Governo alarga cúpula do Banco de Fomento

A constituição da nova equipa "procura assegurar representatividade de género e atingir o equilíbrio entre o rejuvenescimento dos órgãos sociais do BPF e a continuidade de parte dos elementos".

A cúpula do Banco Português de Fomento vai crescer. A comissão executiva passa a ter seis membros e o conselho de administração 12. Na prática é mais um elemento em cada um dos órgãos. O objetivo é dar maior robustez ao banco e cumprir as boas práticas defendidas pelo regulador.

O Executivo anunciou na quinta-feira, através do comunicado do Conselho de Ministros, que tinha alterado as regras de funcionamento do Banco de Fomento, sem, no entanto, ter feito qualquer referência ao facto na conferência de imprensa. “O Conselho de Ministros aprovou o Decreto-Lei que altera as regras de funcionamento do Banco Português de Fomento no que diz respeito à composição do conselho de administração e da comissão executiva, tendo em vista atribuir maior robustez e espessura à constituição dos seus órgãos sociais”, lia-se no comunicado.

O ECO questionou os Ministérios da Economia e das Finanças, que partilham a tutela da instituição ainda liderada por Ana Carvalho, sobre as alterações introduzidas que se resumem à ampliação da cúpula. “É ampliada a comissão executiva do BPF de cinco para seis membros, por forma a reforçar a governança e o respetivo compliance, para endereçar as boas práticas preconizadas pelo supervisor”, avançou ao ECO fonte oficial do Ministério da Economia.

E “a constituição do conselho de administração passa também de 11 para 12 membros, com idêntico objetivo de conferir ainda maior equilíbrio à instituição”, acrescenta a mesma fonte. Estas alterações surgem num momento em que a liderança do banco vai mudar. O mandato de Ana Carvalho chega ao fim este ano e a nova equipa será liderada por Gonçalo Regalado, como CEO, e Carlos Leiria Pinto, como chairman, tal como o ECO avançou.

Aliás, o Ministério da Economia revela que o processo de fit and proper para os novos administradores já foi desencadeado junto do Banco de Portugal. Um processo no qual o Banco de Portugal avalia os candidatos. Só depois da luz verde do regulador é possível assumirem funções, algo que pode durar três a quatro meses. Além disso, é necessário realizar-se uma assembleia-geral anual na qual as contas têm de ser aprovadas.

“A constituição da nova equipa, que foi proposta, procura assim assegurar a representatividade de género e visa atingir o equilíbrio entre o rejuvenescimento dos órgãos sociais do BPF e a continuidade de parte dos seus elementos”, acrescenta fonte oficial do Ministério tutelado por Pedro Reis.

Tal como o ECO avançou, Bruno Filipe Rodrigues, o atual administrador financeiro, é um dos nomes que vai sobreviver à remodelação da cúpula do Banco. Não existe uma imposição escrita por parte do Banco de Portugal, mas as boas práticas recomendam que, em caso de mudança total do conselho de administração, um administrador transite do board anterior. O objetivo é evitar disrupções na gestão corrente do banco. A tentativa de garantir continuidade nos órgãos de administração pode ir mais longe e manter em funções a equipa de auditoria interna.

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PSD ameaça aprovar redução do IRC em dois pontos se PS chumbar descida de um ponto

Hugo Soares anunciou que o partido vai apresentar uma proposta de redução do imposto de 21% para 19%, mas só a aprovará se o PS chumbar a descida da taxa em ponto como consta no OE2025.

O PSD ameaça aprovar uma redução do IRC em dois pontos se o PS chumbar a proposta do Governo de descida de um ponto no Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), anunciou esta sexta-feira o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, no âmbito da apresentação das propostas de alteração ao OE.

Vamos apresentar uma proposta de redução de dois pontos percentuais do IRC. Esta proposta só será viabilizada pelos grupos parlamentares da Aliança Democrática se a solução de compromisso que consta no Orçamento de redução do um ponto não for aprovada. Neste sentido, os grupos parlamentares do PSD e CDS votarão a favor da proposta, porque estamos legitimados”, afirmou Hugo Soares em conferência de imprensa, no Parlamento.

O líder parlamentar rejeitou qualquer “jogada política” e atirou: “Trata-se de uma questão muito simples. Temos tido ocasião de ouvir dirigentes destacados do PS a dizer que são contra a descida de IRC. Temos de ser responsáveis”. “Quando vemos o PS a dizer que não acompanha a descida de um ponto, então a AD sente-se legitimada em apresentar a sua proposta inicial”, reafirmou.

Para o social-democrata, “o PS tem todas as condições para viabilizar a descida do IRC em um ponto”. “Remeto apenas para as razões indicadas pelo PS para a viabilização do Orçamento do Estado e, perante essas razões, não parece que essa situação esteja em causa”, sublinhou. Ainda assim, e acautelando um eventual chumbo por parte do PS à descida do IRC em um ponto, de 21% para 20%, o PSD vai entregar uma proposta de redução do imposto em dois pontos.

Mesmo que o PS vote contra o alívio fiscal em um ponto, a proposta do Governo deverá ter a aprovação garantida com o apoio do Chega. O partido de André Ventura admitiu esta sexta-feira viabilizar reduções mais modestas do IRC face à sua proposta de descida de dois pontos. Ou seja, os 50 deputados do Chega poderão votar favoravelmente a baixa do IRC do Governo em ponto, assegurando assim a sua aprovação.

Independentemente disso, PSD e CDS vão avançar com uma proposta própria de descida em dois pontos do IRC, de 21% para 19%. Mas que será votada, eventualmente, em duas fases. Uma vez que as propostas de alteração dos partidos são apreciadas em primeiro lugar e só depois é votada a proposta de lei do OE2025, os grupos parlamentares da AD irão votar, inicialmente, contra a própria iniciativa, na expectativa de que os outros partidos viabilizem a redução do IRC da proposta orçamental. Se a oposição, designadamente o PS, chumbar, então PSD e CDS pedem a repetição da votação da sua proposta para a manhã seguinte em plenário e viabilizam.

“Se não soubermos como a proposta de descida um ponto vai ser votada, votamos contra a nossa. Mas se a descida de um ponto não for aprovada, avocaremos a proposta de dois pontos para ser votada a seguir e mudaremos o nosso sentido de voto”, explicou Hugo Soares. Seguindo o mesmo raciocínio, os partidos que suportam o Governo irão “votar contra a proposta do Chega” de redução de dois pontos, na esperança que a oposição dê luz verde à descida de um ponto do IRC, proposta pelo Executivo.

Caso seja efetivamente aprovada a baixa do imposto em dois pontos, o parlamentar referiu que o impacto orçamental, de cerca de 400 milhões de euros, só será sentido em 2026.

Esta é uma das 40 propostas que o PSD/CDS-PP anunciou que irá apresentar, que significa uma “revisão na casa dos 40 milhões de euros”.

AD quer inscrever no OE compromisso sobre ‘bónus’ nas pensões

A AD quer também verter para a lei do OE2025 o compromisso de “uma atualização extraordinária das pensões no ano de 2025, caso as condições económicas e financeiras do país o permitam“. Contudo, questionado sobre se a proposta irá definir o que são consideradas as condições que o permitam, Hugo Soares explicou que não.

O PSD/CDS avançam também com a proposta de redução do IVA nos espetáculos de tauromaquia, tal como avançado pelo ECO. De acordo com o líder parlamentar dos centristas, Paulo Núncio, a medida terá um impacto de redução de receita de cerca de um milhão de euros por ano.

Na área da saúde, a AD avança igualmente com o compromisso de aumentar a quota de medicamentos genéricos, a promoção do rastreio de glaucoma no âmbito das doenças oculares nas unidades locais de saúde, bem como uma proposta para o “financiamento público de tratamentos a paciente com ferida cirúrgica e/ou úlceras por pressão quando se encontram em vaga de Unidade de Média Duração e Reabilitação de Unidades de Cuidados Continuados”.

Entre as medidas anunciadas em conferência de imprensa contam-se ainda um “incentivo à criação de creches pelas empresas”, a avaliação da criação da carreira dos bombeiros, bem como o alargamento dos beneficiários de pensão de preço de sangue aos bombeiros que fiquem com incapacidade absoluta e permanente para o trabalho quanto tal resulte de ferimentos ou acidentes ocorridos no desempenho da sua missão”.

Nos impostos, avança ainda com o incentivo ao emparcelamento de prédios rústicos com isenção de emolumentos e Imposto Municipal de Transmissões (IMT), a equiparação dos serviços de proteção civil das regiões autónomas a instituições análogas nacionais na aquisição de equipamentos e materiais com taxa reduzida de IVA e a equiparação dos serviços regionais de proteção civil a instituições congéneres em matéria de restituição de IVA.

(Notícia atualizada pela última vez com mais informação às 16h49)

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Loulé investe 1,1 milhões de euros em espaço de incubação de empresas

  • ECO
  • 15 Novembro 2024

A Câmara Municipal de Loulé inaugurou esta sexta-feira um espaço para empresas desenvolverem os seus projetos, com um investimento do município de 1,1 milhões de euros

A Câmara Municipal de Loulé inaugurou esta sexta-feira o espaço de incubação e acolhimento de atividades económicas do Ameixial. Este espaço contou com investimento de 1,1 milhões de euros por parte do município.

Esta área visa, segundo comunicado da autarquia, “beneficiar a economia local e os territórios do interior do concelho, dando a oportunidade aos empresários instalados de desenvolverem e potenciarem os seus projetos“. O município com este investimento espera atrair inovação tecnológica, valorizar o território, fixar novos residentes e criar emprego direto e indireto.

A estrutura contém seis armazéns com cerca de 125 metros quadrados e espaços de incubação e acolhimento para as empresas. A área está localizada na antiga fábrica de cortiça do município.

Numa fase inicial, encontram-se em processo de instalação uma empresa de produção de mobiliário e outra ligada à exploração de mel.

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Amadeu Guerra espera para breve decisão na Operação Influencer

O procurador-geral da República, Amadeu Guerra, espera que a decisão da Operação Influencer esteja para breve, mas alerta que depende "um bocado do processo".

O procurador-geral da República, Amadeu Guerra, espera que a decisão da Operação Influencer esteja para breve, mas alerta que depende “um bocado do processo”.

“Propus ao conselho a indicação de um nome para diretor do DCIAP. Irei falar com o novo diretor e iremos ter uma estratégia conjunta no sentido de verificar todos os processos que lá se encontram e fazer o ponto de situação de todos os inquéritos mais importantes que o DCIAP tem“, disse em declarações à RTP3.

Amadeu Guerra salientou que os processos esperam o tempo que “for necessário” e quando se chegar à fase final ou deduzem acusação ou arquivam o processo. “Isto significa que ainda não foi deduzida acusação nem foi arquivado o processo. Significa que o processo está pendente“, acrescentou.

Sobre as suspeitas iniciais sobre António Costa, o procurador-geral da República não confirma nem desmente. “Não sei, mas mesmo que soubesse não iria dizer. O processo está em segredo de justiça”, revela.

Um ano depois de António Costa se ter demitido do cargo de primeiro-ministro por suspeitas no âmbito da Operação Influencer, pouco aconteceu na investigação. O ex-líder socialista foi ouvido – na qualidade de declarante – não foi constituído arguido, mas a Procuradoria-Geral da República (PGR) garantiu ao ECO que “o inquérito encontra-se em investigação e está sujeito a segredo de justiça”.

Foi no dia 7 de novembro de 2023 que a “Operação Influencer” chegou ao palco do media, com a realização de buscas à residência oficial do na altura primeiro-ministro, António Costa, e ainda buscas de ex- membros do Governo. Esta operação levou à detenção de cinco arguidos – o chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária; o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas; dois administradores da Start Campus, Afonso Salema e Rui Oliveira Neves; e o advogado Diogo Lacerda Machado, amigo de António Costa – e culminou com a demissão de António Costa, a posterior queda do Governo e a marcação de eleições antecipadas.

No total, há nove arguidos no processo, entre eles o ministro das Infraestruturas, João Galamba; o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta; o advogado e antigo porta-voz do PS, João Tiago Silveira; e a empresa Start Campus.

Em causa estão 28 crimes: prevaricação, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva – quanto a titular de cargo político, agravada – e recebimento indevido de vantagens quanto a titular de cargo público, agravado. Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, da Start Campus, estão a ser investigados por seis crimes. Diogo Lacerda Machado por quatro.

O então primeiro-ministro demitiu-se depois de se saber que o seu nome tinha sido citado por envolvidos na investigação do MP a negócios do lítio, hidrogénio e do centro de dados em Sines, levando o Presidente da República a dissolver a Assembleia da República e convocar eleições legislativas para 10 de março.

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Castanheira de Pera inicia trabalhos na gestão do combustível florestal

  • ECO
  • 15 Novembro 2024

Beneficiando de um financiamento superior a 300 mil euros, Castanheira de Pera iniciou os trabalhos para gestão do combustível florestal. Trabalhos visam defender a floresta de incêndios.

A Câmara Municipal de Castanheira de Pera iniciou esta semana a preparação da sua área florestal para maior defesa contra os incêndios. Os trabalhos passam pela instalação dos designados mosaicos de parcelas de gestão de combustível florestal, zonas do território com menor carga combustível herbácea e arbustiva. As intervenções contam com um financiamento aprovado superior a 300 mil euros.

A iniciativa visa defender a floresta contra incêndios, com foco na remoção parcial ou total da biomassa vegetal.

O projeto, de acordo com o comunicado do município divulgado aos jornalistas, é executado num conjunto de áreas do concelho. Através de ações de silvicultura, serão utilizadas técnicas de gestão dos diversos níveis de combustível e diversificação da estrutura e composição das formações vegetais.

O financiamento dos trabalhos vai contar com a comparticipação do Programa de Desenvolvimento Rural 2020 (PDR2020) em 95%. As intervenções estão inseridas numa área total de cerca de 220 hectares.

As áreas de mosaicos de gestão de combustível estão consideradas no Decreto-Lei 82/2021, onde se determina a configuração das redes de defesa dos territórios. Nestas incluem-se ainda caminhos e estradas na floresta, redes de pontos de água e vigilância e ainda pontos de deteção de incêndios, entre outras.

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PCP propõe novos impostos sobre património mobiliário e transferências para offshores

  • Lusa
  • 15 Novembro 2024

O partido pretende que o património mobiliário (por exemplo, ações, obrigações ou depósitos bancários) com valor superior a um milhão de euros seja tributado em 0,8%.

O PCP propôs esta sexta-feira a criação de um novo imposto de 0,8% sobre património mobiliário superior a um milhão de euros e de uma taxa especial de 35% sobre transferências para offshores (paraísos fiscais). Estas são duas das mais de uma dezena de propostas de alteração à proposta do Orçamento do Estado para 2025 em matéria fiscal, administração pública e segurança social apresentadas pela líder parlamentar dos comunistas, Paula Santos, em conferência de imprensa na Assembleia da República.

O partido – que neste processo de especialidade avançou já com cerca de 500 propostas de alteração – pretende que o património mobiliário (por exemplo, ações, obrigações ou depósitos bancários) com valor superior a um milhão de euros seja tributado em 0,8%, de modo a contrariar o que Paula Santos descreveu como uma concentração cada vez maior da riqueza “num número reduzido de privilegiados”.

“Ao contrário do que acontece com o IMI, o património mobiliário não é tributado em Portugal. A riqueza criada está cada vez mais concentrada no número reduzido de privilegiados, como comprovam as notícias vindas a público, que dão conta que o património das 10 famílias mais ricas de Portugal ascende a mais de 20 milhões de euros”, disse.

O partido quer também avançar com uma tributação de 35% sobre as transferências para paraísos fiscais, apelidados pelo PCP como “um refúgio para esconder o dinheiro e fugir ao pagamento de impostos” e “em muitas circunstâncias associados até a práticas criminosas”. Também a nível fiscal, os comunistas propõem uma contribuição extraordinária de 35% sobre os lucros do setor bancário superiores a 35 milhões de euros.

Paula Santos reiterou as críticas à subida dos lucros dos grupo económicos, afirmando que é “indecente o contraste entre as crescentes dificuldades de vida de quem trabalha e trabalhou uma vida inteira e os lucros recorde dos grupos económicos”. O PCP propõe ainda um englobamento obrigatório em sede de IRS para rendimentos superiores a 83,6 mil euros.

“No IRS, é extremamente injusto que um trabalhador no 5.º escalão tenha uma taxa de IRS superior a quem aufere rendimentos prediais ou de ações”, explicou Paula Santos. O partido pretende também ver aprovado um aumento do subsídio de refeição para 10,50€ no setor público e privado, bem como a integração dos trabalhadores com vínculos precários na administração pública, de forma a “combater a precariedade e garantir direitos e estabilidade”.

O PCP exige também um recálculo das pensões até 2019 para “reparar a injustiça aos reformados que já se apontaram e aplicar a atualização anual das pensões”, a universalidade do abono de família e o reforço dos direitos de maternidade e paternidade. Os comunistas querem um aumento de 210 dias da licença partilhável, o alargamento da licença do pai em 60 dias, a criação da licença de prematuridade e a dispensa diária de uma hora e meia para amamentação dos bebés até aos dois anos.

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PS vai votar contra a proposta do Governo de reduzir um ponto do IRC

Apesar de o Executivo ter cedido à pressão dos socialistas e recuado na descida de dois pontos para um ponto no IRC, o PS vai chumbar a proposta. Mas a medida deve passar com a ajuda do Chega.

O PS vai votar contra a proposta do Governo para uma descida de um ponto percentual do IRC, de 21% para 20%, que está inscrita no Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), apurou o ECO. Apesar de o Executivo de Luís Montenegro ter recuado na redução da taxa do imposto de dois para um ponto, cedendo à pressão dos socialistas, no âmbito das negociações para a viabilização da proposta orçamental, a bancada do PS mantém-se totalmente contra uma “diminuição transversal do imposto”, afirmou esta sexta-feira a líder parlamentar, Alexandra Leitão, durante a apresentação das propostas de alteração do PS para o OE.

“O PS nunca escondeu e afirmou repetidamente que essa não é a nossa visão para o IRC. A nossa visão é de que a economia deve ter reduções seletivas e não uma diminuição transversal”, defendeu Leitão. Aliás, lembrou a deputada, “foi por causa desse um ponto que não houve acordo com o PS para este Orçamento”. “Essa não é a nossa visão para melhorar a fiscalidade e potenciar a economia portuguesa”, insistiu.

A medida de redução de um ponto do IRC deve, contudo, passar com o apoio do Chega. O presidente do partido, André Ventura, admitiu esta sexta-feira diminuições mais modestas do IRC face à sua proposta de baixa em dois pontos.

O PSD espera, porém, uma atitude “responsável” do PS e que viabilize a descida de um ponto para garantir que o núcleo fundamental do Orçamento é preservado e não desvirtuado.

Termina esta sexta-feira o prazo para a entrega de propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2025. A partir de sexta-feira da próxima semana arrancam as votações na especialidade e a votação final global está marcada para dia 29.

(Notícia atualizada às 15h55)

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AD quer impedir que receitas próprias do INEM sejam utilizadas para finalidades diversas da emergência

PSD e CDS querem garantir que receitas que resultam das contribuições dos tomadores de seguros transitam para o orçamento do ano seguinte do INEM, sendo consignados à realização de despesas.

A Aliança Democrática, composta pelo PSD e pelo CDS, quer garantir que as receitas próprias do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) são consignadas à realização de despesas do instituto, garantindo assim aumentar os meios de socorro. Esta é uma das medidas que os dois partidos vão entregar na especialidade do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).

De acordo com a proposta, os saldos de gerência do Instituto Nacional de Emergência Médica, na parte em que resultem de receitas próprias provenientes de prémios ou contribuições previstos “transitam para o orçamento do ano seguinte, sendo consignados à realização de despesas do INEM”.

O PSD e o CDS-PP argumentam ser “absolutamente crítico aumentar os meios de socorro do INEM, dotando esse organismo de capacidade suficiente para adquirir as ambulâncias e para contratar os técnicos de emergência necessários à sua atividade”. Neste sentido, defende a importância de impedir que “as receitas próprias desse organismo, resultantes das contribuições dos tomadores de seguros, possam servir para finalidades diversas da emergência e do socorro médicos”.

(Notícia em atualização)

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Gastos para recuperar Valência não vão contar para défice espanhol

Comissão está a negociar com as autoridades espanholas para reorientar verbas do Mecanismo de Recuperação e Resiliência espanhol para fazer face aos estragos provocados pelas cheias.

A Comissão Europeia não vai ter em conta os gastos do Governo espanhol com a recuperação de Valência depois das inundações de 29 de outubro, em que morreram mais de 220 pessoas para os cálculos dos défices excessivos, anunciou esta sexta-feira o comissário europeu para os Assuntos Económicos.

“As recentes inundações em Espanha ilustram as consequências dramáticas que o aumento de frequência e o alcance dos desastres naturais podem ter não só para o ambiente e para as pessoas afetadas, mas também para a economia”, sublinha a Comissão Europeia nas Previsões de Outono, divulgadas esta sexta-feira. As cheias na Comunidade Valenciana são um dos exemplos de riscos que a Comissão aponta nas suas previsões.

Paolo Gentiloni reconheceu a situação “triste e difícil” de Espanha para lidar com as consequências da catástrofe e que é “difícil” estimar as consequências macroeconómicas da catástrofe. No entanto, antecipou que no curto prazo a vertente mais visível será as empresas não conseguirem prosseguir a sua atividade e os custos imediatos sejam esperados. Mas, no médio prazo, “a realidade é um pouco trágica”, frisou, porque “o custo da reconstrução tem um impacto positivo do ponto de vista macroeconómico”.

Questionado se Bruxelas iria ter em conta a despesa pública inerente ao mitigar dos impactos do Dana, Gentiloni confirmou que, tendo em conta que estas são despesa excecionais — “one off” — não serão tidas em conta na hora de avaliar se Espanha cumpre o limite do défice de 3% do PIB. “Do nosso ponto de vista, esta despesa é excecional, não a contabilizamos nos procedimentos por défices excessivos. Quando avaliamos o possível desvio dos famosos 3% não levamos em conta este tipo de despesas excecionais”, disse o italiano, numa das suas últimas conferências de imprensa.

Nas Previsões de Outono, a Comissão espera que Espanha, reduza o défice orçamental em cinco décimas, este ano, para 3% do PIB.

Gentiloni revelou ainda que está a negociar com as autoridades espanholas para reorientar verbas do Mecanismo de Recuperação e Resiliência espanhol para fazer face aos estragos provocados pelas cheias. Sem precisar a percentagem da bazuca que será redirecionada para este fim, o comissário recordou que esta é já uma prática comum, tendo em conta que já o fizeram “nos últimos meses” com a Eslovénia e a Grécia também assoladas por inundações.

“É normal que a Comissão Europeia coopere com as autoridades espanholas para redirecionar, se solicitado, parte do RRF para fazer face a esta emergência”, disse o responsável.

O Governo espanhol já anunciou que vai pedir a Bruxelas que redirecione parte dos seus fundos da bazuca, bem como de fundos de coesão, para fazer face às consequências da Dana, assim como solicitará todos os mecanismos de solidariedade disponíveis, ainda que não haja valores porque o cálculo das necessidades exatas ainda está concluído.

Líder regional admite falhas

O presidente do governo regional da Comunidade Valenciana, em Espanha, admitiu esta sexta-feira falhas na gestão das inundações e pediu desculpa às populações, mas garantiu que agiu com base em informações “tardias e inexatas” de agências estatais.

Fez-se o melhor que se podia na situação em que estávamos, com a informação de que dispúnhamos e com os recursos com que contávamos. É evidente que não foi suficiente”, disse Carlos Mazón, numa sessão do Parlamento autonómico valenciano.

As populações têm-se queixado de que receberam alertas nos telemóveis quando localidades e estradas estavam já inundadas e também, após as cheias, de falta de assistência ou de ajuda tardia por parte das autoridades. As críticas estão a ser dirigidas ao governo regional (que tutela a proteção civil e a resposta no terreno), mas também ao Executivo central espanhol, a quem cabe mobilizar meios para responder à catástrofe e que tutela organismos estatais como a agência meteorológica de Espanha ou as confederações hidrológicas, que medem os caudais dos rios e avisam sobre as possibilidades de transbordos de cursos de água ou barragens.

Carlos Mazón, que é do Partido Popular (PP, direita), disse no Parlamento autonómico que este é o momento de “começar a prestar contas”, apesar haver ainda muito por fazer no terreno, e de dizer a verdade “por mais dolorosa que seja”. Mazón insistiu que as chuvas e inundações de 29 de outubro na Comunidade Valenciana foram “um fenómeno atípico e excecional”, com uma “capacidade destruidora nunca vista” em Espanha, provocando uma “catástrofe colossal” que ultrapassou todos os protocolos de atuação e sistemas de deteção, alerta e antecipação existentes.

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AD avança com proposta para fim do corte nos salários dos políticos. PS pode dar-lhe a mão

AD propõe acabar com o corte de 5% nos salários de titulares de cargos públicos, imposto em 2010. PS considera que os cortes já não fazem sentido e está a avaliar proposta. Medida custa 20 milhões.

A Aliança Democrática quer, no âmbito da especialidade do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), pôr fim ao corte de 5% nos salários dos políticos e gestores públicos, em vigor desde 2010. A proposta poderá ver a luz dia, uma vez que o PS considera que a limitação já não se justifica, indiciando que pode acompanhar a medida, que, segundo anunciou o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, terá um “custo de 20 milhões de euros”, caso seja aprovada.

“É a única reminiscência da troika no país. Não há razão absolutamente nenhuma para que continue. Deixarei a cargo do PS. O PSD e o CDS não deixarão de acabar com o último corte dos tempos da troika“, afirmou Hugo Soares, em conferência de imprensa para apresentação das propostas que os dois partidos que suportam o Governo, confirmando a notícia avançada pelo Expresso esta sexta-feira.

“Queremos acabar com um corte que existe desde troika que vai desde aos autarcas aos gestores públicos e deputados, membros do Governo, Presidente da República e nós temos essa cortagem que é da mais elementar justiça”, sublinhou o líder parlamentar.

Meia horas antes, a líder parlamentar, Alexandra Leitão, em conferência de imprensa de apresentação das 38 propostas do partido para a especialidade da proposta orçamental, após ser questionada sobre o tema pelos jornalistas, considerou que “neste momento” o corte “já não se justifica”, pelo que o partido está a avaliar o tema. A posição do PS dependerá, assim, da proposta concreta dos sociais-democratas.

De acordo com o Expresso, os sociais-democratas querem a reposição de 5% no salário de titulares de cargos públicos, como o Presidente da República, presidente da Assembleia da República, o primeiro-ministro, bem como os restantes membros do Governo, deputados, presidentes de câmara e vereadores em funções a tempo inteiro.

A medida está em vigor desde a implementação do pacote de austeridade e embora o ex-primeiro-ministro António Costa tenha chegado a afirmar pretender a sua reversão, nunca chegou a avançar.

(Notícia atualizada às 16h56 com mais informação)

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⛽ Gasolina sobe 1,5 cêntimos na segunda-feira, mas gasóleo desce meio cêntimo

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá pagar 1,705 euros por litro de gasolina simples 95 e 1,575 euros por litro de gasóleo simples.

Os preços dos combustíveis vão ter comportamentos diferentes na próxima semana. Se tiver um veículo a gasolina, aproveite o fim de semana para encher o tanque da viatura, pois a gasolina deverá aumentar 1,5 cêntimos a partir de segunda-feira. Pelo contrário, o gasóleo deve descer meio cêntimo, avançam ao ECO fontes do setor.

Quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,705 euros por litro de gasolina simples 95 e 1,575 euros por litro de gasóleo simples, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

Estes valores já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis.

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent de sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. Além disso, os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta semana, os preços do gasóleo subiram 2,2 cêntimos e os da gasolina 0,9 cêntimos, subidas inferiores às expectativas do mercado que apontavam para um aumento de 2,5 cêntimos em ambos os combustíveis.

O preço do brent, que serve de referência para o mercado europeu, está esta sexta-feira a descer 0,62%, para os 72,11 dólares por barril, perante a diminuição da procura chinesa e uma possível desaceleração dos EUA. O brent caminha, assim, para uma queda semanal de 2%.

As refinarias de petróleo da China processaram em outubro 4,6% menos petróleo do que no ano anterior devido ao encerramento de fábricas e à redução das taxas operacionais nas refinarias independentes mais pequenas, revelam os dados do Departamento Nacional de Estatísticas desta sexta-feira.

O crescimento da produção industrial do país abrandou em outubro e os problemas de procura no setor imobiliário persistem, aumentando as preocupações dos investidores sobre a saúde económica do maior importador de petróleo bruto do mundo.

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PS quer dar até mais 275 euros aos pensionistas no Orçamento do Estado para 2025

Partido Socialista tem 38 propostas também na área da habitação e saúde que não põem em causa a margem orçamental do Governo, garante. Algumas já tinham sido levadas às negociações pré-Orçamento.

O PS avançou mesmo com uma proposta de atualização extraordinária das pensões de forma estrutural e permanente para as pensões até aos 1,566 euros, o que corresponde a três Indexantes dos Apoios Sociais (IAS) em 1,25 pontos percentuais, acima da atualização regular de janeiro, anunciou esta sexta-feira a líder parlamentar socialista, Alexandra Leitão, tal como avançado pelo ECO.

O aumento suplementar e permanente permite dar até mais 275 euros aos reformados, no conjunto do próximo ano, segundo as simulações apresentadas pelo grupo parlamentar. Esta é uma das três medidas que os socialistas assumem como essenciais para a especialidade do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).

O grupo parlamentar socialista estima que a atualização extraordinária tenha um impacto orçamental de 265 milhões de euros, o que garante não porá em causa as contas públicas de acordo com a margem orçamental que resulta das previsões económicas do Conselho das Finanças Públicas e da Comissão Europeia. O vice-presidente do PS, António Mendonça Mendes, assegurou que este impacto “está dentro da margem que tanto o Conselho das Finanças Públicas como a Comissão Europeia indicaram para mantar o saldo positivo de 0,3%” para 2025.

“O saldo orçamental definido nesta proposta de Orçamento é de um saldo positivo de 863 milhões de euros e que corresponde ao objetivo de 0,3% de excedente. Com as projeções do Conselho das Finanças Públicas teremos um crescimento do PIB maior em 2024, o que terá um efeito de arrastamento no saldo de 2024, que será de 0,6% e, no próximo ano, o Conselho das Finanças Públicas e a Comissão Europeia indicam que o saldo será de 0,4%”, explicou o antigo do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.

Ou seja, a margem ou excedente para o próximo ano será maior: 0,4% em vez de 0,3%. Isto significa que “há mais 314 milhões disponíveis para continuar a assegurar um saldo de 0,3% e, é nessa medida, que uma atualização extraordinária de pensões com um custo de 265 milhões de euros está dentro desta margem”, concluiu António Mendonça Mendes.

Com o aumento extra de 1,25 pontos percentuais além da atualização regular anual, uma pensão de 555 euros terá uma subida anual de 183 euros por via da lei e, com a medida do PS, terá um ganho adicional de 274 euros. Ou seja, são mais 31 euros. Um pensionista que ganhe 783 euros será aumentado, no próximo ano, em 274 euros e, se a proposta do PS foi aprovada, terá um acréscimo anual de 411 euros, o que significa mais 137 euros.

E uma reforma de 1.566 euros terá um acréscimo anual de 438 euros, por via da atualização regular. A iniciativa do PS permite dar um impulso adicional anual de 275 euros, fazendo com que a pensão suba, no conjunto do ano, 713 euros, de acordo com as simulações apresentadas por António Mendonça Mendes.

Para os socialistas, esta solução “oferece melhores garantias dentro do quadro orçamental” do que o bónus pontual e não permanente que o Governo pretende atribuir aos pensionistas, defendeu o deputado. “O PS entende” que o modelo do bónus “não dá estabilidade aos pensionistas”, frisou a líder parlamentar, Alexandra Leitão.

Além do aumento extraordinário das pensões, o PS destacou mais duas medidas que o secretário-geral do partido, Pedro Nuno Santos, já tinha levado às negociações pré-orçamentais com o primeiro-ministro, Luís Montenegro: a criação de uma dotação específica para investimento em habitação a preços acessíveis e alojamento para estudantes e a criação de um regime de dedicação exclusiva voluntária ao SNS.

Mas desta vez, preferiu não fixar um custo para as duas medidas, uma vez que, nas negociações com o Governo para viabilização do OE2025, o partido tinha indicado uma verba de 500 milhões de euros para habitação por ano e de 200 milhões de euros para regime de dedicação exclusiva dos médicos.

“Sobre a dotação para habitação, trata-se de uma medida plurianual e, por isso, consideramos que devemos responder em função das necessidades. Deixamos essa margem para o Governo definir“, argumentou a vice-presidente da bancada Marina Gonçalves.

Em relação ao regime de dedicação exclusiva dos médicos do SNS, a deputada lembrou que “o Governo está já num trabalho de negociação com os sindicatos”. Assim, o PS prefere “deixar essa margem para o Governo”, afirmou. “Este Orçamento não é nosso e as funções executivas também não são nossas”, salientou.

Entre as 38 propostas que o PS irá entregar para a especialidade inclui-se ainda a eliminação do teto nominal à consignação do IRC ao Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS). No OE2025, o Governo determina que esta consignação passa a ter um máximo de 472.754.575 milhões de euros. Estabelece ainda que a consignação tem por referência o valor do IRC liquidado relativamente ao período de tributação de 2024, ao qual deve ser deduzido o valor do adiantamento efetuado naquele ano.

Os socialistas querem ainda a manutenção da publicidade na RTP, bem como o reforço dos contratos locais de segurança e da intervenção comunitária de proximidade, através de projetos como Programa Bairros Saudáveis e Programa Arte e Periferias Urbanas.

Os socialistas querem também a regulamentação das taxas e emolumentos no ensino superior, a remuneração dos estágios curriculares, bem como a revogação das propinas do ensino de português no estrangeiro. Para além disso, os socialistas querem clarificar que as despesas relativas à aquisição de bicicleta são dedutíveis em sede de IVA e a manutenção do programa de apoio à instalação de janelas eficientes.

(Notícia atualizada às 15h16)

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