FMI avisa que apoios à habitação de Costa podem ter “atrasado aparecimento de vulnerabilidades”

  • Joana Abrantes Gomes
  • 1 Julho 2024

Instituição internacional considera que bonificação dos juros e renegociação dos contratos de empréstimos à habitação podem ter "atrasado o aparecimento de vulnerabilidades".

O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou esta segunda-feira que a bonificação dos juros e a renegociação dos contratos de empréstimos à habitação, com o adiamento da amortização do capital, duas medidas tomadas pelo anterior Governo para aliviar o impacto da subida das taxas de juro na prestação da casa, podem ter “atrasado o aparecimento de vulnerabilidades”.

Na sequência da visita ao país para avaliar a economia nacional, ao abrigo do Artigo IV, o FMI defende ser necessária uma monitorização contínua dos riscos para a estabilidade financeira decorrentes do mercado imobiliário.

A instituição de Bretton Woods avisa também que, embora a esperada flexibilização das taxas de juro pelo Banco Central Europeu (BCE) – que tiveram a primeira descida em junho após 10 aumentos consecutivos – venha a “aliviar gradualmente as pressões sobre as famílias”, pode ainda haver, com “algum desfasamento”, um impacto sobre os balanços dos bancos “através de uma deterioração da qualidade dos ativos”.

Reconhecendo, ao mesmo tempo, que “os preços dos imóveis residenciais continuaram a crescer acima dos fundamentais”, a instituição liderada por Kristalina Georgieva considera “adequada” a tónica do Executivo de Luís Montenegro no aumento da oferta de habitação, devido à “baixa acessibilidade” dos preços das casas.

O FMI elogia, por outro lado, a medida macroprudencial do Banco de Portugal (BdP) que prevê uma nova almofada de capital da banca para a exposição ao setor imobiliário residencial, prevista entrar em vigor em outubro, pois “ajudará a reforçar a resiliência dos bancos aos riscos macrofinanceiros decorrentes de exposições imobiliárias”.

Em causa está uma imposição do BdP que determina que os principais bancos do país, à exceção da Caixa Geral de Depósitos (CGD), constituam uma reserva de capital no valor de 4% da carteira de crédito a particulares que tenha como garantias imóveis destinados à habitação. O objetivo é preparar as instituições financeiras para um eventual aumento do malparado no caso de uma crise no setor imobiliário.

“Dependendo da evolução dos riscos no setor imobiliário residencial, bem como dos riscos macrofinanceiros mais amplos, o Banco de Portugal poderá ter de recalibrar o sistema [da reserva] e ajustar outras medidas macroprudenciais”, aponta o FMI na sua análise, dando como exemplo a “implementação de uma reserva contracíclica positiva e neutra de fundos próprios, a fim de transformar os lucros temporariamente elevados dos bancos em capital libertável“.

Quanto às medidas que visam conter os riscos transnacionais de branqueamento de capitais”, a instituição internacional apela para que o quadro AML/CFT (normas do FMI para o combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo) seja “melhorado” de forma a avaliar “continuamente os riscos, incluindo os decorrentes da revisão do programa de vistos gold, e também a assegurar o “acesso atempado a informações adequadas, exatas e atualizadas sobre os beneficiários efetivos, em conformidade com as normas internacionais revistas”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Uma eterna curiosa e anticonformista, Catarina Tomaz, dos centros Via Outlets, na primeira pessoa

Da infância com patins nos pés à direção de marketing dos centros Via Outlets, Catarina Tomaz é movida pela curiosidade. Nasceu no Zimbabué, viveu em França, mas é a Lisboa que sempre regressa.

Tanto profissional como pessoalmente, Catarina Tomaz, diretora de marketing da Via Outlets (dona dos centros Freeport Lisboa Fashion Outlet e Vila do Conde Porto Fashion Outlet) define-se como “uma curiosa” com “sede de viver, de aprender, de fazer coisas diferentes e melhor, sempre questionando”. Numa palavra, apelidar-se-ia de “anticonformista”.

A infância foi passada de patins nos pés mas ainda hoje os calça, embora menos vezes do que gostaria. Há uns anos, a família inteira – composta pelo marido, filha agora com 26 anos e filho de 22 – ia andar de patins, sobretudo quando viviam em Paris.

A ida para Paris surgiu no âmbito do seu trabalho na Renault, onde começou em 1985 e onde conheceu a pessoa com quem se casou e se mantém até hoje, passados 27 anos. Cinco anos depois de entrar para a marca automóvel teve então a possibilidade de ir trabalhar para a sede da empresa, em Paris, naquele que foi um início de carreira “muito desafiador e formador”, com uma “aprendizagem fantástica”.

“Foi um momento muito bom, mas também foi muito bom regressar”, afirma, confessando que não trocaria Lisboa por Paris. “Eventualmente trocaria Lisboa para viver em cidades novas, mas não mais do que um ano, mais numa lógica de conhecimento, de experiência, mas não para viver definitivamente. Gosto de viver em Lisboa, é a minha cidade favorita. É sempre bom partir e é sempre bom regressar“, acrescenta.

É a Lisboa, portanto, que chama casa, mas Catarina Tomaz nasceu no Zimbabué, numa altura em que os pais viviam em Moçambique. Veio para Portugal com cerca de três anos, pelo que não tem lembranças do continente africano, embora, “alguns cheiros”, por exemplo, “despertem memórias dessa época”.

E talvez essa ligação a terras africanas tenha sido transmitida através dos genes, pois em 2018 a filha começou, “por coincidência”, a fazer voluntariado em Moçambique”. Mas o certo é que se “apaixonou” pelo país africano e tem como objetivo conseguir ir para lá viver e desenvolver os seus projetos, nomeadamente ao nível do empoderamento feminino.

Voltando ao percurso profissional de Catarina Tomaz, este foi depois marcado pelo regresso de França para Portugal. Acabou por sair do mercado automóvel por, no regresso a Portugal, o marido ter ido trabalhar, com funções idênticas, para uma marca automóvel concorrente. Catarina Tomaz tomou assim a decisão de abandonar o seu emprego, movida também, mais uma vez, pela curiosidade e “sede de conhecer outros mercados”. Além disso, queria acompanhar a integração dos dois filhos, na altura ainda pequenos, no regresso a Portugal. Tirou então seis meses sabáticos.

Foi depois professora de marketing na ETIC, tendo sido também convidada a assumir a função de responsável de marketing e comunicação da instituição de ensino. O “lado criativo” que a ETIC trouxe, e a sua conjugação com aprendizagem inicial de Catarina Tomaz, “foi muito importante para aquilo que sou e penso hoje”, diz.

Em 2008 deu-se a passagem para a direção de marketing do Freeport. Este foi adquirido depois pela Via Outlets, em 2014, numa altura em que o projeto enveredou por um “caminho completamente diferente, suportado por know-how e investimento que nos permite hoje desafiar o mercado em termos de liderança e posicionamento”, explica.

Já em 2017 a Via Outlets adquiriu um novo centro, o Vila do Conde Porto Fashion Outlet, pelo que surgiu o novo desafio de dirigir o marketing dos dois centros, que “parecem tão diferentes, mas que na realidade têm mais daquilo que os une do que daquilo que os separa”. Por uma coincidência “muito boa”, o nascimento dos dois centros, que surgiram como concorrentes, aconteceu no mesmo ano, pelo que ambos celebram 20 anos este ano.

“Iniciámos o ano a comunicar com os nossos parceiros e apresentámos dois grandes projetos: um para Vila do Conde, que se traduz numa expansão com mais 31 lojas e um investimento de 30 milhões e cujas obras estão a começar agora, e outro também para o Freeport, com a remodelação de toda a área central do centro, numa continuidade daquilo que já tinha sido iniciado em 2017. Começámos a dizer às nossas marcas que passados 20 anos o melhor ainda está por vir“, explica, acrescentando que no segundo semestre é dada continuidade à celebração da efeméride com uma campanha de awareness, associada aos 20 anos, que visa consolidar o posicionamento dos centros Via Outlets.

Durante cerca de cinco anos, Catarina Tomaz também foi sócia de uma marca de joias, a Bergue, que está hoje presente na LxFactory e no Chiado. Tendo integrado o projeto ainda numa fase inicial, ficou responsável pela área de marketing – como não podia deixar de ser -, mas era também ela própria que ao fim de semana atendia os clientes ao balcão. A experiência foi “exigente”, uma vez que era feita em acumulação com a sua atividade principal, pelo que Catarina Tomaz optou por sair.

Numa vertente mais cultural, quando começa a ler um livro ou a ver um filme tem de os acabar, “mesmo que sejam maus”. “As Pontes de Madison County” é um filme que já reviu várias vezes, mas Catarina Tomaz é também uma adepta confessa do cinema francês e italiano, pelo que costuma marcar presença em festivais do género. Já em termos de livros, “Os Cisnes Selvagens”, obra que leu pela primeira vez quando tinha cerca de 13 anos, foi uma das que a marcou de forma mais vincada.

Também adora dançar e sair à noite, e diz que é capaz de dançar qualquer coisa. “Faço parte dos que não ficam em casa, que vão às discotecas e que continuam a dançar, apesar de já estar nos 50. Gosto bastante de sair à noite e divertir-me“, diz. O cartão de cidadão indica, de facto, que tem 52 anos “mas de cabeça é como se tivesse 30”, assegura.

“Acima de tudo sou uma pessoa muito, muito curiosa. Para mim tudo são pontos de interrogação. É sempre possível descobrir coisas novas e é isso que me alimenta bastante”, conclui.

Catarina Tomaz em discurso direto

1 – Que campanhas gostava de ter feito/aprovado? Porquê?

Mais do que uma campanha, gostava de ter feito parte da decisão relativa à mudança de estratégia de comunicação da marca Dove, com o lançamento da sua primeira campanha para promover a beleza real, nomeadamente beleza feminina que, até então e ainda hoje, é mais estereotipada. Li recentemente que essa campanha foi lançada há 20 anos. E não foi apenas uma campanha com uma ideia criativa ou oportuna. Foi um compromisso da marca que dura até hoje. Consistente.

2 – Qual é a decisão mais difícil para um marketeer?

São muitas as dores de um gestor de marketing. Começo pelo equilíbrio entre o curto prazo e o médio e longo prazo, ou seja, encontrar o equilíbrio certo entre as necessidades imediatas e a construção de uma marca sustentável e de longo prazo. Depois, a inovação versus risco, dependendo da cultura da empresa, pode ser uma conciliação difícil. Também a necessidade de garantir resultados e testar novas abordagens e projetos. Por fim, e mais recentemente, a questão do Regulamento Geral da Proteção de Dados (RGPD) tornou-se um tema presente no dia-a-dia.

3 – No (seu) top of mind está sempre?

RGPD? O que está sempre na minha cabeça são pontos de interrogação. Nunca deixei a idade dos porquês.

4 – O briefing ideal deve…

Ser acompanhado de um debriefing. Ter a certeza de que todos compreenderam o que está em jogo. O que se pretende. E ao mesmo tempo discuti-lo e melhorá-lo. Permitir que haja uma apropriação de todas as partes envolvidas.

5 – E a agência ideal é aquela que…

Faz parte da empresa e que está envolvida. Uma agência é um membro da equipa, que deve estar totalmente integrada na cultura da empresa e compreender a 100% o seu ADN. Nem sempre é fácil, sendo uma equipa externa, mas trabalhamos com bons parceiros que vestem as camisolas dos centros Via Outlets em Portugal.

6 – Em publicidade é mais importante jogar pelo seguro ou arriscar?

É um compromisso. Mas depende sempre da cultura da empresa e dos meios de que a empresa dispõe. Uma empresa mais conservadora ou que tenha aversão ao risco, dificilmente conseguirá arriscar. Mas acredito que quem arriscar a fazer diferente terá sempre uma publicidade mais eficaz.

7 – O que faria se tivesse um orçamento ilimitado?

Faria mais e melhor. Mas acredito que as limitações de orçamento também são um bom exercício de criatividade, pois obrigam-nos a seguir direções que talvez não seriam a primeira opção, encontrando novos mundos e soluções.

8 – A publicidade em Portugal, numa frase?

A publicidade em Portugal está alinhada com o panorama empresarial português, que é constituído por pequenas e médias empresas com uma cultura de marca que não é suficientemente forte e que, à partida, estão mais orientadas para resultados de curto prazo. Como consequência, temos uma publicidade mais focada no produto/promoção e menos no posicionamento.

9 – Construção de marca é?

Pensar na existência e sustentabilidade da marca para além de nós e do nosso tempo.

10 – Que profissão teria, se não trabalhasse em marketing?

Nos estudos iniciais a escolha era sociologia, mas fui seduzida para experimentar uma coisa nova que se chamava marketing… e hoje seria difícil despir esta pele. Mas continuo a gostar muito das ciências sociais, razão pela qual fiz a minha pós-graduação em estratégia de recursos humanos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Taxa de desemprego aumenta ligeiramente em maio para 6,5%

Maio trouxe uma subida de 0,1 pontos percentuais da taxa de desemprego (tanto face ao mês anterior, como em comparação com o mesmo mês de 2023). É um sinal de que o mercado continua estável.

O mercado de trabalho português continua a dar sinais de estabilidade. De acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em maio a população empregada “manteve-se praticamente inalterada”, enquanto a taxa de desemprego aumentou muito ligeiramente.

“A taxa de desemprego situou-se em 6,5%, valor superior em 0,1 pontos percentuais ao de abril de 202 e ao de maio de 2023″, adianta o gabinete de estatísticas, no destaque publicado esta manhã.

No total, no quinto mês do ano havia 351 mil pessoas desempregadas em Portugal, mais 2,4% do que em abril e mais 3,9% do que há um ano, acrescenta o INE.

Por outro lado, a taxa de emprego fixou-se em 64,2% em maio, abaixo do verificado no mês anterior e do registado no período homólogo. Em causa estão, contudo, recuos muito ligeiros, de 0,1 pontos percentuais e 0,2 pontos percentuais, respetivamente.

Quanto ao número absoluto de indivíduos com trabalho em Portugal, o INE nota que esse universo ficou “praticamente inalterado em relação ao mês anterior”, ainda que tenha aumentado 1,3% face ao registado há um ano: no total, 5.016,6 mil pessoas tinham emprego em maio. Esse é terceiro valor mais elevado da última década, depois de depois de abril de 2024 (5 016,9 mil) e de março do mesmo ano (5 022,9 mil), realça o gabinete de estatísticas.

Com base nestas trajetórias do emprego e do desemprego, maio foi sinónimo de um aumento em cadeia e em termos homólogos da população ativa, que totalizou 5.376,6 mil indivíduos.

“No caso da população ativa, tal resultou do acréscimo da população desempregada, uma vez que a população empregada se manteve praticamente inalterada”, é explicado no destaque estatístico publicado esta manhã.

a população inativa (2.443,4 mil) “manteve-se praticamente inalterada em relação ao mês anterior e aumentou em relação a um ano antes (1,9%)”.

Essa estabilidade em cadeia é resultado, convém explicar, do “equilíbrio” entre o decréscimo de 5,6% dos inativos disponíveis para trabalhar, mas que não procuram emprego, o acréscimo de 0,1% dos outros inativos e a subida de 7,9% dos inativos que procuram emprego, mas não estão disponíveis para abraçar uma nova oportunidade.

O INE dá conta anda que a taxa de subutilização do trabalho situou-se em 11,1%, “o mesmo valor de abril de 2024, mas inferior ao de maio de 2023 (0,6 pontos percentuais)”.

A subutilização do trabalho agrega não só população desempregada e o subemprego de trabalhadores a tempo parcial, mas também os inativos à procura de emprego, mas não disponíveis, e os inativos disponíveis, mas que não procuram emprego.

Atualizada às 11h28

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Economia desacelera em junho com menor contributo da procura externa líquida

  • Lusa
  • 1 Julho 2024

Em termos setoriais, destaca-se a tendência de crescimento da produção industrial, que se aproximou dos 5% nos dois últimos meses, mas muito dependente da produção de energia elétrica.

A atividade económica desacelerou em junho, em termos homólogos, apesar da ligeira melhoria da produção industrial, e teve o menor contributo da procura externa líquida, segundo o barómetro CIP/ISEG, divulgado esta segunda-feira.

“Apenas só no próximo mês será possível avançar uma estimativa para o crescimento do PIB no segundo trimestre, no entanto, é já possível prever que este crescimento terá um maior contributo da procura interna, por contrapartida de um menor contributo da procura externa líquida”, concluiu a análise da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG).

O barómetro aponta que as incertezas quanto à evolução da economia no segundo trimestre não põem em causa a manutenção da previsão de crescimento anual avançada nos relatórios anteriores, ou seja, o intervalo de 1,5% a 2,1% de aumento do Produto Interno Bruto (PIB) com o ponto central situado nos 1,8%.

Em termos setoriais, destaca-se a tendência de crescimento da produção industrial, que se aproximou dos 5% nos dois últimos meses, mas muito dependente da produção de energia elétrica.

O barómetro realça também que “a melhoria do desempenho da área da moeda única parece atualmente mais provável, mantendo-se, contudo, os riscos negativos decorrentes da situação geopolítica global”.

“Temos de fazer mais e melhor neste segundo semestre. As reformas do sistema fiscal e administrativo têm de ganhar tração. E a concretização do PRR tem igualmente de manter o foco dos últimos meses para recuperarmos o tempo perdido”, refere, citado em comunicado, o diretor-geral da CIP, Rafael Alves Rocha.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

IRS Jovem conduzirá a perda “considerável” de receita e eficácia é “incerta”, alerta FMI

Fundo questiona IRS Jovem anunciado pelo Governo: vai conduzir a uma perda "considerável" de receita fiscal, sendo que ainda é "incerta" a eficácia da medida no que toca a reter os jovens no país.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) alerta para o impacto do IRS Jovem nas contas públicas, considerando que levará a “perdas consideráveis” de receita fiscal, sendo que a eficácia da medida no que toca a reter os jovens no país é “incerta”.

“As taxas preferenciais de imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS) baseadas na idade conduzirão a perdas consideráveis ​​de receitas, embora a sua eficácia na limitação da emigração dos jovens seja incerta”, conclui o Fundo após mais uma avaliação ao país ao abrigo do Artigo IV.

A proposta do Governo prevê um alargamento e aumento do desconto para os jovens com idade até 35 anos, estabelecendo uma taxa máxima de imposto de 15% sobre os rendimentos tributáveis, com a medida a custar cerca de mil milhões de euros em receita que deixa de entrar nos cofres do Estado.

Já sobre a redução progressiva do IRC que o Governo de Luís Montenegro pretende implementar, da taxa de 21% para 15% à razão de dois pontos percentuais por ano, o FMI diz que “pode ajudar a alinhar a taxa média com a média da Zona Euro, incentivando ao mesmo tempo o crescimento das empresas”.

As taxas preferenciais de imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS) baseadas na idade conduzirão a perdas consideráveis ​​de receitas, embora a sua eficácia na limitação da emigração dos jovens seja incerta.

FMI

O Fundo adianta que uma reforma fiscal “abrangente” iria permitir reduzir “distorções e aumentaria as receitas”, designadamente através de uma “simplificação do sistema e da redução de isenções, o que compensaria “as perdas decorrentes das reduções pretendidas no imposto sobre os rendimentos de singulares e coletivos”.

A equipa do FMI considera que os novos cortes fiscais e os aumentos de despesas planeados devem ser cuidadosamente concebidos” para assegurar que as contas públicas se mantêm equilibradas — e até com excedente em 2024. Caso contrário, terá de haver uma compensação através der outras medidas, avisa.

Segundo o Fundo, uma política “algo expansionista” deste ano, e sendo consistente com o excedente de 0,2% ou 0,3% previsto pelo Governo, seria “apropriada”, pois “apoiaria o crescimento” económico, enquanto as taxas de juro ainda em níveis elevados conteriam as pressões inflacionistas.

Para 2025, recomenda o FMI, o Governo deveria passar para uma “orientação orçamental globalmente neutra”, quando se espera que o Banco Central Europeu (BCE) alivie a sua política monetária para níveis mais flexíveis. Isso “ajudará a alcançar uma aterragem suave”, apontam os técnicos do Fundo.

“A médio prazo, a posição orçamental deverá manter-se globalmente equilibrada”, acrescenta o FMI. “Isto garantirá que a dívida ainda elevada continue a diminuir, reduzindo assim a vulnerabilidade às mudanças no sentimento do mercado e reconstruindo as reservas para choques futuros“, conclui.

(Notícia atualizada às 11h26)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Precisamos de normas globais comparáveis que permitam a colaboração intersetorial”

  • Conteúdo Patrocinado
  • 1 Julho 2024

Em entrevista ao ECO, Uta Jungermann, Director, Member Engagement & Global Network & Member of the WBCSD Extended Leadership Group, partilha algumas dicas para acelerar a economia circular.

O BCSD Portugal organiza a Conferência BCSD Portugal 2024, que terá lugar no próximo dia 3 de julho, na Cordoaria Nacional, em Lisboa. Sob o tema “Empresas com futuro: Como navegar para uma economia sustentável e justa?”, o evento vai reunir líderes empresariais e especialistas de diversos setores para discutir o tema.

Os participantes irão abordar a relação entre os fatores internos e externos de sustentabilidade e a economia regenerativa. A conferência também discutirá como a diversidade nas empresas pode impulsionar uma economia competitiva, os desafios iminentes para as empresas e o planeta, e as maneiras de desbloquear financiamento e aproveitar o poder das alianças para atingir os objetivos propostos.

Uta Jungermann, Director, Member Engagement & Global Network & Member of the WBCSD Extended Leadership Group, é uma das oradoras que vai marcar presença na conferência e partilhou, em entrevista ao ECO, alguns dos principais desafios associados à economia circular e como os ultrapassar.

A economia circular é o caminho a seguir, mas continua a colocar enormes desafios às empresas. O que pode ser feito para acelerar a mudança necessária?

Vemos dois desafios principais para as empresas em relação à economia circular. Não existe uma abordagem unificada e comparável para medir e divulgar os esforços de circularidade. Ao mesmo tempo, o panorama regulamentar é, até certo ponto, imaturo, embora esteja a evoluir rapidamente.

Para impulsionar ações e soluções que acelerem a mudança para uma economia circular, precisamos de normas globais comparáveis que permitam a colaboração intersetorial e entre cadeias de valor, a atribuição de capital e o apoio ao desenvolvimento de políticas. As empresas precisam de orientações claras sobre como medir, reportar e divulgar o seu desempenho em termos de circularidade e definir objetivos cientificamente fundamentados. Essas práticas padronizadas facilitarão a comparabilidade, permitindo que o setor financeiro e outras partes interessadas comparem o desempenho e aumentem as ambições. Da mesma forma, os formuladores de políticas precisam de insights sobre alavancas políticas práticas para lidar com os obstáculos que impedem as empresas líderes de escalar e acelerar sua transição circular.

Uta Jungermann, Director, Member Engagement & Global Network & Member of the WBCSD Extended Leadership Group.

O nosso objetivo é colmatar esta lacuna através do Protocolo Global de Circularidade (GCP) para as empresas, que será o quadro de ação de referência para orientar as empresas na definição de objetivos, medição, comunicação e divulgação dos progressos em matéria de eficiência de recursos e circularidade, combinado com orientações políticas abrangentes e específicas, a fim de acelerar a mudança para negócios dentro dos limites do planeta.

Esta iniciativa, liderada pelo WBCSD e pela One Planet Network, parte do Programa Ambiental das Nações Unidas, é um processo abrangente, plurianual e multi-interveniente que já reuniu a participação de mais de 75 empresas intersetoriais, parceiros do meio académico de todos os continentes, ONG e decisores políticos.

As relações entre os vários fatores tendem a ter uma dimensão local/nacional ou global? As empresas podem crescer em conjunto criando ligações em diferentes geografias? Como?

Há uma série de considerações fundamentais, seja a variação global na transição circular, incluindo a economia informal, a necessidade de uma linguagem comum, incentivos à partilha de dados, financiamento e desenvolvimento de competências. É importante que as empresas aumentem a colaboração entre setores, assumam a responsabilidade de permitir práticas circulares nas suas operações globais e cadeias de abastecimento. Utilizar indicadores holísticos para captar os efeitos das práticas circulares em toda a cadeia de valor e garantir dados disponíveis, acessíveis e fiáveis sobre a cadeia de abastecimento para medir o impacto. Envolver-se com os formuladores de políticas para defender regulamentações de apoio que incentivem práticas de economia circular e removam barreiras à implementação em diferentes regiões. Facilitar colaborações e parcerias transfronteiriças para partilhar recursos, tecnologias e conhecimentos, permitindo uma adoção mais eficaz e generalizada de práticas de economia circular. Permitir que os clientes participem na economia circular, fornecendo informações fiáveis e desenvolvendo infraestruturas que facilitem os comportamentos circulares.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Euribor inicia julho a descer a três, a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 1 Julho 2024

As Euribor desceram esta segunda-feira a três, a seis e a 12 meses face a sexta-feira, depois de fechar junho com uma média mais baixa nos três prazos e do corte de 25 pontos base das taxas diretoras.

A taxa Euribor desceu esta segunda-feira a três, a seis e a 12 meses face a sexta-feira, depois de fechar junho com uma média mais baixa nos três prazos e do corte de 25 pontos base das taxas diretoras. Com as alterações desta segunda-feira, as Euribor continuaram em valores muito próximos, mas a taxa a três meses, que recuou para 3,709%, manteve-se acima da taxa a seis meses (3,678%) e da taxa a 12 meses (3,567%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, baixou esta segunda-feira para 3,678%, menos 0,004 pontos, depois de ter atingido 4,143% em 18 de outubro, um máximo desde novembro de 2008. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a abril apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,5% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,1% e 25%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, caiu esta segunda-feira para 3,567%, menos 0,011 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses recuou, ao ser fixada em 3,709%, menos 0,002 pontos, depois de em 19 de outubro, ter subido para 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.

A média da Euribor em junho desceu a três, a seis e a 12 meses, mas mais acentuadamente do que em maio e nos prazos mais curtos. A média da Euribor em junho desceu 0,088 pontos para 3,725% a três meses (contra 3,813% em maio), 0,072 pontos para 3,715% a seis meses (contra 3,787%) e 0,031 pontos para 3,650% a 12 meses (contra 3,681%).

O BCE desceu em 6 de junho as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 18 de julho.

Esta descida das taxas diretoras deverá provocar um recuo a um ritmo moderado das taxas Euribor e assim baixar a prestação do crédito à habitação. Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comunidade do Médio Tejo une 11 municípios através de sistema de bicicletas partilhadas

Onze municípios do Médio Tejo passam a estar ligados por um sistema "pioneiro" de bicicletas elétricas partilhadas, numa estratégia de coesão territorial e sustentabilidade ambiental.

"MeioB, sistema intermunicipal de partilha de bicicletas elétricas da CIM do Médio Tejo
“MeioB”, sistema intermunicipal de partilha de bicicletas elétricas da CIM do Médio Tejo30 junho, 2024

Numa iniciativa “pioneira” no país, 11 municípios estão a implementar no terreno um sistema intermunicipal de bicicletas elétricas partilhadas, num investimento de 1,5 milhões de euros. Este projeto da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Médio Tejo pretende “reduzir a utilização da viatura individual assim como as emissões de gases poluentes”, avança ao ECO/Local Online o secretário executivo Miguel Pombeiro.

Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sertã, Tomar, Torres Novas, Vila de Rei e Vila Nova da Barquinha integram agora o projeto “MeioB” que incentiva a população a utilizar a “bicicleta enquanto meio de transporte urbano”.

Numa estratégia de sustentabilidade ambiental, coesão territorial e qualidade de vida dos cidadãos dos 11 concelhos que integram esta CIM, este “inovador” sistema de mobilidade suave sustentável surge “para transformar a forma como as pessoas se deslocam na região do Médio Tejo”, assinala Miguel Pombeiro.

Viajar entre concelhos, facilitando a interligação e o acesso a pontos estratégicos como serviços públicos, escolas, comércio, equipamentos de saúde e locais de interesse turístico.

Miguel Pombeiro

Secretário executivo da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Médio Tejo

Estão disponíveis mais de 250 bicicletas, cada uma com uma autonomia para 50 quilómetros, distribuídas por mais de 60 estações de carregamento implementadas nas imediações dos terminais rodoviários e das estações ferroviárias das localidades envolvidas nesta iniciativa, detalha o secretário executivo da CIM do Médio Tejo. Os utilizadores passam, assim, a ter a oportunidade de “combinar o transporte público coletivo com a bicicleta elétrica”, completa.

“Viajar entre concelhos, facilitando a interligação e o acesso a pontos estratégicos como serviços públicos, escolas, comércio, equipamentos de saúde e locais de interesse turístico” é outro dos trunfos deste projeto, sustenta o secretário executivo da CIM do Médio Tejo.

Financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, através do Programa Operacional Regional Centro 2020, este projeto representa um investimento de 1,5 milhões de euros.

Para aceder ao “MeioB”, os munícipes terão de instalar no telemóvel a aplicação respetiva. “Basta abrir a aplicação, digitalizar o código QR correspondente e a bicicleta será desbloqueada automaticamente”, explica a CIM Médio Tejo que “recomenda o uso de capacete para garantir maior segurança na utilização dos velocípedes”.

Os primeiros 60 minutos de cada viagem são gratuitos, aplicando-se depois uma tarifa de 0,01 euros por cada minuto adicional.

“MeioB” em números:

  • 1,5 milhões de euros de investimento
  • 11 concelhos da região do Médio Tejo
  • Mais de 250 bicicletas elétricas
  • 50 km – a autonomia de cada bicicleta elétrica
  • Mais de 60 estações distribuídas pela região
  • 4 horas – tempo estimado de carregamento para cada bicicleta

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mango abre primeira loja para adolescentes no Reino Unido

  • ECO
  • 1 Julho 2024

A loja no Foubert ’s Place é a primeira loja da Mango para adolescentes fora de Espanha. O objetivo da retalhista é fechar este ano com 15 lojas Mango Teen.

A espanhola Mango está a apostar na moda infantil e juvenil. Depois da abertura da loja Mango Teen no centro comercial Westfield La Maquinista, em Barcelona, em 2022, a retalhista abriu no passado domingo uma loja em Londres, no Foubert ’s Place. O objetivo da Mango é abrir 15 lojas ainda este ano direcionadas a este segmento, avança o jornal Cinco Días.

Localizada perto da Carnaby, a loja de 2.480 metros quadrados é a primeira loja da Mango para adolescentes fora de Espanha. O mês passado, a empresa inaugurou uma loja para a linha jovem no Passeig de Gracia, em Barcelona, o ​​mesmo local onde o fundador da Mango, Isak Andic, abriu a primeira loja Mango em 1984, que até agora era uma loja Mango Woman.

A expansão internacional da linha para adolescentes surge depois da Mango Kids and Teen ter registado, o ano passado, um aumento de 20% no volume de negócios, com a receita neste segmento a valer 8% das vendas totais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sifide com recorde de candidaturas em 2023

  • ECO
  • 1 Julho 2024

Foram submetidas quase 5.600 candidaturas ao incentivo fiscal para o investimento em Investigação e Desenvolvimento, referentes ao ano fiscal de 2023, segundo a ANI.

As candidaturas ao Sistema de Incentivos Fiscais em Investigação e Desenvolvimento Empresarial (Sifide) aumentaram quase 26% em 2023, para um total recorde de 5.598, avança o Jornal de Negócios (acesso pago). Estes números representam um investimento declarado em investigação e desenvolvimento (I&D) de 2,6 mil milhões de euros, para um crédito fiscal solicitado de 1.260 milhões de euros.

Entre 2006 e 2023, anos que constam da análise da Agência Nacional de Inovação (ANI), o Sifide recebeu 33.177 candidaturas, tendo apoiado 7.758 empresas e investido um total de 9,5 mil milhões de euros. Em média, a taxa de aprovação do investimento ronda os 71%, com mais de 90% do crédito fiscal também a obter ‘luz verde’.

O Sifide tem uma taxa base para dedução fiscal ao lucro tributável de 32,5% das despesas de I&D, aplicando-se ainda uma taxa incremental de 50% do aumento desta despesa em relação à média dos dois anos anteriores, até ao limite de 1,5 milhões de euros. Desta forma, este incentivo pode significar a recuperação de até 82,5% do investimento de uma empresa em I&D.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hoje nas notícias: Ricardo Salgado, autarcas e ministérios

  • ECO
  • 1 Julho 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O ex-banqueiro Ricardo Salgado está a passar um mês de férias numa mansão na Suíça que pertence ao genro, Philippe Amon, considerado um dos homens mais ricos da Europa. Dos 308 presidentes de câmaras municipais, 118 atingem o limite de mandatos em 2025. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta segunda-feira.

Ricardo Salgado faz férias em mansão na Suíça

Ricardo Salgado, que foi condenado a oito anos de prisão efetiva no âmbito da Operação Marquês e a outros seis anos no processo EDP, está a passar um mês de férias numa mansão em Aubonne, na Suíça. A propriedade pertence ao genro, Philippe Amon, marido da sua filha, Catarina, e um dos homens mais ricos da Europa. O ex-banqueiro garantiu à Justiça que voltará a Portugal. A defesa tem alegado que, devido à doença de Alzheimer, Salgado deve cumprir a pena em casa.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Quase 120 autarcas atingem limite de mandato

A lei portuguesa estabelece que os presidentes das câmaras municipais estão limitados a três mandatos consecutivos de quatro anos cada um, o que significa que, dos atuais 308 autarcas, 118 estão em “fim de ciclo”. O PS é o partido que terá de trocar mais presidentes de câmara, num total de 54, enquanto o PSD tem 44 autarcas em fim de mandato. Dos 19 municípios com presidente da CDU, 11 estão obrigados a mudar. E o CDS tem de mudar de autarca em metade dos seis municípios que governa sozinho.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Sifide teve número máximo de candidaturas em 2023

O Sistema de Incentivos Fiscais em Investigação e Desenvolvimento Empresarial (Sifide) recebeu 5.598 candidaturas em 2023, mais quase 26% do que no ano anterior. Estes números representam um investimento declarado em investigação e desenvolvimento (I&D) de 2,6 mil milhões de euros, para um crédito fiscal solicitado de 1.260 milhões de euros. Ao longo dos anos, o Sifide conta já com 33.177 candidaturas, com 7.758 empresas apoiadas e um total de 9,5 mil milhões de euros investidos.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Ministérios que passam para a CGD vão ser museus ou servir para turismo

Ainda não é conhecido o destino de todos os espaços que albergavam os seis ministérios e as duas secretarias de Estado que transitam esta segunda-feira para a nova sede do Governo, o edifício da Caixa Geral de Depósitos. O Governo quer dar prioridade à habitação, mas, para já, há projetos com fins turísticos à vista e gabinetes a regressar às mãos dos proprietários privados dos imóveis. Por exemplo, o Palácio do Manteigueiro, onde estava instalado o Ministério da Economia, está alocado ao projeto de turismo Revive, enquanto o local do Ministério da Administração da Interna, situado na Praça do Comércio, vai dar lugar ao Centro Interpretativo do 25 de Abril.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Presidente do INEM pondera demissão após críticas do Ministério da Saúde

O conselho diretivo do INEM recebeu com “profundo desagrado” as críticas do Ministério da Saúde à forma como o instituto geriu a aquisição de helicópteros de emergência médica. Há uma “perceção de quebra de confiança na tutela que poderá ser destrutiva” e culminar na demissão do atual presidente, Luís Meira, que, segundo uma fonte próxima, terá pedido ainda no domingo uma reunião urgente à ministra Ana Paula Martins.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Nem um único voto” à extrema-direita, pede o primeiro-ministro francês

  • Lusa
  • 1 Julho 2024

Desafio na segunda volta das eleições legislativas, este domingo, 7 de julho, é "privar a extrema-direita de uma maioria absoluta primeiro-ministro, Gabriel Attal.

O primeiro-ministro francês e candidato pela coligação presidencial, Gabriel Attal, apelou domingo aos eleitores para que não deem “nem um único voto” ao partido de extrema-direita União Nacional, que ficou à frente na primeira volta das eleições legislativas.

“Digo isto com a força com que apelo a todos e a cada um dos nossos eleitores, nem um voto deve ir para a União Nacional, nestas circunstâncias, a França merece que nunca hesitemos”, disse Gabriel Attal, numa intervenção após a projeção dos resultados das eleições legislativas, em Paris.

Segundo o primeiro-ministro, o desafio na segunda volta das eleições legislativas, no próximo domingo, 7 de julho, é “privar a extrema-direita de uma maioria absoluta”, para que seja constituída uma Assembleia Nacional em que o seu partido possa ter “peso suficiente para construir maiorias de projetos e ideias entre as forças republicanas”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.