O dia em direto nos mercados e na economia – 12 de julho

  • ECO
  • 12 Julho 2024

Ao longo desta sexta-feira, 12 de julho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Lusocargo reforça ligação à “placa giratória” do comércio europeu

A transitária portuguesa, comprada pelo grupo BBL, vai aumentar a sua ligação aos Países Baixos, nomeadamente ao Porto de Roterdão, uma importante ponte para os EUA e para a Ásia.

A Lusocargo, um dos maiores transitários do país, vai reforçar a sua ligação rodoviária aos Países Baixos, um dos principais mercados da empresa, através de uma parceria a empresa de transporte líder no país, a Van Duuren. Através desta aliança, a companhia vai aumentar a ligação àquela que é considerada a “placa giratória” do comércio europeu, de onde saem mercadorias para a Ásia e para os EUA.

A parceria com a empresa neerlandesa vai permitir à Lusocargo oferecer serviços logísticos e de transporte otimizados, assegurando uma entrega mais frequente e fiável das mercadorias entre ambas as geografias.

Esta aposta na sexta maior economia da União Europeia, um dos principais mercados da empresa portuguesa, é especialmente importante, dado o elevado nível de abertura ao exterior, com os Países Baixos a representarem um importante hub de transporte, nomeadamente através do porto de Roterdão, o maior da Europa, considerado uma placa giratória do comércio europeu, conforme adiantou a empresa ao ECO.

Apenas entre janeiro e abril de 2024, as exportações portuguesas para este mercado representaram mais de 850 milhões de euros. “Com a possibilidade de conexões diárias, tanto para Lisboa como do Porto, as importações e exportações que contarem com este serviço expresso de grupagem para transporte rodoviário de mercadorias ficam disponíveis num portal de tracking, de acesso online e intuitivo”, adianta uma nota, acrescentando que “a integração de tecnologias inovadoras vai permitir aumentar a eficiência operacional, reduzir os custos e melhorar a satisfação geral das empresas.”

“Estamos entusiasmados por unir forças com a Van Duuren nesta parceria estratégica. A expertise comprovada e recursos combinados reforçarão, sem dúvida, o relacionamento comercial contínuo e eficiente com os Países Baixos, um centro de distribuição de bens e capitais, especialmente da Ásia e EUA, que está no “top 10” das exportações nacionais. Representa, dessa forma, um mercado essencial para todas as empresas que pretendem intensificar a sua internacionalização”, refere João Silva, diretor-geral da Lusocargo.

A parceria tem como principais objetivos fortalecer as rotas comerciais, simplificar as operações logísticas e promover o crescimento económico entre os dois mercados, diz a empresa que tem atualmente em Espanha, Alemanha, França, Itália, Países Baixos, Turquia e Reino Unido os seus principais mercados.

Com cerca de 200 trabalhadores, o transporte rodoviário representa o core da atividade da Lusocargo, “desdobrando-se na importação, exportação e no transporte a nível nacional, sendo, atualmente, 86% da faturação anual”, explica João Silva, em declarações ao ECO.

Com a Europa a atravessar um momento de alguma instabilidade, o responsável explica que “é também pela visão do transporte rodoviário de mercadorias que podemos deparar-nos com um espelho do clima económico global.” “Ligamos, principalmente, empresas a empresas, ao largo de toda a Europa, pelo que a incerteza sobre que decisões serão tomadas a nível político desempenham bastante influência na forma como as empresas atuam, mas, principalmente, no modo como antecipam os próximos ciclos”, nota.

“Economias abertas ao exterior desempenham mais efeitos positivos do que negativos nos negócios e nas comunidades, pelo que os sinais de protecionismo a que temos vindo a assistir são sempre preocupantes”, alerta João Silva.

Fundada em 1984 e integrada no Gropo BBL, a Lusocargo dispõe de espaços físicos no Porto, Mealhada, Lisboa e Pombal, em áreas totais de 20.000 m² de armazéns e 5.000 m² de escritórios. “Com a integração no Grupo BBL, a Lusocargo ambiciona reforçar a sua capacidade, otimizando a qualidade e eficácia do serviço prestado aos seus clientes e que reforcem a posição da empresa como um dos líderes de mercado na organização do transporte internacional, nacional, logística e despachos aduaneiros”, realça o diretor-geral da transitária.

“O Grupo BBL está ativo em 20 países, principalmente na Europa, mas também no Brasil, EUA e México, e permanentemente atento a novas oportunidades de desenvolvimento da sua atividade“, remata.

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Faculdade de Economia do Porto testa inteligência artificial com chatbot, novas salas e cursos

Novo chatbot para apoio ao estudo vai ser lançado no próximo ano letivo na Faculdade de Economia da Universidade do Porto, que aposta na inteligência artificial também com novas salas e cursos.

A Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) vai avançar no próximo ano letivo com um projeto-piloto para integrar a inteligência artificial (IA) no ensino superior, ao abrigo de um projeto financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e que será igualmente testado noutras instituições de ensino do Norte do país, como a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e o Instituto Politécnico do Porto.

Em fevereiro de 2025, no segundo semestre do próximo ano letivo, e a começar por dez unidades curriculares de diferentes áreas de estudo, perto de 500 estudantes vão começar a utilizar um chatbot desenvolvido com inteligência artificial generativa. Na prática, em cada disciplina, o docente pode carregar os documentos necessários para a criação de uma base de conhecimento que depois pode ser utilizada pelos alunos e também por docentes e investigadores.

Como funciona o chatbot?

Desenvolvida pela tecnológica portuense Armis, esta ferramenta já está a ser testada internamente na FEP. Nuno Moutinho, coordenador da inovação pedagógica, explica ao ECO que “cada docente vai fazer o upload do material e criar a sua base de conhecimento”. “Os alunos já estão a usar a IA, mas não estão a usar fontes credíveis. Estão entregues a eles próprios. Com esta ferramenta sabem que todas as fontes de conhecimento são validadas pelo docente”, completa.

Os alunos passam a ter uma espécie de tutor pessoal e que interage em várias línguas, o que é uma ajuda enorme para os estudantes internacionais. (…) A ideia é ser usado sobretudo em estudo autónomo, mas pode ser usado também em trabalhos de grupo ou em dinâmicas presenciais na sala de aula, pois os professores vão ter acesso a informação agregada e várias métricas, como os conceitos em que os alunos têm maiores dificuldades”, descreve.

Os alunos já estão a usar a Inteligência artificial, mas não estão a usar fontes credíveis. Estão entregues a eles próprios. Com esta ferramenta sabem que todas as fontes de conhecimento são validadas pelo docente.

Nuno Moutinho

Coordenador da inovação pedagógica da FEP

O que vai acontecer a seguir a este projeto-piloto, que conta com um financiamento próximo de 250 mil euros? “O objetivo é estudar o que foi feito, criar guiões. No fundo, termos um género de um manual de boas práticas de como é que a IA pode ser usada. Vai haver um estudo completo sobre como é que resultou esta experiência, as áreas em que funciona melhor e outras em que pode ser melhorado, e avaliar as várias formas pedagógicas como pode ser usado, do ponto de vista dos professores e dos alunos”, responde Moutinho.

Novos cursos e salas para integrar IA no ensino

Nas últimas semanas, a Universidade do Porto viu também aprovado outro projeto do PRR, no valor de 225 mil euros, para dar formação na área da inteligência artificial e de business inteligence. Os primeiros dois cursos começam já em setembro, estando previsto, no âmbito do chamado STEAMUP, abranger cerca de 320 pessoas durante os dois anos de execução deste projeto.

“Estes cursos são dirigidos a profissionais que estão no mercado de trabalho e têm formação de base noutras áreas, e que precisam de competências digitais e de um upgrade nestas duas áreas. No fundo, é o contributo da academia para capacitar o tecido empresarial português”, ilustra Nuno Moutinho, especialista em economia dos media, que lidera a equipa que trabalha o tema da IA na FEP e que integra também Bruno Veloso (especialista em sistemas de informação) e Mafalda Teles Roxo (especialista em uso de tecnologia nas ciências empresariais).

A primeira sala do FEP Innovation Hub entrou em funcionamento em janeiro de 2024. Faculdade de Economia da Universidade do Porto

Por outro lado, depois de ter inaugurado em janeiro deste ano a primeira sala flexível para integrar a inteligência artificial no ensino, em parceria com a Microsoft e com tecnologia de ponta para apoio às aulas em modo presencial, à distância ou híbrido, a faculdade nortenha vai promover mais espaços criativos neste FEP Innovation Hub, “permitindo a estudantes e a executivos que frequentam mestrados experimentarem tecnologias emergentes que têm o potencial de transformar as organizações”.

Com estes dois projetos financiados pela bazuca europeia, sublinha o diretor da Faculdade de Economia do Porto, Óscar Afonso, o objetivo é “ajudar as organizações portuguesas na capacitação dos seus recursos humanos e preparar estudantes de Economia e Gestão para um mundo global, em que a tecnologia provoca constantes disrupções na sociedade e no contexto económico”.

Óscar Afonso, diretor da Faculdade de Economia do Porto, em entrevista ao ECO - 17MAI23
Óscar Afonso, diretor da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP)Ricardo Castelo/ECO

Além de passar a ser um Certified Authorized Training Center (CATC), um centro em que profissionais e estudantes podem obter certificações pela Microsoft, pela Meta ou pelo Project Management Institute, a Faculdade de Economia do Porto estabeleceu ainda um novo protocolo de cooperação com o Knightsbridge Examination and Training Centre, apresentado como o primeiro centro platinum de Cambridge English em Portugal.

Este acordo prevê a realização dos exames de proficiência em inglês sem necessidade de deslocação, o acesso gratuito a serviços de aconselhamento especializado que ajudem a preparar as suas carreiras internacionais, ou descontos especiais em serviços relacionados com a certificação do inglês. Cada estudante que ingressar nas licenciaturas de Economia e Gestão no próximo ano letivo receberá ainda um voucher gratuito para aferir online o seu nível de inglês.

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Governo negoceia com Bruxelas aumento da despesa líquida. O que está em causa?

Despesa primária estrutural e PIB potencial são dois pontos centrais nas negociações entre os técnicos das Finanças e da Comissão Europeia. Governo confiante que país está numa posição confortável.

As negociações entre o Governo português e a Comissão Europeia sobre o plano orçamental estrutural de médio prazo arrancam em duas semanas, mas o Executivo está confortável com a trajetória de referência indicada a Portugal.

A trajetória de referência ainda não é pública, uma vez que é precisamente sobre esse indicador que as negociações entre os serviços técnicos do Ministério das Finanças e do executivo comunitário se vão iniciar, contudo, segundo fonte próxima do processo, os números sobre a despesa líquida primária e o Produto Interno Bruto (PIB) potencial — centrais na negociação — deixam o país numa posição confortável para atingir as metas.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, numa audição regimental no Parlamento, garantiu que a trajetória que o Governo prevê “para a despesa é consistente com o que a Comissão Europeia considera ser o ponto crítico”.

A trajetória de referência enviada pela Comissão Europeia ao Governo português é baseada no risco, sendo expressa em termos de despesas líquidas plurianuais para os Estados-membros. Todos os países com défices orçamentais superiores a 3% do PIB ou um rácio da dívida pública acima dos 60% recebem esta indicação, que é diferenciada para cada Estado, mas, com o objetivo de simplificar o quadro orçamental europeu, o indicador operacional será único e baseado na sustentabilidade da dívida.

Um dos primeiros pontos de negociação entre os serviços técnicos das Finanças e os do executivo comunitário será, então, sobre a estimativa da despesa primária estrutural, isto é, a despesa primária deduzida de operações one-off e da componente cíclica da despesa. Segundo fonte próxima do processo, a despesa será calculada como uma média a quatro anos (período do plano), tendo como ponto de partida o ano de 2024. Ao ser uma média, estabelece que se num ano a despesa for mais elevada, no ano seguinte terá de ser mais reduzida. Sendo calculada em percentagem do PIB, será também influenciada pelo crescimento da economia.

Na prática, se o Governo carregar mais na descida de impostos em 2025 terá de adotar uma postura mais ligeira nos anos seguintes, segundo fonte ouvida pelo ECO. A prioridade é que o país mantenha, pelo menos, ligeiros excedentes orçamentais, não deixando a despesa líquida derrapar.

Outro indicador central nas negociações será a previsão do PIB potencial, que terá de ser coerente com a redução da dívida pública. No Governo acredita-se que, provavelmente, Bruxelas será mais exigente com Portugal sobre as previsões deste indicador do que sobre a despesa primária.

No Programa de Estabilidade 2024-2028, o Governo prevê (num cenário de políticas invariantes) um crescimento do PIB potencial de 2,2% em 2024, de 2,1% em 2025, de 2% em 2026, de 1,8% em 2027 e de 1,7% em 2028.

De acordo com uma análise do think-tank Bruegel, divulgada no final de junho, a previsão é de que Portugal registe um saldo primário estrutural de 2,2% este ano, sendo 2,6% a percentagem que satisfazia todos os critérios, e irá ter de fazer um ajuste orçamental médio de 0,09% no caso de um plano a quatro anos ou de 0,54% num plano a sete anos.

O plano será negociado durante o verão e, segundo Miranda Sarmento, entregue até 15 de outubro à Comissão Europeia. A data de entrega pelo Estados-membros para o primeiro bloco de planos de quatro anos está prevista para 20 de setembro, mas o prazo pode ser prolongado, por acordo entre a Comissão Europeia e o Estado-membro, por “um período razoável”, desde que de forma justificada, de acordo com o regulamento. Neste caso, até 15 de outubro, em conjunto com o envio da proposta orçamental.

No caso de um Estado-membro não apresentar o primeiro plano estrutural orçamental de médio prazo dentro do prazo, o artigo 19.º do regulamento especifica que o Conselho deve — sob recomendação da Comissão — recomendar ao Estado-membro em causa que a trajetória de referência emitida pela Comissão (em regra) sirva como a trajetória líquida das despesas do Estado-membro, recordou um porta-voz da Comissão Europeia ao ECO.

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Colep passa a controlar fabricante espanhola de embalagens de alumínio

Dois anos após comprar uma participação de 40% na ALM, entrando no mercado dos aerossóis de alumínio, o grupo de Vale de Cambra concretiza a aquisição dos restantes 60% à família Massanet.

A portuguesa Colep Packaging vai passar a controlar a ALM Envases, produtora espanhola de aerossóis de alumínio. Dois anos após comprar uma participação de 40%, que lhe permitiu entrar neste segmento de mercado, a empresa de Vale de Cambra concretiza agora a aquisição dos restantes 60%.

O acordo com a família Massanet, que geria a empresa localizada na região de Barcelona desde que foi fundada em 1986, foi assinado na quarta-feira. Sem revelar o valor do negócio, a subsidiária do grupo RAR, que emprega cerca de 630 pessoas em Portugal, Espanha, Polónia e México, espera que a ALM atinja vendas superiores a 16 milhões de euros no final deste ano.

Esta operação, em conjunto com a recente entrada no México, reafirma a nossa visão relativamente ao segmento de aerossóis e integra-se na estratégia de crescimento da empresa.

Paulo Sousa

CEO da Colep Packaging

Como o ECO adiantou, concretizada a aquisição a 100%, a Colep Packaging vai avançar agora com um investimento superior a 15 milhões de euros para renovar as infraestruturas e duplicar até 2026 a capacidade de produção de aerossóis de alumínio nesta unidade industrial na Catalunha, que fornece às indústrias alimentar, de bebidas, cosmética, cuidados pessoais e cuidados domésticos.

“Temos a perspetiva de fazer crescer este negócio que, quando comprámos, faturava 10 milhões de euros e tinha 45 trabalhadores. Tinha uma dimensão reduzida, mas permitiu-nos entrar num nicho de mercado e com uma tecnologia [impressão digital] que traz uma proposta de valor diferente ao mercado”, salientou Paulo Sousa, CEO da Colep Packaging.

Com esta alteração acionista, David Massanet deixará de ocupar o cargo de presidente executivo da empresa espanhola. Fonte oficial da Colep Packaging esclarece ao ECO que “nesta fase de transição haverá uma equipa de gestão local interina e, em breve, será recrutado um plant manager, à semelhança do que acontece nas outras fábricas” do grupo.

Esta aposta na ALM faz parte de um pacote de investimentos industriais a rondar os 50 milhões de euros que a multinacional fundada há quase 60 anos pelo histórico empresário Ilídio Pinho tem em carteira, que inclui também a construção de uma fábrica no México (Querétaro) e a expansão e modernização das restantes unidades industriais em Portugal (Vale de Cambra), Espanha (Navarra) e Polónia (Kleszczów).

Reportagem na Colep Packaging - 09FEV24
Paulo Sousa, CEO da Colep PackagingRicardo Castelo/ECO

O CEO da Colep Packaging salienta que esta segunda operação no país vizinho, em conjunto com a recente entrada no México em parceria com o argentino Envases Group, “reafirma a visão” da empresa relativamente ao segmento de aerossóis, um mercado que nos últimos dois anos registou um crescimento global anual superior a 6%, alcançando 10 mil milhões de unidades produzidas por ano.

Por outro lado, acrescenta Paulo Sousa, 48 anos, “integra-se na estratégia de crescimento da empresa”, que passou ainda pelas mãos de um fundo de George Soros e do BES antes de ser comprada pelo grupo RAR no início do século. No ano passado, a Colep Packaging viu as vendas caírem para 128 milhões de euros (-14% em termos homólogos) e registou um EBITDA de 25 milhões de euros.

Criada em 1965 como resultado da emancipação empresarial do comendador Ilídio Pinho face à família, a Colep (abreviatura de Costa Leite e Pinho) começou por fabricar embalagens metálicas para bolachas – o primeiro cliente foi a antiga fábrica da Triunfo, de Coimbra – e evoluiu depois também para o enchimento dos produtos.

Foi no verão de 2021 que a holding liderada por Nuno Macedo Silva e que inclui outros negócios, que vão desde o açúcar às saladas (Vitacress), concretizou a cisão das duas unidades de negócio. Na sequência dessa operação, a antiga Colep Portugal passou a designar-se Colep Consumer Products – nos últimos anos fechou duas fábricas na Alemanha e abandonou a produção no Brasil –, enquanto esta área de embalagens assumiu a designação Colep Packaging.

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Dos professores aos guardas prisionais, os acordos que o Governo já assinou em três meses

Maio foi sinónimo de acordo "histórico" com os professores. Em junho, o entendimento foi com os funcionários judiciais. E este mês com os polícias e guardas prisionais. Forças armadas devem seguir-se.

Nos 100 dias que se passaram desde que o Governo de Luís Montenegro tomou posse, já houve tempo para fechar vários acordos no seio da Função Pública. Maio foi marcado pelo entendimento “histórico” com os professores; junho pelo acordo com os funcionários judiciais após 18 meses consecutivos de conflito social; E julho pelos acordos com os polícias e os guardas prisionais.

O primeiro-ministro já sinalizou que as Forças Armadas serão a próxima prioridade, sendo que também já há reuniões com os sindicatos que representam os médicos e os enfermeiros. Ainda assim, para a globalidade da Função Pública, o Executivo já fez saber que a porta está fechada quanto a aumentos salariais intercalares.

Ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, e Secretárias de Estado da Administração Pública, Marisa Garrido, e Adjunta e da Justiça, Maria Clara Figueiredo, com os sindicatos dos guardas prisionais, Lisboa, 10 julho 2024

Comecemos pelo acordo mais recente. Ainda esta semana, o Ministério da Justiça e três sindicatos do corpo da Guarda Prisional chegaram a acordo para um aumento faseado do suplemento por serviço. A partir deste mês, aplica-se uma subida de 200 euros, aos quais se somam um aumento de 50 euros a partir de janeiro de 2025 e de mais 50 euros a partir de janeiro de 2026.

Ou seja, o suplemento por serviço dos guardas prisionais subirá 300 euros até 2026, medida cujo impacto orçamental ainda não foi relevado. O ECO questionou o Ministério da Justiça sobre essa matéria, que remeteu para o Ministério das Finanças. Este, por sua vez, não avançou o montante até à publicação deste artigo.

De notar que o suplemento não é a única matéria que os guardas prisionais querem discutir com o Governo. Vai ainda ser negociada a revisão do sistema de avaliação — há uma reunião marcada para 24 de julho –, bem como a indexação do suplemento ao ordenado do diretor nacional da Polícia Judiciária e a tabela remuneratória — essas matérias serão debatidas num encontro que já ficou prometido para janeiro do próximo ano.

“Vamos continuar a conversar, porque temos muito a fazer para valorizar os profissionais que prestam um serviço imprescindível ao nosso sistema prisional”, sublinhou a ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice.

E poucos dias antes deste entendimento, um outro acordo foi fechado pelo Governo, dessa vez entre o Ministério da Administração Interna e os polícias (três sindicatos da PSP e duas associações socioprofissionais da GNR).

Também esse entendimento teve como foco principal o suplemento paga a estes trabalhadores, e foi acordado, em linha com o previsto para os guardas prisionais, um reforço faseado de 300 euros.

Ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, e Secretária de Estado da Administração Pública, Marisa Garrido, no anúncio do acordo com as estruturas representativas da PSP e da GNR, Lisboa, 9 julho 2024António Cotrim/Lusa

Importa explicar que o suplemento de risco dos agentes e guardas é composto por duas variáveis: a variável, que corresponde a 20% do ordenado base; E a fixa, que é um valor certo. Até aqui, essa última componente valia 100 euros, mas subirá agora para 300 euros. Aumentará, depois, em mais 50 euros em 2025, e em mais 50 euros em 2026, atingindo 400 euros.

Este acordo abrange 45 mil agentes da PSP e guardas da GNR (ou seja, não a totalidade destes funcionários, porque há vários sindicatos que não assinaram), tendo o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, adiantado numa audição parlamentar que terá um custo de cerca de 150 milhões de euros por ano.

Além do suplemento, ficou acordado também rever ao longo de 2025 o estatuto das carreiras destes profissionais, o regime remuneratório e a tabela dos serviços remunerados. “O trabalho de revisão vai ser longo, porque há muitas matérias para rever“, sublinhou a ministra Margarida Blasco.

Já no início de junho, o Ministério da Justiça tinha chegado a um entendimento com o Sindicato dos Funcionários Judiciais para a melhoria das remunerações, com um aumento do suplemento de recuperação processual. Essa componente salarial passou, assim, de 10% da retribuição base para 13,5%, e é agora paga nos 12 meses do ano, em vez dos anteriores 11 meses.

Mais, o suplemento passou a ser aplicado aos trabalhadores em fase inicial de carreira e a todos os trabalhadores que tenham avaliação de desempenho positiva. Passou também a ser considerado para o apuramento da retribuição em situação de doença.

“O Governo congratula-se com a obtenção deste acordo, após 18 meses consecutivos de conflito social, o que vai permitir maior celeridade na área da Justiça“, sublinhou o Executivo de Luís Montenegro, que se comprometeu também a dar início em breve aos trabalhos de revisão do estatuto dos funcionários judiciais.

300 milhões para os professores

O ministro da Educação e Ciência Fernando Alexandre.Lusa

Depois de anos de contestação, os professores conseguiram, por fim, em maio que o Governo acedesse a recuperar o tempo de serviço que ainda não tinha conseguido ver contado desde o período de congelamento da troika. O decreto-lei que concretiza esse acordo recebeu “luz verde” esta quinta-feira em Conselho de Ministros.

O entendimento considerado “histórico” por políticos e sindicatos prevê a recuperação desses seis anos, seis meses e 23 dias em quatro grandes tranches: 25% em setembro deste ano, 25% em julho do próximo ano, 25% em julho de 2026 e 25% em julho de 2027.

No ano em que a totalidade do tempo estiver recuperada, o custo líquido desta medida será de 300 milhões de euros, de acordo com as contas do Governo. Convém esclarecer que, apesar de vários sindicatos terem ficado de fora deste acordo (incluindo a Fenprof), todos os docentes vão recuperar o tempo de serviço.

De acordo com os dados disponibilizados ao ECO, com este acordo mais de 91 mil docentes vão alcançar o topo da carreira até julho de 2027, mais do dobro do que aqueles que estão atualmente nos últimos quatro escalões. Nesses patamares, o salário bruto mensal oscila entre 2.658 euros e 3.613 euros.

Forças Armadas também querem negociar

O primeiro-ministro, Luís Montenegro.MANUEL FERNANDO ARAÚJO/LUSA

Professores, polícias, guardas prisionais, e funcionários judiciais já têm acordos firmados com o Governo. Que funcionários públicos se seguem? No início desta semana, o primeiro-ministro sinalizou que, após o acordo com as forças de segurança, seriam encetadas negociações com as Forças Armadas, cujos sindicatos já mostraram vontade para tal.

“Não temos capacidade para ir a todos ao mesmo tempo, mas temos de ir estabelecendo prioridades“, sublinhou Luís Montenegro, que explicou que continuarão, então, a ser promovidas negociações com vários setores da Administração Pública.

A propósito, na Saúde, tanto médicos como enfermeiros já têm também aprovados os protocolos para a negociação, estando já marcadas reuniões para este mês.

No caso dos primeiros, o Sindicato Independente dos Médicos e o Ministério da Saúde chegaram a acordo quanto ao protocolo negocial no início deste mês, e este inclui uma das principais reivindicações dos profissionais: a grelha salarial. As negociações especificamente sobre este tema serão feitas até 31 de março do próximo ano, mas já está assente que qualquer acordo terá repercussões a 1 de janeiro de 2025.

Nas negociações, os médicos vão também discutir a avaliação de desempenho, o descanso compensatório, o horário e a eliminação de burocracias. A próxima reunião está marcada para a próxima semana, no dia 17 de julho.

No final de 2023, o SIM assinou um acordo intercalar que previu a revisão das grelhas salariais em 15%. A meta do sindicato era 30%, para compensar a perda de poder de compra dos último anos.

Já no caso dos enfermeiros, também foi assinado um protocolo negocial com o Ministério da Saúde no início deste mês e a primeira reunião acontecerá já a 18 de julho.

Além dos salários — os sindicatos tinham a expectativa de ter já recebido do Governo a proposta da grelha salarial, mas tal não aconteceu –, vai ser discutida a organização do tempo de trabalho. Os sindicatos já avisaram que não aceitam aumentos inferiores a 400 euros nas negociações que se vão iniciar.

Um “não” aos aumentos intercalares

Da esquerda para a direita, Helena Rodrigues, do STE, José Abraão, da FESAP, e Sebastião Santana, da Frente Comum.

Além das negociações setoriais, o Governo tem também promovido reuniões com as estruturas sindicais que representam a globalidade dos funcionários públicas. As carreiras e a avaliação de desempenho têm sido dois dos grandes temas destacados pelos sindicatos, além dos salários.

A propósito, os representantes dos funcionários públicos chegaram a defender aumentos intercalares, para recuperar o poder de compra dos trabalhadores do setor público, mas receberam do Governo sinais de que tal não acontecerá. “Não há abertura por parte do Governo” para avançar, ainda este ano, com um aumento intercalar dos salários de todos os funcionários públicos em 15% com um mínimo de 100 euros, disse o coordenador da Frente Comum, Sebastião Santana, à saída de uma reunião no Ministério das Finanças.

Ainda assim, o Executivo tem mostrado abertura para cumprir o acordo plurianual que foi assinado por duas das três estruturas sindicais ainda com o Governo de António Costa. Quer isto dizer que todos os funcionários públicos poderão contar com aumentos de, pelo menos, 2% em janeiro do próximo ano.

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5 coisas que vão marcar o dia

A ​​Princesa das Astúrias visita Portugal, o ministro da Agricultura e Pescas é ouvido em audição na AR e a Deloitte abre escritório em Braga. Estes são os principais destaques desta sexta-feira.

No dia em que a ​​Princesa das Astúrias visita Portugal, a convite de Marcelo Rebelo de Sousa, o ministro da Agricultura e Pescas será ouvidos pelos deputados na Assembleia da República e a Deloitte inaugura um escritório em Braga. Esta sexta-feira também são conhecidos os lucros da banca nos EUA.

​​Princesa das Astúrias visita Portugal

A convite do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a herdeira do Rei Felipe VI de Espanha desloca-se em viagem oficial, pela primeira vez, a Portugal. A princesa das Astúrias e a comitiva que a acompanha participam numa cerimónia de deposição de uma coroa de flores no túmulo de Luís de Camões, no Mosteiro dos Jerónimos. Segue-se depois a cerimónia de boas-vindas à princesa Leonor, no Palácio de Belém, com honras militares, e onde será recebida pelo Presidente da República.

Lucros da banca nos EUA

O grupo bancário norte-americano Citigroup e o banco de investimento JP Morgan apresentam esta sexta-feira resultados relativos ao segundo trimestre.

Audição do Ministro da Agricultura e Pescas no Parlamento

A Comissão de Agricultura e Pescas recebe, pelas 9h00 desta sexta-feira, o ministro da tutela José Manuel Fernandes, para falar sobre a política geral geral do Ministério e outros temas da atualidade.

Deloitte inaugura escritório em Braga

Na cerimónia da inauguração participam o secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira, o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, e o CEO e managing partner da Deloitte, António Lagartixo. A Deloitte emprega 455 mil pessoas em todo o mundo e fechou o último ano com um aumento das receitas de 15% para 65 mil milhões de dólares

Greve dos trabalhadores dos CTT

Convocada pelo SNTCT – Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telecomunicações, prossegue a greve dos trabalhadores dos CTT em protesto por melhores condições de trabalho.

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LALIGA afirma que continua a sua luta contra a fraude audiovisual e vence três batalhas judiciais nos tribunais espanhóis

  • Servimedia
  • 12 Julho 2024

A LALIGA emitiu um comunicado no qual destaca que recebeu recentemente "a notificação de três sentenças condenatórias que exemplificam a sua luta pela defesa dos direitos audiovisuais da concorrência.

Segundo o relatório, a primeira delas é uma sentença do 15º Tribunal Penal de Madrid, nº 262/2024, de 27 de junho “que condena dois vendedores de descodificadores fraudulentamente alterados como autores de um crime continuado contra o mercado e os consumidores, impondo a cada um deles uma pena de 6 meses de prisão e 6 meses de multa de 3 euros por dia (540 euros). Para além da multa e da pena de prisão, a sentença condena os arguidos a pagar 20.000 euros de responsabilidade civil à LALIGA e à MEDIAPRO, que actuaram como procuradores privados no processo”.

A segunda condenação teve lugar em Málaga e, de acordo com o comunicado de imprensa, “condena um operador como responsável por um delito contra o mercado e os consumidores com uma pena de prisão de 6 meses e uma multa de 6 euros por dia (1.080 euros). Além disso, a sentença condena o arguido a pagar 15.000 euros de responsabilidade civil à LALIGA, à MEDIAPRO e às TELECOMUNICAÇÕES PÚBLICAS ANDALUZAS”.

A terceira e última teve lugar em Barcelona pelo 28º Tribunal Penal de Barcelona, que “condenou o vendedor de descodificadores fraudulentamente alterados como autor de um crime continuado contra o mercado e os consumidores a um ano de prisão e a uma multa de 5 euros por dia (1.350 euros). Além disso, a sentença condena o arguido a pagar 1.328,63 euros à LALIGA, a título de responsabilidade civil”.

A federação espanhola de futebol assinala que estas sentenças “confirmam a posição da LALIGA perante os delitos de fraude audiovisual que implicam o roubo dos direitos dos Clubes na competição com o consequente risco para a viabilidade futura da Competição”.

Da mesma forma, o órgão presidido por Javier Tebas assinalou que “a LALIGA tem o equipamento, a tecnologia e o conhecimento necessários para enfrentar esta luta”, no entanto, apela a que sejam necessárias “ferramentas legais que permitam bloquear o conteúdo de forma rápida e ágil durante o jogo, e não quando o evento ao vivo já tiver terminado”.

Acrescentou que, no domínio da luta contra a fraude audiovisual, a LALIGA se posiciona como “líder e referência mundial”, prestando “serviços de proteção de conteúdos audiovisuais a empresas como: Wimbledon (Reino Unido), Dorna Sports (Espanha e Itália), A3Media (Espanha), Liga Femenina (Espanha), Pro-League (Bélgica), Sky Sports (México)”.

 

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Empresas impedidas de deduzir IVA de carregadores de automóveis elétricos

Código do imposto não permite abater as despesas com a aquisição e instalação desses equipamentos. Apenas o custo com a eletricidade consumida é dedutível, indica a Autoridade Tributária.

As empresas não podem deduzir o IVA da compra e instalação de carregadores de automóveis elétricos. Apenas o custo com a energia consumida pode ser abatida, segundo uma informação vinculativa da Autoridade Tributária publicada esta semana no Portal das Finanças.

Uma empresa questionou o Fisco se podia deduzir o IVA das despesas com a aquisição de “dois carregadores elétricos que foram instalados na empresa, para carregar as viaturas pertencentes ao ativo da empresa, podendo os mesmos ser utilizado pelas viaturas de funcionários e/ou clientes”, lê-se na mesma nota.

Depois de analisar o código do imposto, a AT explicou que, no âmbito da Fiscalidade Verde, a lei permite a dedução dos custo com “a aquisição de viaturas elétricas”, porém “a aquisição dos referidos carregadores elétricos ainda que diretamente relacionados com veículos elétricos não está contemplada”, de acordo com o n.º2 do artigo 21.º do CIVA, segundo o despacho de 27 de outubro do ano passado, assinado pela diretora de serviços do IVA da AT, Cláudia Afecto Dias, mas só agora divulgado.

Ainda assim, o mesmo artigo do imposto “contempla uma exceção, segundo a qual pode ser deduzido o imposto suportado em ‘despesas respeitantes a eletricidade utilizada em viaturas elétricas ou híbridas plug-in‘”, indica a AT. “Desta forma, apenas o IVA suportado na aquisição de eletricidade utilizada em viaturas elétricas ou hibridas plug-in é passível de direito à dedução” de acordo com a mesma orientação.

Em conclusão, a Autoridade Tributária escreve que estão “excluídos do direito à dedução” “o imposto suportado na aquisição e instalação dos carregadores elétricos”.

“No entanto, o IVA suportado na aquisição de eletricidade para utilização em viaturas elétricas, desde que cumpridos os requisitos gerais do direito à dedução, é dedutível“, ressalva.

O Fisco salienta que, “o direito à dedução deveria, em princípio, contemplar a totalidade do IVA suportado a montante, qualquer que fosse a natureza dos inputs mas, porque esse direito está relacionado com a realização de operações tributáveis, sempre que as aquisições se destinam a operações isentas ou fora do campo de incidência do IVA […] tal direito à dedução não se verifica”.

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Biden engana-se e apresenta Zelensky como “President Putin”

O presidente do Estados Unidos falava no final da cimeira da NATO. Ao apresentar o presidente da Ucrânia, enganou-se e disse "President Putin".

Senhoras e senhores, Presidente Putin“, disse Joe Biden, quando queria apresentar o presidente ucraniano, Volodmyr Zelensky, na final da cimeira da NATO, em Washington.

“Presidente Zelensky. Estou tão concentrado em derrotar o Putin”, disse o presidente americano para se corrigir.

A gafe ocorreu pouco antes de uma conferência de imprensa muito aguardada em que Biden espera aliviar os receios dos colegas democratas de que já não tem capacidade para derrotar o republicano Donald Trump nas eleições de novembro, ou para continuar no cargo de alta pressão durante mais um mandato de quatro anos.

Até ao momento, 13 dos 213 democratas da Câmara dos Representantes e um dos 51 democratas do Senado apelaram publicamente ao Presidente para que se retire da corrida.

A campanha de Biden tem estado sob pressão há duas semanas, desde o seu fraco desempenho no debate contra Trump, o seu rival republicano de 78 anos.

Esta segunda-feira, numa carta dirigida aos democratas do Congresso, Biden recusou, uma vez mais, desistir da reeleição presidencial apelando à união do partido e diz-se comprometido a manter-se na corrida à Casa Branca e a derrotar Donald Trump.

Na missiva, de duas páginas, realçou que foi escolhido por mais de 14 milhões de eleitores democratas e apela para que parem de pressionar para que desista da corrida à Casa Branca. “Qualquer enfraquecimento da determinação ou falta de clareza sobre a tarefa que temos pela frente só ajuda Trump e prejudica-nos. É hora de nos unirmos, avançarmos como um partido unificado e derrotar Donald Trump“, escreveu.

(Notícia atualizada às 23h32)

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Governo lança lista de colocação dos professores

  • ECO
  • 11 Julho 2024

Os professores tem agora até dia 18 de julho para aceitar a colocação.

O ministério da Educação, Ciência e Inovação acaba de lançar, online, a lista de colocação dos professores para o próximo ano letivo 2024/2025. Os professores candidatos têm agora cinco dias, entre os dias 12 e 18 de julho, para aceitar a colocação.

O ministro da pasta, Fernando Alexandre, tinha garantido na segunda-feira que as listas – de admissão, exclusão, colocação, não colocação, de retirados e de desistências, ao concurso interno e do concurso externo – seriam conhecidas ainda esta semana.

“Estamos, em conjunto com todos os serviços do ministério, a fazer o melhor possível para que o planeamento e todas as fases que são necessárias, e são de bastante complexidade, para que o início do ano letivo possa decorrer com o máximo de normalidade”, disse na altura o governante. Na mesma declaração aos jornalista, Fernando Alexandre pediu aos diretores das escolas para fazerem “um esforço” de forma a que as aulas “comecem, efetivamente, no dia 12 de setembro”.

As listas podem ser consultadas aqui.

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FNS2024: “Companhias devem reinventar os seguros e oferecer coisas diferentes”

  • ECO Seguros
  • 11 Julho 2024

Incentivos fiscais, produtos seguradores reinventados e colaboração pública e privada na prevenção da saúde foram alguns dos temas debatidos por importantes distribuidores de seguros. Veja aqui.

Os responsáveis por influentes distribuidoras de seguros pediram mais incentivos fiscais para empresas de modo a que atribuam um seguro de saúde aos trabalhadores, que as companhias devem reinventar os seus produtos e defendem ainda chamar o setor público de saúde a colaborar mais com as seguradoras de forma a existir um papel ativo de todos na promoção da saúde. O painel “Sustentabilidade do ecossistema dos seguros de saúde”, decorreu no 3.º Fórum Nacional de Seguros, uma organização do ECOseguros e da Zest.

O Painel moderado por Rui Costa, Coordenador do Canal Agentes da Saúde Prime, contou com Sofia Oliveira, da área da Saúde, Vida e AP’s na IBK – Mediação de Seguros, Fernando Duarte, diretor-geral da João Mata Corretores e Consultores de Seguros, Pedro Caramez, consultor LinkedIn, vendas e networking, Rui Meireles, diretor de Seguros de Pessoas na MDS Portugal e Paulo Almeida, da comissão de gestão executiva – distribuição Norte da Verspieren Portugal.

Veja o painel na íntegra aqui:

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