Taxas Euribor caem para novos mínimos em todos os prazos

  • Lusa
  • 22 Outubro 2024

Esta terça-feira, a Euribor caiu em todos os prazos: para 3,098% a três meses, para 2,954% a seis meses e para 2,622% a 12 meses.

A Euribor desceu esta terça-feira a três, a seis e a 12 meses para novos mínimos desde abril e janeiro de 2023 e outubro de 2022, respetivamente. Com estas alterações, a taxa a três meses, que baixou para 3,098%, continuou acima da taxa a seis meses (2,954%) e da taxa a 12 meses (2,622%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro de 2023, baixou para 2,954%, menos 0,018 pontos e um novo mínimo desde 27 de janeiro de 2023.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, também recuou esta terça-feira, para 2,622%, menos 0,008 pontos do que na segunda-feira e um novo mínimo desde 28 de outubro de 2022.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses baixou, ao ser fixada em 3,098%, menos 0,040 pontos e um mínimo desde 10 de abril de 2023.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a agosto mostram que a Euribor a seis meses representava 37,6% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 33,2% e 25,8%, respetivamente.

A média da Euribor em setembro desceu a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em agosto e com menos intensidade nos prazos mais curtos. A média da Euribor em setembro desceu 0,114 pontos para 3,434% a três meses (contra 3,548% em agosto), 0,167 pontos para 3,258% a seis meses (contra 3,425%) e 0,230 pontos para 2,936% a 12 meses (contra 3,166%).

Em 17 de outubro, o Banco Central Europeu (BCE) cortou as taxas de juro em um quarto de ponto pela terceira vez este ano, a segunda consecutiva, para 3,25%, face a uma inflação que considera estar “no bom caminho” e a uma atividade económica pior do que o previsto.

Depois do encontro de 17 de outubro na Eslovénia, o BCE tem marcada para 12 de dezembro a última reunião de política monetária deste ano.

Em 12 de setembro, o BCE desceu a principal taxa diretora em 25 pontos base para 3,5%, depois de em 18 de julho ter mantido as taxas de juro. Na reunião anterior, em junho, a instituição tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

Em 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Salgado era “mentiroso compulsivo” e tentou “comprar Marcelo” com trabalho jurídico do BES

"É capaz de matar o pai e a mãe. Depois, a principal característica é ser um mentiroso compulsivo", disse Pedro Queiroz Pereira em julho de 2018. Depoimento ouvido no julgamento do caso BES.

O quarto dia do julgamento do caso BES começou com a audição da gravação do depoimento do empresário Pedro Queiroz Pereira, que morreu em agosto de 2018, explicando o processo de privatização do BES e a entrega do banco aos Espírito Santo. “Quando o GES se recupera, recupera-se com muitas dificuldades financeiras“, disse. Queiroz Pereira foi ouvido em julho de 2018.

O ex-líder da Semapa sublinhou que Ricardo Salgado, arguido no processo, tinha características boas e más. “Entre as boas: é uma pessoa extraordinariamente trabalhadora; entre as más, é um ambicioso desmedido, capaz de matar o pai e a mãe, e um mentiroso compulsivo”, disse. Segundo Pedro Queiroz Pereira, o ex-líder do BES era capaz de dizer que uma folha de papel é preta, “é doentio”, acrescentou.

Pedro Queiroz Pereira explicou ainda que os outros administradores do Grupo Espírito Santo não levantavam objeções às decisões de Ricardo Salgado. “Ninguém se atrevia. Ele era o único capaz de comandar o grupo. Ninguém se atrevia a dizer o que fosse. Eu era independente e o único que dizia… Ele é capaz de chegar aqui e dizer-lhe que esta folha branca era preta e sair daqui convencido que convenceu o interlocutor. É uma coisa espantosa”, sublinhou.

Sobre António Ricciardi, o ex-líder da Semapa sublinha que a sua continuidade como chairman era “completamente conveniente para Ricardo Salgado fazer o que quisesse no BES”.

O empresário acusou ainda Ricardo Salgado de comprar Marcelo Rebelo de Sousa ao entregar trabalho jurídico do BES à antiga companheira do atual Presidente da República. “O doutor Salgado fez o seguinte: pega no Departamento Jurídico e manda entregar trabalhos de cobrança à doutora Rita Amaral Cabral, que tem um escritório de advocacia. Para quê? Para recuperar a relação com o professor Rebelo de Sousa. Se for, por exemplo, ao escritório da doutora Rita Amaral Cabral, mais de metade ou 60% do trabalho era o BES que dava. Era uma forma de comprar o professor Rebelo de Sousa”, afirmou o industrial.

Na audição de 2018, Pedro Queiroz Pereira explicou também que sabia que as coisas “estavam mal” no banco, quando participou, em dezembro de 2012, numa das reuniões do conselho superior do Grupo Espírito Santo. Nessa altura estava a concretizar-se a a compra de ações da Semapa pelo BES.

O empresário revelou ainda que só foi ao BdP com os documentos “um ou dois meses depois” por estar “sempre na expectativa” de que o BES recuasse na tentativa de controlo das suas empresas. “Não sou propriamente amigo de Ricardo Salgado, mas sou amigo de outros Espírito Santo e sei que não estão no cerne da questão… Tentei durante algum tempo não usar números e coisas que tinha”, referiu.

Sublinhou também que o que o “revoltou mais” foi quando o GES tentou discretamente comprar ações na tentativa de controlar a Cimigest. “Andavam a comprar os meus acionistas e não tinham dinheiro”, refere. O ex-líder da Semapa depôs ainda que pediu ao tribunal de Luxemburgo um inquérito judicial às contas da Espírito Santo Control em 2013.

Pedro Queiroz Pereira morreu em 2018, depois de ter entrado em conflito com Ricardo Salgado e de ter contribuído para a queda do ex-banqueiro, ao expor os problemas nas contas do Grupo Espírito Santo.

“O conflito com Pedro Queiroz Pereira saldou-se numa disputa judicial em que foi colocado em destaque uma possível viciação das contas das holdings do GES, facto que, em termos hipotéticos, foi revelado à supervisão bancária no segundo semestre de 2013”, realçou o Ministério Público na acusação do processo proferida em 2020.

A sessão desta terça-feira ficará ainda marcada pela audição da inquirição do presidente do conselho de administração do BPI Fernando Ulrich. O julgamento retoma no próximo dia 28 de outubro.

Fernando Ulrich chegou a defender publicamente que as autoridades deviam ter atuado mais cedo face aos problemas no GES. O banqueiro visou, nomeadamente, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, o Banco de Portugal e o Governo, acrescentando que essa ação deveria ter chegado ainda em 2012, a fim de tentar evitar o que viria a ser a ruína do grupo.

A 14 de julho de 2020 a equipa de procuradores liderada por José Ranito acusou 25 arguidos, entre os quais Ricardo Salgado, no âmbito do caso Banco Espírito Santo (BES). Passados mais de quatros anos, arrancou o julgamento do já apelidado maior processo da história da justiça portuguesa.

Dez anos depois da queda do BES, com o arguido Ricardo Salgado acusado de 62 crimes (três entretanto prescreveram), o julgamento do processo BES conta com 17 arguidos singulares, sete empresas arguidas, 733 testemunhas, 135 assistentes e mais de 300 crimes. Este megaprocesso, que já vai nos 215 volumes após uma acusação com mais de quatro mil páginas.

O ex-banqueiro está acusado de associação criminosa, corrupção ativa, falsificação de documento, burla qualificada e branqueamento de capitais. E estava inicialmente acusado de um total de 65 crimes, vai agora ser julgado por 62 ilícitos criminais, após terem prescrito dois crimes de falsificação de documento e um de infidelidade. O levantamento dos crimes em risco de prescrição recentemente realizado pelo MP indica ainda que Ricardo Salgado pode ver cair, em finais de novembro próximo, mais um crime de falsificação e outros dois crimes no final de dezembro.

Em janeiro de 2025 prescrevem mais três crimes de falsificação de documento, no final de fevereiro cai um de infidelidade e até 28 de março tombam outros três de infidelidade.

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Missão da UE aponta irregularidades na contagem e alterações “injustificadas” nas eleições moçambicanas

  • Lusa
  • 22 Outubro 2024

Missão da União Europeia "constatou irregularidades durante a contagem e alterações injustificadas dos resultados eleitorais a nível das assembleias de voto e a nível distrital”, diz em comunicado.

A Missão de Observação Eleitoral da União Europeia (MOE UE) às eleições gerais moçambicanas de 9 de outubro afirmou esta terça-feira que constatou “irregularidades durante a contagem e alterações injustificadas” dos resultados eleitorais que precisam de ser esclarecidas.

Até à data, a MOE UE constatou irregularidades durante a contagem e alterações injustificadas dos resultados eleitorais a nível das assembleias de voto e a nível distrital“, lê-se num comunicado divulgado esta terça-feira.

A Missão de Observação Eleitoral da União Europeia iniciou as suas atividades em Moçambique em 1 de setembro de 2024 e destacou 179 observadores para o dia das eleições, tendo emitido uma declaração preliminar em 11 de outubro, sobre o processo eleitoral.

A MOE UE continuou a observar o processo eleitoral, embora os observadores da UE tenham sido impedidos de observar os processos de apuramento em alguns distritos e províncias, bem como a nível nacional“, lê-se.

No comunicado acrescenta-se que, “como medida para contribuir para a confiança e integridade do processo eleitoral”, a MOE UE “reitera o seu apelo aos órgãos eleitorais para que conduzam o processo de apuramento de uma forma transparente e credível, assegurando a verificação dos resultados das mesas de voto“.

“A publicação dos resultados desagregados por mesa de voto não é apenas uma questão de boas práticas, mas também uma forte salvaguarda para a integridade dos resultados”, declarou a chefe da missão, Laura Ballarín, citada no comunicado.

A posição surge depois de Moçambique ter vivido momentos de tensão, na segunda-feira, com confrontos entre manifestantes e polícia, sobretudo em Maputo, após o lançamento de gás lacrimogéneo e tiros para o ar, para desmobilizar uma marcha pacífica convocada pelo candidato presidencial contra o duplo homicídio de dois apoiantes e de contestação aos resultados eleitorais no apuramento intermédio.

“Tendo em conta as tensões sociais e a violência eleitoral registadas nos últimos dias, a MOE UE reitera a sua condenação dos assassinatos de Elvino Dias e Paulo Guambe [advogado de Venâncio Mondlane e mandatário do Partido Podemos, que o apoia, respetivamente], e apela à máxima contenção de todos e ao respeito pelas liberdades fundamentais e direitos políticos”, acrescenta-se no comunicado.

A MOE UE afirma ainda “que é da responsabilidade da administração eleitoral esclarecer as irregularidades e do Conselho Constitucional resolvê-las durante o processo de validação dos resultados, no respeito pela vontade dos eleitores”.

A MOE UE permanecerá em Moçambique para acompanhar as próximas fases do processo eleitoral. Posteriormente, publicará um relatório final, incluindo a sua avaliação e recomendações para melhorar o quadro eleitoral“, conclui-se no comunicado.

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Portugal alcança quarto maior excedente da Zona Euro e pódio no recuo da dívida pública

  • ECO
  • 22 Outubro 2024

Entre abril e junho, Portugal registou o quarto maior excedente orçamental do Euro, só abaixo de Chipre, Dinamarca e Irlanda. Dívida pública recuou 8,1 pontos percentuais em termos homólogos.

O défice público na zona euro foi de 3% do PIB e de 3,1% na União Europeia no segundo trimestre, com Portugal a registar o quarto maior excedente (2,6%), divulgou esta terça-feira o Eurostat.

Entre abril e junho, o défice público na área do euro foi de 3% do Produto Interno Bruto (PIB), estável face ao trimestre anterior, mas acima do de 2,4% do período homólogo.

No conjunto dos 27 Estados-membros, por outro lado, o défice aumentou para os 3,1%, quer na comparação com 2,9% do trimestre anterior, quer com o de 2,2% homólogo.

Portugal registou, entre abril e junho, o quarto maior excedente orçamental, depois de Chipre (4,6%), Dinamarca (3,3%) e Irlanda (3,1%).

A Polónia (-8,1%), a Roménia (-7,1%), a França e a Eslováquia (-5,5% cada) apresentaram os maiores défices públicos no segundo trimestre.

Portugal tem a 6º maior dívida do euro

Ainda de acordo com o serviço estatístico da UE, na área do euro, o rácio da dívida pública bruta em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) fixou-se em 88,1%, abaixo dos 88,8% homólogos e acima dos 87,8% do primeiro trimestre do ano.

No conjunto dos 27 Estados-membros, o peso da dívida no PIB recuou, entre abril e junho, face aos 81,9% do período homólogo mas avançou na comparação com os 81,3% do primeiro trimestre.

As maiores dívidas foram registadas na Grécia (163,6%), em Itália (137.0%) e em França (11,2%), com Portugal no sexto lugar (100,6%), e as menores na Bulgária (22,1%), na Estónia (23,8%) e no Luxemburgo (26,8%).

No segundo trimestre, Portugal apresentou o terceiro maior recuo homólogo da dívida pública (-8,1 pontos percentuais) e a quarta maior subida em cadeia (1,2 pontos percentuais).

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Rendas que não mexeram nos últimos anos arriscam subir até 11% em 2025

  • Lusa
  • 22 Outubro 2024

Em vez de 2,16%, o aumento da renda pode ser de 11,1%, caso o senhorio tenha decidido deixar a renda inalterada nos últimos anos e opte por juntar os três últimos coeficientes.

As rendas podem subir 2,16% em 2025, podendo a atualização ser superior nas situações em que, tendo mantido a renda, o senhorio a atualize agora usando os coeficientes dos três anos anteriores, resultando num aumento de 11,1%.

Os dados da inflação média sem habitação registada em agosto e divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que, a partir de janeiro de 2025, as rendas (incluindo as anteriores a 1990) podem aumentar 2,16%, tendo decorrido 12 meses desde a última atualização.

Este valor corresponde a cerca de um terço do que foi fixado para a atualização das rendas em 2024, que ascendeu a 6,94% e que se traduziu no mais elevado dos últimos 30 anos, na sequência do contexto inflacionista registado.

Um ano antes, a atualização ficou limitada a 2%, devido ao travão decidido pelo Governo, sem o qual o aumento teria sido de 5,43%.

Num contexto de rendas já de valor elevado, aqueles 2,16% irão traduzir-se, grosso modo, numa subida de 18,36 euros para uma renda atual de, por exemplo, 850 euros.

O valor do aumento pode, no entanto, ser mais elevado, caso o senhorio tenha decidido deixar a renda inalterada nestes últimos anos e opte agora por juntar os três últimos coeficientes, o que poderá resultar num aumento superior a 11%.

Exemplificando, numa renda de 850 euros que se tenha mantido, a junção dos coeficientes destes três anos (1,0200; 1,0694 e 1,0216) resultará numa subida agregada de 97,20 euros, passando esta renda para 947,20 euros mensais.

De acordo com a lei, caso não o tenha feito, o senhorio pode proceder à atualização da renda com referência aos coeficientes dos três anos anteriores.

Com a lei do Mais Habitação, as rendas antigas, anteriores a 1990, passaram também a poder ser atualizadas de acordo com o coeficiente que tem por base a inflação média sem habitação registada em agosto, o que significa que estes contratos poderão ser atualizados em 2,16% caso já tenham decorrido mais de 12 meses desde a atualização anterior (de 6,94%).

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Petição que reclama soluções para a crise no Douro entregue no parlamento

  • Lusa
  • 22 Outubro 2024

A petição "Salvem os viticultores do Douro" foi entregue na Assembleia da República, alertando para o "momento alarmante" vivido na região pela falta de escoamento da uva e quebra na venda de vinho.

A petição “Salvem os viticultores do Douro” foi entregue na Assembleia da República com 2.605 assinaturas para alertar para o “momento alarmante” vivido na região pela falta de escoamento da uva e quebras nas vendas de vinho.

Um dos proponentes disse, nesta terça-feira, à agência Lusa, que a petição foi entregue no parlamento na segunda-feira e que o objetivo é que os problemas que afetam o Douro sejam discutidos na Assembleia da República.

O abaixo-assinado foi lançado no final de agosto, por viticultores durienses, e as preocupações que originaram a petição foram-se confirmando ao longo dos quase dois meses da vindima de 2024 que fica marcada por dificuldades de venda da produção, com produtores a deixar na vinha as uvas que não foram destinadas ao vinho do Porto.

Operadores alegaram ‘stocks’ cheios para não comprarem ou comprarem menos uvas este ano.

No documento da petição são apontadas as causas do “momento alarmante” que se vive na região demarcada, designadamente a diminuição sucessiva da atribuição de benefício, 26.000 pipas (550 litros cada) em dois anos, bem como a diminuição da produção por hectare, os baixos preços pagos pelas uvas e uma incapacidade de receção de uvas por parte de empresas.

Causas que “comprometem a sustentação económica dos viticultores, o que poderá conduzir ao abandono da atividade, bem como estão a colocar os agricultores numa situação de asfixia económica, financeira e social”.

“Ao contrário do que querem fazer crer, não há excesso de produção, há sim um excesso de importação de vinho”, realça ainda a petição.

Por isso, os subscritores defendem que é necessária uma alteração à regulamentação da Região Demarcada do Douro, designadamente a “classificação do vinho do Porto estar dependente da utilização de aguardente vínica proveniente exclusivamente de uvas deste território”.

Terminar com a importação de mostos e vinhos do estrangeiro é outra das medidas defendidas.

“Não podemos continuar a permitir que tenhamos vinhos denominados Denominação de Origem Controlada (DOC) Douro quando esse vinho integra parte de mostos que não são produzidos na região, devendo por isso ser proibida”, frisa o abaixo-assinado, que reclama ainda um forte reforço da fiscalização na atividade vínica no Douro.

Outras das medidas defendidas é estipular, para cada vindima, o preço mínimo por quilo de uva destinada ao vinhos do Porto e do Douro, no sentido de quem está a produzir ser devidamente remunerado e ter sustentabilidade no seu negócio.

Este valor deveria ser definido em reunião com o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), comércio e produção.

Pede-se ainda que o IVDP seja dispensado de autorização prévia para contrair despesas com as verbas destinadas à promoção e internacionalização pagas pelos produtores durienses, devendo a mesma ser feita pela região e não pela ViniPortugal.

“Com estas alterações existirá um reforço da organização da produção em representação dos viticultores durienses para que exista equilíbrio entre os diversos setores presentes no conselho interprofissional do IVDP”, conclui.

Neste período, o ministro da Agricultura já anunciou que pediu um estudo sobre a incorporação de aguardente feita com uvas exclusivas do Douro no vinho do Porto, anunciou ainda a criação de uma linha de crédito de 100 milhões de euros, com juros bonificados, acessível a adegas e empresas que comprovem pagamento de uvas aos viticultores e foram também marcadas as eleições para a Casa do Douro para o dia 21 de dezembro.

José Manuel Fernandes já disse também que, mal o Orçamento do Estado entre em vigor, descativa as verbas do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) e do IVDP para o “objetivo promoção”.

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“É importante as pessoas recuperarem controlo de quando recebem salário”. Ouça o podcast “Trinta e oito vírgula quatro”

Os portugueses trabalham, em média, 38,4 anos. É esse o valor que dá título a este podcast, que se debruça, em entrevistas quinzenais, sobre os temas mais quentes do mundo do trabalho.

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Em Portugal, cabe às empresas definir em que data pagam os salários aos seus trabalhadores. Mas Nuno Pereira quer mudar isso, defendendo que as pessoas tomam “melhores decisões financeiras” quando têm maior liberdade e literacia. Neste episódio do podcast “Trinta e oito vírgula quatro”, o CEO da Paynest vem explicar porque é que o salário “à la carte” é vantajoso não só para os trabalhadores, mas também para as próprias empresas.

“Por lei, a empresa tem o controlo sobre quando paga aos colaboradores. É muito importante as pessoas terem este controlo de volta”, sublinha o líder de uma empresa, cuja primeira ferramenta foi, precisamente, uma solução que permite aos trabalhadores receberem o salário correspondente aos dias já trabalhados.

Neste momento, 50 empresas já aderiram à Paynest e a essa funcionalidade, o que corresponde a 30 mil trabalhadores, precisa Nuno Pereira.

Também neste episódio, João Santos Silva, CEO da Merytu — plataforma que faz match entre trabalhadores e empresas do turismo — vem dar dicas sobre o trabalho nesse setor, a começar pelas competências mais valorizadas em termos salariais.

O “Trinta e oito vírgula quatro” é um podcast de entrevistas quinzenais sobre as tendências que estão a fazer mexer o mercado de trabalho.

Estamos a viver mais, mas, à boleia, também estamos a trabalhar durante mais tempo. Numa década, a duração média estimada da vida de trabalho dos portugueses cresceu dois anos para 38,4. É esse o valor que dá título a este podcast e torna obrigatória a pergunta: afinal, se empenhamos tanto do nosso tempo a trabalhar, como podemos fazê-lo melhor?

Neste mês de outubro, vamos explorar essa questão do ponto de vista dos salários.

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Águas do Algarve assina contrato nesta terça-feira para dessalinizadora em Albufeira

  • Lusa
  • 22 Outubro 2024

O contrato de conceção, construção e exploração da dessalinizadora do Algarve, que deverá estar construída até finais de 2026, é assinado em Albufeira nesta terça-feira, anunciou a Águas do Algarve.

O contrato de conceção, construção e exploração da futura dessalinizadora do Algarve, que deverá estar construída até finais de 2026, é assinado hoje em Albufeira na presença do primeiro-ministro, anunciou a Águas do Algarve.

O contrato de adjudicação, que representa um investimento de cerca de 108 milhões de euros, está integrado no Plano Regional de Eficiência Hídrica do Algarve, enquadrado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O projeto de construção de uma dessalinizadora no concelho de Albufeira, no distrito de Faro, é uma das medidas de resposta à seca que afeta a região mais a sul de Portugal continental integrada num pacote de medidas lançado pelo anterior Governo.

A infraestrutura terá como capacidade inicial 16 milhões de metros cúbicos (m3), mas a empresa está a projetá-la para que tenha capacidade para tratar até três vezes mais do que esse volume, ou seja até aos 24 milhões m3 de água.

A região do Algarve tem sofrido, ao longo dos últimos anos, ciclos de seca prolongada associada a uma situação de escassez hídrica já considerada estrutural, resultando numa diminuição dos volumes de água armazenada nas várias origens disponíveis.

O consórcio luso-espanhol de empresas que vai construir a dessalinizadora irá também ser responsável pela “exploração do empreendimento por um período de três anos” depois de a obra estar concluída, segundo a Águas do Algarve.

Luís Montenegro é acompanhado na cerimónia de assinatura do contrato por Maria da Graça Carvalho, ministra do Ambiente e Energia, e por Manuel Castro Almeida, ministro-Adjunto e da Coesão Territorial.

A Águas do Algarve é a empresa pública responsável pelo abastecimento de água na região e tem a seu cargo a gestão de infraestruturas como barragens ou Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR).

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IAPMEI perde vice-presidente. Sara Carrasqueiro já mandou carta a despedir-se

Sara Carrasqueiro já não é a vice-presidente do IAPMEI. Apesar da experiência no cargo - tinha sido nomeada em regime de substituição - não foi apurada no concurso aberto pela Cresap.

Sara Carrasqueiro já não é a vice-presidente do IAPMEI. Sexta-feira foi o seu último dia em funções no instituto público e esta segunda-feira enviou uma carta de despedida, confirmou o ECO junto de várias fontes.

A responsável entrou em funções em julho de 2023 e foi o nome escolhido pelo então ministro da Economia António Costa Silva para preencher o cargo que tinha sido criado um ano antes, para “reforçar a capacidade do IAPMEI na implementação do PRR”. Sara Carrasqueiro era assessora do conselho de administração da Serviços Partilhado do Ministério da Saúde (SPMS), antes de ocupar o lugar de ‘número dois’ do IAPMEI.

Sara Carrasqueiro tinha sido nomeada em regime de substituição, graças à sua “competência técnica, aptidão, experiência profissional e formação adequadas” ao exercício da função, de acordo com as palavras do então ministro da Economia.

Apesar da experiência no cargo, isso parece não ter sido suficiente para ser apurada no concurso entretanto aberto pela Cresap. Um procedimento iniciado antes mesmo de o ministro da Economia, Pedro Reis, ter decidido afastar Luís Guerreiro da presidência, que agora é ocupada por José Guilherme Pulido Valente.

A Cresap abriu concursos para os cargos de vice-presidente e de vogal a 2 de julho. Encerraram no dia 15 do mesmo mês, estando em fase de avaliação. A saída de Sara Carrasqueiro pode ser um indicador de que a decisão estará para muito breve, uma vez que lhe foi comunicado que não ia continuar em funções, ao que o ECO apurou.

Sara Carrasqueiro tinha sido nomeada em regime de substituição, graças à sua “competência técnica, aptidão, experiência profissional e formação adequadas” ao exercício da função, de acordo com as palavras do então ministro da Economia.

A cúpula diretiva do IAPMEI é composta ainda por um vogal, Nuno Gonçalves, que já terminou o mandato em março. O organigrama do instituto também tem previsto mais um vogal, que está vago desde abril, porque Marisa Garrido deixou o instituto para ocupar o cargo de secretária de Estado da Administração Pública.

Na primeira aparição pública como presidente do IAPMEI, na inauguração de um parque fotovoltaico da Riopele, em Vila Nova de Famalicão, José Pulido Valente defendeu que é preciso rever e agilizar processos de modo a fazer chegar o dinheiro mais depressa às empresas, potenciando novos investimentos e o desenvolvimento da economia.

Quem deixou também o IAPMEI, onde trabalhava desde 1998 e chegou a dirigir várias unidades, foi o antigo secretário de Estado da Economia, Pedro Cilínio, que passou para o setor privado. A 1 de outubro iniciou funções na CrafGest Consulting, uma empresa especializada em consultoria de gestão, em especial de project finance, que pretende apoiar as empresas a angariar financiamento para investimentos e/ou reestruturações.

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Ministro das Finanças “desmonta mitos” no crescimento, despesa e cativações

  • ECO
  • 22 Outubro 2024

Miranda Sarmento escreveu um artigo de opinião sobre “confusões técnicas e três mitos que importa desmontar” relacionadas com o Orçamento do Estado e com o Plano Orçamental de Médio Prazo.

O ministro das Finanças aponta “confusões técnicas e três mitos que importa desmontar” relacionadas com a proposta de Orçamento do Estado para 2025 e com o Plano Orçamental de Médio Prazo (POENMP) enviado a Bruxelas. Num artigo de opinião no Público, começa pelas previsões de crescimento para os próximos anos ficarem aquém das que tinham sido estimadas no programa eleitoral da Aliança Democrática (AD).

“Apesar de o programa português detalhar minuciosamente as reformas e medidas em curso e que serão executadas nos próximos anos, a Comissão Europeia não considera essas reformas no seu cálculo do crescimento para os próximos anos. Porém, se o Governo implementar o seu programa de reformas estruturais, a economia portuguesa tem perspetivas de um crescimento superior aos valores inscritos no POENMP, atingindo níveis mais robustos e sustentáveis”, sustenta.

“Falso” é como Joaquim Miranda Sarmento classifica também o “mito” da travagem a fundo na despesa em 2027 por ser “necessário considerar que, em 2025 e 2026, há despesa financiada por empréstimos PRR (que, ao contrário das subvenções, têm impacto orçamental), o que já não ocorre” no ano seguinte. Excluído o efeito dos empréstimos da bazuca europeia, contrapõe, a evolução da despesa líquida primária fica “em linha com a trajetória de referência da Comissão Europeia e com uma variação relativamente constante”.

Finalmente, no que toca às cativações, que batem recorde e disparam para 3,9 mil milhões, o governante lembra que há dois tipos (as que só podem ser descativadas mediante autorização do Ministério das Finanças e as que dependem de autorização do membro do Governo responsável pela respetiva área setorial), reclamando que no OE2025 “não houve qualquer aumento da percentagem de dotação afeta a ambas”, sendo o montante superior porque o valor total da despesa é maior do que este ano.

“Além disto, decidiu-se não colocar, na lei do OE2025, como excecionada de cativação uma lista de entidades e de dotações de despesa, cuja autorização de descativação é da competência dos ministros setoriais, passando essa decisão a poder ser feita, a partir de 1 de janeiro de 2025, por cada ministro, por simples despacho. Isso, naturalmente, faz o valor total das cativações parecer mais elevado (dado que inclui os valores de entidades que anteriormente estavam excecionadas), no entanto permite muito mais flexibilidade à gestão orçamental de cada Ministério”, completa Miranda Sarmento.

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Future Healthcare: Inovação em Saúde com 5 Linhas de Negócio

  • Conteúdo Patrocinado
  • 22 Outubro 2024

Descubra as cinco linhas de negócio da Future Healthcare: Operações, Tecnologia, Gestão de Risco, Distribuição e Saúde Digital.

A Future Healthcare é uma empresa que atua na gestão de Planos de Serviços Médicos, Seguros de Saúde e outros Sistemas de Saúde, oferecendo soluções inovadoras e customizadas.

Com cinco linhas de negócio — Operações, Tecnologia, Gestão de Risco, Distribuição e Saúde Digital —, a empresa adapta-se às exigências do mercado e oferece serviços que respondem às necessidades de seguradoras, prestadores e clientes. Assista ao vídeo abaixo para conhecer como estamos a operar no mercado de seguros de saúde com uma abordagem integrada e tecnológica.

  1. FH Operações: Otimização da Gestão de Saúde
    Oferecemos soluções de TPA (Third-Party Administrator), de planos de serviços médicos e seguros de saúde, configuráveis para cada Cliente Institucional, em vez de uma abordagem única. Os serviços que prestamos são integrados na estratégia operacional dos nossos Clientes Institucionais, permitindo entregar um serviço de excelência ao Cliente Final.
  2. FH Tecnologia: Inovação ao Serviço da Saúde
    A nossa plataforma tecnológica é uma solução cloud-based, modular e dimensionável, potencializada por mecanismos de automação e inteligência artificial. A FHNET assegura uma gestão eficiente das interacções e experiência entre todos os actores do ecossistema de saúde: Prestador, Cliente Institucional e Cliente Final. Com especial ênfase nos fluxos financeiros e informação clínica.
  3. FH Gestão de Risco: Prevenção e Sustentabilidade
    Desenhamos e operamos “soluções chave-na-mão”, alargando o nosso portfólio de seguros especializados e inovadores, dirigidos a Clientes Institucionais. Estamos autorizados pelo Regulador de Seguros a subscrever classes de risco de doença, em regime de Livre Prestação de Serviços.
  4. FH Distribuição: Expansão de Planos de Serviços Médicos, Seguros de Saúde e outros Sistemas de Saúde
    Posicionando-nos como especialistas em saúde, comercializamos planos de serviços médicos e seguros de saúde adaptados a toda a população (particulares e empresas). Através de uma estratégia multicanal procuramos servir de forma individualizada o Cliente Final, atendendo às suas condições financeiras e de saúde. Numa lógica de B2B2C, no caso dos nossos Clientes Institucionais, e de B2C através da nossa marca Saúde Prime.
  5. FH Saúde Digital: Soluções centradas no cliente
    Desenvolvemos e implementamos soluções de saúde digital centradas no cliente, no sentido de promover a saúde, prevenir e diagnosticar precocemente a doença. Constituímos a Future Healthcare Virtual Clinic (FHVC) que, através da vídeo-consulta e de outras ferramentas digitais, que estendem a capacidade clínica à distância, oferece um acompanhamento multidisciplinar integrado que promove a autonomia do cliente. Mais próximos e acessíveis, melhoramos a experiência do cliente.

O compromisso da Future Healthcare com a inovação e a transformação do setor é evidente em cada serviço que oferece. Ao combinar tecnologia, uma gestão de risco sólida e um modelo de distribuição eficiente, a empresa continua a caminhar para um futuro mais sustentável na gestão de Planos de Serviços Médicos, Seguros de Saúde e outros Sistemas de Saúde.

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Sessão do BES marcada pela gravação de Pedro Queiroz Pereira e audição de Ulrich

  • Lusa
  • 22 Outubro 2024

Pedro Queiroz Pereira morreu em 2018, depois de ter entrado em conflito com Ricardo Salgado e de ter contribuído para a queda do ex-banqueiro, ao expor os problemas nas contas do Grupo Espírito Santo.

A sessão do julgamento do processo BES/GES agendada para esta terça-feira no Juízo Central Criminal de Lisboa será marcada pela audição do depoimento do falecido empresário Pedro Queiroz Pereira, em julho de 2018, e pela inquirição do banqueiro Fernando Ulrich.

O arranque dos trabalhos pelo coletivo presidido pela juíza Helena Susano está marcado para as 09h30, naquela que é a única sessão desta semana, e o testemunho do antigo líder da Semapa deve durar cerca de duas horas e meia.

Pedro Queiroz Pereira morreu em 2018, depois de ter entrado em conflito com Ricardo Salgado e de ter contribuído para a queda do ex-banqueiro, ao expor os problemas nas contas do Grupo Espírito Santo (GES).

“O conflito com Pedro Queiroz Pereira saldou-se numa disputa judicial em que foi colocado em destaque uma possível viciação das contas das holdings do GES, facto que, em termos hipotéticos, foi revelado à supervisão bancária no segundo semestre de 2013”, realçou o MP na acusação do processo proferida em 2020.

Já de tarde deve ser ouvido o presidente do conselho de administração do BPI (chairman), Fernando Ulrich. O banqueiro, então presidente executivo do BPI, chegou a defender publicamente que as autoridades deviam ter atuado mais cedo face aos problemas no GES.

Ulrich visou, nomeadamente, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Banco de Portugal (BdP) e o Governo, acrescentando que essa ação deveria ter chegado ainda em 2012, a fim de tentar evitar o que viria a ser a ruína do grupo.

O antigo presidente do BES, Ricardo Salgado, é o principal arguido do caso BES/GES e responde em tribunal por 62 crimes, alegadamente praticados entre 2009 e 2014.

Entre os crimes imputados contam-se um de associação criminosa, 12 de corrupção ativa no setor privado, 29 de burla qualificada, cinco de infidelidade, um de manipulação de mercado, sete de branqueamento de capitais e sete de falsificação de documentos.

Além de Ricardo Salgado, estão também em julgamento outros 17 arguidos, nomeadamente Amílcar Morais Pires, Manuel Espírito Santo Silva, Isabel Almeida, Machado da Cruz, António Soares, Paulo Ferreira, Pedro Almeida Costa, Cláudia Boal Faria, Nuno Escudeiro, João Martins Pereira, Etienne Cadosch, Michel Creton, Pedro Serra e Pedro Pinto, bem como as sociedades Rio Forte Investments, Espírito Santo Irmãos, SGPS e Eurofin.

Segundo o MP, a derrocada do GES terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.

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