Luis Ferreira Lopes deixa Portugal Amanhã

O projeto ficará agora temporariamente sob alçada de Vítor Rainho, desde o início de outubro diretor interino do Sol. 

Luis Ferreira Lopes deixou o Portugal Amanhã, projeto lançado em setembro de 2023 pela Newsplex, editora do semanário Sol. O diretor do título assina esta quarta-feira o último editorial. “Obrigado é a palavra adequada e justa, quando fazemos balanços e quando partimos para outros desafios, gratos pelo interesse do público e a dedicação de tantas personalidades que acreditaram na proposta de valor diferenciadora do projeto multimédia Portugal Amanhã”, escreve o também apresentador do “Sim ou Não” e “Sucesso.pt”, formatos também transmitidos na Euronews.

Com a saída do Portugal Amanhã, Luís Ferreira Lopes, que com este projeto regressou ao jornalismo, do qual estava afastado desde 2016, estará agora dedicado ao desenvolvimento de projetos internacionais na área dos media, apurou o +M.

O Portugal Amanhã ficará agora temporariamente sob alçada de Vítor Rainho, desde o início de outubro diretor interino do Sol.

A Newsplex, recorde-se, é detida desde julho de 2022 pela Alpac Capital, de Luís Santos e Pedro Vargas David, também dona da Euronews.

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Três membros da Comissão da Carteira de Jornalistas renunciam em divergência com presidente

  • Lusa
  • 30 Outubro 2024

As jornalistas Anabela Natário e Isabel Magalhães renunciaram aos cargos de vogais na CCPJ não reconhecendo à presidente Licínia Girão "capacidade e estatuto para continuar à frente" desta entidade.

Três membros da Comissão da Carteira Profissional de Jornalistas (CCPJ) renunciaram aos cargos em divergência com a presidente do órgão, Licínia Girão, segundo exposições ao plenário da entidade.

Depois de Anabela Natário e Isabel Magalhães terem renunciado ao cargo em 24 de outubro, Miguel Alexandre Ganhão apresentou esta quarta-feira a renúncia após reunião do plenário da CCPJ. Estes três membros foram eleitos pelos jornalistas para o plenário do órgão.

Não podemos aceitar mais a má gestão da CCPJ nem fazer de conta que nada se passa neste organismo, onde tentámos sempre trilhar o caminho para o qual fomos eleitas pelos nossos pares” e “é precisamente em nome do respeito à instituição, de modo a prevenir o futuro, que nos propusemos explicar neste documento a nossa decisão”, afirmam Anabela Natário e Isabel Magalhães, numa exposição datada de 24 de outubro.

Além disso, “não reconhecemos à atual presidente capacidade e estatuto para continuar à frente da CCPJ, e como a presidente permanece no seu cargo, pondo e dispondo de tudo como entende, nós, vogais, eleitas pelos jornalistas, renunciamos ao cargo, desejando a todos um resto de bom mandato“, afirmam, numa exposição de cinco páginas datada de 24 de outubro.

“Terminamos dizendo o que repetimos na campanha. Sabemos que a profissão de jornalista é desafiante, evolutiva, e que se sabe adaptar às novas realidades, mas não podemos nem queremos abdicar do que é fundamental: verdade, independência e espírito livre e crítico”.

No documento, Anabela Natário e Isabel Magalhães consideram ainda que “a centralização de quase tudo na pessoa da presidente é um dos entraves ao bom funcionamento da CCPJ“.

Por sua vez, Miguel Alexandre Ganhão considera, na exposição datada desta quarta-feira, que “o mandato da CCPJ nos últimos tempos tem sido enorme equívoco“, explicando as razões da sua renúncia.

“Como não se antevê que até ao fim do mandato desta CCPJ seja mudada a orientação desta comissão, e estando eu de acordo com muitos dos reparos feitos pelas vogais Anabela Natário e Isabel Magalhães, não me resta outra alternativa que não seja a renúncia ao meu mandato com efeitos imediatos“, remata.

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Adesão da Moldova à UE “está a avançar” e eleições foram “satisfatórias”, nota Comissão Europeia

  • Lusa
  • 30 Outubro 2024

“A primeira volta das eleições presidenciais e do referendo constitucional sobre a adesão à UE, realizados no dia 20 de outubro, foram bem geridos", afirma o relatório da Comissão Europeia.

O processo de adesão da Moldova à União Europeia (UE) “está a avançar”, admitiu esta quarta-feira a Comissão Europeia num relatório sobre o alargamento, e a realização de eleições presidenciais, há dez dias, é “maioritariamente satisfatória”. De acordo com um relatório divulgado pelo executivo comunitário sobre o ponto de situação dos países candidatos, desde que começou a ser feita uma monitorização mais pormenorizada, o processo de Chisinau “está a avançar”.

Nos parâmetros em conta, por exemplo, o estado da democracia, Bruxelas concluiu que a “realização de eleições foi maioritariamente satisfatória”. “A primeira volta das eleições presidenciais e do referendo constitucional sobre a adesão à UE, realizados no dia 20 de outubro, foram bem geridos”, e o parlamento “consegue exercer os seus poderes de uma maneira abrangente e satisfatória”.

No entanto, “a interferência estrangeira nos processos eleitorais continua a ser uma preocupação”. “No geral, a transparência do processo de tomada de decisões e o envolvimento de organizações da sociedade civil melhorou, mas são precisos esforços adicionais para que tenham uma participação representativa”, completou o executivo comunitário.

No que diz respeito à luta contra a corrupção, Bruxelas admitiu que a Moldova tem “algum nível de preparação” e fez “algum progresso”, recordando que entrou este ano em funcionamento o Programa Nacional de Integridade e Anticorrupção, que vai vigorar até 2028.

Mas Chisinau tem de melhorar em vários aspetos: assegurar “investigações de anticorrupção proativas e eficazes que levem a um percurso positivo de acusações e condenações a todos os níveis”; criar um Gabinete do Procurador Anticorrupção, o Centro Nacional Anticorrupção e as agências estatais para o efeito, assim como providenciar todos os recursos de que necessitem.

Na porção do relatório sobre o respeito pelos direitos fundamentais, as recomendações do ano passado “foram parcialmente implementadas e continuam válidas”, sustentou a Comissão Europeia. A Moldova, em 2025, deve progredir na melhoria dos cuidados médicos dos grupos vulneráveis ao cuidado do Estado e continuar com a implementação dos programas nacionais de prevenção e combate à violência doméstica contra mulheres, igualdade de género e apoio à população cigana.

Para melhorar no capítulo sobre a liberdade de expressão, a Moldova tem de fazer uma revisão dos critérios para escolha dos elementos dos órgãos de comunicação estatais, nomeadamente a televisão e o Conselho Audiovisual, requerer mais transparência sobre os detentores de órgãos de comunicação sociais de imprensa e online, rever o mecanismo de suspensão de canais de televisão e assegurar a independência dos jornalistas contra “intimidações e ataques, incluindo no âmbito de investigações policiais”.

Na luta contra o crime organizado, debilidade que a Moldova partilha com a generalidade dos países candidatos à UE, Bruxelas reconheceu “algum processo” neste tópico, mas quer que o país aumente a cooperação com os Estados-membros do bloco comunitário e que “operacionalize um ponto focal nacional sobre armas e um sistema de alerta inicial sobre drogas”.

No capítulo sobre educação e cultura, a Comissão Europeia reconheceu um “bom progresso” e a Moldova tem hoje “entre algum nível de preparação e um nível moderado”, mas ainda tem de consolidar a “eficácia da rede escolar, tanto no ensino generalista como no vocacional”, e avançar “no desenvolvimento profissional de professores e diretores escolares, que foi iniciado com o lançamento em 2023 do Instituto Nacional para a Liderança Escolar”.

No que diz respeito às reformas no setor das pescas, “não houve progressos” registados desde o ano passado. A Moldova é oficialmente um país candidato à adesão à União Europeia desde junho de 2022 e, em simultâneo com a Ucrânia, recebeu em dezembro de 2023 o aval de Bruxelas para o início das negociações formais.

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Geórgia segue caminho desalinhado com adesão à UE, aponta Bruxelas

  • Lusa
  • 30 Outubro 2024

“As autoridades da Geórgia devem clarificar as suas intenções revertendo o caminho que estão a seguir”, alerta a Comissão Europeia, no relatório sobre o processo de alargamento da UE.

A Comissão Europeia considerou que o parlamento da Geórgia exerceu os seus poderes de uma “maneira insatisfatória” e reconheceu desenvolvimentos no último ano desalinhados com o objetivo de integração na União Europeia (UE). Num relatório sobre o processo de alargamento do bloco comunitário, divulgado e apresentado esta quarta-feira, a Comissão Europeia considerou que “o parlamento exerceu os seus poderes de uma maneira insatisfatória”.

“A qualidade do processo legislativo foi adversamente afetada pela profunda polarização política, que limitou até que ponto a oposição foi incluída nas reformas feitas. O nível de cooperação entre partidos nas questões relacionadas com a UE foi muito limitado”, sustentou Bruxelas.

O diálogo político também se “reduziu significativamente, particularmente na reintrodução de uma lei sobre a transparência da influência estrangeira” e à sociedade civil “não foram dadas oportunidades suficientes para participar de uma forma construtiva e significativa”.

Apesar de as instituições responsáveis pela integração na UE estarem “maioritariamente a funcionar”, houve “desenvolvimentos no último ano que não estavam alinhados com esse objetivo e o Governo mobilizou pouca atenção política para progredir na agenda europeia”.

“As autoridades da Geórgia devem clarificar as suas intenções revertendo o caminho que estão a seguir”, alertou Bruxelas, pedindo mais cooperação interpartidária e participação da sociedade civil. Tiblissi tem de “substituir as narrativas antieuropeias com uma comunicação proativa e objetiva sobre a UE”. As organizações da sociedade civil também estão com a sua capacidade de intervenção “cada vez mais dificultada”, na sequência de uma “retórica persistentemente negativa, atos de intimidação que têm aumentado, ameaças e abusos físicos”.

Em conferência de imprensa, em Bruxelas, para apresentação deste relatório, o alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, recordou as eleições parlamentares, no passado sábado, “marcadas por sérias irregularidades”. “Isto tem de ser abordado e investigado, de uma maneira transparente, são muitas irregularidades e algumas são graves, alguns observadores declararam que as eleições não foram livres e justas”, acrescentou o chefe da diplomacia europeia.

A Geórgia tem de “clarificar o que aconteceu”, advertiu. Mas Josep Borrell reconheceu e lamentou que as eleições “consolidem uma tendência das autoridades georgianas de afastar o país da União Europeia, dos seus valores e princípios”. De acordo com a comissão eleitoral georgiana, o partido no poder, com o qual Bruxelas congelou as negociações de adesão à União Europeia (UE) devido à sua aproximação à Rússia, venceu as eleições com 53,92% dos votos, um resultado contestado pela oposição.

A oposição acusa o Sonho Georgiano, do oligarca Bidzina Ivanishvili, de aproximar a Geórgia da Rússia e de a afastar de uma possível adesão à UE e à NATO, dois objetivos consagrados na Constituição do país. A Presidente da Geórgia, Salome Zurabishvili, recusou-se a reconhecer os resultados e apelou aos georgianos para que protestassem nas ruas.

O relatório “mostra um caminho para voltar a esses princípios, se houver vontade política nesse sentido”, comentou, recordando que a legislação sobre interferência estrangeira e uma investigação ao processo eleitoral são condições obrigatórias. No relatório consta também que houve um recuo na reforma da justiça e no alargamento dos direitos fundamentais e que pouco foi feito para combater a corrupção.

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Conserveira centenária transformada em 50 apartamentos de luxo em Matosinhos

Fábrica de conservas “A Varina” deu lugar a 50 apartamentos de luxo, num projeto imobiliário do Grupo Casais e do Grupo IMP. Os preços variam entre 220 e 690 mil euros.

A centenária fábrica da indústria conserveira “A Varina”, localizada em Matosinhos, foi transformada num empreendimento residencial e comercial. Intitulado de Fábrica 390, o condomínio de luxo conta com 50 apartamentos, espaços verdes e será a sede do laboratório de análises patológicas da IMP Diagnostics.

Composto por quatro blocos habitacionais, com apenas seis pisos, este complexo de arquitetura industrial, situado próximo da orla costeira, da Docapesca e da entrada do Porto de Leixões, resulta de uma promoção imobiliária entre o Grupo Casais e o Grupo IMP.

Os apartamentos são de tipologias T1 a T4 e os preços variam entre 220 mil euros (T1) e 690 mil euros (T4). Todas as tipologias têm terraço ou varanda e lugar de estacionamento. Fonte oficial do grupo Casais esclareceu ao ECO/Local Online que só a construção representa um investimento de 20 milhões de euros e que o empreendimento será concluído em fevereiro do próximo ano. Todos os imóveis já estão vendidos, assegura a construtora.

Em comunicado, o grupo liderado por António Carlos Rodrigues adianta que o laboratório do Grupo IMP, que se assume como o “maior grupo nacional de laboratórios de referência em anatomia patológica e patologia molecular”, vai ocupar uma área de cerca de 3.000 metros quadrados e “potenciará mais de 100 postos de trabalho altamente qualificados para a cidade”.

“Orgulhamo-nos de apresentar complexos habitacionais de elevada qualidade e que albergam um conjunto de serviços benéficos para toda a comunidade. A instalação do laboratório IMP na Fábrica 390 é um marco positivo para toda a região”, afirma António Carlos Rodrigues, CEO do Grupo Casais.

Fundada a 23 de maio de 1958, a Casais é uma das maiores empresas do setor da construção em Portugal, mantendo o cariz familiar. Em 1994 iniciou o processo de internacionalização, na Alemanha, seguindo depois para Angola (1999). Atualmente, o grupo opera em 17 países e fechou o ano de 2023 com um volume de negócios agregado de mais de 712 milhões de euros, sendo os mercados internacionais responsáveis por 342 milhões de euros.

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Montenegro “não desistiu” de baixar IRC para 15% na legislatura, mas “é uma impossibilidade”

Montenegro questiona “de que serviam as contas certas” do PS, pois “há vida além do excedente orçamental”. Pedro Nuno desafia-o a “explanar reformas revolucionárias que vão disparar o crescimento".

Entre quarta e quinta-feira, o Parlamento vai debater na generalidade a proposta do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025). No total, o Governo e os deputados terão mais de dez horas para dissecar a primeira proposta orçamental do Executivo liderado por Luís Montenegro, que tem viabilização garantida graças à abstenção do PS.

A proposta inclui um cenário macroeconómico e orçamental que o Governo diz ser “cauteloso”: um crescimento da economia de 1,8% este ano e de 2,1% em 2025, com um excedente de 0,4% em 2024 e de 0,3% em 2025 e uma redução da dívida pública para 95,9% este ano, caindo para 93,3% em 2025. Entre as medidas com maior destaque estão o IRS Jovem e a redução em ponto percentual do IRC, dois pontos negociados com o socialista Pedro Nuno Santos.

Acompanhe o debate e votação neste liveblog do ECO.

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Metropolitano de Lisboa assina contrato para 72 novas carruagens

Investimento de 134 milhões de euros permite responder à procura esperada para a linha circular e linha vermelha entre São Sebastião e Alcântara.

O Metropolitano de Lisboa assinou com a Stadler Rail Valencia S.A.U. o contrato para aquisição de 24 novas unidades triplas, constituídas por 72 carruagens, no valor de 134 milhões de euros. Fica ainda prevista a possibilidade de juntar mais 36 carruagens à encomenda.

Neste valor, mais de 30% provêm do Programa Sustentável 2030, ficando o restante a cargo do Fundo Ambiental. O prazo de execução, de 54 meses, só se iniciará após emissão do visto prévio pelo Tribunal de Contas.

Apesar da assinatura do contrato ter decorrido a 22 de outubro, o Ministério das Infraestruturas e Habitação fez o anúncio apenas nesta quarta-feira, exatamente 12 meses decorridos do lançamento do concurso público internacional, a 30 de novembro de 2023.

Em abril, o Metropolitano de Lisboa dava nota de ter recebido duas propostas para o fornecimento destas 24 unidades triplas. Uma da CRRC Tangshan Co., LTD, no valor de 115,07 milhões de euros, e a da Stadler Rail Valencia, S.A.U., por 134 milhões de euros, ambas abaixo dos 138 milhões de euros, acrescidos de IVA, do preço-base.

Segundo explicação da empresa estatal, o propósito deste equipamento é “dar resposta ao aumento expectável da procura da rede do Metropolitano de Lisboa nos próximos anos face aos novos prolongamentos (linha Circular e linha Vermelha a Alcântara). A opção de adquirir mais doze unidades triplas (36 carruagens) prende-se com a necessidade de vir a substituir, de forma contínua, o material circulante que se encontra em fim de vida, procurando, desta forma, assegurar-se as condições de flexibilidade e interoperacionalidade de toda a frota”.

Este é o segundo contrato firmado com a Stadler Rail Valencia num espaço de quatro anos. Em fevereiro de 2020, foi assinada a aquisição de 42 carruagens, no valor de 114,5 milhões de euros. As três primeiras unidades triplas ML20 dessa encomenda já foram recebidas pelo Metropolitano de Lisboa em agosto último.

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Carlos Moedas quer suspender licenças de Alojamento Local em Lisboa por seis meses

Moedas quer suspender, por meio ano, licenças de Alojamento Local e propõe 0% de rácio por fogo habitacional em Lisboa.

O Executivo de Carlos Moedas quer suspender, a partir desta sexta-feira, e pelo prazo de seis meses, a autorização de novas licenças de alojamento local (AL) na cidade de Lisboa, e “sem qualquer rácio”, até à entrada em vigor da alteração ao regulamento municipal. A proposta, a que o ECO/Local Online teve acesso, vai a aprovação na reunião camarária desta tarde, para depois ser submetida à Assembleia Municipal, e visa “garantir o equilíbrio entre oferta habitacional e oferta de alojamento turístico“.

Para prevenir a profusão de pedidos de registo de AL, lê-se na proposta assinada pela vereadora do urbanismo, Joana Almeida, “considera-se oportuna, adequada e necessária a suspensão da autorização de novos registos de estabelecimentos de alojamento local em todo o concelho de Lisboa, até à entrada em vigor da alteração ao Regulamento Municipal de Alojamento Local”. Acresce ainda o início da suspensão a 1 de novembro, a qual deverá “vigorar pelo prazo de seis meses, admitindo-se a sua renovação por igual período“.

Segundo a vereadora, “existe uma tendência de aumento súbito e acentuado dos pedidos de registo de alojamento local em Lisboa sempre que ocorrem ou são anunciadas publicamente alterações ao regime do Alojamento Local”. Prevê-se mesmo um aumento acentuado dos pedidos de registo de alojamento local após a entrada em vigor das alterações introduzidas ao Regime Jurídico da Exploração dos Estabelecimentos de Alojamento Local (RJEEAL), pelo decreto-lei n.º 76/2024, de 23 de outubro.

O novo regime do AL, que entra em vigor na próxima sexta-feira, está a dar que falar em Lisboa. Ainda esta semana a vereação socialista pediu a suspensão imediata de novos registos na capital, propondo que sempre que a cidade atinja um rácio de AL igual ou superior a 5% dos fogos habitacionais, a emissão de licenças fica suspensa. Ao contrário do PS, o Executivo de Carlos Moedas propõe não haver qualquer rácio.

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Volkswagen admite “necessidade urgente” de corte de custos e decisões “dolorosas”

A fabricante automóvel alemã, que viu os seus lucros afundarem um terço até setembro, está a considerar encerrar três fábricas na Alemanha e eliminar milhares de pessoas, bem como cortar salários.

A Volkswagen admitiu a “necessidade urgente” de reduzir custos e a tomada de “decisões difíceis e dolorosas” para manter-se competitiva, depois de a empresa anunciar uma quebra dos seus lucros de 33% nos primeiros nove meses do ano. A fabricante automóvel, que está a planear o encerramento de três fábricas na Alemanha e o despedimento de milhares de trabalhadores e iniciou uma segunda ronda de negociações com os sindicatos, diz que não pode afastar greves.

“Estou ciente de que os cortes que estão a ser considerados na Volkswagen são severos e que muitos empregados estão preocupados com o seu futuro“, disse Arno Antlitz, acrescentando que “estamos perante decisões difíceis e dolorosas”.

Antlitz explicou que a situação da Volkswagen, que está a ser afetada pela quebra das vendas na China e pela crescente concorrência na Europa, é “séria” e há “uma necessidade urgente de cortes de custos significativos e ganhos de eficiência“.

A Volkswagen pretende implementar um programa de cortes de dez mil milhões de euros, o que vai implicar fechos de fábricas e redução do número de trabalhadores, assim como o corte de salários, medidas que estão a ser negociadas com os sindicatos.

De acordo com Antlitz , apenas a implementação destes cortes poderá permitir à companhia ganhar competitividade. “Temos de intensificar os nossos esforços para permanecer competitivos. E temos de agir agora. Qualquer atraso seria irresponsável“, defendeu.

A Volkswagen poderá economizar 2,5 mil milhões de euros anualmente — ou cerca de 1.900 euros por carro vendido na Europa — com o encerramento de fábricas, de acordo com uma análise realizada pelo analista da Bloomberg Intelligence Michael Dean, numa nota publicada esta semana. As fábricas da Volkswagen situadas em Emden, Hanover e Osnabrück são as mais subutilizadas, com base em dados citados pela agência de notícias.

A Volkswagen admitiu pela primeira vez o fecho de uma fábrica na Alemanha em setembro, tendo entretanto iniciado negociações com os sindicatos no país. Desde então vários responsáveis da gigante alemã têm admitido cortes significativos, que poderão envolver o encerramento de várias unidades fabris na Europa.

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Manuel Serrão conhece medidas de coação da Operação Maestro no dia 7

O empresário e suspeito de fraude na obtenção de fundos europeus de 40 milhões de euros, foi interrogado no Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa, no âmbito da Operação Maestro.

Manuel Serrão, empresário, arguido e suspeito de fraude na obtenção de fundos europeus de 40 milhões de euros, foi esta quarta-feira interrogado no Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa (Ticão), no âmbito da Operação Maestro. As novas medidas de coação serão conhecidas a 7 de novembro, às 14h00. Atualmente, os arguidos estão apenas sujeitos ao Termo de Identidade e Residência (TIR). O interrogatório durou cerca de duas horas e o empresário respondeu às questões dos procuradores do MP e da juíza de instrução. Já os outros arguidos, António Sousa Cardoso e António Branco, não prestaram declarações.

O Ministério Público (MP) considera o empresário portuense e vogal da Associação Selectiva Moda “o principal mentor” de um alegado esquema na obtenção de subsídios comunitários que levou a Polícia Judiciária a realizar, no dia 19 de março de 2024, 78 buscas no âmbito desta operação, na qual são também suspeitos o jornalista Júlio Magalhães, António Sousa Cardoso, que liderou a Associação de Jovens Empresários, e António Branco e Silva.

A investigação sustenta que, pelo menos desde 2015, Manuel Serrão, António Branco e Silva e António Sousa Cardoso, “conhecedores das regras de procedimentos que presidem à candidatura, atribuição, execução e pagamento de verbas atribuídas no âmbito de operações cofinanciadas por fundos europeus, decidiram captar, em proveito próprio e das empresas por si geridas, os subsídios atribuídos à Associação Selectiva Moda e às sociedades No Less e House of Project — Business Consulting”.

As operações terão sido “cofinanciadas, através, designadamente, da apresentação e utilização como documentos de despesa aos projetos submetidos, com vista ao respetivo reembolso, faturas suspeitas de se tratar de negócios simulados, sem correspondência a serviços prestados nos projetos, ou, ainda faturas com valores sobrefaturados”, frisa o MP, num despacho judicial.

Segundo a investigação, as entidades beneficiárias controladas pelos suspeitos, “através da montagem de justificações contratuais, designadamente referentes a prestações de serviços e fornecimento de bens ou serviços”, obtiveram a aprovação e pagamento de incentivos no valor global de, pelo menos, 38.938.631,46 euros, através de 14 projetos, cofinanciados pelo FEDER.

O MP sustenta que os três suspeitos “obtiveram o comprometimento de pessoas da sua confiança, do seio do seu círculo de amizades”, como o jornalista Júlio Magalhães, “mas também do mundo empresarial, e em particular da área do setor têxtil, casos de Paulo Vaz, João Oliveira da Costa e Mário Genésio”.

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Tribunal de Contas conclui que Portugália alugou aviões à margem da lei. Christine Ourmières-Widener e Luís Rodrigues responsabilizados

Tribunal de Constas (TdC) considera que a administração da Portugália não cumpriu a obrigatoriedade de visto prévio relativamente a um contrato para aluguer de aviões celebrado em 2023.

O Tribunal de Contas concluiu que a administração da Portugália não cumpriu a exigência de fiscalização prévia relativamente a dois aditamentos a um contrato de locação de aeronaves, em fevereiro e março de 2023. A anterior CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, e o atual, Luís Rodrigues, estão entre os administradores responsabilizados. Ilegalidade “é suscetível de determinar responsabilidade financeira sancionatória”.

A Portugália avançou no verão de 2022 com um contrato de locação de aeronaves, incluindo tripulação, manutenção e seguro, conhecido como ACMI (aircraft, crew, maintenance and insurance), para fazer face ao atraso na entrega de novos aviões. Na altura, foi noticiado o envolvimento da Bulgaria Air.

Nos primeiros meses do ano seguinte, fez dois aditamentos ao contrato, no valor de 1,05 milhões e 2,1 milhões de euros. Enviou-os para fiscalização prévia do Tribunal de Contas (TdC), mas produziram efeitos antes deste se pronunciar.

Estes aditamentos encontravam-se sujeitos a fiscalização prévia do TdC, nos termos da alínea e) do n.º 1 do artigo 46.º da LOPTC [Lei de Organização e Processo do Tribunal de Contas] e não poderiam legalmente produzir efeitos materiais antes da pronúncia deste Tribunal”, conclui a entidade liderada por Filipa Urbano Calvão, num relatório divulgado esta terça-feira. Além disso, “não podiam produzir quaisquer efeitos financeiros (pagamentos) antes da pronúncia do TdC, em sede de fiscalização prévia”.

Segundo o Tribunal, a Portugália deu execução material e financeira aos aditamentos antes da sua pronúncia. Em relação ao segundo aditamento, isso aconteceu antes mesmo da remessa ao TdC.

Os juízes conselheiros, Nuno Coelho, Miguel Pestana de Vasconcelos e Paulo Nogueira da Costa concluíram que a ilegalidade identificada “é suscetível de determinar responsabilidade financeira sancionatória”. A multa tem como limite mínimo o montante correspondente a 2.550 euros e como limite máximo o montante correspondente a 18.360 euros.

A entidade que fiscaliza as contratos de entidades do Estado considerou que os responsáveis pela prática da infração são “a ex-presidente e o atual presidentes do conselho de administração” da Portugália, Christine Ourmières-Widener, na altura também CEO da TAP, e Luís Rodrigues, que é também chairman e CEO da companhia aérea. A responsabilidade estende-se aos “à data e atuais vogais” do conselho de administração da Portugália. Atendendo à data de início de funções, a responsabilidade de três administradores foi relevada.

A Portugália e os então administradores argumentaram que “era sua convicção que os mesmos não estavam sujeitos à fiscalização prévia do TdC e, por outro lado, consideravam que estavam perante uma urgência imperiosa atentas as consequências financeiras e reputacionais da não execução destes aditamentos“, lê-se no relatório do Tribunal.

Em sede de contraditório, a Portugália e os responsáveis indiciados alegaram ainda a “verificação de uma causa de exclusão da ilicitude (conflito de deveres), a ausência de culpa por violação de deveres de mandato ou de exclusão da culpa como a atuação em estado de necessidade desculpante, terminando com pedidos de arquivamento do processo ou de relevação da responsabilidade financeira sancionatória ou ainda dispensa da aplicação de multa, caso não fossem considerados os argumentos expostos”.

Os juízes conselheiros decidiram remeter o processo ao Ministério Público. A Portugália terá de pagar 3.090,15 euros em emolumentos.

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DBRS atribui pela primeira vez rating de nível A à Caixa Geral de Depósitos

Banco público alcança melhor rating desde a crise financeira de 2011. DBRS justifica melhoria da notação de risco do banco público devido aos elevados resultados e à redução do crédito malparado.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) tem pela primeira vez o rating A atribuído pela agência DBRS Morningstar por conta dos lucros elevados e da redução do crédito malparado, segundo anunciou o banco esta quarta-feira.

O rating de longo prazo (Long Term Issuer Rating) subiu de BBB (high) para A (low), com o outlook a manter-se “positivo”, o que indica que a notação poderá voltar a subir nos próximos meses.

“Com a elevação do rating A (low), a Caixa alcança pela primeira vez, no caso da DBRS, o escalão superior ao BBB no qual se encontrava desde o rating inicial atribuído em 2011”, diz o banco público em comunicado enviado ao mercado.

Para esta decisão contribuiu “a melhoria significativa dos resultados do banco e a redução de NPL (non-performing loans), cuja evolução supera a dos seus pares nacionais e internacionais”, aponta a CGD.

“Estes dois fatores, de acordo com esta agência, ilustram a eficaz reestruturação da Caixa e a redução do risco do seu balanço. Além disso, a subida do rating reflete a forte capitalização do banco, suportada numa maior capacidade de geração orgânica de capital”, acrescenta.

A DBRS poderá voltar a subir o rating do banco liderado por Paulo Macedo porque, “apesar da esperada redução das taxas de juro, manterá uma forte capacidade de gerar receitas enquanto os rácios de NPL permanecerão baixos”.

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