Portugal x Eslovénia foi acompanhado por 3,75 milhões de telespectadores. É o jogo do Euro com maior audiência

  • + M
  • 3 Julho 2024

Acompanhe as audiências de todos os jogos do Euro 2024, numa análise da agência de meios Dentsu/Carat para o +M/ECO, e confira os resultados desportivos.

O confronto entre Portugal e a Eslovénia, a contar para os oitavos-de-final, foi o jogo do Euro 2024 com maior audiência até agora, num total de 3,751 milhões de telespectadores. De acordo com a análise elabora pela Dentsu/Carat para o +M, a partida foi acompanhada por 3.564.611 portugueses na RTP1 (36,9% aud. média) com 65,6% share e por 187.135 na Sport TV. No Frankfurt Arena estiveram 46.576 pessoas a ver o jogo.

Por altura da decisão do jogo por penalties foi atingido um pico de audiências, sendo que as três defesas de Diogo Costa e os penalties convertidos por Cristiano Ronaldo, Bruno Fernandes e Bernardo Silva foram acompanhados por uma média de 4 milhões e 100 mil telespectadores.

A partida, que ditou a passagem da seleção das quinas aos quartos-de-final, passa assim a ser a mais vista do Euro, superando o jogo de estreia de Portugal, frente à Chéquia, que foi acompanhado por 3,6 milhões de pessoas nas transmissões da SIC e Sport TV. No top três, segue-se a derrota de Portugal frente à Geórgia, que foi acompanhada por cerca de 3,4 milhões de telespectadores na TVI e Sport TV.

Sem contar com os jogos da seleção portuguesa, a partida mais vista foi a que ditou o afastamento da Geórgia da competição, depois de ter perdido por quatro bolas a uma frente à seleção espanhola nos oitavos-de-final. O jogo foi acompanhado por cerca de 1,86 milhões (1.862.404) de telespectadores na SIC e Sport TV.

Os 17 dias de Campeonato Europeu que decorreram até agora foram acompanhados por um total de 34 milhões e 102 mil telespectadores.

Audiência Jogo a Jogo – Oitavos-de-Final

Audiência Jogo a Jogo e Audiência Acumulada

Audiência por seleção

Audiência Fase a Fase

Espectadores nos estádios

Jogos e Resultados – Fase Final

Audiência por Marca

Espectadores por Estádio

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Fórum para a Competitividade prevê desaceleração do crescimento económico no 2º trimestre

Fórum para a Competitividade estima ligeira desaceleração do crescimento da economia portuguesa no segundo trimestre e alerta para elevada incerteza em torno do Orçamento do Estado para 2025.

O Fórum para a Competitividade prevê uma ligeira desaceleração do crescimento da economia no segundo trimestre, de 0,8% para entre 0,5% e 0,8% em cadeia e de 1,5% para entre 1,9% e 2,2%, de acordo com a nota de conjuntura divulgada esta quarta-feira.

O Fórum recorda que tinha antecipado que o segundo trimestre ficaria marcado por “um desempenho mais dinâmico”, mas o cenário “perdeu força, quer pelo melhor desempenho do primeiro semestre, quer pelas sombras sobre a segunda metade do ano”.

“Como vimos, o primeiro semestre deverá terminar com um crescimento homólogo já próximo dos 2%, criando condições para uma variação anual acima daquele valor. Os consumidores terão antecipado parte dos benefícios das descidas de taxas de juro pelo BCE [Banco Central Europeu], ainda antes de estas se concretizarem“, pode ler-se.

Para o Fórum, no segundo semestre, as condições para novos alívios monetários têm vindo a enfraquecer, pelo que considera que o “estímulo que se esperava desse lado deverá ser menor, quer em Portugal, quer no resto da zona euro”.

Alerta ainda que existe “uma elevada incerteza” sobre o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), defendendo que “a proposta original até pode vir a ser aprovada na generalidade, para depois ser desfigurada na especialidade”.

Ainda assim, assinala que as regras orçamentais europeias poderão constituir “um travão importante à capacidade da oposição de adulterar a versão inicial”, contudo, considera que “não é claro que existam os mecanismos institucionais suficientes para isso, e ainda menos que a sua aplicação seja eficaz”.

“Isso irá poderá colocar o Governo num dilema muito difícil: ou aceita governar com um orçamento desvirtuado ou apresenta a demissão. Em qualquer dos casos, teremos tensões políticas significativas, com potencial para ter um impacto visível sobre a economia”, refere.

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Covid: Portugal com uma média de 12 óbitos por dia

  • Lusa
  • 3 Julho 2024

"Neste momento, as pessoas que testam positivo para covid e estão internadas, um pouco mais de metade têm mais de 60 anos" e cerca de 24% mais de 80 anos, disse o epidemiologista Manuel Carmo Gomes.

Portugal está com uma média diária de 12 óbitos por covid-19 e perto de 400 novos casos, um número que quase triplicou desde finais de maio, disse esta quarta-feira à Lusa o epidemiologista Manuel Carmo Gomes.

No fim de maio, Portugal tinha uma média de 130 notificações de casos positivos de covid-19 por dia e nos últimos sete dias a média diária rondou as 390, precisou o professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, ressalvando que no início de maio o número de notificações era “muito baixinho”, cerca de dez casos.

Relativamente ao número de óbitos, Manuel Carmo Gomes disse que é de “aproximadamente 12 por dia”, o que representa também “um grande aumento relativamente há um mês”, em que se registavam cerca de três mortes diárias. “Se recuarmos aproximadamente dois meses, nessa altura tínhamos um óbito de dois em dois dias”, adiantou o epidemiologista e membro da Comissão Técnica de Vacinação Contra a Covid-19.

Segundo Carmo Gomes, também se registou “um aumento grande” do número de óbitos de doentes internados em hospitais públicos com teste positivo, o que não significa que estivessem hospitalizadas por covid-19. Assinalou ainda o aumento de quase 30% de doentes internados que testaram positivo ao longo dos últimos três meses.

“Neste momento, as pessoas que testam positivo para covid e estão internadas, um pouco mais de metade têm mais de 60 anos” e cerca de 24% mais de 80 anos, disse, apontando que, eventualmente, é nesta faixa etária que está a ocorrer a maior parte dos óbitos devido a terem várias doenças. Como razões para este aumento de casos, Carmo Gomes apontou a evolução do vírus SARS-Cov-2, com o surgimento de novas linhagens com capacidade de fugir aos anticorpos,

“Praticamente já não temos proteção contra estas novas linhagens do vírus”, nomeadamente a KP.1, KP.2 e KP.3, que têm “uma série de descendentes” e são dominantes, neste momento, na Europa e na América. De acordo com o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), a sublinhagem KP.3 tornou-se maioritária em Portugal ao longo do mês de maio, mas é geral na Europa e na América.

“Todos temos anticorpos a circular no corpo porque já fomos vacinados e fomos infetados, etc., mas estas linhagens têm capacidade de fugir a estes anticorpos”, salientou. Por outro lado, o epidemiologista observou que já passaram cerca de oito meses desde a última campanha de vacinação, que ocorreu no outono de 2023, tendo a proteção das pessoas contra o vírus baixado.

Recordou ainda que a cobertura vacinal no passado outono “não foi brilhante”. “As pessoas com mais de 60 anos tiveram uma cobertura vacinal de aproximadamente 66%, o que quer dizer que os outros 34% nem sequer foram vacinados no outono, já não têm contacto com a vacina há mais de um ano e meio”, observou.

Apesar de grande parte da população adulta não ter proteção contra a infeção, e se entrar em contacto com o vírus, através da inalação de partículas virais que estão em suspensão no ar, será infetada, está protegida contra “a doença greve”. Segundo o especialista, a grande maioria “não tem uma doença muito grave, recupera e não vai parar ao hospital”.

Numa altura de férias, Manuel Carmo Gomes lembrou que o vírus SARS-CoV-2 continua a circular e lembrou algumas recomendações para evitar a infeção. “A covid não tem características sazonais, pelo menos até ao momento, como a gripe que praticamente já desapareceu, mas continua entre nós e está a dar origem a esta onda” de infeções.

O epidemiologista aconselhou as pessoas de maior risco a evitarem estar em espaços não arejados com pessoas fora do seu círculo habitual. Lembrou a importância de higienizar as mãos, nomeadamente não levar as mãos à boca ou aos olhos sem estarem lavadas, e o uso de máscara por pessoas que sabem que “são de alto risco”.

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Filho de Marcelo em silêncio “integral” na CPI ao caso das gémeas. “Foi o conselho profissional que recebi e que sigo”

"O meu silêncio nesta comissão é integral porque foi esse o conselho profissional que recebi e que sigo", afirmou Nuno Rebelo de Sousa, indicando que a opção tem "guarida constitucional".

Tal como havia prometido, Nuno Rebelo de Sousa remeteu-se ao silêncio ” durante a sua audição na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ao alegado caso de favorecimento das gémeas luso-brasileiras tratadas no Hospital Santa Maria com o medicamento Zolgensma, por ser arguido na investigação do Ministério Público.

“O meu silêncio nesta comissão é integral porque foi esse o conselho profissional que recebi e que sigo”, afirmou Nuno Rebelo de Sousa, na sua intervenção inicial na CPI, indicando que a opção tem “guarida constitucional“, dado que é arguido no processo-crime.

Depois de o antigo secretário da Saúde António Lacerda Sales se ter remetido ao silêncio e de Wilson Bicalho, advogado da mãe das gémeas, se ter recusado a depor invocando sigilo profissional, Nuno Rebelo de Sousa é a terceira personalidade desta CPI a remeter-se ao silêncio.

Nuno Rebelo de Sousa começou por explicar que, “conforme” tinha informado “previamente”, não vai “responder a perguntas nesta audição”. “Disso já foi dada nota nas duas respostas às convocatórias da comissão e foi novamente reiterado esta manhã, por e-mail pelo meus advogados” acrescentou, pedindo que a opção seja registada e ata.

“Exercerei o meu direito ao silêncio no qual encontro a guarida constitucional”, acrescentou, fazendo ainda alusão a vários artigos e referindo que esta opção “não constituirá certamente surpresa” para os deputados.

Apesar da promessa inicial, os deputados quiseram manter a audição e, em cada uma das perguntas, a resposta foi (quase sempre) a mesma: “Pelas razões referidas não respondo”. O deputado do CDS João Almeida chegou a questionar Nuno Rebelo de Sousa sobre se tinha qualquer relação com Daniela Martins (mãe das gémeas) ou António Lacerda Sales que o impeça de responder, mas este, mais uma vez, não respondeu.

“Se não responder teremos de ponderar” queixa por “desobediência qualificada”, avisa CDS

Perante a recusa, o deputado João Almeida invocou o artigo 138º do código de processo penal que, no seu número 3, diz que uma testemunha (arguido no processo penal ‘) na fase da identificação no decorrer da CPI, deve também referir qual a relação que mantém com outras testemunhas. Neste caso, a mãe das gémeas brasileiras e Lacerda Sales. A situação levou o deputado do CDS a pedir para ficar registado em ata esta recusa, acusando-o de “desobediência”.

Posteriormente, na segunda ronda de questões, João Almeida voltou a reforçar a pergunta, ameaçando que se Nuno Rebelo de Sousa “continuar a não querer responder” à questão, a CPI terá que “ponderar” fazer uma “participação” ao Ministério Público (MP) por estar em causa um “crime de desobediência qualificada”.

A única exceção ao silêncio foi quando o presidente da comissão Rui Paulo Sousa pediu a Nuno Rebelo de Sousa que apresentasse os seus dados pessoais. O filho de Marcelo indicou o seu nome, nacionalidade, morada e adiantou que era “diretor da EDP Brasil” empresa para a qual trabalhava “desde 2011”.

Inicialmente, Nuno Rebelo de Sousa não se tinha mostrado disponível para prestar esclarecimentos na CPI, invocando o facto de estar a ser investigado e ser arguido no âmbito do processo-crime sobre o caso, aberto pela PGR. No entanto, perante um pedido de “insistência” dos deputados e de ameaça de incorrer num crime de desobediência qualificada, acabou por aceitar. Ainda assim, já tinha sinalizado que se iria remeter ao silêncio.

O filho do Presidente da República, a par de António Lacerda Sales e de Luís Pinheiro, ex-diretor clínico do Hospital Santa Maria, é um dos três arguidos do processo que está a decorrer na PGR sobre o caso. Nuno Rebelo de Sousa é suspeito dos crimes de “prevaricação, em concurso aparente com o de abuso de poderes, crime de abuso de poder na previsão do Código Penal e burla qualificada”.

Santos Silva e Van Dunem vão à CPI

Antes da audição de Nuno Rebelo de Sousa foi aprovado “por maioria” o requerimento da Iniciativa Liberal para ouvir o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e o requerimento do Chega para ouvir a antiga ministra da Justiça, Francisca Van Dunem.

Já o requerimento do PSD para ouvir Juliana Vilela Drumon, mulher de Nuno Rebelo de Sousa, foi aprovado por unanimidade. O deputado social-democrata justificou o pedido de audição com a eventual ligação de Juliana Vilela Drumon a uma seguradora, depois de ter sido encontrado um email em que a companheira do filho de Marcelo Rebelo de Sousa estava em conhecimento. Segundo a CNN, o tratamento das gémeas luso-brasileiras poupou milhões à seguradora que até aí custeava outro medicamento administrado quadrimestralmente no Brasil.

O caso das gémeas residentes no Brasil, que adquiriram nacionalidade portuguesa e receberam em Portugal, em 2020, o medicamento Zolgensma, com um custo total de quatro milhões de euros à data, foi divulgado pela TVI. Uma auditoria interna do Hospital Santa Maria concluiu que a marcação de uma primeira consulta hospitalar pela Secretaria de Estado da Saúde foi a única exceção ao cumprimento das regras neste caso. Já a auditoria da IGAS concluiu que “não foram cumpridos os requisitos de legalidade no acesso das duas crianças à consulta de neuropediatria” para serem tratadas no SNS.

(Notícia atualizada pela última vez às 16h02)

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Fraunhofer “troca” dinheiro e mentoria por ideias tecnológicas de estudantes de mestrado

Fraunhofer Portugal Challenge é direcionado a estudantes de mestrado de universidades portuguesas e garante prémios financeiros e mentoria. Inscrições para a 15ª edição abertas até 21 de julho.

Estão abertas até 21 de julho as inscrições para a 15ª edição do Fraunhofer Portugal Challenge, um concurso de ideias tecnológicas que desafia estudantes de mestrado de universidades portuguesas a submeterem “propostas inovadoras para serem reconhecidas e premiadas”.

As candidaturas, que podem ser efetuadas através do site oficial do concurso, devem estar alinhadas com as áreas científicas desenvolvidas pela organizadora da iniciativa, o instituto Fraunhofer Portugal AICOS (FhP-AICOS), que incluem Design Centrado no Utilizador, Inteligência Artificial e Sistemas Ciber-Físicos.

Além de reconhecer e premiar as ideias mais inovadoras, o centro de investigação com sede no Porto e escritórios em Lisboa sublinha ao ECO que este concurso, que se realiza desde 2010, pretende “apoiar os estudantes na transformação dessas ideias em soluções práticas e de impacto real”, encorajando a cooperação entre a indústria e a comunidade científica.

O Fraunhofer Portugal Challenge integra duas categorias:

  1. Master Thesis Award: as melhores ideias baseadas em teses académicas são distinguidas com prémios científicos num valor total de seis mil euros, distribuídos entre os três primeiros classificados (1º lugar – 3.000 euros, 2º lugar – 2.000 euros, 3º lugar – 1.000 euros)
  2. Student Award: destina-se a todos os estudantes de mestrado que apresentem a ideia tecnológica mais promissora, independentemente de ser ou não baseada numa tese académica. Além de um prémio monetário de três mil euros, recebe também mentoria e acompanhamento por parte de investigadores do FhP-AICOS

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Regulador promete decidir “em breve” sobre compra da Nowo pela Vodafone

  • Lusa e ECO
  • 3 Julho 2024

O presidente da Autoridade da Concorrência (AdC) admitiu que "não é habitual" um processo demorar tanto tempo, mas avançou que o dossiê é para "concluir em breve".

O presidente da Autoridade da Concorrência (AdC) disse esta quarta-feira que espera que o processo da compra da Nowo esteja “para concluir em breve”, admitindo que “não é habitual” uma operação de concentração se prolongar por ano e meio.

“Espero que esteja a concluir em breve, que de facto não é habitual uma operação demorar tanto tempo”, afirmou Nuno Cunha Rodrigues na comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação.

Nuno Cunha Rodrigues, que assumiu funções em março de 2023, acrescentou que esta demora não é motivada pela AdC, “mas sim pela circunstância de as partes envolvidas na operação de concentração terem vindo a apresentar” sucessivos pacotes de compromissos face às preocupações apresentadas pela Autoridade da Concorrência em abril de 2023.

Segundo o presidente da AdC, entre esse mês e dezembro do ano passado, a Vodafone “não apresentou qualquer pacote de compromissos”. Desde o final de 2023 e até abril, a Vodafone apresentou quatro pacotes de compromissos.

A Vodafone celebrou, em setembro de 2022, um acordo para comprar o quarto operador em Portugal, a Nowo, à Llorca JVCO Limited, dona da Masmovil Ibercom.

AdC inclinada para o chumbo

No dia 25 de março de 2024, o ECO avançou em primeira mão que o projeto de decisão da AdC chumbava a compra da Nowo pela Vodafone.

“A AdC confirma que emitiu um projeto de decisão no sentido de oposição à operação. A adquirente, embora tenha apresentado vários pacotes de compromissos, falhou em demonstrar que esta aquisição não teria impacto negativo na concorrência”, confirmou, na altura, fonte oficial do regulador da concorrência.

Se a decisão se efetivar, a Vodafone ainda dispõe de um mecanismo legal, o recurso ao ministro da Economia, para tentar forçar o negócio — que só foi usado uma vez na história, com sucesso. No limite, pode recorrer aos tribunais.

Em fevereiro, o presidente da Nowo, Miguel Venâncio, admitiu ao ECO que está em cima da mesa “o encerramento” da operadora, caso não seja adquirida pela Vodafone.

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Líder dos Super Dragões fica em prisão preventiva. Relação já recusou recurso do casal Madureira

A Relação do Porto rejeitou os os recursos dos arguidos Fernando e Sandra Madureira. Mas aceitou parcialmente o recurso do arguido Hugo Carneiro.

Fernando Madureira vai continuar em prisão preventiva. O Tribunal de Instrução Criminal do Porto decidiu manter a medida de coação aplicada ao histórico líder da claque portista Super Dragões, conhecido como “Macaco”, no âmbito da Operação Pretoriano.

Madureira foi detido há três meses. Na sequência deste prazo, a medida de coação teve de ser reapreciada. O tribunal entendeu que deve manter o suspeito preso preventivamente, pelo menos, dizia, até que o Tribunal da Relação decidir sobre o recurso apresentado.

Segundo o CSM, a Relação do Porto rejeitou os recursos dos arguidos Fernando e Sandra Madureira. Mas aceitou parcialmente o recurso do arguido Hugo Carneiro e, em consequência, revogam a prisão preventiva aplicada a este arguido.

Assim, Hugo Carneiro fica sujeito a termo de identidade e residência já prestado, obrigação de se apresentar no órgão de polícia criminal da área da sua residência três vezes por semana, obrigação de se apresentar no órgão de polícia criminal da área da sua residência, nos dias e horas em que decorra jogo do Futebol Clube do Porto.

Mais a interdição de acesso e permanência em recinto desportivo onde se realizem espetáculos desportivos de qualquer modalidade do FCP, obrigação de não contactar, por qualquer meio (escrito, falado ou tecnológico), direto ou por interposta pessoa, com qualquer interveniente processual , à exceção de familiares diretos, bem como quaisquer elementos da direção da Associação Super Dragões.

Em fevereiro, Fernando Madureira, líder dos Super Dragões, claque do FC Porto, ficou em prisão preventiva, uma semana depois de ter sido detido no âmbito da Operação Pretoriano, segundo decisão do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto. A 31 de janeiro, a PSP deteve 12 pessoas – incluindo dois funcionários do FC Porto e o líder dos Super Dragões, Fernando Madureira –, no âmbito da Operação Pretoriano, que investiga os incidentes verificados numa Assembleia Geral (AG) extraordinária do clube.

O Ministério Público sustenta que a claque Super Dragões pretendeu “criar um clima de intimidação e medo” na AG do FC Porto, em 13 de novembro de 2023, na qual houve incidentes, para que fosse aprovada a revisão estatutária, “do interesse da atual direção” ‘azul e branca’.

A Procuradoria-Geral Distrital do Porto divulgou que estão em causa “crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação e ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda atentado à liberdade de informação”.

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Luva sensorial de Braga ajuda a detetar cancro da mama

Amigos de infância, Francisco Nogueira e Frederico Stock juntaram-se para desenvolver a SenseGlove, uma luva sensorial que incorpora IA e permite a deteção precoce do cancro de mama.

Filipa, prima de Francisco Nogueira (engenheiro biomédico), detetou uma anomalia na mama, mas por “medo” ou “incerteza” esperou três meses até ir ao médico. O pai de Francisco, médico de profissão, percebeu que poderia ser um cancro maligno através do exame mamário e recomendou à sobrinha fazer uma mamografia o mais rápido possível. O prognóstico confirmou-se e Filipa teve de remover a mama direita.

Francisco Nogueira ficou frustrado com o resultado e inquieto com o facto de a prima não ter reagido imediatamente ao detetar essa anomalia, até por ter um médico na família. Em conversa com o pai percebeu a “falta de confiança” das mulheres no momento da apalpação. E que as variadas alterações na textura do tecido mamário, causadas por diversos fatores, causam incertezas na mulher, levando-as a não agir no momento certo. Teve então a ideia de criar um dispositivo para ajudar as mulheres na auto apalpação. Foi na altura da pandemia que começou a encomendar as componentes e a testar a ideia.

Foi nessa fase que Francisco Nogueira se juntou ao amigo de infância, Frederico Stock, formado em Optometria e que na altura estava a tirar o mestrado em Gestão na Universidade Católica. Desenvolverem a SenseGlove, uma luva com sensores, que incorpora algoritmos de Inteligência Artificial (IA) e que funciona como alternativa ao autoexame mamário.

O dispositivo médico de pré-rastreio, doméstico e portátil “permite detetar precocemente alterações do tecido mamário e capacita as mulheres a compreenderem as suas mamas, permitindo-lhes agir mais rapidamente”, detalha ao ECO Frederico Stock, CFO/COO e cofundador da startup Glooma, com sede em Braga. No entanto, adverte, a luva “serve como um complemento, mas não substitui as consultas de rotina e os exames de rastreio e de diagnóstico”.

O dispositivo médico de pré-rastreio, doméstico e portátil, permite detetar precocemente alterações do tecido mamário e capacita as mulheres a compreenderem as suas mamas, permitindo-lhes agir mais rapidamente.

Frederico Stock

CFO/COO e co-founder da startup Glooma

Através de um aplicação, a tecnologia lembra às utilizadoras, por e-mail ou notificações no telemóvel, da realização do exame doméstico. Fornece ainda todas as informações relativas aos autoexames realizados ao longo do tempo, comparando os resultados e avaliando as alterações ao longo do tempo, para ser mais fácil a apresentação dos resultados ao médico.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2020, houve 2,3 milhões de mulheres diagnosticadas com cancro da mama e 685 mil mortes. A deteção precoce deste tipo de cancro, o mais comum entre as mulheres, pode reduzir significativamente as taxas de mortalidade derivada desta doença a longo prazo.

A SenseGlove está ainda em fase de desenvolvimento e processos de certificação. Frederico Stock realça que o dispositivo médico tem de ser certificado pelas entidades como o Infarmed para ser comercializado em Portugal. “Se tudo correr bem, em 2026 vamos ter o dispositivo médico aprovado na Europa, incluindo Portugal”, prevê o cofundador. A curto prazo, até ao final deste ano, tem como objetivo registar o produto na americana Food and Drug Administration (FDA), pois o “processo é mais rápido”.

Depois da aprovação, a luva vai ser comercializada por 99 euros. Até ao momento, a Glooma já recolheu dados de 236 pacientes e está a trabalhar com quatro unidades hospitalares portuguesas: Hospital Amadora-Sintra, Hospital do Montijo, Hospital Distrital de Santarém e Centro de Rastreio do Cancro da Mama na Madeira.

A luva sensorial de Braga conquistou um prémio da Agência Nacional de Inovação no valor de 2.500 euros. Paralelamente, a startup já venceu mais 12 programas, como o Altice Innovation Award 2021 ou o Get in the Ring Vodafone Power Labs 2022. Entre prémios e donativos, calcula já ter angariado 120 mil euros e concretizou uma ronda de investimento de 483 mil euros junto do Banco Português de Fomento, Portugal Ventures, Clube Business Angels Lisboa e outros business angels.

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Macron exclui hipótese de governar com partido da esquerda radical França Insubmissa

  • Lusa
  • 3 Julho 2024

"Retirar-se hoje para os eleitos de esquerda face à União Nacional não significa governar amanhã com a França Insubmissa”, terá afirmado o Presidente francês no Conselho de Ministros.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, excluiu esta quarta-feira governar com o partido França Insubmissa (LFI, esquerda radical) após as eleições legislativas, apesar do apoio já manifestado pela coligação de esquerda Nova Frente Popular, para bloquear a extrema-direita.

Retirar-se hoje para os eleitos de esquerda face à União Nacional [RN] não significa governar amanhã com a LFI“, afirmou o Chefe de Estado francês no Conselho de Ministros, segundo vários participantes citados pela agência France-Presse.

Numa mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter), o primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, insistiu que “não há nem nunca haverá uma aliança com a França Insubmissa“.

“Retirar-se não é reunir-se, não é comprometer-se”, acrescentou a porta-voz do governo, Prisca Thevenot, após o Conselho de Ministros. “Lutar contra a União Nacional hoje não é o mesmo que aliar-se ao LFI amanhã”, insistiu, referindo de passagem que poderia haver fraturas com as outras forças da Nova Frente Popular (comunistas, socialistas e ecologistas) na sequência das eleições.

“Consideramos que esta aliança eleitoral já se está a desmoronar no seio da esquerda? Penso que sim”, afirmou. “Não podemos fazer do LFI o alfa e o ómega da esquerda em França“, acrescentou.

A França realiza no domingo, dia 7 de julho, a segunda volta das eleições legislativas. Na primeira volta, a União Nacional (Rassemblement Nationale, no original francês) foi o partido mais votado, com 33% dos votos, à frente da coligação de esquerda Nova Frente Popular (NFP, 28,5%) e dos centristas Juntos pela República, que integra o partido do Presidente Emmanuel Macron (22%).

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Passe Navegante permite estacionamento grátis em três parques de Lisboa a partir desta quarta-feira

  • Lusa
  • 3 Julho 2024

Parques do Colégio Militar, da Ameixoeira e da Avenida de Pádua passam a ter estacionamento gratuito para portadores do Navegante entre as 7h30 e as 21 horas.

Os portadores do passe Navegante podem, a partir desta quarta-feira, estacionar gratuitamente nos parques do Colégio Militar, Ameixoeira e Avenida de Pádua, em Lisboa, uma medida para evitar que os carros entrem na cidade, incentivando o uso do transporte público.

O nosso grande objetivo é que os carros não entrem em Lisboa, ou seja, diminuir a quantidade de carros em Lisboa. É uma cidade de 540 mil habitantes, mas todos os dias entram na cidade 360 mil carros e, para isso, desde o início dissemos que era preciso levar as pessoas a deixarem o carro para poderem apanhar o transporte público”, disse o presidente da Câmara de Lisboa.

Carlos Moedas falava à Lusa após descerrar a placa da designação Parque Navegante no estacionamento já localizado no Colégio Militar, que possui 415 lugares.

Também esta quarta-feira ficam disponíveis nesta modalidade outros dois parques de estacionamento da Empresa de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL), na Ameixoeira e na Avenida de Pádua (Olivais), prevendo-se que em setembro a lista integre mais três parques — dois em Telheiras e, posteriormente, o da Azinhaga da Cidade (Ameixoeira).

Carlos Moedas lembrou que a cidade de Lisboa é “das poucas da Europa” que tem transportes públicos gratuitos “para os mais novos e os mais velhos” e que se pretende “uma cidade mais sustentável, com menos carros”.

“Isto tem de ser feito de uma forma gradual e não pondo uns contra os outros”, disse o social-democrata, lembrando os objetivos de ter Lisboa como cidade neutra em carbono até 2030 e o ‘contrato’ assinado com a Comissão Europeia no âmbito das 100 cidades missão da Europa neutrais em carbono (neste caso, o objetivo tem como limite 2050).

O processo para usar o passe de transportes públicos Navegante nos três primeiros parques disponíveis da EMEL passa por uma validação na cabine/receção do respetivo parque e, a partir daí, o acesso fica ativado. O estacionamento nesta modalidade fica disponível entre as 7h30 e as 21 horas.

“Há parques como este em que já muitas pessoas trazem o carro, mas há outros, como o da Ameixoeira, que tem menos pessoas e queremos motivar a que deixem o carro. […] O importante é que os parques que estão na entrada de Lisboa começam a aceitar o passe, e as pessoas já não pagam o parque e já não têm desculpa para não apanhar o transporte público”, salientou o autarca.

O parque da Ameixoeira tem 489 lugares e o da Avenida de Pádua 248 lugares, enquanto o de Telheiras Poente disponibiliza 155 e o de Telheiras Nascente 106.

De acordo com fonte da câmara, ainda este ano abrirá o parque da Azinhaga da Cidade (165 lugares).

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Seguros de saúde como “produto de consumo” exigem novas respostas ao setor

Angariar clientes mais novos, acompanhar o ciclo de vida dos segurados e apostar na promoção da saúde são algumas das respostas dos especialistas que participaram no 3.º Fórum Nacional de Seguros.

3.º Fórum Nacional de Seguros
3.º Fórum Nacional de SegurosGonçalo Gomes 3 julho, 2024

Angariar clientes cada vez mais novos, acompanhando o seu ciclo de vida com um seguro de saúde adaptável em função da idade. Assim como apostar na prevenção e promoção da saúde, incentivando os clientes a terem uma melhor qualidade de vida, de modo a prevenir doenças mais graves no futuro e, por consequência, baixar os custos das seguradoras com as despesas, sobretudo em segurados a partir dos 65 anos. Foram estes os grandes desafios lançados pelos participantes no painel “Seguros de saúde: produtos de consumo! E agora?”, na Alfândega do Porto.

Durante o 3.º Fórum Nacional de Seguros, uma organização do ECOseguros e da Zest que termina esta quarta-feira na cidade Invicta, a porta-voz da ASISA Portugal, Paula Serra, apelou a uma mudança de paradigma no setor segurador. “Devemos preparar o mercado junto da distribuição para integrar o seguro de saúde cada vez mais cedo, [angariando um público] mais jovem, [de modo] a assegurar o ciclo de vida do doente“.

Para a responsável nacional de marketing e comercial da ASISA Portugal, “faz falta as seguradoras perceberem que o cliente não pode ter o mesmo seguro de saúde durante o ciclo de vida, mas sim adaptar a oferta”. “Estou a fazer update na minha carteira de clientes; estou acompanhar o ciclo de vida do cliente”, acrescentou.

A solução não passa por fazer um produto para seniores, mas começar pelos clientes mais novos. Qualquer jovem já sabe que se não tiver seguro de saúde vai estar imenso tempo à espera” no Serviço Nacional de Saúde (SNS), que não tem capacidade de resposta”, assinalou Paula Serra, reiterando que “o segmento que devemos começar a trabalhar são as idades mais jovens” e devem ser pensadas “soluções que acompanham o ciclo de vida do cliente”.

Faz falta as seguradoras perceberem que o cliente não pode ter o mesmo seguro de saúde durante o ciclo de vida, mas sim adaptar a oferta. Estou a fazer update na minha carteira de clientes; estou acompanhar o ciclo de vida do cliente.

Paula Serra

Diretora nacional de marketing e comercial da ASISA Portugal, Paula Serra

“Assegurar um segmento mais sénior traz desafios que têm a ver com a sustentabilidade, mas traz [igualmente] outros desafios, como a prevenção da saúde e trabalhar a literacia junto da distribuição“, completou a responsável.

Cláudio Gonçalves, diretor-geral da NacionalGest, chamou a atenção para outras oportunidades no mercado e que o setor não está a cobrir, como disse ser o caso do problema da obesidade, assim como criar produtos mais eficazes para a área da saúde mental. “É a doença do século XXI. O que existe no mercado ainda não resolve o problema”, destacou.

Cláudio Gonçalves chamou ainda a atenção para outros grandes desafios no mercado. “Em 2050 vamos ter 3,5 milhões de pessoas com mais de 65 anos. Isto coloca aqui um desafio e tem impacto na sinistralidade”. Urge, por isso, “trabalhar o tema do lado da saúde e não do lado da doença. Ou seja, as seguradoras incentivarem as pessoas a terem hábitos de saúde mais saudáveis”, numa aposta na promoção da saúde.

Para o diretor-geral da NacionalGest, “as seguradoras e a distribuição têm um papel importante na prevenção e na promoção da saúde, incentivando as pessoas a terem hábitos mais saudáveis”.

Também Teresa Bartolomeu, responsável de oferta saúde do Grupo Ageas Portugal (Médis) sublinhou esta necessidade da promoção da saúde. “Temos de trabalhar antes de a doença acontecer. Em 2001 criámos a figura do médico assistente, que gere a saúde da pessoa. Por exemplo, como seguradora, já estamos a organizar rastreios no mercado para o cancro colorretal com vista a uma deteção precoce”, salientou a responsável.

Na mesma conferência, Teresa Bartolomeu contabilizou que “40% das pessoas vão ter cancro no futuro e podem ser evitáveis com a mudança de comportamento”. “Logo, vamos ter de atuar antes. Como seguradoras e com as carteiras de clientes que temos, temos de investir dessa forma”, insistiu.

Ricardo Raminhos, administrador executivo da MGEN Portugal, lembrou que “as pessoas estão a procurar mais os cuidados de saúde privados”, o que está a fazer disparar os custos das seguradoras. Ainda assim, Ricardo Raminhos considerou que “é possível criar produtos lucrativos para as pessoas que têm mais de 65 anos [e] há um valor acrescentado a ser criado”.

Rui Dinis, CEO da Planicare, falou igualmente de um “enorme potencial” a explorar nos seguros de saúde, até porque “existem nichos de mercado em que o produto standard não serve”. Até porque o SNS também não consegue dar resposta. “As limitações do SNS, que colocam esse vazio da demora na resposta, levam a que as pessoas não tenham muita paciência para esperar. Daí, a maior tendência para o privado e, logo, a aderirem a um seguro de saúde”, concluiu Rui Dinis.

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Regimento da AR trava requerimento potestativo para ouvir Costa e Galamba no parlamento

  • Lusa
  • 3 Julho 2024

O requerimento potestativo do Chega para ouvir no parlamento o ex-primeiro-ministro António Costa e o antigo ministro João Galamba sobre a demissão da ex-presidente executiva da TAP foi rejeitado.

O requerimento potestativo do Chega para ouvir no parlamento o ex-primeiro-ministro António Costa e o antigo ministro João Galamba sobre a demissão da ex-presidente executiva da TAP foi rejeitado por não estar em concordância com o regimento.

Durante a apreciação do requerimento potestativo apresentado pelo Chega na Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação, o deputado socialista Hugo Costa apontou que o regimento da Assembleia da República apenas permite que sejam ouvidos responsáveis em funções.

Perante a exposição do grupo parlamentar socialista, o presidente da comissão, Miguel Santos (PSD), recuperou um parecer emitido em outubro do ano passado por uma outra comissão parlamentar.

“Não tenho dúvidas de que o requerimento não cumpre os requisitos legais”, afirmou Miguel Santos perante este parecer que analisou a admissibilidade de um requerimento potestativo em situações semelhantes.

Por insistência do Chega, foi aprovado, sem oposição dos partidos presentes – PSD, PS, Chega e IL – o pedido de um novo parecer.

No dia 26 de junho, os deputados da Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação chumbaram um primeiro requerimento, também do Chega, para ouvir no parlamento Costa e Galamba, com votos contra do PS e PSD.

No final da votação, que contou com os votos a favor do Chega e da Iniciativa Liberal e a abstenção do PAN, o grupo parlamentar do Chega anunciou que iria avançar com um requerimento potestativo.

Na semana anterior, o partido de extrema-direita anunciou que ia propor a audição na Assembleia da República do ex-primeiro-ministro António Costa, após a CNN Portugal ter divulgado uma escuta da operação Influencer, de 05 de março do ano passado, na qual António Costa terá dito ao ex-ministro das Infraestruturas, João Galamba, que Christine Ourmières-Widener teria de sair da liderança da TAP por razões políticas, por forma a conter eventuais danos para o Governo.

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