Meliá abre em Luanda em 2028. Hotel de Maputo em tensão

  • Alexandre Batista
  • 6 Janeiro 2025

Hotel na baía de Luanda, com vista para o Atlântico e a fortaleza da capital angolana, terá entre 170 e 250 quartos. Em Moçambique, o Meliá está a servir de alojamento para bancários.

Exploradora da marca Meliá e Tryp by Windham por acordo estabelecido com a Meliá Hotels International há quase 30 anos, a Hoti Hotéis vai usar a marca da cadeia internacional para entrar em Luanda, depois de se ter estreado noutra capital da CPLP há seis anos, em Maputo.

Manuel Proença, administrador e fundador do grupo, explicou ao ECO que a entrada no segundo mercado internacional será feita em parceria com um empresário angolano da área do imobiliário.

À Hoti Hotéis caberá a gestão e uma parte minoritária no negócio. O investimento de 70 milhões de dólares (68 milhões de euros, à cotação atual) será realizado pelos portugueses com capitais próprios, enquanto o sócio angolano recorrerá a financiamento bancário.

O Meliá Luanda ficará situado na torre poente (canto superior esquerdo nesta imagem do Googlemaps) do complexo sobranceiro à baía de Luanda deixado pela falida Soares da Costa

O Meliá Luanda terá entre 170 e 250 quartos, número ainda em fase de definição e que será estabelecido no projeto de arquitetura que está em curso. O edifício onde se desenvolverá esta operação é a torre poente do quarteto de prédios construídos pela Soares da Costa antes da insolvência da construtora. Com dez pisos, três deles serão destinados a habitação e os restantes alocados ao hotel, explicou, por sua vez, Ricardo Gonçalves, administrador para a área da expansão.

Também na África Subsariana, o Meliá Maputo Sky, com 172 quartos, não está a passar incólume à grave tensão vivida nas últimas semanas em Moçambique. Manuel Proença conta ao ECO que o hotel, localizado junto ao centro financeiro de Maputo, está agora a operar como alojamento para funcionários dos bancos daquela zona, os quais se alojam na unidade da Hoti Hotéis com a família.

Parte da equipa do Meliá Maputo Sky passou a viver em permanência no próprio hotel, como forma de assegurar os serviços. Entre as maiores preocupações da empresa está, para lá da segurança (garantida por agentes e militares que montaram uma estrutura permanente na zona, descreve o empresário), a capacidade de fornecimento de bens no seu hotel, explica o administrador com o pelouro da expansão.

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