Banco polaco do BCP fez provisões de 120 milhões de euros no segundo trimestre

O Bank Millennium constituiu provisões relacionadas com empréstimos hipotecários em moeda estrangeira de cerca de 120 milhões de euros. O banco espera um resultado positivo no segundo trimestre.

O Bank Millennium, o banco polaco do BCP, revelou que as provisões estimadas relacionadas com empréstimos hipotecários em moeda estrangeira ascenderam a 518 milhões de zlótis (cerca de 120,5 milhões de euros) no segundo trimestre do ano, avança, em comunicado publicado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O banco liderado por Miguel Maya revelou ainda que serão constituídas no segundo trimestre provisões de 57 milhões de zlótis, cerca de 13 milhões de euros, para riscos legais relacionados com a carteira de crédito originada pelo Euro Bank, “contudo sem impacto nos resultados líquidos”.

“Assumindo a estimativa preliminar de provisões acima referida e a inexistência de outros eventos inesperados, e tendo em consideração a manutenção dos resultados positivos da atividade core, o Conselho de Administração Executivo espera que o Banco apresente um resultado líquido positivo no segundo trimestre de 2024“, lê-se no comunicado.

Só no dia 26 de julho é que será divulgado, no relatório do primeiro semestre de 2024, o valor final das provisões para riscos legais.

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Resultados do Governo só serão sentidos a longo prazo, avisa Montenegro

Primeiro-ministro diz que não irá usufruir dos resultados das políticas do Governo enquanto exerce funções. Montenegro avança ainda que a política fiscal deve servir como trave mestra da economia.

O primeiro-ministro afirmou que esta quarta-feira que os resultados da política do Governo irão sentir-se sobretudo a médio e longo prazo, ao invés de no imediato, afirmando-se satisfeito com essa possibilidade. Luís Montenegro defendeu ainda que a política fiscal deve servir como um estímulo económico e não meramente como uma fonte de receita.

“Estou muito confiante que aquilo que possa fazer agora, e nos próximos anos, não será objeto de resultado que eu próprio irei usufruir enquanto exerço esta função”, afirmou o líder do Executivo numa conversa com emigrantes portugueses, na conferência “Portugal o país onde vais querer estar”, que decorreu esta quarta-feira na Nova School of Business and Economics, em Carcavelos.

No entanto, garantiu que ficará “muito satisfeito” consigo mesmo se isso vier a concretizar-se. “Mesmo que o resultado de algumas destas políticas venha a revelar-se daqui a dez, quinze anos ou vinte anos, para aqueles que vierem a seguir a nós – ficarei satisfeito que isso venha a acontecer, mais do que ficaria se essa retribuição fosse imediata”.

Perante uma plateia repleta de empresários e alguns estudantes, Luís Montenegro disse querer que a “fiscalidade em Portugal seja um estímulo económico, que seja a trave mestra da política económica”, advogando que os impostos devem ser utilizados para que a economia seja mais competitiva.

“Se for mais competitividade, a base tributável de todos os impostos vai subir”, disse. Para Luís Montenegro, a fiscalidade deve ter a consequência positiva de gerar arrecadação de receita, que “será sempre necessária, em vez da ideia de que a política fiscal responde apenas ao propósito de arrecadar receita para equilibrar as contas públicas”.

O primeiro-ministro defendeu ainda que só “estando na vanguarda” é que o país pode ser competitivo. “Só sendo mais competitivos podemos pagar mais e melhores salários”, apontado como objetivo que o país tenha “maior capacidade de retenção do talento”. Para “os nossos jovens fazer com que saiam cada vez menos e os que saiam possam regressar”, disse.

“O nosso objetivo é ter uma fiscalidade mais amiga da classe trabalhadora e dos jovens em particular”, repetiu. No entanto, considerou que “há aqueles que foram para fora por necessidade, mas há outros que vão por vocação, num contexto, de a nível europeu quase” sem fronteiras.

“Esses portugueses continuam a ser parte da nossa portugalidade, do nosso objetivo comum. A esses quero dizer que espero que sintam a necessidade de ajudar mesmo do lado de fora”, apelou.

Montenegro garantiu ainda que trocava as remessas dos emigrantes por um aumento de investimento que significasse uma maior retenção de talentos. “Trocava a diminuição das remessas dos nossos emigrantes por aumento de investimento que significasse aumento da retenção”, disse, acrescentando que acredita que o país irá conseguir casar o investimento direto estrangeiro com as remessas dos emigrantes.

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“É preciso que os governos que se sucedem mantenham uma linha coerente”, defende Sérgio Sousa Pinto

Oradores na conferência da Associação Business Roundtable Portugal defenderam que o país precisa de mais meritocracia, mais visão estratégica e menos Estado.

“Faço parte dos portugueses cuja aspiração é mandar os filhos lá para fora. Como os faço voltar? É eliminar todos os fatores que os levaram a sair”, afirmou o deputado socialista Sérgio Sousa Pinto, dando o mote para a reflexão na conferência “Portugal o país onde vais querer estar”, que decorre esta quarta-feira na Nova School of Business and Economics, em Carcavelos. Mais crescimento, mais meritocracia, mais visão estratégica, menos Estado e melhor educação foram os caminhos apontados.

Precisamos de um ambiente e negócios mais competitivo, mais saudável e sem partes da economia rentista e dependente dos favores do Estado“, afirmou Sérgio Sousa Pinto. Defendeu também uma maior consistência de políticas. “É preciso ser consistente, que os governos que se sucedem mantenham uma linha coerente que dê continuidade. E a continuidade só existe se existir espírito de compromisso e o compromisso só existe se não existir uma cultura de fação”, disse.

Mafalda Rebordão, co-fundadora do Coletivo Matéria, também defendem que é necessário romper com “a dinâmica em que com a alternância de partidos no poder voltamos a repensar a estratégia”. “Se não houver uma visão para o país é muito difícil os jovens quererem regressar”, afirmou na conferência organizada pela Associação Business Roundtable Portugal.

Mafalda Rebordão, co-fundadora do Coletivo Matéria.

Ricardo Pires, CEO da Semapa, salientou que o país e as empresas precisam de ter “projeto e ambição” para atrair o talento de volta a Portugal. “Os últimos 10 anos foram muito duros para as empresas portuguesas, foi preciso desalavancar, mas vejo muita ambição”, acrescentou.

Para Sérgio Sousa Pinto, “o sistema de incentivos está distorcido. O território da meritocracia não existe. A cunha continua a ser decisiva”. “Só quem está numa posição de grande privilégio é que pode ficar cá por causa do cozido à portuguesa“, afirmou. A co-fundadora juntou que é decisivo para o país “garantir o acesso de todos a ensino de qualidade. Não pode ser um exclusivo de escolas privadas”.

Ricardo Pires salientou a responsabilidade dos líderes. “A meritocracia é muito importante e as lideranças têm de evoluir. Temos a responsabilidade de ter lideranças com capacidade de delegar”, defendeu.

Temos um Estado lento, extremamente burocrático, com muito pouco escrutínio sobre como o dinheiro é usado“, criticou Mafalda Rebordão. “É evidente que o Estado tem um peso excessivo na economia portuguesa, é sugador de recursos e não cria riqueza“, considerou Sérgio Sousa Pinto. “Não podemos viver num sistema apenas redistributivo. Deixemos as forças do crescimento económico funcionar”, apelou.

Ricardo Pires, CEO da Semapa

O CEO da Semapa sublinhou que não se pode pensar apenas nos jovens. “Temos de olhar para o talento mais velho e ter pessoas que passaram por experiências diferentes. A diversidade não é só de género mas também de idades”, afirmou o CEO da Semapa. Na minha experiência profissional não tinha lidado com a inflação até há um ou dois anos”, exemplificou.

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Presidentes da Rússia e China voltam a reunir-se e confirmam sintonia política

  • Lusa
  • 3 Julho 2024

No segundo encontro entre Putin e Xi em menos de dois meses, o presidente russo garantiu que as relações com a China atravessam "o melhor período da sua história".

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, reuniu-se esta quarta-feira no Cazaquistão com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, e com o líder turco, Recep Tayyip Erdogan, confirmando a sintonia com os seus tradicionais aliados. “A interação russo-chinesa nos assuntos mundiais é um dos principais fatores de estabilização na arena internacional”, argumentou o líder russo durante a reunião com o seu homólogo chinês, à margem da cimeira da Organização de Cooperação de Xangai (OCS).

Este é o segundo encontro entre Putin e Xi em menos de dois meses – e o quinto desde o início da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022 – depois do encontro na China em meados de maio, naquela que foi a primeira viagem do líder russo ao estrangeiro após a sua reeleição para um quinto mandato. Putin e Xi têm já marcada nova reunião em outubro próximo, durante a cimeira de líderes dos BRICS, na cidade russa de Kazan.

Antes da reunião em Astana, o Kremlin lembrou que a Rússia e a China cooperam em todas as áreas, “incluindo as mais sensíveis”. O intercâmbio comercial entre Moscovo e Pequim ultrapassou os 200 mil milhões de euros, segundo o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, mas a agenda da reunião não se limitou a matérias económicas.

Já durante o encontro presencial na China, os dois presidentes tinham demonstrado consenso sobre questões globais, como os conflitos na Ucrânia e em Gaza, o multilateralismo e o comércio, marcando distância das posições ocidentais. Putin garantiu que as relações com a China atravessam “o melhor período da sua história”, ao mesmo tempo que insistiu que a cooperação bilateral “não é dirigida contra ninguém” e que Moscovo e Pequim não criam “blocos ou alianças”.

Ambos os líderes voltaram a falar sobre a Ucrânia e concordaram que as discussões sobre uma saída para a crise no leste da Europa que não inclua a Rússia não podem prosperar, segundo o porta-voz do Kremlin. Outra das reuniões que Putin realizou foi com Erdogan, com quem o Presidente russo tencionava reunir-se no início do ano no âmbito de uma visita à Turquia, que acabou por não acontecer.

O Presidente turco encorajou Putin a visitar a Turquia “o mais rapidamente possível”, proposta à qual o líder russo respondeu afirmativamente. Putin referiu-se à cooperação russo-turca no domínio do turismo e lembrou que só no ano passado cerca de sete milhões de russos visitaram a Turquia.

O líder russo reuniu-se ainda também com os líderes do Cazaquistão, Azerbaijão, Mongólia e Paquistão. Na quinta-feira, à margem da cimeira, Putin planeia realizar uma breve reunião com o Presidente em exercício do Irão, Mohammad Mokhber, cujo país se tornou membro da Organização de Cooperação de Xangai em julho de 2023.

A OCS, criada em 2001, é atualmente composta pela China, Índia, Irão, Cazaquistão, Quirguizistão, Paquistão, Rússia, Tajiquistão e Uzbequistão, prevendo-se que a Bielorrússia se torne o seu décimo membro, o que deve ficar firmado nesta cimeira.

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António Rios Amorim distinguido pela ONU pela liderança sustentável

Além do reconhecimento pelo seu trabalho a nível nacional, enquanto SDG Pioneer 2024 em Portugal, António Rios de Amorim será ainda considerado no concurso de âmbito global.

O CEO e presidente da Corticeira Amorim, António Rios de Amorim, foi selecionado como ‘SDG Pioneer 2024 – Portugal’, isto é, pioneiro nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (SDG, na sigla em inglês), na categoria Grandes Empresas. A distinção foi atribuída pela Pacto Global das Nações Unidas (UN Global Compact), uma iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) para encorajar empresas a adotar políticas de responsabilidade social corporativa e sustentabilidade.

Os SDG Pioneers, concurso no âmbito do qual foi atribuído o prémio, é promovido anualmente pela UN Global Compact. O objetivo é distinguir, a nível mundial, os líderes empresariais que seguem uma abordagem baseada nos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU, “definindo metas ambiciosas a nível ambiental, social e de governança”, indica o comunicado enviado à imprensa.

O painel que elegeu António Rios de Amorim é composto por representantes da administração da UN Global Compact Network Portugal, entidades das Nações Unidas, representantes da OIM – Organização Internacional para as Migrações, AdP – Águas de Portugal e Nova SBE – Nova School of Business & Economics.

Além do reconhecimento pelo seu trabalho a nível nacional, enquanto SDG Pioneer 2024, António Rios de Amorim será ainda considerado na ronda global, que identificará os Pioneers Globais UN Global Compact, em setembro de 2024.

Segundo Anabela Vaz Ribeiro, diretora executiva da UN Global Compact Network Portugal, “António Rios de Amorim destaca-se como um visionário na área da sustentabilidade, liderando iniciativas inovadoras que demonstram a sua paixão pela natureza. Sob a sua orientação, tem havido um compromisso contínuo com o desenvolvimento sustentável com o foco particular sobre a sustentabilidade ambiental, demonstrando que é possível aliar crescimento económico com o uso sustentável de recursos. O seu trabalho tem sido decisivo para impulsionar a sustentabilidade no setor, servindo de inspiração para outros líderes e empresas em todo o mundo”.

Sob a liderança de António Rios Amorim, a Corticeira Amorim reduziu em 9,1% no consumo de energia, aumento para 68,3% a utilização de energia renovável controlada e a diminuiu em 8,8% as emissões de dióxido de carbono.

Em paralelo, a empresa informa que reforçou também os seus compromissos na dimensão social, implementou um plano destinado à promoção da igualdade, diversidade e inclusão e reforçou as suas práticas junto das novas gerações, com destaque para o lançamento do Programa Young@Cork, que promove a integração dos jovens, o seu desenvolvimento e a respetiva formação. Ao nível da governança, a Corticeira Amorim afirma ter aumentado a sua independência e transparência em 2023, assegurando uma “gestão responsável e ética”.

António Rios de Amorim é presidente e CEO da Corticeira Amorim desde 2001. Foi presidente da Confederação Europeia de Cortiça entre 2003 e 2010 e, em 2012, terminou o seu terceiro mandato consecutivo à frente dos destinos da APCOR – Associação Portuguesa de Cortiça. Hoje, António Rios de Amorim acumula também a função de Presidente da COTEC Portugal – Associação Empresarial para a Inovação.

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Marisa Liz protagoniza nova campanha da Unicef

  • + M
  • 3 Julho 2024

Para lá da televisão, a campanha vai estar presente em exterior (mupis), rádio, ATM Solidário, direct mail, email marketing, Google Ads, redes sociais e telemarketing. A Starcom é a agência de meios.

A cantora Marisa Liz é protagonista da nova campanha da Unicef Portugal, que tem como objetivo levar água limpa a crianças em situação de vulnerabilidade. A criatividade é da i-Brothers.

Tendo como mote “Água que não dá vida”, a campanha “demonstra o impacto das doenças relacionadas por água contaminada e apresenta as pastilhas purificadoras de água da Unicef como uma das soluções”, refere-se em nota de imprensa.

Sei que sozinha não consigo mudar o mundo, mas juntos conseguimos fazer a diferença. Não podemos desistir de tentar! É este tipo de ações que nos faz acreditar que estamos a lutar pelo que é certo. É o nosso direito e o nosso dever ajudar quem mais precisa e proteger cada criança para que possa crescer de uma forma saudável, livre e rodeada de amor. Obrigada, Unicef, por confiarem em mim para dar voz a esta causa. Estamos juntos por um mundo melhor”, diz Marisa Liz, citada em comunicado.

Já por parte da Unicef, Luísa Motta, diretora de recolha de fundos e parcerias da Unicef Portugal, refere que a colaboração com Marisa Liz nesta campanha é um “passo crucial” para o aumento da consciencialização sobre a crise global da água potável.

“Através da sua participação, esperamos mobilizar o público português para ajudar a transformar a vida de milhares de crianças. O acesso à água limpa é um direito humano fundamental e, juntos, podemos fazer a diferença ao fornecer este recurso essencial às comunidades em situação de vulnerabilidade”, acrescenta.

Contando com transmissão em dez canais de televisão, o anúncio pretende “alertar o público para o facto de muitas crianças não terem acesso a água potável, o que frequentemente resulta em doenças fatais”, lê-se em nota de imprensa.

Além da presença em televisão, a campanha vai estar presente em exterior (mupis), rádio, ATM Solidário, direct mail, email marketing, Google Ads, redes sociais e telemarketing. O planeamento de meios é da Starcom. A produção ficou a cargo da Nuno Correia Photography e da Guel, enquanto a Proud foi a consultora.

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Octávio Lousada Oliveira assume comunicação da Apritel

  • + M
  • 3 Julho 2024

A Apritel também apostou recentemente na M Public Relations para trabalhar a sua assessoria de imprensa e estratégia de comunicação.

Octávio Lousada Oliveira é agora diretor de comunicação da Apritel, associação dos operadores de comunicações eletrónicas.

Licenciado em Ciências da Comunicação e mestrando em Ciência Política no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, Octávio Lousada Oliveira foi assessor de imprensa da Iniciativa Liberal entre 2022 e 2024.

O percurso profissional foi iniciado na SIC, tendo passado pelo Record, Rádio Zero, Diário de Notícias, Sábado, Visão e Expresso. Foi ainda diretor do semanário Novo.

A Apritel, que representa cerca de 4% do PIB nacional e mais de 13 mil postos de trabalho diretos, escolheu recentemente na M Public Relations para trabalhar a sua assessoria de imprensa e estratégia de comunicação.

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Grandes Opções do Plano. Governo prevê gastar 9,4 mil milhões de euros em novas medidas só este ano

Até 2028, a fatura global deverá atingir cerca de 58 mil milhões em redução de impostos, benefícios para os jovens ou descongelamento da carreira docente. Apenas um quarto sai dos cofres do Estado.

O Governo de Luís Montenegro prevê gastar, só este ano, 9,4 mil milhões de euros em novas medidas de política como a redução de impostos, benefícios fiscais para os jovens, aumento do Complemento Solidário para Idoso (CSI) ou descongelamento da carreira dos professores. A despesa para 2024 representa apenas 16% da fatura global para a legislatura, que deverá chegar aos 57,9 mil milhões de euros, segundo a proposta das Grandes Opções do Plano (GOP) 2024-2028, que o Executivo enviou à Assembleia da República.

No documento, o Governo estabelece seis “desafios estratégicos”, que “correspondem às orientações e escolhas fundamentais de política pública económica, social, ambiental e territorial até 2028:

  1. Um país mais justo e solidário;
  2. Um país mais rico, inovador e competitivo;
  3. Um país com um Estado mais eficiente;
  4. Um país mais democrático, aberto e transparente;
  5. Um país mais verde e sustentável;
  6. Um país mais global e humanista.

Para cumprir estes seis objetivos, nos próximos quatro anos, o Executivo inscreveu uma despesa global de 57.934 milhões de euros, dos quais 9,4 mil milhões serão gastos este ano, 13,1 mil milhões em 2025, 15,7 mil milhões em 2026, 10,2 mil milhões em 2027 e 9,5 mil milhões em 2028.

Fonte: Grandes Opções do Plano 2024-2028

“As prioridades de investimento constantes da Lei das Grandes Opções são compatibilizadas no âmbito do Orçamento do Estado para 2025”, lê-se na proposta do Governo, rubricada pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, e ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte.

Para financiar o conjunto de medidas que passam pela redução do IRS e IRC, pelo IRS Jovem, isenção de IMT e Imposto de Selo para jovens até aos 35 anos na compra da primeira habitação, isenção em IRS dos prémios de produtividade atribuídos aos trabalhadores, aumento do CSI ou contagem integral do tempo de serviço dos docentes que esteve congelado, o Executivo poderá contar com uma ajuda significativa da União Europeia (UE).

Assim, dos cofres públicos, mais concretamente, dos Orçamentos do Estado (2024-2028), apenas irão sair 14,28 mil milhões de euros, isto é, um quarto (24,6%) dos cerca de 58 mil milhões que o Governo estima gastar. A fatia de leão, de 43.651 milhões de euros, vem de Bruxelas: 18,58 mil milhões são do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), 18,38 mil milhões do PT2030 e 6,7 mil milhões terão origem noutras fontes europeias.

Fonte: Grandes Opções do Plano 2024-2028

Analisando as medidas inscritas em cada um dos seis desafios, saltam à vista as prioridades que Luís Montenegro já tinha elencado no seu programa de Governo. Para atingir “um país mais justo e solidário”, o Executivo orçamentou uma despesa global de 5,7 mil milhões de euros, nos quatro anos da legislatura, dos quais 1,1 mil milhões serão gastos já este ano e 1,2 mil milhões no próximo. Neste objetivo, estão medidas como:

  • Adotar o IRS Jovem de forma duradoura e estrutural, o que implica uma redução de 2/3 nas taxas atualmente aplicáveis, com uma taxa máxima de apenas 15%, dirigindo esta medida a todos os jovens até aos 35 anos, com exceção do último escalão de rendimentos;
  • Isentar de contribuições e impostos os prémios de produtividade por desempenho no valor de até 6% da remuneração base anual (correspondendo, dessa forma, a um 15.º mês, quando aplicado);
  • Reforçar gradualmente o valor do CSI numa trajetória orientada para que, em 2028, os reformados em situações de maior fragilidade possam ter um valor de referência garantido de 820 euros, e tendo como objetivo a equiparação ao valor do salário mínimo nacional, na legislatura seguinte. Inclui ainda a eliminação dos rendimentos dos filhos para efeitos de exclusão do CSI por parte das pessoas idosas;
  • Aumentar o salário mínimo nacional para 1.000 euros em 2028;
  • Duplicar a consignação de IRS das famílias a favor de instituições sociais de 0,5% para 1%, de forma a aumentar a liberdade de escolha dos portugueses e a reforçar o financiamento do setor social.

Para alcançar “um país mais rico, inovador e competitivo”, o Governo inscreve uma despesa global de 15,7 mil milhões, dos quais 2,8 mil milhões serão libertados este ano e 3,9 mil milhões, em 2025, para financiar medidas como:

  • Redução do IRS para os contribuintes até ao 8.º escalão, através da redução de taxas marginais entre 0,5 e 3 pontos percentuais face a 2023, com enfoque na classe média;
  • Reduzir as taxas de IRC, começando com a redução gradual de 2 pontos percentuais por ano, enquadrada na transposição para a ordem jurídica nacional dos trabalhos em curso, ao nível da OCDE e UE, relativas à garantia de um nível mínimo mundial de tributação para os grupos de empresas multinacionais e grandes grupos nacionais na União, que se destina a assegurar a tributação efetiva dos lucros a uma taxa de 15%;
  • Iniciar a recuperação integral do tempo de serviço congelado dos professores.

De salientar que, em relação ao IRS, o Governo fez tábua rasa da decisão do Parlamento que aprovou o diploma do PS para a redução do IRS até ao 6.º escalão e voltou a apresentar a sua proposta, tal como o ECO avançou.

Para responder ao desafio de “‘um país com um Estado mais eficiente’, que tem uma verba prevista de 2,4 mil milhões de euros até 2028, está prevista a implementação de diversas medidas”, de acordo com o documento, que destaca as mais relevantes:

  • Concentrar as entidades da Administração Central num único local, promovendo a partilha de recursos e serviços (medida financiada pelo PRR);
  • Desenvolver os Centros de competências de excelência de apoio ao Governo que agreguem ou coordenem os vários recursos e gabinetes de estudos e prospetiva, com vista a substituir a abundante e onerosa contratação de serviços técnicos externos;
  • Aumentar a interconexão de dados entre a Autoridade Tributária, Segurança Social e Instituto de Registos e Notariado, nomeadamente no registo de agregados, estado civil e morada, passando a ser o único canal de comunicação de dados;
  • Propor o Plano de Emergência do SNS e o seu modelo de implementação, nos primeiros 60 dias do mandato;
  • Definir um Plano Plurianual de Investimentos para o SNS.

Na rubrica relativa a “um país mais democrático, aberto e transparente” que terá um cheque global de 333 milhões de euros, o Governo pretende:

  • Regulamentar o lobbying: definindo os conceitos, os princípios, os procedimentos, e as sanções aplicáveis à atividade de influência junto dos decisores públicos, criando um registo obrigatório e público de lobistas e de entidades representadas;
  • Implementar a “Pegada Legislativa do Governo”, através da publicação no seu portal na internet, de modo acessível, das várias etapas de cada processo legislativo e regulamentar do executivo;
  • Alterar a legislação processual penal no sentido de combater a formação dos chamados megaprocessos, que entorpecem a ação dos tribunais e se arrastam;
  • Reformar os regimes de insolvência, com alteração de paradigma nos regimes de insolvência e recuperação de empresas.

Para que Portugal seja “um país mais verde e sustentável”, ponto que tem 33,5 mil milhões de euros de verbas inscritas, o que representa a maior fatia (57,9%) da despesa global de 57,9 mil milhões de euros, o elenco governativo propõe:

  • Dar início com a maior brevidade possível à construção do novo aeroporto de Lisboa e garantir o aumento da capacidade do Aeroporto Humberto Delgado;
  • Iniciar com a maior brevidade possível a construção de outras infraestruturas indispensáveis, nomeadamente a ferrovia e as ligações de alta velocidade;
  • Iniciar a realização de estudos para a terceira travessia do Tejo;
  • Revogação de medidas do programa Mais Habitação, tais como o arrendamento forçado, os congelamentos de rendas, a contribuição extraordinária sobre o alojamento local e a caducidade das licenças anteriores ao referido programa.

Por fim, o sexto e último desafio estratégico visa tornar o país “mais global e humanista”. O Governo destinou 446 milhões de euros, até ao final da legislatura, para financiar medidas como:

  • Promover a candidatura de Portugal para o Conselho de Segurança das Nações Unidas, no biénio 2027- 2028;
  • Promover a candidatura da língua portuguesa como língua oficial da ONU, no horizonte até 2030;
  • Revisão do regime das autorizações de residência para que se baseiem em contratos de trabalho previamente celebrados ou através de um visto de procura de trabalho, extinguindo o designado procedimento das manifestações de interesse;
  • Valorização dos militares, encetando um processo de negociação para a melhoria significativa das condições salariais em geral.

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Angola lança mapa para facilitar decisões de investimento aos empresários

  • Lusa
  • 3 Julho 2024

O documento apresenta oportunidades e soluções de investimento nos domínios da alimentação e bebidas, educação, energia renovável, infraestruturas, setor financeiro e serviços.

O Governo angolano lançou esta quarta-feira, em Luanda, o Mapa do Investimento Sustentável de Angola, que qualificou como um “valioso instrumento” para facilitar as escolhas e decisões dos empresários. Segundo o ministro do Planeamento, Victor Hugo Guilherme, o documento apresenta oportunidades e soluções de investimento nos domínios da alimentação e bebidas, educação, energia renovável, infraestruturas, setor financeiro e serviços.

Este instrumento integra a perspetiva de concretização das prioridades do Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2023-2027 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030.

O governante angolano realçou que o Mapa de Investimento Sustentável resulta de um conjunto de ações que contou com a participação efetiva de representantes de distintos departamentos ministeriais, setor privado, representações diplomáticas, parceiros de desenvolvimento, academia e sociedade civil.

Victor Hugo Guilherme sublinhou que Angola está num processo de diversificação da sua economia e conta com a participação de todos, frisando que o setor privado “é definitivamente o grande motor do desenvolvimento, da geração de emprego, de serviços de qualidade, de inovação e de geração de riqueza”, cabendo ao Estado criar condições para que os empresários possam investir com o mínimo de barreiras possíveis.

Na sua intervenção, a representante do Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento (PNUD) em Angola, Denise António, adiantou que há oportunidades de investimento mas é também importante abordar os riscos e desafios atualmente enfrentados pelas empresas, fundamentais para dinamizar o investimento privado.

“Tal inclui a melhoria do ambiente empresarial, a promoção da digitalização para simplificar os processos administrativos, o reforço do apoio às microempresas e o reforço da Janela Única de Investimento, para citar alguns exemplos”, disse. Denise António defendeu a criação de parcerias inovadoras entre o setor público e privado, o diálogo sobre possíveis reformas, reuniões de investidores e mais trabalho analítico para identificar e promover oportunidades de investimento a nível municipal.

A representante do PNUD destacou o compromisso de Angola, nos últimos anos, com o avanço das ODS, mas para alcançar esses objetivos ambiciosos é necessário além da ação do Governo a participação ativa do setor privado, sociedade civil e parceiros internacionais.

A Lusa ouviu alguns representantes do setor privado sobre as suas experiências, como a empresária Elisabete dos Santos, do setor avícola, que referiu que os problemas de Angola estão todos identificados, sendo necessário passar-se para ação, com a apresentação de soluções.

“Eu comecei há 14 anos, e nesta altura eu pensei que o setor avícola já estaria num nível muito elevado, e aquilo que aprecio no dia-a-dia é que nós recuámos na capacidade de produção interna”, considerou. Por sua vez, o presidente da Associação Industrial de Angola, José Severino, considerou importante a inclusão do setor das pescas, porque o país já produziu 800 mil toneladas por ano e hoje atinge apenas 250 mil toneladas anuais.

José Severino enfatizou a importância de se olhar para as questões das pescas e combater “a depredação dos recursos”. “Mas com alguma violência, porque o crime não se trata com luvas, o crime trata-se com violência, porque há aqui algumas organizações que não respeitam os nossos interesses nacionais”, sublinhou.

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Trabalho temporário está a recuar. Automóvel continua a liderar contratações

Mais de 85 mil pessoas foram colocadas em trabalhos temporários nos primeiros três meses deste ano, o que corresponde a uma quebra de 13,5%. Setor que fabrica componente automóveis lidera.

O trabalho temporário continua em queda, mostra o barómetro divulgado esta quarta-feira. Entre janeiro e março, houve 85 mil contratações deste tipo, o que equivale a uma redução de 13,5% face ao mesmo período do ano passado. O abrandamento económico, os custos do trabalho e a inflação estão a arrefecer as contratações, avisa o presidente da Associação Portuguesa das Empresas do Setor Privado de Emprego e Recursos Humanos (APESPE-RH).

“No total, a diminuição do número de colocações no primeiro trimestre de 2024 face ao mesmo período do ano anterior foi de 13,5% (98.696 em 2023 contra 85.372 em 2024“, lê-se no barómetro da autoria da APESPE-RH e do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE).

Em maior detalhe, logo em janeiro houve um recuo de 12,5% das colocações de trabalho temporário, em fevereiro agravou-se para 13,5% e em março a quebra foi de 14,5%.

Contas feitas, o recurso ao trabalho temporário registado no conjunto do primeiro trimestre de 2024 não só ficou abaixo do ano anterior, como foi mesmo inferior aos valores registados em 2019, isto é, no último ano antes da pandemia. No primeiro trimestre desse ano, tinham sido feitas quase 113 mil colocações em trabalho temporário.

Por outro lado, quanto aos setores que mais recorreram a este tipo de trabalhadores no arranque de 2024, o da fabricação de componentes e acessórios para veículos automóveis merece em destaque, com 11% a 13% das colocações.

“Já as empresas de fornecimento de refeições para eventos e outras atividades assumem o segundo lugar nos setores de atividade do trabalho temporário, representando cerca de 8% a 9%”, acrescenta o barómetro. A completar o pódio aparecem as atividades de serviços de apoio prestados às empresas, que representam 7% a 8% das contratações temporárias.

Por outro lado, a análise da APESPE-RH e do ISCTE dá conta que, entre as várias funções, as outras profissões elementares foram as mais frequentes, no que diz respeito às colocações em trabalho temporário (entre 32% e 34%).

Seguiram-se os empregados de aprovisionamento, armazém, de serviços de apoio à produção e transportes (17% a 19%). Quanto ao terceiro lugar, no mês de janeiro essa posição do pódio foi ocupada pelos trabalhadores não qualificados da indústria transformadora” (8%). Já no mês de fevereiro e março, os assistentes na preparação de refeições ocuparam-na (entre 7% e 8%).

“O ensino básico mantém-se o nível de escolaridade predominante nas colocações efetuadas (55% a 57% no 1º trimestre do ano). As colocações de ensino secundário (entre 31% a 37%) ocupam o segundo lugar”, acrescenta o barómetro, que sublinha ainda que menos de 30% dos colocados têm idades acima dos 40 anos.

Perante estes dados, o presidente da APESPE-RH, Afonso Carvalho, sublinha que “o primeiro trimestre de 2024 ficou marcado por uma tendência menos positiva no que diz respeito ao número de colocações no setor de trabalho temporário”, continuando o caminho que tem sido feito desde 2019.

“Existem vários fatores que podem ajudar a explicar estes valores, nomeadamente os setores de atividade que predominantemente utilizam mais ou menos trabalhadores com contrato de trabalho temporário e que, de uma forma geral, estão em baixa, a situação económica, a instabilidade que vivemos atualmente, os receios de contratação, o aumento da inflação e os excessivos custos associados à contratação de trabalhadores, independentemente do tipo de contrato, o que faz com que as empresas estejam muito mais prudentes e outras a travarem a fundo”, explica o responsável.

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Procuradoria Europeia detém 11 pessoas em fraude ao IVA de 30 milhões de euros

  • Lusa
  • 3 Julho 2024

Os membros da organização criminosa simularam um circuito internacional de vendas, no qual eram comprados produtos alimentares (azeite, óleo, açúcar, etc.) e bebidas em Portugal.

A Procuradoria Europeia desmantelou uma rede criminosa de fraude ao IVA em bens alimentares que terá causado prejuízos de 30 milhões de euros, numa operação que levou à detenção de 11 pessoas, anunciou esta quarta-feira o organismo.

Segundo um comunicado da procuradoria, na operação denominada “Ambrósia” foram executados 222 mandados de busca, em que se incluem 40 buscas domiciliárias, 46 não domiciliárias, quatro a escritórios de advogados e 132 a veículos. Além das 11 detenções foram também apreendidos 43 veículos e 120 mil euros em dinheiro.

As buscas decorreram nos distritos de Lisboa, Porto, Setúbal, Coimbra, Aveiro, Braga, Leiria, Santarém, Évora e Viseu, em diversas localidades de Espanha e uma localidade em França, tendo estado envolvidos mais de 230 agentes. Em Portugal, a operação foi liderada por quatro procuradores europeus delegados e dois juízes de instrução.

De acordo com a Procuradoria Europeia (EPPO, na sigla em inglês), os membros da organização criminosa simularam um circuito internacional de vendas, no qual eram comprados produtos alimentares (azeite, óleo, açúcar, etc.) e bebidas em Portugal, faturando a empresas de fachada sediadas em outros países da União Europeia, o que permitia não liquidar o IVA devido.

Contrariamente ao que quiseram fazer crer com este circuito, os produtos transacionados nunca terão saído de Portugal. O uso deste esquema por operadores no mercado grossista em Portugal (“cash and carry”) ter-lhes-á permitido reclamar devolução de IVA ao Estado, valor que terão repercutido na venda desses bens essenciais a preços inferiores aos do mercado, com a distorção da concorrência entre empresas do setor”, pode ler-se na nota divulgada.

Na rede criminosa agora desmantelada intervieram 102 sociedades com sede em Portugal, além de empresas registadas em Espanha e França. A Procuradoria Europeia acredita que os suspeitos tenham obtido desta forma um lucro indevido de cerca de 30 milhões de euros em IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado), “valor com que os cofres do Estado português e o orçamento da União terão sido lesados”.

A operação Ambrósia contou com a participação da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) e da Unidade de Ação Fiscal da Guarda Nacional Republicana (GNR) em território nacional. Em Espanha esteve envolvida a polícia judicial da Guardia Civil, enquanto em França o apoio foi prestado pelo Organismo Nacional de Luta Antifraude (ONAF).

A Procuradoria Europeia é um órgão independente com competência para investigar, instaurar processos, deduzir acusação e sustentá-la na instrução e no julgamento contra os autores das infrações penais que lesam os interesses financeiros da União Europeia (por exemplo, fraude, corrupção ou fraude transfronteiriça ao IVA superior a 10 milhões de euros).

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Apetro tem nova identidade. Agora é EPCOL

"O novo posicionamento surge da vontade de uma maior aproximação às suas associadas e às novas realidades do mercado", indica a associação.

A Apetro – Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas, tem uma nova identidade. Passa a chamar-se EPCOL, a sigla para Empresas Portuguesas de Combustíveis e Lubrificantes. Além do novo nome, a associação assume um novo posicionamento estratégico.

“O novo posicionamento surge da vontade de uma maior aproximação às suas associadas e às novas realidades do mercado”, lê-se no comunicado enviado à imprensa.

A associação quer espelhar na nova designação, e até nas várias cores do novo logótipo, a heterogeneidade das suas associadas. Estas integram-se em categorias como a produção de combustíveis, os combustíveis líquidos, os gases liquefeitos, os lubrificantes e a armazenagem.

A EPCOL representa as principais empresas multienergéticas que atuam no mercado português: BP, Cepsa, Galp, Prio e Repsol, que fundaram a associação, existente desde 1992. A estas juntaram-se, posteriormente, a OZ Energia e a Rubis Gás, mas também a Chane, a CLC, a CLCM e a Saaga (associadas setoriais de Armazenagem), e a Sintética, a Spinerg, a Enilive iberia e a Total Energies (associadas setoriais de Lubrificantes).

Outra das vertentes da nova identidade é o foco na transição energética, indica a associação. “Para nós e para as nossas associadas, é extremamente importante fornecer produtos energéticos com menor impacto no clima e no ambiente, pois somos e queremos continuar a ser parte da solução para as necessidades das empresas e famílias”, afirma o secretário-geral da EPCOL, António Comprido.

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