Tabaqueira, Liga Portugal e Câmara de Leiria promoveram ação ambiental na final four da Taça da Liga

  • + M
  • 29 Janeiro 2024

A iniciativa integra a campanha “Portugal Não é um Cinzeiro”, que faz parte da política global de sustentabilidade da Philip Morris International.

A Tabaqueira associou-se à Liga Portugal e à Câmara Municipal de Leiria na promoção da ação “A Final Four Não É Um Cinzeiro”, que visa sensibilizar para o correto descarte dos resíduos provenientes de produtos de tabaco, como as beatas.

A ação decorreu no Estádio Municipal de Leiria, no âmbito da Final Four da Allianz CUP (Taça da Liga), sendo que ao longo de toda a competição foram distribuídos cinzeiros portáteis e foi partilhada a importância do correto descarte destes resíduos junto dos participantes.

A iniciativa contou com a mobilização de diversos voluntários na recolha destes resíduos “que, por serem de reduzidas dimensões, escapam facilmente às operações de limpeza que se seguem aos espetáculos desportivos”, explica-se em nota de imprensa.

Estiveram também presentes Filipe Pais, secretário-geral da Fundação do Futebol – Liga Portugal, Nélson Pereira, vogal do Conselho de Administração da Fundação do Futebol – Liga Portugal, Lúcia Cavaleiro, manager de comunicação e digital da Tabaqueira, e Carlos Palheira e Luís Lopes, vereadores da Câmara Municipal de Leiria.

“O comportamento individual de cada um de nós faz a diferença na sustentabilidade do nosso planeta. Por isso, a Tabaqueira continua focada na sensibilização da população para o correto descarte dos resíduos provenientes de produtos de tabaco, neste caso em concreto, as beatas. É para nós um grande orgulho contar, nesta missão, com parceiros institucionais que nos permitem sensibilizar milhares de cidadãos em vários pontos do país, e que trabalham, tal como nós, em prol de um futuro melhor”, diz Rui Minhós, diretor de assuntos institucionais da Tabaqueira, citado em comunicado.

Já por parte da Fundação do Futebol – Liga Portugal, Filipe Pais, secretário-geral, considera que “este é mais um dos momentos do ano em que a Liga aposta naquilo que faz parte do seu ADN, que é tentar transformar o mundo, fazer dele um sítio melhor. É muito significativo que esta ação decorra no âmbito da Final Four, um ecoevento”.

“A sustentabilidade ambiental foi, é e será sempre uma prioridade da primeira instituição portuguesa a ser admitida no projeto Football for the Goals, um projeto das Nações Unidas à escala mundial em que buscamos o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, acrescenta.

Intitulada “A Final Four Não É Um Cinzeiro”, a iniciativa integra a campanha “Portugal Não é um Cinzeiro”, que faz parte da política global de sustentabilidade da Philip Morris International (PMI), da qual a Tabaqueira é subsidiária. Esta visa a “sensibilização dos portugueses em prol do combate aos resíduos e com vista à correta deposição dos filtros”, refere-se ainda em nota de imprensa.

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Camiões portugueses retidos em França devido aos bloqueios dos agricultores

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2024

ANTRAM denuncia que os bloqueios de estradas pelos agricultores franceses têm "afetado muito" a importação e exportação das empresas portuguesas nos últimos dias.

Vários camiões portugueses estão retidos em toda a França, há uma semana, devido aos bloqueios de agricultores franceses, disse à Lusa o porta-voz da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM).

Não conseguimos quantificar, mas há muitos camionistas portugueses retidos devido ao bloqueio dos agricultores em França. Neste momento a situação é muito preocupante, não apenas por ser uma situação que se arrasta há vários dias, mas porque não há visibilidade sobre quando poderá terminar”, disse André Matias de Almeida.

Os agricultores franceses estão a bloquear várias estradas no país para denunciar, sobretudo, a queda de rendimentos, as pensões baixas, a complexidade administrativa, a inflação dos padrões e a concorrência estrangeira, e pretendem realizar um “cerco à capital [Paris] por tempo indeterminado”, a partir da tarde desta segunda-feira.

“A afetação quer das vias na sua circulação, quer nas entradas para outras vias que poderiam ser alternativas às autoestradas encontram-se bloqueadas. Hoje (…) temos cerca de 20 autoestradas bloqueadas em toda a França, o que tem afetado muito a importação e exportação das empresas portuguesas“, contou o porta-voz da ANTRAM.

O porta-voz da ANTRAM sublinhou que, para já, ainda não há problemas no abastecimento de bens de primeira necessidade, mas desta vez as empresas portuguesas estão a ser muito afetadas. De acordo com André Matias de Almeida, não tem sido possível contornar estes bloqueios dos agricultores.

“Hoje há um decreto legislativo francês que vem levantar restrições na circulação dos veículos, mas permitindo apenas que possam regressar ao local de origem, à empresa mãe, ou concluir o trajeto que estiver mais perto do destino, o que significa que há uma afetação clara do que é o mercado de abastecimento”, disse.

André Matias de Almeida lembrou que as empresas portuguesas não foram tão afetadas quando há uns meses, em Espanha, houve um protesto de camionistas. “Mesmo em Espanha, aquilo que nos recordamos há uns meses atrás com protestos de camionistas — desta vez não são camionistas, mas é um protesto similar –, não houve paralelo com o que está a acontecer em França, não apenas pela dimensão que atinge, mas pelo número de dias que se mantém. Temos um país bloqueado”, contou.

O responsável disse ainda à Lusa que a ANTRAM está em permanente contacto com a congénere francesa, fazendo atualizações à hora para os mais de dois mil associados.

Há dias que os agricultores franceses utilizam os seus tratores para bloquear as estradas e abrandar o trânsito em toda a França, em busca de uma melhor remuneração para os seus produtos, menos burocracia e proteção contra as importações.

Na sexta-feira, o Governo anunciou uma série de medidas que, segundo os agricultores, não satisfazem plenamente as suas reivindicações, que incluem a “simplificação drástica” de certos procedimentos técnicos e o fim progressivo dos impostos sobre o gasóleo para os veículos agrícolas.

Entretanto, o Governo francês prometeu esta segunda-feira apresentar, no prazo de 48 horas, novas medidas a favor dos agricultores e anunciou que pretende renegociar o fim do pousio obrigatório na cimeira da União Europeia (UE) marcada para quinta-feira.

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Governo apoia com 28,9 milhões setores afetados pela seca

A maior fatia do apoio -- mais de metade -- recaiu sobre o setor dos bovinos de carne. 

O Ministério da Agricultura comunicou que já procedeu aos pagamentos do Apoio Financeiro à Seca, destinado às explorações em território continental. A maior fatia do apoio — mais de metade — recaiu sobre o setor dos bovinos de carne.

Estes apoios são concedidos através do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP), e atingem um montante próximo de 28,9 milhões de euros, indica a tutela num comunicado enviado às redações.

O total distribui-se por setores que vão desde a exploração de bovinos ao cultivo de cereais, como pode consultar na lista abaixo:

  • Bovinos de carne – 16,4 milhões de euros
  • Ovinos ou caprinos – 9,4 milhões de euros
  • Suínos de raças autóctones – 0,3 milhões de euros
  • Apicultura – 1,3 milhões de euros
  • Cereais praganosos de outono/inverno de sequeiro – 1,5 milhões de euros

As explorações nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores também já receberam um apoio do mesmo âmbito. No entanto, no caso destes territórios, foram entregues montantes de cerca de 0,5 e 2,3 milhões de euros, respetivamente.

Portugal foi um dos Estados-membros que defendeu a mobilização da Reserva Agrícola para compensar o setor pelos efeitos da seca, tendo sido reforçado em dobro o montante disponibilizado com recurso ao Orçamento do Estado, realça o Ministério.

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Grupo de investidores quer travar venda da Farfetch à Coupang

O grupo de investidores detém mais de um bilião de ativos em obrigações convertíveis da Farfetch e quer travar o negócio, que ameaça reduzir a zero o seu investimento.

Um grupo de investidores da Farfetch, com mais de um bilião de ativos da empresa, uniu-se para tentar travar a aquisição do grupo liderado pelo português José Neves pelos sul-coreanos da Coupang, contestando o acordo alcançado entre as duas empresas a 18 de dezembro do ano passado.

Intitulado 2027 Ad Hoc Group, estes investidores representam mais de 50% das obrigações sénior convertíveis da Farfetch com maturidade em 2027 e dizem que o primeiro passo para tentar bloquear a venda à Coupang é declarar a Farfetch em incumprimento e exigir o reembolso imediato e integral das obrigações, isto depois de a empresa de venda de bens de luxo eletrónica ter declarado na passada quarta-feira, 24 de janeiro, que os atuais investidores de dívida “não devem esperar recuperar os seus investimentos”.

A Farfetch chegou a acordo com os sul-coreanos da Coupang no dia 18 de dezembro para a venda dos seus ativos e negócio, impedindo a companhia de entrar em insolvência, através da injeção de uma linha de liquidez no valor 500 milhões de dólares, permitindo à companhia continuar a sua atividade.

Este acordo não preservou, contudo, os investimentos nem dos acionistas, nem dos detentores de dívida convertível. “Quando a venda estiver consumada, a Farfetch Limited estima que os detentores das ações ordinárias de classe A e B e as notas convertíveis não recuperarão qualquer valor do investimento na Farfetch”, adiantou a empresa em comunicado aquando do negócio.

O grupo de acionistas pretende avaliar todas as opções para proteger os seus interesses e evitar a destruição de valor dos seus investimentos, tendo para isso nomeado a Pallas Partners como conselheiro legal e o Ducera Partners como conselheiro financeiro.

A proposta de venda à Coupang está a transformar em zero milhões de dólares de títulos de dívida e também a prejudicar funcionários e outros investidores“, adiantou Fiona Huntriss, partner da Pallas Partners em comunicado.

O mesmo comunicado refere que os investidores “estão muito preocupados com os motivos pelos quais essa venda de emergência ocorreu, se o negócio foi comercializado para terceiros e por que os termos da venda propostos para a Coupang são tão destrutivos em termos de valor”.

O mesmo grupo de investidores manifesta ainda muitas dúvidas sobre como a Farfetch “passou de líder de mercado no final do exercício financeiro de 2023, com uma liquidez superior a 800 milhões de dólares em agosto de 2023, para uma liquidação imediata quatro meses depois“.

“Na altura em que o negócio foi anunciado, o consenso dos analistas (incluindo o seu corretor interno JPMorgan) estimou o valor do negócio da Farfetch em mais de três mil milhões de dólares”, observa o 2027 Ad Hoc Group, expressando “profunda preocupação com a deterioração rápida e inexplicável da posição financeira da Farfetch entre agosto e dezembro de 2023”.

Os investidores alertam ainda que os termos do acordo excluem a possibilidade de outra oferta. “Este processo estabelece um precedente incrivelmente perigoso. Permitir que esta transação prossiga não maximiza o valor dos ativos da empresa num momento em que pelo menos três outras partes credíveis foram publicamente declaradas interessadas em todo ou parte do negócio“, adiantou um porta-voz do grupo, adiantando que os investidores estão a considerar “urgentemente os próximos passos apropriados”.

José Neves estima que a venda à Coupang esteja concluída no primeiro trimestre de 2024. Os termos do contrato celebrado entre a Farfetch e a Coupang e a Greenoaks Capital estão sujeitos a um período de exclusividade até 30 de abril de 2024.

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Miguel Neiva de Oliveira é o novo sócio da CCA Law Firm

Miguel Neiva de Oliveira é o novo sócio e coordenador da área de Direito Público da CCA. Esta nomeação surge no seguimento do desenvolvimento e expansão da área de Direito Administrativo.

A CCA Law Firm nomeou o advogado Miguel Neiva de Oliveira como sócio. Em comunicado, explicam que esta nomeação surge no seguimento do “desenvolvimento e expansão das áreas de Direito Administrativo e de Contratação Pública”.

“A presença da CCA Law Firm no Porto já é reconhecida pela sua multidisciplinaridade e especialização em contratação pública, em urbanismo e planeamento do território, mas queremos continuar a crescer e a diversificar, não apenas no Direito Administrativo, mas também nas demais áreas do direito“, disse Miguel Neiva de Oliveira.

Para o sócio e coordenador de Direito Público da CCA e responsável pela operação da sociedade de advogados no norte do país, o crescimento da área de Direito Administrativo é “natural” e pretendem consolidar a área através do Direito Espacial e do Ambiente. “Assim, esperamos naturalmente que a dimensão da equipa venha a acompanhar este movimento“, acrescentou.

Com mais de 20 anos de experiência, Miguel Neiva de Oliveira iniciou a sua colaboração com a CCA em 2020, tendo alavancado e desenvolvido as áreas de Direito Administrativo e de Contratação Pública.

“O crescimento em 100% do último ano reitera a aposta da CCA Law Firm nesta geografia, não só pelo investimento alocado a novas instalações, que respondem ao previsível aumento da equipa, como pela necessidade de uma maior proximidade junto dos clientes”, refere o escritório em comunicado.

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Future Healthcare pode ser vendida a britânicos da BUPA

  • ECO Seguros
  • 29 Janeiro 2024

O CEO da insurtech disse ao Jornal Económico que o acordo de venda ainda não está assinado.

A Future Healthcare, insurtech portuguesa de gestão de seguros e planos de saúde, pode estar a ser comprada pela empresa britânica de seguros BUPA (British United Provident Association Limited). Segundo o Jornal Económico, o acordo de venda está quase a ser assinado.

O processo de venda da seguradora fundada por José Pina ocorre desde o primeiro trimestre do ano passado e o Banco Invest foi contratado para assessorar a venda e escolher o comprador da empresa, refere o jornal. Importa salientar que o CEO da Insurtech disse ao Jornal Económico que o acordo de venda ainda não está assinado. Além disso, o valor do negócio ainda não é conhecido publicamente.

A Bupa, empresa sediada no Reino Unido com quase 80 anos de história, serve cerca de 43 milhões de clientes global e conta com cerca de 82.000 funcionários.

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Só a troika supera número de greves comunicadas em 2023

Quase milhar e meio de pré-avisos de greve deram entrada no conjunto de 2023. Desde 2013 que não eram comunicados tantos avisos prévios de paralisações.

Viagens de comboio canceladas. Escolas encerradas. Hospitais em serviços mínimos. O ano de 2023 ficou marcado por um aumento considerável da contestação social, tendo o número de pré-avisos de greve atingindo o valor mais elevado desde 2013, isto é, desde o período da troika. A maioria absoluta do Governo do Partido Socialista e a inflação ajudam a explicar esse disparo das paralisações.

De acordo com a Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), em dezembro foram comunicados 216 avisos prévios de greve, o que atirou o total registado em 2023 para 1.495. Desses pré-avisos, 552 dizem respeito ao setor empresarial do Estado e 943 estão fora do setor empresarial do Estado.

Comparativamente, em 2022 tinham sido comunicados 1.087 pré-avisos de greve. Tal significa que, entre 2022 e 2023, houve um salto de quase 38% dos avisos prévios de greve.

Pós queda pandémica, queda não têm parado de aumentar

Fonte: DGERT

É preciso recuar a 2013 — período em que Portugal estava submetido ao programa de ajustamento acordado com a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional — para encontrar um total de greves mais elevado do que o registado em 2023.

A desagregação do valor anual de pré-avisos por setor de atividade ainda não está disponível, mas a DGERT já deu a conhecer os dados relativos a dezembro: mais de um quarto das paralisações diz respeito às atividades administrativas e serviços de apoio.

Em destaque estão também as atividades de informação e comunicação, numa altura em que o Grupo Global Media — dono da TSF, do Jornal de Notícias e do Diário de Notícias — está a enfrentar um período de crise, com salários em atraso e a ameaça de um despedimento coletivo.

De acordo com os politólogos que têm sido ouvidos pelo ECO, a inflação, e o consequente agravamento do custo de vida — o aumento dos salários é uma das principais reivindicações dos sindicatos –, é uma das razões por detrás do aumento da contestação social. Outra é a maioria absoluta do PS.

José Palmeira, professor da Universidade do Minho, salienta que a contestação social “costuma aumentar em contextos de maioria absoluta“, uma vez que tende a transferir-se do Parlamento para a rua.

Por sua vez, Bruno da Costa, professor da Universidade da Beira Interior, realça que a maioria absoluta deu ao PS e ao Governo “os instrumentos necessários para implementar um quadro global de transformação do país”, mas, passados oito anos de “desgaste” e tendo em conta a “inoperância de alguns membros do Executivo”, a afirmação dessa maioria começava a enfrentar dificuldades.

De resto, o último Orçamento do Estado do Governo de António Costa (agora demissionário) não gerou consenso na sociedade portuguesa, já que, por exemplo, fez cair o IRS, mas aumentou os impostos indiretos, identificam os politólogos.

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Gómez-Acebo & Pombo perde dois sócios. Miguel de Avillez Pereira e Miguel Castro Pereira saem da firma

Miguel de Avillez Pereira e Miguel Castro Pereira, sócios da Gómez-Acebo & Pombo, vão deixar a firma no início de fevereiro para se dedicarem a novos projetos profissionais.

Os sócios do escritório de Lisboa da Gómez-Acebo & Pombo Miguel de Avillez Pereira e Miguel Castro Pereira vão sair da sociedade já no início do mês de fevereiro. O anúncio foi feito pelo escritório.

“Miguel de Avillez Pereira e Miguel Castro Pereira, sócios do escritório de Lisboa da Gómez-Acebo & Pombo, deixarão a sociedade no início do mês de fevereiro para se dedicarem a novos projetos profissionais. Desejamos-lhes as maiores felicidades e sucessos, agradecendo o seu contributo ao longo dos anos”, lê-se no comunicado.

Miguel de Avillez Pereira estava no escritório desde 2016 e era sócio das áreas de Corporate, Comercial, M&A e Reestruturações. Com mais de 35 anos de experiência, já passou pela Abreu Advogados (2002-2016), Avillez Pereira & Associados (1993-2002), Maclay Murray & Spens (1993-1993) e Albuquerque & Avillez (1989-1992).

Já Miguel Castro Pereira integrava a Gómez-Acebo & Pombo desde 2016. Entre 1998 e 2006, fez parte da equipa da Abreu Advogados. Passou também pelo Banco Santander, onde foi consultor jurídico entre 1984 e 1987.

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Espanholas Acciona, FCC e Ferrovial unem-se em consórcio para lutar pelo TGV

Segundo avança o El Economista, as três construtoras espanholas poderão juntar-se ainda a um grupo de construção português ou a um fundo de investimento.

As construtoras espanholas Acciona, FCC e Ferrovial estarão a preparar uma parceria para entrarem no concurso para a construção do primeiro troço da linha de alta velocidade em Portugal, segundo avança o El Economista. De acordo com o jornal espanhol, às três empresas poderá juntar-se ainda um grupo português.

O concurso público internacional para o primeiro troço da Alta Velocidade Lisboa – Porto, que ligará o Porto a Oiã, no distrito de Aveiro, orçado em 1.950 milhões de euros, está a atrair grande interesse de empresas nacionais e espanholas, conhecendo-se já vários consórcios para avançar com propostas. Segundo o El Economista há, pelo menos, cinco alianças para concorrer pela construção do TGV em Portugal, sendo que em quatro delas há presença espanhola.

O mais recente consórcio irá incluir as espanholas Acciona, FCC e Ferrovial, ainda que possa incorporar um grupo português ou um fundo de investimento, avança o jornal, que cita fontes próximas das negociações.

Outro consórcio que irá apresentar proposta no concurso será composto pela Azvi, em parceria com a italiana Webuild, o fundo John Laing e três companhias portuguesas (Ascendi, Tecnovia e TIIC).

O outro grupo candidato à alta velocidade em Portugal é a OHLA, juntamente com a catalã Comsa e as francesas NGE e TSO. O quarto consórcio que conta com empresas espanholas é formado pela Sacyr, que uniu forças com vários grupos portugueses: DST (Domingos da Silva Teixeira), ACA (Alberto Couto Alves) Engenharia e Construção, a Somague e Neopul.

A estes quatro consórcios formados por empresas espanholas junta-se o consórcio liderado pela Mota-Engil e pela Teixeira Duarte, o único grupo formado exclusivamente por empresas portuguesas e que inclui ainda o grupo Casais, a Conduril, Gabriel Couto e Alves Ribeiro.

O primeiro troço da Alta Velocidade Lisboa – Porto, ligará a estação da Campanhã a Oiã, no distrito de Aveiro, num total de 71 kms, dos quais 12 km em túnel e 19 km em pontes e viadutos. Esta primeira PPP, inclui a construção de uma nova ponte rodoferroviária sobre o rio Douro, a reformulação da estação da Campanhã e uma nova estação em Vila Nova de Gaia.

Os cálculos do Executivo apontam para um custo de 1.950 milhões para o troço, devendo a construção estar concluído em 2029, para entrar em funcionamento no ano seguinte. O segundo troço, entre Oiã e Soure, completará a chamada primeira fase do projeto, que permitirá encurtar a viagem entre Lisboa e Porto de 2h49 para 1h59 e tem um custo total de 3.550 euros.

O consórcio vencedor será responsável pela conceção, financiamento, construção e manutenção do troço, em regime de Parceria Público-Privada (PPP). A concessão terá a duração de 30 anos, cinco para a construção e 25 para a gestão da linha.

Os consórcios interessados na construção têm até ao dia 13 de junho para apresentar as suas propostas.

 

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Número de notas falsas apreendidas em Portugal subiu em 2023. Maioria foram notas de 100 euros

  • Joana Abrantes Gomes
  • 29 Janeiro 2024

A retirada de circulação de notas da denominação de 200 euros cresceu mais de 1.600% em relação a 2022. Mas foram apreendidas mais notas de 100 euros do que qualquer outra, num total de 5.353.

O número de notas de euro contrafeitas apreendidas em 2023 aumentou 55,8% face ao ano anterior, revelou esta segunda-feira o Banco de Portugal (BdP). No total, foram retiradas de circulação 16.723 notas falsas, o que representa 3,68% do total apreendido no Eurosistema.

No ano passado, houve mais 5.991 notas apreendidas em relação ao total de 2022, fixado em 10.732. “Para este acréscimo contribuíram duas apreensões em casos de fraude com notas de 100 e 200 euros“, justifica o supervisor bancário, em comunicado.

Contrariando a tendência dos últimos anos, as notas de 100 euros representaram a maioria das apreensões em Portugal, tendo sido retiradas de circulação 5.353 notas desta denominação, quase um terço (32,01%) do total.

Seguiram-se as denominações de 20 euros e as de 200 euros, das quais foram apreendidas 3.425 e 3.334 notas, respetivamente, equivalendo a crescimentos, na mesma ordem, de 1,7% e de 1.682,9% face a 2022.

Foram também retiradas de circulação 2.406 notas contrafeitas de 50 euros, 1.849 notas de 10 euros, 256 notas de cinco euros e, por fim, 100 notas de 500 euros. Somente a apreensão de notas de 10 e de 500 euros registou um decréscimo em 2023 comparativamente a 2022 — de 47,67% e 58,85%, respetivamente.

Ainda assim, segundo salienta o BdP, “a quantidade de contrafações é residual quando comparada com os quase 30 mil milhões de notas de euro em circulação“.

A instituição financeira alerta para a importância de os utilizadores verificarem sempre as notas quando as recebem, uma vez que “as contrafações não são reembolsadas nem podem ser utilizadas em pagamentos“, notando que “a passagem de nota contrafeita constitui crime”.

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Candidatura a fundos europeus para a TGV entregue entre hoje e amanhã. Valor pode chegar a mil milhões

Portugal formaliza até terça-feira a candidatura aos fundos europeus para a primeira fase da Alta Velocidade. Montante pode chegar aos mil milhões de euros.

Portugal entrega entre hoje e amanhã em Bruxelas a candidatura para receber 729 milhões em fundos do Mecanismo Interligar a Europa para a linha de Alta Velocidade Porto – Lisboa. Montante pode, no entanto, chegar aos mil milhões se o país conseguir verbas de outros países, afirmou esta segunda-feira Carlos Fernandes, vice-presidente da Infraestruturas de Portugal, numa conferência promovida pela sociedade de advogados SRS.

A verba destina-se a financiar a primeira fase da linha de Alta Velocidade Porto – Lisboa, entre a Invicta e Soure, que tem um custo global de 3.729 euros. Portugal fez uma primeira candidatura aos fundos europeus que foi rejeitada por Bruxelas, que considerou que o projeto não estava ainda num estado de maturidade suficiente.

Segundo o Governo, a Comissão Europeia exigiu as avaliações de impacte ambiental e o lançamento do primeiro concurso público internacional, que avançou a 12 de janeiro, para o troço entre o Porto e Oiã (Aveiro). Ficava assim desbloqueado o caminho para avançar com nova candidatura, que é entregue entre hoje e amanhã, segundo revelou Carlos Fernandes, vice-presidente da Infraestruturas de Portugal, na conferência “Comboio de Alta Velocidade em Portugal: desafios e oportunidades”, que decorreu esta segunda-feira no auditório da SRS Legal, em Lisboa. O prazo terminava no fim de janeiro.

Portugal tem 729 milhões consignados no âmbito do Mecanismo Interligar a Europa, mas o valor pode crescer. Carlos Fernandes revelou que o montante pode chegar a mil milhões de euros, se o país conseguir ficar com montantes que acabem por não ser atribuídos a outros países. Além dos fundos comunitários, está também já garantido um financiamento de 625 milhões do Banco Europeu de Investimento, com uma taxa a rondar 3,5%.

O vice-presidente da Infraestruturas de Portugal afirmou que a preparação do concurso para o segundo troço, entre Oiã e Soure, “está quase concluída”, devendo avançar até final de junho.

Quando estiver concluída, a linha ferroviária de Alta Velocidade vai permitir viajar entre o Porto e Lisboa em 1h15, menos de metade das atuais 2h49. A obra será feita em três fases. A primeira compreende dois troços: Campanhã (Porto) – Oiã (Aveiro) e Oiã – Soure. A segunda ligará Soure ao Carregado e a terceira o Carregado à estação do Oriente, em Lisboa.

Quando estiver concluído, permitirá uma frequência de 60 viagens de ida e volta e o Governo espera que seja usado por 16 milhões de passageiros, contra os atuais seis milhões que usam a atual Linha do Norte, retirando passageiros ao avião (cerca de um milhão) mas também nas ligações ferroviárias. É estimada uma redução de emissões de 5 milhões de toneladas de CO2 equivalentes.

Carlos Fernandes, defendeu também o uso da bitola ibérica na linha de Alta Velocidade. Quando Espanha migrar para a bitola europeia, Portugal poderá fazê-lo com um custo de 100 mil euros por quilómetro.

Por definir está o troço final, entre o Carregado em Lisboa. O vice-presidente da Infraestruturas de Portugal explicou, citado pela Lusa, que a localização do novo aeroporto é uma das variáveis para decidir se o último troço da linha ferroviária de alta velocidade Porto-Lisboa será pela margem direita ou esquerda do Tejo.

“[O aeroporto] é uma das variáveis. Se o aeroporto for em Alcochete, poderá ser mais uma razão para escolher a margem esquerda, mas quem de direito irá discutir e decidir isso bem mais à frente e não é necessário decidir agora”, disse Carlos Fernandes à agência.

(notícia atualizada às 14h04)

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EUA mantém-se o principal parceiro de investimento estrangeiro na UE em 2022

EUA, Alemanha e França destacam-se enquanto origem final dos investimentos estrangeiros na União Europeia, segundo o Eurostat.

Os Estados Unidos continuam a ser os maiores investidores estrangeiros da União Europeia, quando se tem em conta a origem final do dinheiro, segundo os dados do Eurostat divulgados esta segunda-feira. O país investiu 435 mil milhões de euros nos países do bloco europeu para os quais há dados disponíveis, ao longo de 2022.

Nesse ano, para os 11 países da UE que reportam posições de entrada de investimento direto estrangeiro (IDE) por economia investidora final, “o valor total ascendeu a 3,24 biliões de euros”, revela o gabinete de estatísticas europeu. Estes dados consideram como economia investidora final o país onde se encontra a verdadeira origem do investimento.

A seguir aos EUA, foi a Alemanha que contabilizou mais investimento estrangeiro nestes países, com 342 mil milhões de euros em 2022. O top fica completo com França e Reino Unido, ambos correspondendo a cerca de 9% do valor total por economia investidora final.

Estes dados permitem uma leitura mais real do investimento, já que existem grupos com estruturas complexas, nomeadamente multinacionais, que podem não mostrar de onde realmente origina o investimento. Mas nem todos os países têm já disponíveis estes dados para o ano de 2022, como é o caso de Portugal.

O Eurostat divulga também dados pela economia investidora “imediata”, ou seja, sem fazer esta identificação da origem real do investimento, contabilizando apenas a contraparte imediata. Nesta ótica, é o Luxemburgo que se destaca, com 572 mil milhões de euros, o que se traduz em 17,6% do total por economia investidora.

Seguem-se os Países Baixos, com um investimento de 455 mil milhões de euros em 2022, correspondendo a 14% do investimento imediato total. Existem várias empresas com sede neste país, apesar da sua origem não ser holandesa, o que pode ajudar a explicar estes dados.

Neste destaque estatístico dá-se ainda nota para a Rússia, cujos investimentos diretos estrangeiros (por investidor final) caíram 2% em 2022, ano marcado pela invasão da Ucrânia — que colocou tensão nas relações do país com o bloco comunitário. Já se forem tidos em conta os dados de investimento imediato, a queda foi de 25% face a 2021.

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