva de 10 de abril para substituir João Talone, apurou o ECO junto de fonte conhecedora do processo.

Segundo a informação recolhida pelo ECO, a consultora, cuja identidade não pode ser divulgada devido a acordos de confidencialidade, irá também assistir no processo de composição do board, incluindo a escolha para substituir dois membros independentes que irão sair por terem completado o último de três mandatos: João Carvalho das Neves e María del Carmen Fernández Rozado.

A 4 de janeiro deste ano, a EDP informou que recebeu um comunicado de João Talone a informar “da respetiva indisponibilidade para integrar o órgão
de supervisão da EDP no próximo mandato (2024-2026)”.

A fonte conhecedora do processo sublinhou ainda que o briefing transmitido pelos acionistas à consultora externa não exclui a possibilidade de o novo chairman ter nacionalidade que não a portuguesa.

“O objetivo é assessorar os acionistas para identificar alguém com um perfil de gestão que possa apoiar a Comissão Executiva da energética na condução da estratégia”, explicou.

Os acionistas vêm a contratação de uma consultora externa como uma “boa prática” de grandes empresas que visam garantir transparência na escolha dos órgãos de governance, dando assim prioridade aos critérios de experiência profissional e independência política.

Segundo o site da EDP, a 13 de setembro de 2023 a China Three Gorges, controlada pelo Estado chinês, era a maior acionista da empresa, com 20,86% do capital. Em segundo lugar ex aequo estavam a Oppodium Capital (detida em 55,9% pela espanhola Masaveu Internacional, com os restantes 44,1% a pertencerem ao Liberbank) e a norte-americana BlackRock, uma das maiores gestoras de ativos do mundo, com 6,82% cada.

O CGS é composto por 16 membros, cinco dos quais são representantes do acionista chinês e dois do acionista espanhol, além de nove membros independentes, incluindo o próprio João Talone.

Horta-Osório e Lacerda possíveis, Moreira nega convite

Após o anúncio de João Talone, que resulta de divergências com os principais acionistas relativamente a regras de governação na companhia elétrica, segundo apurou o ECO junto de duas fontes a 9 de janeiro, ressaltam dois nomes entre os principais acionistas: António Horta Osório e Francisco Lacerda, gestores com perfil técnico e que não têm quaisquer funções executivas.

António Horta Osório é chairman da Bial, não executivo em grupos como a Impresa e os Mello, consultor de instituições com o Mediobanca, e foi recentemente noticiado o seu envolvimento numa operação para comprar a Altice Portugal. Já Francisco Lacerda é administrador não executivo na Endesa, além de consultor na área financeira.

São dois gestores referenciados por alguns dos principais acionistas e têm o perfil técnico e profissional, e alinhados com o perfil da própria comissão executiva, liderada por Miguel Stilwell.

O nome de Rui Moreira tinha sido noticiado nos dias anteriores como possível candidato à liderança do Conselho, decorrente de um alegado acordo com o primeiro-ministro António Costa.

No entanto, a 10 de janeiro, Rui Moreira esclareceu “ninguém fez nenhum convite” para presidir o Conselho Geral e de Supervisão da EDP. “Espanta-me um pouco que quase todos os meses me façam perguntas acerca de sítios para onde acham que vou. Sou presidente de Câmara do Porto, ninguém me convidou para nada”, assegurou, dizendo que as suspeitas de uma eventual saída da autarquia portuenses o “perseguem” desde que foi eleito.

AG de 2021 foi momento de viragem

Na última Assembleia Geral eletiva, em abril de 2021, os acionistas da EDP aprovaram a redução do CGS de 21 membros para 16. A decisão foi vista nessa altura como parte de um esforço para reduzir o peso da esfera política no board, com a saída dos ex-ministros Luís Amado (chairman), Jorge Braga de Macedo, Eduardo Catroga, Celeste Cardona e Augusto Mateus.

Esse esforço era visível também na escolha de João Talone, que foi presidente executivo da EDP entre 2003 e 2006 e tem um perfil de gestor e empresário, para substituir Amado.

EDP apresenta rebranding da marca - 02JUN22

João Talone foi, portanto, uma escolha surpresa dos acionistas da EDP para liderar o CGS da companhia e agora, ao fim do primeiro mandato, sai também de forma surpreendente. O ECO apurou que o gestor defendia alterações ao modelo de governação da EDP e, particularmente, a redução do número de representantes da CTG e do grupo Masaveu neste órgão de fiscalização da atividade da EDP, mas não obteve resposta e por isso comunicou formalmente que não está disponível para fazer um segundo mandato.

Nas semanas anteriores, Talone tinha manifestado a visão de que a EDP deveria reduzir o número de membros do CGS, passando a CTG a ter três ou, no máximo, quatro membros, enquanto a família Mazaveu teria um representante. Talone apresentou uma proposta aos acionistas e terá dado o prazo do final do ano para ter uma resposta dos acionistas, que não chegou.

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MBA que une Nova SBE e Católica entre os 25 melhores da Europa

O The Lisbon MBA, que une a Nova SBE e a Católica Business School, melhorou em 11 posições a sua qualificação no "ranking" do "Financial Times", passando para o 24.º lugar da Europa.

Há um MBA português na lista dos 25 melhores da Europa. O The Lisbon MBA, que junta a Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (Nova SBE) à escola de negócios da Universidade Católica, subiu 11 posições no ranking do Financial Times, chegando agora ao lugar 24.º no Velho Continente e ao 74.º do mundo.

“O The Lisbon MBA Católica|Nova volta a subir no ‘Financial Times global MBA ranking 2024′, aumentando 11 posições. É o quinto MBA da Europa com maior subida, sendo o único MBA em Portugal a estar presente neste prestigiado ranking“, é salientado numa nota enviada esta segunda-feira às redações.

Este MBA português destaca-se, consideram os responsáveis, pela sua forte componente internacional (chegou ao 4.º lugar mundial, neste critério), o que reflete as “parcerias consistentes com escolas de negócio de topo” em países como os Estados Unidos.

Além disso, nesta edição do ranking do Financial Times, o The Lisbon MBA alcançou a 18.ª posição na Europa relativamente ao indicador de progressão de carreira dos seus alunos. “De salientar ainda que o International MBA obteve um índice de 91% de empregabilidade três meses após a conclusão do programa“, é realçado em comunicado.

Perante estes dados, a diretora executiva do The Lisbon MBA promete continuar a expandir as parcerias internacionais e aumentar a diversidade das turmas, “um aspeto fundamental da nossa missão em fomentar o potencial dos nossos alunos como líderes globais e a sua preparação para terem um impacto positivo nas organizações”.

Já Filipe Santos, diretor da Católica Lisboa, e Pedro Oliveira, diretor da Nova SBE, sublinham que esta melhoria no ranking “reflete o sucesso do programa e a excelente carreira profissional dos graduados“. “O futuro é construído através do desenvolvimento de talentos e de líderes mais humanos, inovadores e inclusivos, capazes de liderar com propósito“, afirmam os responsáveis.

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Do IVA da alimentação ao Estado fiador. Conheça as 10 prioridades do PS

O programa eleitoral prevê a devolução em IRS de uma parte do imposto gasto com comida, uma garantia pública para compra de casa até aos 40 anos e indexação da atualização das pensões aos salários.

Dos impostos à habitação, saúde e educação, são várias as prioridades que o líder do PS, Pedro Nuno Santos, apresenta para as legislativas de 10 de março. Contudo, afasta um choque fiscal como o da Aliança Democrática (AD), coligação que junta PSD, CDS e PPM, de 7,24 mil milhões de euros, que poderá ser “impagável”, criticou, durante a apresentação do programa eleitoral, este domingo.

No programa eleitoral do PS, intitulado “Plano de ação para Portugal inteiro”, com 144 páginas, o secretário-geral socialista traça as prioridades do partido para a próxima legislatura 2024-2028, sem, contudo, apresentar um orçamento sobre o custo de tais medidas.

Muitas das medidas surgem como uma continuidade e um aprofundamento das políticas seguidas pelos governos do PS de António Costa, nos últimos oito anos, e dos quais Pedro Nuno Santos fez parte: primeiro como secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares e mais tarde como ministro das Infraestruturas e da Habitação.

Conheça as dez prioridades do programa de Pedro Nuno Santos para as legislativas de 10 de março.

1. Devolução do IVA da alimentação e atualização anual dos escalões de IRS em linha com a inflação

No pacote fiscal, o líder do PS anunciou que vai criar uma nova dedução em IRS que irá beneficiar também aqueles que estão excluídos, porque não pagam impostos. “Vai ser possível devolver uma parte do IVA em despesas familiares essenciais”, uma medida que será uma espécie de autovoucher.

No programa dos socialistas, a medida está descrita deste modo: “devolver em IRS às famílias com menores rendimentos parte do IVA suportado em consumos de bens essenciais, incluindo às famílias que não pagam IRS”.

Ainda no IRS, o PS compromete-se a reduzir o imposto para a classe média, “dentro da margem orçamental, diminuindo as taxas marginais”; “atualizar os limites dos escalões de acordo com a taxa de inflação, impedindo que os contribuintes vejam a sua tributação aumentar por este efeito; e alargar o IRS Jovem a todos os jovens, independentemente do nível de escolaridade atingido“.

2. Duplicar o consumo de eletricidade que beneficia do IVA a 6%

Tal como já tinha sido anunciado, o programa eleitoral do PS prevê aplicar a taxa de 6% aos primeiros 200 kWh de energia elétrica consumida em cada mês, duplicando assim dos atuais 100 kWh que podem beneficiar da taxa mínima do imposto.

No caso das famílias numerosas, também aumenta para o dobro o consumo de eletricidade sujeito a IVA a 6%, de 150 kWh para 300 kWh. O programa dos socialistas sublinha que esta é uma “medida essencial de combate à pobreza energética”.

3. Apoios às empresas: redução das tributações autónomas em IRC e reforço da internacionalização

Para as empresas, o PS propõe “reduzir em 20% as tributações autónomas sobre viaturas das empresas, diminuindo o nível de tributação sobre a esmagadora maioria das empresas”.

Durante a apresentação do programa, Pedro Nuno Santos, assegurou que, “a economia é uma prioridade”. “Por isso, queremos um ministério da Economia com força, com o AICEP, defendeu.

Reconhecendo que “o Banco de Fomento não funcionou”, Pedro Nuno Santos considera que é preciso “mudar o paradigma da internacionalização”. “Se exporto 100 e 99 não foi feito cá, pouco nos serve”. “Temos de aumentar a incorporação da produção nacional, o valor acrescentado dentro do território nacional das nossas exportações”, proclamou.

Olhando ainda para erros da passada governação socialista, Pedro Nuno Santos criticou “o sistema de incentivos para toda a gente, para todas as empresas e para todos os setores”. “Depois ninguém vai ter dimensão para transformar o que quer que seja”, concluiu.

Por isso, o secretário-geral do PS quer “melhorar a seletividade no sistema de incentivos em Portugal”. Mas, ressalva, “não é no gabinete dos ministérios” que se escolhem os setores. Pedro Nuno Santos quer um diálogo com “as associações empresariais, a academia”. E, a partir desse trabalho, identificar as áreas-chave.

Sem querer indicar já quais os setores eleitos para a atribuição de benefícios fiscais, Pedro Nuno Santos deu alguns exemplos: “computação avançada, Inteligência Artificial, cibersegurança, biotecnologia, produtos farmacêuticos, nanotecnologia, metalomecânica, que exporta 24 mil milhões de euros, aeronáutica, ferrovia, saúde”.

4. Garantia pública para compra de casa até aos 40 anos

Na habitação, o PS compromete-se a “apoiar a aquisição de casa própria”, com o “Estado prestar uma garantia pública ao financiamento bancário nos créditos para aquisição de casa própria de pessoas até aos 40 anos que ainda não tenham nenhuma habitação em seu nome”, lê-se no documento. De ressalvar que a AD tem uma medida semelhante mas para jovens até 35 anos.

Em caso de incumprimento dos beneficiários da garantia, o plano do PS esclarece que “pode o devedor, contratualizando com o Estado, manter a casa como habitação permanente, mediante o pagamento de uma renda ao Estado, que assumiria a sua posição no crédito”.

Para além disso, compromete-se a lançar “novas linhas de financiamento para projetos de micro-housing, destinados a habitação temporária”, nomeadamente para pessoas sem-abrigo. De salientar que esta é uma reivindicação de PAN e Livre.

Por outro lado, o PS quer “agravar as mais-valias” em IRS com “imóveis adquiridos e vendidos sem que tenham sido recuperados ou habitados”, penalizando assim a especulação imobiliária.

5. Aumento da dedução com rendas em IRS para 800 euros

Outra das novidades passa por aumentar “a despesa dedutível com arrendamento em sede de IRS em 50 euros por ano até atingir os 800 euros”, até ao final da legislatura, em 2028. Recorde-se que, no Orçamento do Estado para este ano, o PS de maioria absoluta de António Costa aprovou a subida daquele teto dos 502 para os 600 euros, à boleia também de uma proposta do PAN.

Ainda no que diz respeito às rendas, e tal como Pedro Nuno Santos já tinha indicado, o partido promete “rever a fórmula de cálculo para atualização de rendas, incluindo a evolução dos salários nos critérios de atualização em anos com inflação superior a 2%, porque queremos que as famílias não percam as suas casa e que nenhum senhorio tenham um arrendatário sem capacidade para pagar rendas”, salientou.

Também serão eliminados os haver limites máximos de renda para aceder ao programa Porta 65. “Como as rendas dispararam, há cada vez menos apartamentos que cabem no programa”, admitiu Pedro Nuno Santos. Por isso, “vamos remover os tetos para as rendas, estabelecendo um teto para o apoio concedido, para que nenhuma casa fique de fora do programa”, afirmou.

6. Revisão do modelo de atualização das reformas

O partido propõe “avaliar, em diálogo com os parceiros sociais, aperfeiçoamentos no modelo de atualização das pensões, incluindo a ponderação, na indexação da atualização das pensões, de outras variáveis macroeconómicas, como a variação da massa salarial, para cálculo dos aumentos”.

O PS garante ainda “aumentos mínimos” ou extraordinários para prevenir “a estagnação dos valores das pensões mais baixas”.

Outra medida passa pelo reforço da eficácia do Complemento Solidário para
Idosos (CSI), assegurando que “o valor de referência da prestação se mantém pelo menos em linha com o limiar da pobreza e excluindo os rendimentos dos filhos para efeitos da determinação dos recursos dos requerentes, sendo ponderados outros ajustamentos que se revelem adequados para garantir a efetiva proteção dos idosos em risco de pobreza”

7. Portagens e fundos empresariais a financiar pensões

Quanto à diversificação das fontes de financiamento do sistema de pensões da Segurança Social, o PS propõe afetar “parte das receitas resultantes de novas concessões de autoestradas (após o final das atuais) ou de portagens cobradas pelo próprio Estado, caso se opte pela exploração direta das mesmas, sem concessão”, de acordo com o programa.

Para além disso, o PS vai propor “em sede de concertação social, a criação de sistemas complementares de acesso alargado, a definir no âmbito da contratação coletiva”, segundo o mesmo documento.

O Estado deverá, por isso, “incentivar descontos para poupança complementar, partindo de uma base de comparação com os diferentes regimes europeus nesta matéria, com garantias e não enfraquecimento do sistema público”, lê-se no programa eleitoral.

8. Salário mínimo a subir até aos 1.000 euros em 2028

O PS, tal como a AD, quer fixar o salário mínimo nacional em, pelo menos, 1.000 euros, no final da legislatura, em 2028, o que corresponde a uma subida de 180 euros face aos 820 euros atuais.

“Estabelecer, em diálogo social na comissão permanente de concertação social, uma trajetória plurianual de aumento do salário mínimo que permita atingir pelo menos os 1.000 euros, em 2028”, lê-se no programa eleitoral.

9. Recurso a reformados para dar médico de família a todos

Na área da saúde, o PS admite recorrer a clínicos reformados para garantir médico de família a todos os portugueses. “Reforçar as respostas imediatas a pessoas sem médico e enfermeiro de família, mobilizando equipas multiprofissionais, envolvendo médicos e enfermeiros e outros profissionais ao serviço ou que estejam aposentados”, lê-se no programa eleitoral.

Para aumentar a atratividade para o SNS, o PS promete “encetar negociações imediatas com os profissionais de saúde, no âmbito de um plano de revisão das carreiras e de valorização salarial” e “incentivar a dedicação plena e em exclusividade, assegurando a devida valorização das carreiras”.

Pedro Nuno Santos prometeu “rastreios auditivos e visuais gratuitos para todas as crianças antes de iniciar a vida escolar”, ou seja, antes da entrada na escola primária. Para além disso, defendeu a “atribuição gratuita de óculos a crianças de famílias com menores rendimentos”.

Face aos péssimos indicadores da saúde oral, em Portugal, o secretário-geral do PS quer, “de uma vez por todas, medicina oral SNS, com a criação de uma de medicina dentária no SNS”, para que estes dentistas se “sintam dignificados e valorizados na carreira”.

O programa do PS quer ainda que “os médicos que trabalhem em lares de idosos possam prescrever medicamentos para que os idosos não tenham de se deslocar a hospitais”, adiantou.

O líder do PS considera também que é necessário “generalizar as unidades de cuidados de saúde primários de tipo B para que mais pessoas tenham acesso a cuidados de saúde”.

10. Contagem do tempo de serviço dos professores e creches gratuitas

O PS assumiu o compromisso, no seu programa eleitoral, de “iniciar negociações com os representantes dos professores com vista à recuperação do tempo de serviço de forma faseada” para efeitos de progressão na carreira. O partido não apresenta, contudo, um calendário para este descongelamento, ao contrário da AD que indicou que o ritmo da contagem do tempo de serviço seria ao ritmo de 20% ao ano. De recordar que, em causa, estão 6 anos, 6 meses e 23 dias.

Para além disso, quer “aumentar a atratividade no início da carreira, continuando o ritmo de redução da precariedade e reduzindo o hiato entre os índices remuneratórios da base da carreira docente e os índices mais altos”.

Pedro Nuno Santos quer ainda garantir “creches e ensino pré-escolar gratuitos para todas as crianças”, dos 0 aos 6 anos. Também promete programas de aprendizagem para as crianças que não conseguiram recuperar relativamente ao tempo da pandemia.

Ainda na área da educação, o líder socialista defende um reforço dos apoios ao alojamento para os estudantes universitários da classe média, e não apenas para os que recebem bolsas, e defende “a gratuitidade progressiva para as propinas do Ensino Superior para que seja universal e gratuito”.

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Inigo Liberal é o novo Head Risk & Compliance dos seguros do Santander

  • ECO Seguros
  • 11 Fevereiro 2024

Atuário há mais de 25 anos, saiu da EIOPA para assumir o novo cargo, tendo já ocupado diversos cargos de liderança ao longo dos 20 anos que esteve na BBVA.

O Santander Insurance Holding, holding que junta os interesses em seguros que o grupo tem em todo o mundo, nomeou Íñigo Liberal para o cargo de Global Head Risk & Compliance. Nas suas redes sociais o novo dirigente, que assumiu o cargo na passada sexta-feira, refere que tem a responsabilidade de supervisionar todos os riscos da empresa, desde garantir que estão identificados até à sua gestão, assim como definir estratégia de risco global e também controlar as subsidiárias da holding.

Íñigo Liberal, novo Global Head Risk & Compliance da Santander Insurance Holdings

Atuário de seguros há mais de 25 anos, junta-se à holding após 3 anos na Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões europeia (EIOPA) como Head of Internal Models Units. Antes de estar no órgão regulador e até maior parte da sua carreira, mais de 20 anos, passou-a na BBVA tendo lá ocupado vários cargos de liderança.

A Santander Insurance Holding opera como uma sociedade gestora de participações sociais que, através das suas filiais, presta serviços de seguros de responsabilidade civil, patrimoniais, vida, saúde e outros seguros comerciais, dá conta o Bloomberg.

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Regulador britânico investiga o impacto da aquisição da AIG pela AVIVA na concorrência

  • ECO Seguros
  • 11 Fevereiro 2024

Quem possa ter os seus interesses económicos afetados pela fusão das duas seguradoras tem até 22 de fevereiro para enviar os seus comentários ao órgão fiscalizador.

A aquisição da seguradora do ramo britânico Vida da American International Group (AIG) pela AVIVA está a ser investigada por preocupações que a transação resulte “numa diminuição substancial da concorrência”, avançou o órgão britânico que está a investigar a eventual presença de práticas monopolistas, Competition and Markets Authority (CMA).

Nesta primeira fase da investigação, a CMA convida as partes interessadas, isto é, entidades cujo interesse económico pode ficar afetado pela junção das empresas, a enviar comentários escritos onde partilhem as suas elações acerca da fusão até dia 22 de fevereiro.

A autoridade deverá anunciar se a fusão passou a primeira parte da investigação a 8 de abril de 2024. Se a resposta for afirmativa passa para a segunda fase, onde serão realizadas avaliações por grupos de inquérito constituídos por especialistas independentes que vão supervisionar a investigação e decidir se a fusão choca ou não com práticas monopolistas.

A AVIVA, seguradora que oferece pensões, seguros de vida e de saúde, cobertura automóvel, residencial e de viagem, anunciou em setembro do ano passado a compra do negócio Vida da AIG no Reino Unido por 460 milhões de dólares. A última com 1,3 milhões de clientes de proteção individual e 1,4 milhões de membros de proteção de grupo poderá assim juntar-se à Aviva que conta com cerca de 18,7 milhões de clientes.

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Hackers acedem a dados pessoais de 33 milhões de clientes da Viamedis e Almerys

  • ECO Seguros
  • 11 Fevereiro 2024

A entidade reguladora de dados francesa está a investigar se os sistemas de segurança implementados respeitam as obrigações do RGPD.

Hackers obtiveram acesso a dados pessoais de 33 milhões de pessoas num ciberataque às francesas Viamedis e Almerys, duas operadoras que gerem paramentos de terceiros para companhias de seguros de seguros e mútuas, anunciou a entidade francesa reguladora de dados (CNIL).

O órgão regulador está a investigar se as medidas de segurança implementadas, antes do incidente e a reação ao mesmo, estão alinhadas com as obrigações do Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados europeu (RGPD).

Entre os dados pessoais roubados estão o estado civil, a data de nascimento, o número de segurança social, o nome do tomador de seguro e a cobertura da apólice. Já os dados como detalhes do banco, registos médicos, reembolsos de despesas médicas, endereços, números de telefone e mensagens de correio eletrónico não foram visados pelo ataque.

As empresas devem informar individual e diretamente todas as pessoas afetadas, direta ou indiretamente.

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Maior acionista da Fidelidade retoma venda de ativos

O Grupo chinês Fosun está a vender as participações no Club Med, na Ageas e na resseguradora Peak Re, mas dá indicações de querer manter controlo na Fidelidade e na Luz Saúde.

O grupo chinês Fosun, detentor de 85% do capital da seguradora Fidelidade, retomou as vendas de ativos nos mercados internacionais, numa altura de renegociação de passivo, após um ano difícil em 2022. A resseguradora Peak Re, a rede de resorts turísticos Club Med e a participação no grupo segurador belga Ageas poderão ser as próximas vendas, num movimento de refinanciamento da dívida, elevada demais, segundo reportam analistas financeiros a agências informativas.

Na sede da Fosun International em Shangai, volta a vontade de transformar alguns dos muitos ativos em dinheiro.

De facto, a cotação das ações da Fosun na Bolsa de Hong Kong, no fecho última sexta-feira fim do ano chinês, apontava para um valor de todo o grupo de cerca 4,3 mil milhões de euros, enquanto os seus ativos ascendiam a 108 mil milhões de euros em 30 de junho último com capitais próprios contabilísticos de 26,7 mil milhões. O mercado financeiro, segundo realçam as agências internacionais, está a penalizar a dívida de 80 mil milhões de euros, dos quais 20 mil milhões puramente bancária. Só em juros, o grupo gastou 800 milhões de euros no primeiro semestre de 2023. Em outubro 2017 o valor da Fosun era 5 vezes superior ao atual.

O grupo, que faturou em todo o ano de 2022 cerca de 22,8 mil milhões de euros, divide os negócios em cinco divisões. A divisão Happiness que pesa 40% da faturação, inclui empresas do setor do retalho e turismo como o grupo de luxo Lanvin, o clube britânico de futebol Wolverhampton Wanderers e o Club Med. A área Health pesa 27% nas vendas e é composta por empresas de Saúde e farmacêuticas e entre elas está a Luz Saúde, participação indireta através da Fidelidade. Esta seguradora portuguesa é a estrela na divisão Insurance que conta com 18% para os negócios e que também inclui, entre outras, a resseguradora Peak Re. Em Asset Management – 9% da faturação da Fosun, está a participação no Millennium bcp e, finalmente a divisão industrial Intelligent Manufacturing pesa 6% nas vendas.

O resort do Club Med em Kani, Maldivas, é um dos locais de um negócio que parece valer 800 milhões de dólares.

O primeiro semestre de 2023 trouxe melhorias para o grupo quanto a resultados na divisão financeira e, ao todo, obteve no 1º semestre de 177 milhões de euros resultados para o grupo face a 70 milhões de euros em todo o ano 2022, ano em a divisão financeira trouxe elevados prejuízos.

“Há participações financeiras e participações estratégicas”, afirma fonte próxima do grupo. Por exemplo, quer no caso mais próximo da Luz Saúde, quer na possível entrada da Fidelidade na bolsa, o objetivo é manter o controlo do capital. Recentemente a agência de notação financeira Fitch considerou a posição da seguradora portuguesa sólida afirmando “não ser de esperar extração de capital pelos acionistas da Fidelidade, apesar da sua posição mais fraca que a da sua participada”. A Fitch referia-se à Fosun, detentora de 85% do capital da seguradora portuguesa e à Caixa Geral de Depósitos que detém 15%.

Da participação de 10,1% no grupo segurador belga Ageas, o Fosun pretende, também, obter 800 milhões de dólares.

No caso do Millennium bcp, o grupo vendeu em janeiro 5,6% do capital mantendo-se com uma posição estratégica e arrecadando 235 milhões de euros. Também no Brasil, o grupo chinês acaba de vender ao Banco Safra, por um montante não revelado, os 85% que detinha no capital da Guide Investimento, corretora financeira que gere ativos superiores a 4 mil milhões de dólares.

Peak Re, Club Med e Ageas voltam ao mercado

A Fosun já em 2021 tinha colocado à venda a resseguradora Peak Re. Agora volta ao tema, avaliando a empresa, onde detém 87% e a Prudencial Financial o restante, em mil milhões de dólares, referiu a Bloomberg que afirma ter sido BNP Paribas o banco nomeado para encontrar comprador tendo como alvos fundos internacionais e financeiras asiáticas.

Na Peak Re, o Fosun avalia negócio ressegurador em mil milhões de dólares.

Ao mesmo tempo volta a querer vender a sua participação no Club Med, revela a Reuters, avaliando a rede de resorts turísticos em 800 milhões de dólares. A rede all inclusive tem cerca de 70 espaços na Europa, África, Ásia, América e Caraíbas e planeia abrir mais 17 resorts este ano.

Finalmente, também a alienação da posição no grupo segurador belga Ageas está a ser estudado. A Fosun é o maior acionista com 10,1% do capital, seguido do Fundo soberano da Bélgica e de fundos de investimento internacionais. Uma vez mais, a Fosun avalia esta participação em 800 milhões de euros um pouco acima do seu valor de mercado de quase 7 mil milhões de euros na bolsa Euronext Bruxelas na passada sexta-feira.

Em sentido inverso, o grupo pretende investir 100 milhões nos Wolves que está em 10º lugar na Premier League.

No meio de vendas, o grupo procura ainda forma de investir 100 milhões de dólares no Wolverhampton Wanderers FC, clube britânico de futebol adquirido em 2016 e que está atualmente em 10º na Premier League.

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