Galp cai até 1,45% após notícia de denúncia sobre o CEO
Ações abriram a descer até 1,45% no rescaldo da notícia de que o CEO, Filipe Silva, está a ser investigado internamente por alegados conflitos de interesse.
A Galp iniciou a sessão desta segunda-feira a perder quase 1,5% em bolsa, no rescaldo da notícia de que o seu CEO, Filipe Silva, está a ser investigado internamente devido a uma denúncia anónima sobre alegados conflitos de interesse.
Num dia que começou positivo para as principais bolsas europeias, incluindo a de Lisboa — que entretanto já inverteu –, a Galp era uma das poucas cotadas a negociarem no vermelho nos primeiros minutos de negociações, com as respetivas ações a caírem até 1,45%, para um mínimo de 15,595 euros.
Cerca das 8h29, a empresa já tinha recuperado algum terreno, com os títulos a descerem 1%, para 15,665 euros. À mesma hora, outras cotadas do mesmo setor na Europa apresentavam desempenhos mistos, com BP, Shell e Eni a valorizarem, mas a Equinor a descer.
Cotação das ações da Galp em Lisboa:
Na sexta-feira, o ECO noticiou que a Comissão de Ética e Conduta da Galp está a investigar uma denúncia relativa a um alegado relacionamento próximo e pessoal do CEO, mantido em segredo, com uma diretora de topo que depende hierarquicamente do gestor.
“Tive conhecimento da denúncia, mas não conheço o teor da mesma e assim que tiver conhecimento dela apenas a discutirei com a Comissão de Ética”, reagiu Filipe Silva. Já a presidente do Conselho de Administração, Paula Amorim, reiterou “o compromisso da Galp no cumprimento do Código de Ética e Conduta, atuando por isso, sempre que aplicável e nos termos das disposições legais e estatutárias”.
A notícia da denúncia sobre o CEO da Galp ganhou expressão internacional durante o fim de semana nas principais agências de informação financeira, a Bloomberg e a Reuters. No passado, casos com contornos semelhantes levaram a demissões de gestores, como aconteceu com Bernard Looney, que teve de abandonar os comandos da BP em 2023, na sequência de denúncias anónimas sobre relacionamentos com colegas de trabalho.
Apesar da abertura positiva, o principal índice português inverteu a tendência, registando uma queda de 0,44%, ara 6.416,37 pontos, com meia hora decorrida desde a abertura. Além da Galp, a praça nacional estava a ser pressionada pela família EDP, com a EDP Renováveis a descer 1,08%, para 10,12 euros, e a EDP a ceder 0,66%, para 3,18 euros.
No sentido oposto, a Mota-Engil e o BCP travavam as perdas em Lisboa. A construtora somava 0,60% e o banco subia 0,43%, para, respetivamente, 3,022 euros e 46,43 cêntimos cada título.
Enquanto isso, na Europa, o Stoxx 600 somava uns ligeiros 0,17%, mas a subida chegava aos 0,4% em Frankfurt e 0,5% em Paris. O britânico FTSE 100 arrancou o dia inalterado.
(Notícia atualizada pela última vez às 8h35)
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