PS Açores vai chumbar Governo minoritário da AD

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2024

A decisão foi tomada por unanimidade nas reuniões do secretariado e da comissão regional dos socialistas. Coligação, liderada pelo PSD, terá de negociar com o Chega para viabilizar o Executivo.

O PS Açores vai chumbar o programa do Governo da AD, coligação que junta PSD, CDS e PPM, que venceu, no domingo, as eleições regionais sem maioria absoluta, anunciou esta sexta-feira o líder do partido, Vasco Cordeiro. A AD, liderada pelo PSD, terá agora de negociar com o Chega para garantir a viabilização do Executivo.

“Há política nacional a mais e Açores a menos na gestão que a coligação PSD/CDS-PP/PPM e Chega estão a fazer da situação resultante das eleições de 4 de fevereiro. Também, por isso, há a necessidade de tornar clara a posição política que o PS Açores assume face ao programa do XIV Governo regional, porque fazê-lo já é um sinal claro de respeito pela autonomia dos Açores, mas, não menos importante, a reafirmação evidente da autonomia de decisão do PS Açores”, afirmou o líder do PS Açores, em conferência de imprensa em Ponta Delgada.

A decisão foi tomada por unanimidade nas reuniões do secretariado regional e da comissão regional, órgão máximo entre congressos, realizadas na quinta-feira, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.

Segundo o líder dos socialistas açorianos, “com os seus silêncios, e mais uma vez as expressões dúbias ou dúplices”, o PSD e o Chega estão a tratar o futuro dos Açores “não em função do interesse dos açorianos, mas em função do que interessa aos diretórios nacionais desses partidos”, designadamente as eleições legislativas antecipadas de 10 de março.

Nas eleições regionais de domingo, PSD/CDS-PP/PPM elegeram 26 deputados, ficando a três da maioria absoluta.

José Manuel Bolieiro, líder da coligação de direita, no poder no arquipélago desde 2020, disse que irá governar com uma maioria relativa nos próximos quatro anos.

O PS é a segunda força no arquipélago, com 23 mandatos, seguido pelo Chega, com cinco mandatos. BE, IL e PAN elegeram um deputado regional cada, completando os 57 eleitos.

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Combustíveis voltam a aumentar na próxima semana. Gasóleo sobe dois cêntimos e gasolina um

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá pagar 1,646 euros por litro de gasóleo simples e 1,706 euros por litro de gasolina simples 95. São, pelo menos, cinco semanas de ganhos.

Os preços dos combustíveis vão voltar a subir na próxima semana. O gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, deverá ficar dois cêntimos mais caro a partir de segunda-feira, e a gasolina deverá aumentar um cêntimo, disse ao ECO uma fonte do setor.

Quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,646 euros por litro de gasóleo simples e 1,706 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG). O preço do diesel vai, assim, a caminho da quinta semana consecutiva de subidas e a gasolina para a oitava.

Estes valores já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis. A redução de impostos determinada pelas medidas atualmente em vigor é de 25 cêntimos por litro de gasóleo e de 26 cêntimos por litro de gasolina.

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent à sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. É ainda de recordar que os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta semana, os preços do gasóleo e da gasolina subiram 2,2 e 1 cêntimo, respetivamente, quase cumprindo a expectativa do mercado, que previa uma subida de 2,5 cêntimos no caso do diesel e de 1 cêntimo na gasolina.

O preço do brent, que serve de referência para o mercado europeu, está a subir esta sexta-feira 0,12%, para 81,73 dólares por barril, e tudo aponta para uma subida semanal tendo em conta a persistência das tensões no Médio Oriente, depois de Israel ter rejeitado uma proposta de cessar-fogo do Hamas.

As tensões mantiveram os preços do petróleo elevados, com o brent e o WTI a ganharem mais de 5% durante a semana. “A mudança de quinta-feira” — ambos os índices subiram 3% — “pareceu um pouco excessiva tendo em conta que não aconteceu nada de muito relevante em termos de fundamentais”, disse Warren Patterson, chefe de matérias-primas do ING, citado pela Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Embora o conflito no Médio Oriente tenha levado a uma subida dos preços, não houve impacto na produção de petróleo. A produção da Noruega e da Guiana, países que não integram a OPEP, está a aumentar, enquanto a Rússia está a exportar mais petróleo em fevereiro do que planeava, após uma combinação de ataques de drones e interrupções técnicas nas suas refinarias que podem prejudicar a sua promessa de reduzir as vendas sob o acordo da OPEP.

Os riscos de deflação na China, o maior importador mundial de petróleo, também estão a pesar nos preços mundial do ouro negro

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Custos da construção de nova habitação abrandam para 3,9% em 2023

  • Ana Petronilho
  • 9 Fevereiro 2024

Queda dos preços dos materiais e da mão de obra ditam um abrandamento dos custos com a construção de nova habitação, que em 2023 se cifrou numa subida homóloga de 3,9%, abaixo dos 12,2% em 2022.

Em 2023, os custos com a construção de nova habitação subiram 3,9%. Mas, de acordo com os dados divulgados pelo INE esta sexta-feira, sofreram um acentuado abrandamento de 8,3 pontos percentuais face à subida homóloga de 12,2% registada em 2022.

Os dados do INE revelam ainda que, no ano passado, os custos abrandaram com a desaceleração dos índices de materiais e de mão-de-obra. Em 2023, registaram aumentos médios anuais de 0,9% e 8,1%, respetivamente. Em 2022 tinham subido 16,7% e 6,3% pela mesma ordem.

Os números mensais indicam ainda que em dezembro a variação homóloga do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova situou-se em 1,8%, caindo 0,6 pontos percentuais à observada em novembro.

No último mês de 2023, os preços dos materiais caíram 2,2% (-1,7% no mês anterior), sendo esta a maior redução mensal de preços pelo menos desde 2020. Já o custo da mão-de-obra aumentou 7,5%, ficando 0,7 pontos percentuais abaixo do registado em novembro.

Fonte: INE

Entre os materiais que mais influenciaram a desaceleração dos custos em 2023 estão os revestimentos, isolamentos e impermeabilização, com uma descida de cerca de 20%; o aço para betão e perfilados pesados e ligeiros e a chapa de aço macio e galvanizada, com uma redução de cerca de 15%; e o consumo de produtos energéticos, com uma diminuição de cerca de 10%.

Em sentido oposto, destacaram-se o betão pronto e artigos sanitários com crescimentos homólogos de cerca de 10% e o cimento, as tintas, primários, subcapas e vernizes com cerca de 5%.

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Exportações fecham 2023 com queda de 1%. Défice baixa 3.727 milhões

As exportações recuaram 1% em 2023, contudo a descida mais pronunciada das importações (4,1%) permitiu uma redução do défice da balança comercial de 3.727 milhões de euros, no ano passado.

As exportações portuguesas de bens registaram um ligeiro crescimento homólogo em dezembro, interrompendo uma série de oito meses negativos, enquanto as importações caíram face a igual período do ano passado, segundo os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Os primeiros resultados anuais de 2023 apontam para uma quebra das exportações e das importações de 1% e 4,1%, permitindo uma redução do défice da balança comercial de 3.727 milhões de euros.

As exportações registaram um crescimento de 0,3% em dezembro face ao último mês de 2022, depois de em novembro terem recuado 1,9%, naquele que foi o oitavo mês consecutivo de descidas. Já as importações voltaram a baixar, tendo caído 5,9% em dezembro de 2023 face ao período homólogo. Ainda assim, abrandaram o ritmo de queda em relação à descida de 7,9% registada em novembro.

Fonte: INE

O INE destaca o aumento nas exportações de Fornecimentos industriais (+5,2%), com especial incidência nos medicamentos, e os decréscimos nas importações de Fornecimentos industriais (-12,8%) e de Combustíveis e lubrificantes (-16,5%), justificado pelas “diminuições em volume (-21,9%) e em valor (-60,7%) do gás natural, refletindo, sobretudo, a descida do preço deste produto (-49,7%)”.

Excluindo combustíveis e lubrificantes, em dezembro de 2023, registou-se um acréscimo de 0,8% nas exportações e um decréscimo de 4,4% nas importações.

O défice da balança comercial diminuiu 533 milhões de euros em dezembro de 2023, em termos homólogos, atingindo 2.325 milhões de euros. Excluindo combustíveis e lubrificantes, o défice baixou 375 milhões, para 1.852 milhões de euros.

Exportações fecham o ano no vermelho

No quarto trimestre de 2023, as exportações e as importações diminuíram 1,8% e 5,3%, respetivamente, em termos homólogos (-4,7% e -7,4%, pela mesma ordem, no trimestre terminado em novembro de 2023).

Segundo o INE, os primeiros resultados anuais de 2023 apontam para uma diminuições nas exportações e importações de, respetivamente, 1% e 4,1% (+23,2% e +31,7% em 2022, pela mesma ordem), tendo o défice da balança comercial diminuído 3.727 milhões de euros, situando-se nos 27.356 milhões de euros.

Excluindo Combustíveis e lubrificantes, as exportações e as importações aumentaram 1% e 1,6%, respetivamente, em 2023 (+19,7% e +23,7% em 2022, respetivamente). O défice da balança comercial excluindo combustíveis e lubrificantes atingiu 20.300 milhões de euros, aumentando 800 milhões de euros face a 2022.

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Audição de Salgado durou dez minutos. Alzheimer não permitiu que arguido se explicasse

"Trouxemo-lo, mas a verdade é esta: ele nem sabia bem ao que vinha", disse o advogado Francisco Proença de Carvalho. Audição foi curta porque ex-banqueiro sofre de Alzheimer.

“Trouxemo-lo, mas a verdade é esta: ele nem sabia bem ao que vinha.” As palavras são de Francisco Proença de Carvalho, advogado de defesa do ex-homem forte do BES. Nos escassos dez minutos em que esteve perante a juíza Ana Paula Rosa, Ricardo Salgado apenas fez a respetiva identificação. Respondeu às perguntas sobre o seu nome, nome dos pais, idade, profissão, mas não conseguiu lembrar-se da morada.

“O meu cliente, como sabe, está diagnosticado com a doença de Alzheimer. Em defesa da dignidade humana de Ricardo Salgado, esta defesa não vai aceitar que ele preste mais declarações. Temos de defender a dignidade dele”, disse Francisco Proença de Carvalho na sala de audiência.

Ricardo Salgado foi a tribunal para prestar declarações no âmbito do julgamento do Caso EDP, depois de mais uma perícia independente ter confirmado que o ex-líder do BES sofre mesmo de Alzheimer.

“O meu cliente não conseguiu explicar-se porque está impedido por uma doença grave. A defesa defende o óbvio”, disse Proença de Carvalho, à saída da audição que durou cerca de dez minutos. “A doença de Alzheimer, no estado em que está — segundo mais grave –, demonstra isso mesmo. O meu cliente veio cá porque foi chamado para tal. Sempre dissemos que quando a Justiça o chamasse, ele estaria. E foi isso que ele fez. Ao fim desta luta difícil de dez anos, ele foi sempre o primeiro a ir a todo o lado, quando era a pessoa que infelizmente já não é. Veio porque o trouxemos. A verdade é essa, ele nem sabia bem ao que vinha.”

E deixou um recado à Justiça: “A Justiça tem mesmo de tomar uma decisão não só em nome da defesa do Dr. Ricardo Salgado mas também em nome dos cidadãos e em nome da dignidade humana”, disse o advogado, rematando que “uma imagem vale mais que mil palavras.”

“Se os tribunais continuarem a ser indiferentes perante esta situação, o Estado português será de certeza condenado no Tribunal dos Direitos Humanos, como foram Estados como a Rússia”, explicou. “Não tenho dúvidas que mais tarde ou mais cedo, a Justiça portuguesa será digna da sua história democrática.”

Ricardo Salgado, ex-líder do Grupo Espírito SantoLusa

Em janeiro, mais uma perícia independente confirmou que Ricardo Salgado sofre da doença. O relatório foi assinado por uma neurologista, um psiquiatra e uma consultora de psicologia do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF). “A doença de Alzheimer é causa mais provável do quadro clínico do arguido”, dizia a perícia médica de quase 50 páginas.

O regresso ocorreu dois anos e um dia depois de Ricardo Salgado ter estado presente num tribunal pela última vez, então no julgamento do processo separado da Operação Marquês, em fevereiro de 2022, quando disse não estar em condições de prestar declarações por lhe ter sido diagnosticada doença de Alzheimer. “Meritíssimo, não estou em condições de prestar declarações. Foi-me atribuída uma doença de Alzheimer”, afirmou na altura o ex-banqueiro perante o coletivo de juízes. No mês seguinte, esse mesmo coletivo acabou por condenar Salgado a seis anos de prisão por três crimes de abuso de confiança. Pena essa que seria agravada pelo Tribunal da Relação de Lisboa para oito anos de prisão.

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Receitas da ANA sobem 22% para recorde de 1.105 milhões

Volume de negócios da concessionária portuguesa supera pela primeira vez os mil milhões, impulsionado por um número também recorde de passageiros, indicam as contas do grupo Vinci.

A ANA registou receitas recorde de 1.105 milhões de euros em 2023, um crescimento de 22% face ao ano anterior, indicam os resultados do grupo Vinci, dono da concessionária dos aeroportos portugueses. O aumento das receitas traduz o crescimento do número de passageiros, que atingiu os 66,3 milhões.

O negócio de concessões de aeroportos do grupo francês fechou o ano com receitas de 3.947 milhões, um aumento de 47% face a 2022, segundo as contas divulgadas na quinta-feira. A ANA contribuiu com 28% daquele bolo, ficando perto do contributo de 31% do Reino Unido, onde a Vinci opera os aeroportos de Gatwick e Belfast.

Em Portugal, a empresa continuou a recuperação das receitas após o tombo provocado pela Covid-19 em 2020 e 2021. Os 1.105 milhões registados em 2023 ficam já 23% acima dos perto de 900 milhões registados em 2019. O mesmo acontece no número de passageiros, que é já superior em 12,2% ao período pré-pandemia.

A Vinci comprou a ANA em 2012, no âmbito do processo de privatização, detendo a concessão de dez aeroportos nacionais até 2062. Desde a aquisição já conseguiu lucros de 1.454 milhões, a que se somarão os de 2023, ainda não discriminados.

O grupo francês, que inclui negócios na concessão de autoestradas, construção ou energia, fechou o exercício de 2023 com lucros de 4,7 mil milhões de euros, mais 10,4% que em 2022.

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Euribor desce a três meses. Taxas sobem a seis e 12 meses

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2024

A Euribor desceu esta sexta-feira a três meses, mas subiu a seis e 12 meses face a quinta-feira, mantendo-se abaixo de 4% nos três prazos.

A Euribor desceu esta sexta-feira a três meses e subiu a seis e 12 meses face a quinta-feira, mantendo-se abaixo de 4% nos três prazos. Com estas alterações, a Euribor a três meses, que recuou para 3,891%, ficou abaixo da taxa a seis meses (3,898%) e acima da taxa a 12 meses (3,658%).

  • Euribor a 12 meses: subiu para 3,658%, mais 0,018 pontos que na quinta-feira, depois de ter avançado em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008. Representava 37,4% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável;
  • Euribor a seis meses: também avançou, para 3,898%, mais 0,010 pontos que na véspera, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
  • Euribor a três meses: desceu face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,891%, menos 0,007 pontos e depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

Na mais recente reunião de política monetária, em 25 de janeiro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro de referência pela terceira vez consecutiva, depois de dez aumentos desde 21 de julho de 2022.

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Falta de juízes e de oficiais de justiça na Comarca de Coimbra

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2024

A falta de juízes e de oficiais de justiça, a urgência de obras em instalações e a necessidade de construção de um novo Palácio da Justiça estão entre as preocupações da Comarca de Coimbra.

A falta de juízes e de oficiais de justiça, a urgência de obras em instalações e a necessidade de construção de um novo Palácio da Justiça estão entre as preocupações da Comarca de Coimbra identificadas no relatório anual de 2023.

“A ausência de juízes, conjugada com a carência de oficiais de justiça, continuaram a ser um dos mais sensíveis problemas de gestão da Comarca, não tendo o Quadro Complementar de Juízes – não obstante a sua criteriosa, inteligente e hábil gestão pelo Conselho Superior de Magistratura – sido capaz de responder a todas as necessidades sentidas, por significativa falta de juízes”.

De acordo com o relatório anual de 2023, a que a agência Lusa teve acesso, dos 283 oficiais de justiça do quadro real, oito encontram-se ausentes por doença prolongada e seis em comissão de serviço.

Através do relatório assinado pelo juiz presidente do Tribunal Judicial da Comarca de Coimbra, Carlos Oliveira, que foi remetido para o Conselho Superior da Magistratura, aponta-se a necessidade de se aumentar o número de oficiais de justiça, sobretudo de escrivães adjuntos e auxiliares, e técnicos de justiça adjuntos e auxiliares.

“A situação é de tal modo séria que praticamente todos os serviços e Juízos estão no limiar mínimo ao nível de recursos humanos, ou mesmo abaixo desse limiar mínimo em muitos períodos. Caso percam mais algum funcionário, entrarão em rotura de funcionamento”, alertou.

Para que se evite a rotura, é recomendado que se preencha integralmente o quadro de oficiais de justiça da Comarca e que se promova o seu rejuvenescimento, aconselhando-se ainda a colocação de assistentes operacionais, assistentes técnicos para o arquivo e funcionários administrativos.

Aponta-se também a necessidade de se preencher o quadro do Juízo de Instrução Criminal, de se substituírem os juízes em comissão de serviço ou com licença sem vencimento por juízes auxiliares, para além de se dotarem os quadros dos Juízos de Família e Menores de Coimbra, Local Cível de Coimbra e Local Cível de Cantanhede de mais um juiz de Direito e outro ainda para a Comarca.

Ao nível de instalações, o relatório de 2023 reitera “as graves carências”, sobretudo no município sede de Coimbra.

“Mais um ano decorreu, e não obstante as múltiplas ações e insistências feitas pelos órgãos de gestão da Comarca, a situação continua exatamente igual, sem modificação — a não ser a degradação produzida pelo decurso do tempo, pelo uso e pelos elementos atmosféricos”.

Ao longo de mais de uma centena de páginas, é vincado que a Comarca de Coimbra tem vindo a ser negligenciada, ao longo dos anos, pelo Ministério da Justiça, mais especificamente pelo Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ), o organismo com a competência do edificado.

“Em toda a Comarca, nas suas dezenas de edifícios, foi realizada uma única obra, de valor quase insignificante [cerca de 35 mil euros], e sem qualquer reflexo na qualidade das instalações: o reposicionamento da caixa dos contadores prediais de água”, informou.

No que toca a obras previstas para 2024, “conclui-se que, na prática, não foi prevista para o corrente ano de 2024 a realização de qualquer obra na Comarca de Coimbra”.

“A que é mencionada [pelo IGFEG], relativa ao aumento de potência das instalações elétricas no Palácio da Justiça de Montemor-o-Velho), além de apresentar um valor pouco significativo [cerca de 64 mil euros], já estava prevista para o ano anterior, e não foi realizada (transitando para o ano seguinte)”.

O relatório anual volta a aludir à inadequação dos edifícios (apartamentos) que albergam os juízos do tribunal e que obrigam a um gasto anual na ordem do meio milhão de euros, em imóveis que “não têm condições mínimas para o fim a que se destinam”.

“Mais uma vez se reforça e insiste pela imediata abertura do procedimento de contratação pública do projeto do novo Palácio da Justiça de Coimbra“, indica, acrescentando ainda que “não se compreende a demora na abertura do procedimento de contratação pública do projeto”.

“Questiona-se porque não avança o IGFEJ para a abertura do procedimento de contratação pública do projeto do novo Palácio da Justiça de Coimbra, dado que dispõe de verba para o efeito, prevista para o ano de 2024 na Resolução do Conselho de Ministros nº 119/2023, de 9 de outubro: 350 mil euros. Não irá o IGFEJ cumprir o decidido pelo Conselho de Ministros?”, interroga.

Através do documento salienta-se que são os próprios organismos do Ministério da Justiça que caracterizam a situação do edificado na Comarca de Coimbra como “o caso mais grave em todo o país”, pelo que “se espera que o IGFEJ cumpra o definido e decidido”, procedendo à “imediata abertura do procedimento de contratação pública” do projeto do novo Palácio da Justiça de Coimbra.

“Não existe mais tempo nem justificação para se protelar no tempo esta sexagenária necessidade da Comarca e de Coimbra, ambição antiga da cidade e dos seus cidadãos, e promessa por concretizar há décadas”, concluiu.

A área de competência da Comarca de Coimbra abrange o espaço geográfico dos municípios de Arganil, Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Góis, Lousã, Mira, Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penacova, Penela, Soure, Tábua e Vila Nova de Poiares.

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Salgado vai hoje a tribunal no Caso EDP depois de perícia ter confirmado doença de Alzheimer

O regresso acontece dois anos depois de o ex-banqueiro ter marcado presença num tribunal pela última vez, então no julgamento do processo separado da Operação Marquês, em fevereiro de 2022.

Ricardo Salgado vai a tribunal para prestar declarações no âmbito do julgamento do Caso EDP, depois de mais uma perícia independente ter confirmado que o ex-líder do BES sofre mesmo de Alzheimer.

Em janeiro, mais uma perícia independente confirmou que Ricardo Salgado sofre da doença. O relatório foi assinado por uma neurologista, um psiquiatra e uma consultora de psicologia do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF). “A doença de Alzheimer é causa mais provável do quadro clínico do arguido”, dizia a perícia médica de quase 50 páginas.

O relatório concluiu que, “relativamente ao processo judicial, em conclusão, apesar dos défices cognitivos referidos, o arguido mantém uma boa capacidade de interação pessoal, compreensão e expressão verbal, raciocínio e um estado emocional que, no nosso entender, não impedem que seja submetido a um interrogatório judicial na qualidade de arguido”. Mas ressalvou que, atendendo ao facto de Salgado apresentar défices de memória, “não é possível garantir o rigor dos conteúdos evocados”. Assim sendo, ficou marcado o dia 9 de fevereiro para que o ex-banqueiro fosse a julgamento.

O regresso ocorre dois anos e um dia depois de Ricardo Salgado ter estado presente num tribunal pela última vez, então no julgamento do processo separado da Operação Marquês, em fevereiro de 2022, quando disse não estar em condições de prestar declarações por lhe ter sido diagnosticada doença de Alzheimer. “Meritíssimo, não estou em condições de prestar declarações. Foi-me atribuída uma doença de Alzheimer”, afirmou na altura o ex-banqueiro perante o coletivo de juízes. No mês seguinte, esse mesmo coletivo acabou por condenar Salgado a seis anos de prisão por três crimes de abuso de confiança. Pena essa que seria agravada pelo Tribunal da Relação de Lisboa para oito anos de prisão.

Ricardo Salgado, ex-líder do Grupo Espírito SantoLusa

Duas semanas depois dessa perícia ser conhecida, os advogados de defesa do ex-líder do BES — Francisco Proença de Carvalho e Adriano Squillace — enviaram um requerimento em que pediam que fosse “realizada nova perícia ou renovada a perícia anterior a cargo de outro ou outros peritos”. Essa mesma renovação tem de incidir sobre os mesmos detalhes e pormenores e só pode ser realizada por outros médicos. Bem como é pedido que “antes da audiência para prestação dos esclarecimentos por parte dos peritos, estes procedam à junção de todos os testes, incluindo questões, respostas e resultados, que foram realizados ao arguido nesta perícia”.

Mas o coletivo de juízes rebateu os argumentos dos advogados do ex-banqueiro e não aceitou os pedidos de esclarecimentos dos peritos que efetuaram a perícia e a junção dos elementos clínicos referidos no relatório pericial. Os juízes decidiram também “notificar o arguido Ricardo Salgado — considerando o teor do relatório pericial –, para, no dia 9 de fevereiro de 2024, comparecer na audiência de julgamento a fim de, querendo, prestar declarações”.

Ricardo Salgado está a ser julgado no Caso EDP por corrupção ativa para ato ilícito, corrupção ativa e branqueamento de capitais, num processo em que são também arguidos o ex-ministro da Economia Manuel Pinho (corrupção passiva para ato ilícito, corrupção passiva, branqueamento e fraude fiscal) e a sua mulher, Alexandra Pinho (branqueamento e fraude fiscal – em coautoria material com o marido).

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Juíza do “Russiagate” é amiga do advogado da CNPD, mas escusa foi recusada

  • ECO
  • 9 Fevereiro 2024

Apesar de a juíza ter argumentado ter uma estreita relação de amizade com o advogado e esposa de uma das partes, o presidente do tribunal manteve-a no processo. Julgamento arranca em abril.

A juíza encarregue do caso “Russiagate” pediu escusa do processo ao Tribunal Central Administrativo Sul, por ser amiga do advogado que representa a Comissão Nacional da Proteção de Dados neste processo que visa a Câmara Municipal de Lisboa. No entanto, segundo o Publico, o pedido foi recusado, por se entender que a proximidade não é suscetível de comprometer a imparcialidade da magistrada.

A juíza Ana Rita Marques argumentou que ela e o marido mantêm uma estreita relação de amizade com o advogado da comissão e a sua esposa, que já se estendeu aos filhos dos dois casais, e que estiveram no casamento uns dos outros. Mas o presidente do referido tribunal manteve-a no processo contra a sua vontade. A magistrada vai decidir se a Câmara de Lisboa terá mesmo de pagar 1,2 milhões de euros à Comissão Nacional da Proteção de Dados, com arranque do julgamento previsto para abril.

Em causa no processo que ficou conhecido por “Russiagate” está o envio pela Câmara Municipal de Lisboa de dados pessoais de manifestantes para embaixadas e outras entidades, incluindo dos promotores de uma manifestação de apoio ao opositor russo Alexei Navalny para a embaixada russa em Lisboa.

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Obras na Linha do Norte em Gaia terminam até ao final de junho

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2024

Infraestruturas de Portugal espera concluir as obras na Linha do Norte, entre Espinho e Vila Nova de Gaia, até ao final do segundo trimestre deste ano.

A Infraestruturas de Portugal (IP) prevê concluir as obras na Linha do Norte entre Espinho e Vila Nova de Gaia no segundo trimestre do ano, revelou esta sexta-feira fonte da empresa.

Em resposta a questões da Lusa sobre a empreitada que começou em julho de 2020, fonte oficial da IP disse que a empreitada em causa terminará até ao final junho deste ano.

“Já estão concluídas ou em fase de conclusão o alteamento/alargamento de plataformas de passageiros nas estações de Gaia-Devesas e da Granja e dos apeadeiros de Aguda, Miramar e Francelos Valadares e Coimbrões”, refere a IP na resposta à Lusa, estando “em execução os trabalhos de alteamento/alargamento de plataformas no apeadeiro de Madalena”.

Atualmente, estão em construção uma passagem inferior para tráfego rodoviário ligeiro e duas passagens inferiores rodoviárias, estando já concluídas ou em fase de conclusão cinco passagens rodoviárias inferiores para ligeiros e outra rodoviária para todo o tipo de tráfego. Quanto aos peões, já foram construídas cinco passagens inferiores e quatro passagens superiores.

Já relativamente às passagens superiores na Aguda e Granja, “prevê-se a abertura da passagem superior do apeadeiro da Aguda no prazo de um mês se não houver ocorrência de condições meteorológicas adversas”. Quanto à da Granja, prevê-se a conclusão dos trabalhos “até ao final do primeiro semestre do corrente ano”.

Recorde-se que a IP já pôs a concurso, por 50 mil euros, estudos para passagens inferiores na Granja e Aguda, em Gaia, na sequência de um protocolo de 2022 celebrado após protestos das populações contra as passagens superiores instaladas.

Face aos protestos, e depois de manifestações contra as estruturas apelidadas de “mamarracho”, “escarro arquitetónico” ou “muro de Berlim” pela população e edificadas no âmbito da renovação da Linha do Norte entre Espinho (distrito de Aveiro) e Vila Nova de Gaia (distrito do Porto), foi celebrado um protocolo, em julho de 2022, que previa o estudo de soluções de passagens por debaixo da linha.

“O estudo de viabilidade consistirá numa análise técnica para a identificação das várias soluções e quantificação das intervenções a realizar na envolvente da infraestrutura para desnivelamento, que permita a passagem de peões na Estação de Granja e Apeadeiro de Aguda”, referiu fonte oficial da IP à Lusa, em agosto.

A conclusão total da intervenção chegou a estar prevista para 2023, mas a empreitada “sofreu vários impactos com relevância no prazo, decorrentes dos constrangimentos que se vêm registando no mercado da construção, designadamente, quanto à disponibilidade e prazo de fornecimento de materiais e às dificuldades sentidas pelos empreiteiros e subempreiteiros na contratação de meios humanos e de equipamentos”.

A intervenção entre Espinho e Vila Nova de Gaia, realizada ao abrigo do programa Ferrovia 2020, está orçamentada em 55,3 milhões de euros e iniciou-se em julho de 2020. Inicialmente, aquando do lançamento do programa Ferrovia 2020, em 2016, estava previsto que as obras decorressem entre 2017 e 2019.

Notícia atualizada às 11h36 com correção no título por conter informações incorretas sobre os prazos da empreitada avançadas pela fonte da Infraestruturas de Portugal.

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CMVM investiga Pinto da Costa por compra de ações da SAD do Porto

  • ECO
  • 9 Fevereiro 2024

Pinto da Costa comprou mais de mil ações da SAD do Porto num período em que não lhe era permitido por lei. Coima pode ir até aos cinco milhões de euros.

A Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) está a investigar a mais recente compra de ações da SAD do FC Porto pelo presidente do clube, Jorge Nuno Pinto da Costa, avança o Jornal Económico.

Em causa está a compra de 1.350 ações a 1 de fevereiro, pelas quais Pinto da Costa pagou 1.660,5 euros. De acordo com a lei, os dirigentes estão impedidos de comprar ações no período de 30 dias que antecede a apresentação de contas, e a SAD do FC Porto deverá fazê-lo no próximo dia 15 de fevereiro. Segundo o jornal, a CMVM já está a analisar a operação.

Esta compra de títulos em fevereiro é suscetível de ser considerada abuso de mercado pelo regulador, escreve o Jornal Económico. Por isso, o Código dos Valores Mobiliários prevê que nestas situações seja aplicada uma coima entre os 25 mil e os cinco milhões de euros.

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